Correr contra o relógio foi bem louco, mas finalmente eu e Annabeth chegamos ao Monte Olimpo. Observei as transformações que Annabeth já havia começado a fazer. Ela era uma arquiteta incrível. Era certeza que o Olimpo ficaria esplendoroso. Olhei em volta procurando Clarisse e consegui vê-la andando como se estivesse em transe. Em suas mãos estava a Coruja de Celeiro. Gritei a fim de tirá-la do transe.

- Clarisse! Pare agora!

Ela parou e, de repente, pareceu que ela estava voltando ao normal.

- Percy, seu imbecil! O que está fazendo aqui?! - ela e seu bom humor notável. Sim, ela havia voltado ao normal.

- Evitando um roubo.

- Que roubo? - ela pareceu confusa.

- Olhe, você está com a Coruja de Celeiro nas mãos. - Annabeth falou.

Ela olhou e sua expressão ficou furiosa.

- Phobos e Deimos! - Clarisse gritou

De longe, pude ouvir os passos de alguém vindo na nossa direção. Em seguida, ouvi a voz familiar do deus da guerra.

- Clarisse, o que está fazendo? - Ares chegou e logo percebeu a Coruja de Celeiro em suas mãos - E com o MEU pássaro! Será possível? Eu trago o meu pássaro sagrado por dois segundo aqui no Olimpo e ALGUÉM tenta roubá – lo? – ele parecia bastante irritado. Depois, virou seu olhar para mim e para Annabeth. - E vocês dois? Percy Jackson e Annabeth Chase, não é? Claro que têm algo a ver com isso.

- É que eu... - antes que eu pudesse responder, Zeus chegou fumegando.

- O que vocês estão fazendo aqui? Ares o que você está fazendo aqui? – ele perguntou atônito.

- Eu? Bom, eu estou aqui para ver se a loirinha ai, filha da Senhora Sabe Tudo, está fazendo seu trabalho direito e se já tem uma estátua minha. E por falar nisso, é bom você já planejando porque eu posso fazer vocês virarem cimento para a construção da minha estátua.

- Espere, VOCÊS? - Annabeth estava confusa.

- É... Você e seu namoradinho.

- Mas, ele não tem nada a ver com a reconstrução do Olimpo.

- É eu sei, é que eu tenho vontade de esmagar ele. – Ares, além de irritante é super rancoroso. Muito amigável, não?

- Mas você mocinha, - ele falou apontando para Clarisse - não me disse porque está com o meu pássaro.

Antes que Clarisse, que parecia apavorada (o que era algo surpreendente pra mim), pudesse sequer responder, Zeus se manifestou:

- Eu vou saindo, Ares controle – se, não quero ver sangue no chão. - disse o deus, um tanto preocupado.

- Sim! Anda Clarisse, fala! - ele gritou com ela. Eu já sabia que Ares era durão com Clarisse, mas agora percebi porque ela morre de medo do pai.

- Bem, - ela falou com a voz falhando – Phobos e Deimos me capturaram, e eu sei lá que tipo de magia eles fizeram que eu vim aqui roubar seu pássaro – ela entregou o pássaro ao pai – para um plano.

- Garota, eu não sou burro não! Claro que eu não vou acreditar nisso... Você está muito encrencada! - Até eu tive medo. Clarisse se encolheu como se estivesse esperando uma surra.

- Mas é verdade! Eu entrei nessa missão para evitar o roubo! - eu gritei.

- E por que eu deveria acreditar em você Perseu Jackson? – engoli em seco, quase nunca me chamavam de Perseu. Aquilo me intimidava. Mas, não me deixei abalar. Ergui a cabeça e argumentei contra Ares:

- Porque eu não seria louco o suficiente para ajudar em um roubo sabendo que o senhor me daria uma surra.

- É, tem razão. Phobos e Deimos! Eles vão me pagar!

- Mas, você... Acreditou em mim? - agora eu estava confuso.

- Percy! Cale a boca... - Annabeth me fuzilou

- É, a loirinha ali é filha de Atena. Acho que não seria tão burra a vir roubar algo meu!

- Hum... - ele tinha razão.

Clarisse que estava curvada se levantou enxugando as lágrimas. Então ela fez algo inimaginável:

- Pai, me desculpa! - Clarisse? Pedindo desculpa? Ok, isso sim é estranho

- Certo, minha filha – então Ares deu um desajeitado abraço nela. Ok. isso simboliza o fim do mundo.

Annabeth me olhou com uma expressão confusa. Então Ares falou:

- E vocês dois venham aqui, preciso conversar com vocês.

Ele foi até seu trono se sentou lá. Clarisse sentou perto de seu pés. Eu e Annabeth ficamos ao lado esperando a ordem.

- É... eu preciso é... - ele limpou a garganta – agradecer a vocês, infelizmente vocês evitaram um roubo

- Você? Agradecendo? - é, definitivamente é o fim do mundo.

Annabeth me deu uma cotovelada.

- É, mas cuidado eu posso saber agradecer. Mas desculpar? Nunca! Tenha cuidado eu posso fazer você de papel de embrulho. - ui, pensei – E você mocinha – ele olhou para Annabeth – trate de fazer um estátua minha. Bem sangrenta e malévola.

- Sim senhor! - ela respondeu automaticamente

- Agora vão... Embora!

E nós voltamos ao acampamento. É, tínhamos feito coisas incríveis durante esse tempo: lutamos contra Phobos e Deimos, evitamos o roubo de um pássaro sagrado, convencemos Ares de que erámos inocentes... Uau! Infelizmente, tínhamos perdido o Símon. Olhei para Annabeth, ela indagou:

- Missão cumprida?

- Quase lá, precisamos repassar tudo ao Quíron.

- É, Percy. Vamos, o acampamento nos espera. – ela disse.