Isto não é mais um romance água-com-açúcar escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 8
Será que agora vai?




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— Ufa, finalmente ele acordou! – Shinpachi disse aliviado.

Sua cabeça doía. Parecia ter emergido de uma ressaca brava. Mas, pelo menos, estava vivo, sobrevivera a mais um grande perigo. O perigo em questão não fora a bomba que explodira, mas o que ocorrera depois.

— TSUKUYO!!

Logo que viu o perigo que Tsukuyo corria, Gintoki não pensou duas vezes e, com um salto, abraçou a Cortesã da morte a fim de protegê-la. Os dois caíram juntos no chão e, na queda, acabou enfiando acidentalmente a cara por entre os seios da mulher.

Não deu outra: levou um forte soco na cara e após isso perdeu a consciência.

Sua visão voltou a se focar, e viu Shinpachi e Kagura. A menina Yato o encarou com expressão de piedade.

— Ei, Kagura, o que foi? – Gintoki perguntou.

— Apanhou da Tsukky de novo?

— O que acha?

— Que eu realmente tô vendo doramas demais. – a garota disse com um olhar cético.

— Disso eu já sabia. Doramas nem sempre condizem com a realidade... Mesmo que digam que são baseados em fatos reais.

Nisso, Tsukuyo apareceu, mas ainda não se aproximou do albino. Estava morrendo de vergonha de ter feito mais uma vez algo que não devia. Mais uma vez, por instinto, havia quase o matado.

Shinpachi olhou para trás e a viu. Após isso, cutucou Kagura e cochichou a ela alguma coisa. Em seguida, os dois saíram dali.

— Ei, aonde vocês vão? – o Yorozuya perguntou, mas não ouviu resposta alguma.

A loira venceu a hesitação e chegou perto dele. Seus olhos de cor violeta fitaram os olhos vermelhos de Gintoki. Respirou fundo e, por fim, quebrou o silêncio:

— Gintoki, obrigada... E me desculpe por ter te dado aquele soco. – desviou o olhar dele. – Eu sinto muito, foi por instinto.

— O seu instinto dói demais. – ele disse passando a mão pelo rosto golpeado. – E quase me mata.

— Me desculpa mais uma vez... – ela respondeu sem graça. – Foi sem querer.

— Vou te desculpar só com uma condição.

— Qual?

Ele deu um sorriso bem malandro antes de responder:

— Primeiro, prometa que vai parar de me bater.

— Vou pelo menos tentar. – a loira corou. – E você só falou uma condição.

— É uma condição dividida em duas partes.

— E qual seria a segunda parte?

— Que acha de um beijinho no meu rosto pra ver se para de doer?

A resposta foi um novo soco na cara do Yorozuya, que voou para a parede, onde bateu com as costas e apagou. Só que, desta vez, caiu a ficha da loira e ela foi acudi-lo. Deu uns tapinhas de leve no rosto dele e chamou-o, procurando acordá-lo, até que conseguiu.

Logo que ele abriu os olhos, o rosto dela ficou ruborizado. Tsukuyo estava completamente sem graça por ter dado mais uma pancada em Gintoki, e apenas conseguia murmurar repetidamente a palavra “Desculpa!”. E, quanto ao ex-samurai, este passava a mão pela face dolorida. Porém, a kunoichi segurou-lhe a mão e deu um beijinho em sua bochecha.

Só que não ficou só nisso. Ela olhou nos olhos dele e não se contentava. Por que ainda o surrava? Precisava parar de fazer isso, se não queria que ele escapasse por entre seus dedos. Pousou seus lábios sobre os dele e deu-lhe um beijo suave e ele, claro, correspondeu. Esqueceu completamente a dor que tinha na face por conta do soco que levou.

Logo que se separaram, eles se entreolharam e sorriram. Não era má ideia começarem a engrenar algum relacionamento.

*

— Oh... Me beije... Me beije mais, muito mais...! Amor da minha vida, minha batata cozida...!

— Kagura-chan... – Shinpachi perguntou todo sem graça. – O que você tá fazendo?

A garota Yato abraçava a si mesma e ficava encenando um casal se beijando, mas parou quando ouviu o questionamento do Shimura. Respondeu:

— Você não viu que o Gin-chan e a Tsukky estão namorando?

— Eles não disseram nada.

— Mas a gente viu quando eles se beijaram de novo.

— É melhor a gente parar de fazer isso, Kagura-chan. Esse negócio de ficar stalkeando o Gin-san não é uma boa... Senão a gente ainda vai ver algo que possa fazer esta fanfic mudar a classificação para +18.

— Tem razão, Shinpachi. – a garota ruiva respondeu pensativa. – Eu não quero corromper a minha imagem de garota inocente e fofinha.

Shinpachi e Kagura saíram dali de perto da porta entreaberta, de onde espionavam Gintoki e Tsukuyo. Realmente era melhor não ficarem bisbilhotando.

*

Gintoki e Tsukuyo saíram dali juntos, mas não de mãos dadas. No entanto, dava a entender que os dois estavam juntos, a julgar pelos olhares que dirigiam um ao outro. Ao ver isso, Hinowa sorriu satisfeita, porque sabia que a sua amiga estava com a pessoa certa.

— Tomara que esse namoro sobreviva aos dois! – Kagura disse.

— Tomara que o Gin-san sobreviva a isso, Kagura-chan. – Shinpachi corrigiu enquanto ajeitava os óculos. – Sabemos que ele tem um sério risco de não sair vivo dessa.

— Tem razão, Shinpachi. Será que não seria bom a gente continuar seguindo os dois pra garantir que ele vai ficar inteiro?

— Sei não, Kagura-chan. Não deveríamos ficar bisbilhotando o namoro dos outros assim.

Nisso, outra voz ali respondeu:

— Se quiserem, eu posso fazer isso.

O tom daquela voz parecia ser bastante sério, porém vindo de quem vinha, Shinpachi simplesmente disse:

— Obrigado, Sacchan-san. Acho melhor deixar isso quieto... Não é, Kagura-chan?

— O Gin-chan é expert em sobreviver a mulheres violentas. – a garota concordou.

*

“Se pensam que eu vou deixar de seguir o meu Gin-san, estão redondamente enganados!”, Sacchan pensava enquanto se aproximava da Yorozuya. Pendurou-se no telhado do prédio e, de cabeça para baixo, ficou observando toda a movimentação ali.

Será que realmente ele estava de caso com aquela loira? Bem... Se estava ou não estava, não importava. Tentar ser amante era mais emocionante. Sem contar que adorava ser enxotada como sempre, isso apenas a deixava ainda mais louca para tentar agarrar Gintoki quantas vezes fossem necessárias.

Viu que Gintoki saía dali e se dirigia até uma barraca de lamen. Resolveu segui-lo de perto, mas de forma que não fosse notada – como qualquer boa kunoichi faria.


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