Isto não é mais um romance água-com-açúcar escrita por Vanessa Sakata


Capítulo 38
Confusão no Host Club




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— Ei! Por que eu tô metido no meio dessa história? O serviço é pra vocês, não?

— Sim, é. – Gintoki respondeu o questionamento de Hasegawa. – Mas lá estão precisando de cinco hosts.

— Se eu sou o quarto host, quem é o quinto?

— Eu. – Tsukuyo acabava de chegar.

Todos estavam devidamente a caráter, de terno e tudo. Gintoki, com seu terno branco e a camisa azul, Shinpachi, de terno azul, camisa lilás e gravata e Kagura, com o cabelo solto e terno vermelho. Hasegawa estava com um terno roxo e uma camisa vermelha, emprestados do próprio Yorozuya. Já Tsukuyo prendia seus cabelos loiros em um rabo-de-cavalo e vestia uma camisa branca e calças pretas.

O grupo adentrou o Host Club Takamagahara, a fim de começar o trabalho. Fora providencial para que Gintoki tivesse a brilhante ideia pra bolar seu plano, pois cinco hosts dali ficariam, por aquele dia, afastados por conta de uma intoxicação alimentar.

Tudo transcorria normalmente, até que Hatsu chegara meio insegura ali. Hasegawa prontamente foi recepcioná-la como um verdadeiro host e começou a conversar com ela enquanto a servia e lhe dava atenção.

Gintoki via aquela cena e percebia o quanto o amigo parecia animado. Não entendia por que ele queria tanto voltar para aquela mulher que o deixara. Mas isso não importava. Ela parecia surpresa com aquele par de óculos escuros conseguindo um trabalho digno.

Mas, como tudo o que era bom durava pouco...

— Você acha que vai ganhar de mim, é? – ele ouviu alguém dizer ao mesmo tempo em que batia o fundo de um copo na mesa. – Você não aguenta nem uma gota de álcool e já fica chapada! Você é fraca, Tsuki!

— Não é isso o que o Gintoki acha, querida! Você nunca fez “isso e aquilo” com ele! Aliás – Tsukuyo tomou mais um gole de vinho Don Pérignon e dirigiu um olhar desafiador a uma igualmente bêbada Sacchan. – Você nem sabe como ele é entre quatro paredes, queridinha! Você nem faz ideia do quanto ele me deixa louca...! Aposto que o máximo que fez foi só ter fantasias pervertidas com ele!

— Quanto atrevimento! – a kunoichi de óculos rebateu. – Saiba que eu conheço cada centímetro do corpo do Gin-san, desde o episódio 22 do anime!

— Aposto que você só o conhece com roupa, meu bem...! – a kunoichi loira ironizou. – Eu, que apareci pela primeira vez no episódio 139, já o conheço muuuuuuuuito bem sem roupa! Você nem sabe o quanto ele é garanhão!

Visivelmente embaraçados com aquilo, Shinpachi e Kagura trataram de sair dali, enquanto Gintoki tentava sair de fininho, bastante constrangido e com medo do rumo que aquela conversa entre as duas rivais poderia tomar. No entanto, sua fuga foi frustrada, pois duas kunais acertaram a sua cabeça de forma impiedosa. Em seguida, o albino foi literalmente arrastado até onde estavam as duas malucas.

Gintoki se arrependia da ideia de ter chamado Tsukuyo. Deveria ter se lembrado de que ela não podia ficar perto de bebida alcoólica.

Enquanto isso, Hatsu dava uma desculpa para ir embora, obviamente assustada com o sangue que esguichava do local onde o albino recebera as kunais. Hasegawa bem que tentou, mas não conseguiu segurar sua mulher ali.

— Gin-san! – Sacchan o agarrou pelo braço esquerdo. – Venha comigo e eu te deixarei me dominar, ser o senhor absoluto de mim!

— Sem essa! – Tsukuyo o agarrou pelo braço direito. – Ele vai continuar comigo!

— Nada disso! Ele vem comigo! Vamos fazer “isso e aquilo” pra ele ver que eu sou melhor do que você!

— Por que ele iria querer uma míope como você?

— Melhor do que uma mulher que o nocauteia em público! – Sacchan dava outro puxão.

— Pelo menos eu não sou stalker, respeito o espaço dele! – Tsukuyo dava mais outro puxão, com força, no braço do ex-samurai.

— Então... Dá pra respeitarem o meu espaço agora, por favor...? – o pobre albino sentia que a qualquer momento seria rasgado ao meio pelas duas malucas.

Foi ignorado por completo, pois agora as duas mulheres começavam a puxar o cabelo uma da outra. Como reação, ele fez um facepalm. Para piorar a situação, a coisa toda tinha plateia, com direito a gente oportunista bancando o cambista e incentivando as apostas.

A coisa ali estava fugindo do controle rápido demais... E as duas malucas começavam a se enfrentar com kunais agora! Essa não! O perigo aumentara de forma exponencial e não havia nem Shinpachi e nem Kagura para socorrê-lo!

Decidiu correr o risco e entrar bem no meio da briga das duas, mesmo estando desarmado. O resultado foi mais uma kunai de cada uma na cabeça, mas ele rapidamente as arrancou. Correu na direção de Tsukuyo, agarrando-a e carregando-a para fora dali. Sacchan vinha logo atrás, porém a cortesã da Morte, mesmo alcoolizada, conseguira acertar uma kunai bem na testa da stalker, que caiu no chão e lá ficou.

Assim que se viu longe da confusão, Gintoki suspirou aliviado e colocou Tsukuyo no chão. Porém, a loira mal se aguentava em pé e, por estar desequilibrada, viu que cairia no chão e agarrou o paletó do Yorozuya.

— EEEIII! – ele protestou.

Não adiantou muita coisa, pois ele acabou caindo junto com ela, que começava a rir descontroladamente. Maldita hora em que deixou essa mulher perto de bebida alcoólica! Agora iria perder o pagamento do serviço por causa dela!

Aborrecido, ele fez menção de se levantar, mas a Cortesã da Morte agarrou novamente a barra do seu paletó branco.

— Por favor, não vai embora não...! – ela pediu.

Ele bufou e depois passou a mão pelos cabelos enrolados.

— Nem vou voltar pra lá! Graças a isso eu perdi o dinheiro que poderíamos ganhar!

Tsukuyo nada respondeu. Estava cabisbaixa.

— Nem vou pra lá, porque senão, com que cara vou aparecer? Tive toda a minha vida íntima exposta para o host club inteiro!

Continuava sem qualquer resposta. A loira permanecia cabisbaixa. Gintoki estranhou e perguntou:

— Ei, Tsukuyo! O que você tem?

Ela tentou se levantar, mas lhe faltava equilíbrio. Ele a amparou e insistiu:

— Você tá bem?

Ela respondeu:

— Eu acho que... – nem terminou a frase, pois vomitava tudo a que tinha direito por conta da bebedeira.

— ARGH! – ele protestou. – Por que logo nos meus sapatos?


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