It's The END! escrita por Pevensie


Capítulo 9
Gatos e Malfoy


Notas iniciais do capítulo

Oi...
*Desviando dos Avadas*
É , Tá meio grande esse capítulo.
Não me odeiem...
Enjoy it!



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Capítulo IX

Gatos e Malfoy

– Eu sei, Hermione, porque ... – Ele sussurrou e sua voz estava irresistivelmente rouca. Fechei os olhos e suspirei profundamente (não pude conter) quando ele se moveu e depositou seus lábios em cima de um chupão que estava na minha garganta. – Fui eu quem as fez. Cada

uma delas.

Draco então foi subindo seus lábios pelo meu pescoço fazendo uma trilha de fogo em minha pele onde seus lábios tocavam. Com certeza me arrependeria depois por não ter resistido, mas não dava para sequer pensar em afastá-lo de mim. Meu cérebro berrava PARE! Mas meu corpo prosseguia, ignorando a razão. Eu me sentia tão vulnerável, tão estúpida! Seus lábios frios estavam roçando perigosamente no canto da minha boca, o idiota estava brincando comigo! O impulso de empurrá-lo, tirá-lo de cima de mim veio na hora, mas era fraco demais para que eu obedecesse.

– Draco. – Sussurrei tentando fazer minha voz soar como uma advertência, mas longe disso, foi mais como um convite. Chutei – me internamente por isso.

– Então você não se lembra – O movimento dos seus lábios no canto dos meus estava me fazendo perder a cabeça. Seus frios olhos de tempestade observavam os meus e neles ardia uma espécie de chama, algo que não pude identificar – Não se lembra de todas as vezes que chamou por mim, desse mesmo jeito?

– Eu... - Minha voz falhou de um jeito vergonhoso. Uma de suas mãos deslizou pela minha cintura, e agora a idéia de querer fazê-lo parar parecia tão distante... – Não me lembro.

– Então, Hermione, vamos ter que fazer algo para lembra-lá.

Seus lábios finalmente se fundiram aos meus. E então era como se houvesse fogo nas minha veias. Uma pequena parte de minha mente registrou que Draco tinha gosto de café. Eu não controlava mais minhas ações, meu cérebro ou minhas mãos. Meu corpo gritava por Draco. Até que...

Sua língua se enroscou na minha e foi como um click. Algo na minha mente se destravou e eu lembrei da noite anterior. Absolutamente tudo. Cada detalhe. Draco e eu...

Empurrei-o com toda minha força, mas foi como empurrar uma rocha. Então mordi seu lábio inferior com força e logo senti gosto de sangue. Ele se afastou na hora.

– Você me mordeu, sua vadia!

Vadia? VADIA?

Concentrei todas as minhas forças e lhe desferi um soco no seu rostinho bonito e desejei de coração que pelo menos ficasse um hematoma. Ele não gritou. Nem disse “ai”. Apenas se afastou rapidamente e ficou me encarando como se eu fosse uma aberração. Quer dizer, eu sou mesmo uma aberração, então não me ofendi mais do que o normal.

– O gato mordeu sua língua? – Perguntei sarcasticamente quando ele levou um dedo ao seu lábio machucado. Sorri ao ver sangue escorrendo pelo canto de sua boca.

– Por que fez isso? Tá bem louca? – Devolveu ele perplexo.

– Eu lembrei, Malfoy.

–Lembrou do que?

– Da noite passada.- Expliquei acidamente. Nunca tinha sentido tanta raiva antes.- Já sei a resposta para minha pergunta. Você quer saber?

Ele não me respondeu, só fechou a expressão e ficou me encarando, não parecia nem um pouco temeroso.

– Nós não transamos ontem à noite. – Eu disse quase cantarolando. A raiva sendo substituída pela felicidade por saber que eu não tinha arruinado minha vida.

– Mas foi quase. – Ele deu um sorriso com o canto da boca.

E era verdade.

Flashback on

– Vamos sair daqui. – Eu gritei com uma voz arrastada.

Draco riu. Ele ficava tão lindo dando risada! Tive vontade de rir também.

– Tudo bem. –Ele respondeu gritando – Vem comigo!

Peguei sua mão e o segui de bom grado enquanto ele me rebocava para fora da boate cheia de gente. As coisas estavam tão estranhas! Por que o Darth Vader estava beijando a Sininho? Como eles se conheciam? E a Alice estava sentada no colo de um bombeiro bem ali na escada... Que coisa mais estranha. Fechei os olhos e deixei que Draco me arrastasse para fora.

De repente uma brisa soprou no meu rosto, e a música ficou abafada. Abri meus olhos e levei um susto quando vi quem estava segurando minha mão. Era Jace, o Caçador de Sombras!

– Cadê o Draco, Jace? – Perguntei inclinando minha cabeça para o lado.

Jace deu risada e não entendi por que. Eu era engraçada? Ou ele estava rindo de mim? Fiquei irritada.

– Olha aqui, você não tem o di...- O chão começou a girar e então o Jace me abraçou. Que gentil! Retribui o abraço e lhe dei um beijo no pescoço. Por que não tirar uma casquinha?

– Hermione, você precisa ir para casa. – Ele disse no meu ouvido.

– Não! – Protestei – Quero ficar aqui... com você.

Ele riu outra vez e se inclinou para me beijar. Eu o afastei abruptamente:

–Não podemos! – Eu disse. – A Claire vai ver e ficar muito brava comigo. – Sussurrei como se fosse um segredo.

Eu sabia que estava fazendo papel de idiota, mas não era uma coisa que dava para controlar naquele estado.

– Sou eu, Hermione. Draco Malfoy, lembra? – Ele explicou estalando os dedos na frente do meu rosto.

– E o Jace?- Insisti com veemência.

– É uma fantasia, Mione, só uma fantasia. Não tem Jace, só Draco.

– Só Draco. – Repeti assentindo com a cabeça. De repente um enjôo bateu forte e eu coloquei as duas mãos na boca. Acabei vomitando mesmo assim, bem na capa do Draco.

– Acho que você exagerou um pouquinho.- Ele fez uma cara de nojo enquanto eu terminava de botar meu estômago para fora.- Terminou?

Assenti afirmativamente, me sentindo muito melhor depois de ter vomitado. Draco desamarrou a caba dos ombros e a jogou numa lata de lixo atrás dele. Fiquei triste por causa daquilo.

– Por que jogou? –Perguntei confusa.

– Você vomitou nela. Não ia sair de jeito nenhum. Caso perdido. –Explicou ele.

Por algum motivo totalmente inexplicável eu comecei a chorar. Eu tinha estragado a capa do Draco. Eu era tão burra!

– O que foi ? – Ele suspirou profundamente.

– A cap-pa era t-tão bonita. – Gaguejei. –Me descuuuuulpe.

Ele me abraçou e eu comecei a chorar mais ainda. Era totalmente ridículo.

– Não tem problema. Eu tenho um monte dessas. – Mentiu ele.

– Tem? – Perguntei esperançosa e ele afirmou. Estava tudo bem então. Ou não, porque de repente tudo foi ficando escuro e distante... e então puf, apaguei.

Quando eu acordei repentinamente, pouco tempo depois, eu estava molhada e com frio. Será que eu tinha feito xixi? Isso acontecia às vezes quando eu bebia demais. Mas não era possível porque jatos de água caiam em cima do meu corpo insistentemente, como se estivesse chovendo. Mas será que podia chover dentro de casa? Abri a boca para gritar por alguém, mas acabei me afogando com a água que pingava. Tentei me levantar, mas uma mão me empurrou para debaixo da água de novo.

– Vai com calma aí. – Disse uma voz familiar enquanto me dava tapinhas nas costas.

– Desliga isso. – Reclamei manhosa sem abrir os olhos.

– Não, você ainda me parece bêbada demais. Uma chuveirada faz bem nesses casos.- Ele disse.

Abri os olhos e vi que estava sentada numa banheira, o chuveiro estava ligado e Draco me segurava debaixo da água. Em algum canto da minha mente, me lembrei que aquele era o banheiro do quarto de Draco. Ele tinha razão, eu ainda estava bêbada demais. Suspirei, mas não ofereci mais resistência, apenas deixei meu corpo se apoiar nos braços de Draco enquanto a água fria caia na minha cabeça.

– Agora chega. – Reclamei 5 minutos depois quando minha mente começava a desanuviar um pouco.

Ele riu, mas me tirou da banheira e me deu uma toalha. Constatei aliviada que eu estava com a fantasia.

– Acho que uma toalha não vai resolver. – Reclamei me deixando cair em cima de um banquinho.

Draco saiu do banheiro e ouvi ele mexer em algumas gavetas antes de me entregar um enorme roupão felpudo verde. Ele ficou esperando. Não entendia porque ele não saia logo dali.

– Quer ajuda? – Perguntou ele de forma maliciosa.

– Não estou mais tão bêbada assim. Sai. – Ordenei empurrando-o porta afora.

Assim que ouvi o click da porta se fechando, me livrei do vestido ensopado, jogando-o num canto qualquer, problema resolvido. Sem pensar muito, tirei minhas peças de baixo e joguei-as em cima do vestido. Me enrolei no roupão e dei um nó desajeitado no cinto em volta da cintura. Peguei minhas roupas molhadas e saí do banheiro. Não prestei a mínima atenção no quarto de Draco, já que estava rumando para o corredor.

– Ei, onde pensa que vai? – Ele perguntou saindo sei lá de onde e se postando na minha frente.

– Colocar as roupas na secadora.- Resmunguei impaciente. Eu me lembrava vagamente de onde ficava a lavanderia da mansão.

– Não nesse estado. Eu levo.

– Não, eu quero ir. Também preciso beber água. – Protestei e ele por fim, cedeu.

Ele me segurou pelo cotovelo e me guiou pela casa, descendo comigo dois andares de escada até chegar na área de serviço. Um pouco mais consciente, andei sozinha até a lavanderia e coloquei de forma desleixada as peças de roupa na secadora. Draco tinha ido até a cozinha pegar água para mim. Sem pensar muito, eu fui até lá também. Atravessei o batente da porta para a imensa cozinha e fiquei parada lá por alguns momentos, observando Draco. Ele estava de costas para mim, servindo a água de um jarro num copo – de plástico, acho que ele tinha medo que eu quebrasse – até aí tudo bem, mas até aquele momento eu não tinha percebido que Draco tinha se livrado de sua fantasia. Agora ele vestia apenas uma calça de moletom, deixando todo o seu tronco nu. Observei de forma minuciosa as linhas de seus músculos, passando pelos braços esguios e fortes, desde ombros até o quadril. Uma vontade arrebatadora de delinear suas costas com minhas mãos bateu em mim. Ele era tão lindo! Ainda bem que eu podia culpar a bebida por estar pensando nele assim. Ele se virou abruptamente e sorriu malicioso ao ver que eu o encarava boquiaberta. Minha expressão deve ter ficado ainda mais aturdida quando observei seu abdômen. Ele riu e caminhou até a mim, me entregando o copo de água logo em seguida. Fiquei surpresa ao constatar que eu não havia ficado ruborizada em nenhum momento. Bebi a água sofregamente, mas não tirei os olhos de Draco por um momento sequer. Será que seria muito ruim se repetíssemos o que fizemos na boate? Minha cabeça ainda girava, e eu tinha certeza de que eu não me lembraria de nada pela manhã.

– Cuidado, Granger, acho que você já está babando. – Zombou ele e eu parei de encará-lo. Qual era o meu problema?

Passei por ele e depositei o copo na bancada.

– Quero ir para casa. – Eu disse bocejando.

– Todos querem alguma coisa. – Ele respondeu revirando os olhos.

– Eu sempre quis um gatinho cinza. – Eu disse como se fosse a coisa mais importante do mundo.

– Um gato?

–É, mas tinha que ser cinza.

–Um gatinho cinza, Hermione? – Ele parecia incrédulo.

– Daqueles que parecem bem gordos por causa do pelo todo.- Afirmei me sentindo cada vez mais feliz por falar sobre meu sonho de infância.

– Tudo bem.Um gatinho,que lindo. Mas não, você não vai para casa agora. – Ele respondeu. – Espere suas roupas secarem.

–É, talvez você tenha razão.- Murmurei sorrindo e sai da cozinha, para fazer o caminho de volta até o quarto de Draco. Não olhei para trás para saber se ele vinha também.

Trôpega, comecei a subir o primeiro lance de escadas. Fui bem nos primeiros degraus, mas tropecei no quinto, Draco me segurou antes que eu caísse. Levantei os olhos e sorri maliciosamente (pelo menos eu tentei) para ele enquanto passava meu braço esquerdo em sua cintura, em busca de apoio – e talvez algo mais. Ele riu, mas passou um braço pelo meu ombro me dando mais segurança para chegar até seu quarto.

Minha mente antes completamente vazia, agora não parava de lembrar dos beijos que tínhamos trocado na boate. Foi tão bom, que nem sabia mais porque me fugia tanto dele.Consegui subir o primeiro lance de escada muito bem, mas quando chegamos ao segundo patamar, eu tropecei apesar de Draco estar me segurando. Rapidamente, ele me puxou antes que eu saísse rolando escada abaixo.

– Opa!- Eu disse dando risada alto demais.

– Vai acabar acordando a casa inteira assim. Fica quietinha, vai, Hermione.- Pediu ele.

Me soltei dele e uma idéia idiota me passou pela cabeça. Eu ainda estava lá nas nuvens. Me apoiei na parede ao lado da escada e comecei a gargalhar mais ainda.

– Shhhhh!- Ele disse colocando um dedo sobre meus lábios. – Cala a boca, por favor.- Apesar da cara de irritado, ele parecia estar se divertindo com minha versão bêbada.

–Me faz calar. –Eu sussurrei e passei um braço pelo seu pescoço.

– O que você está fazendo?- Perguntou ele erguendo uma sobrancelha.

– Isso.

Naquele momento eu não pensei em absolutamente nada além do desejo de sentir seu gosto outra vez.

Grudei meus lábios nos seus e gemi de satisfação quando ele passou um braço por minha cintura, grudando meu corpo no dele. Ele me beijou de forma lenta e intensa, quase me torturando com os movimentos suaves de sua língua explorando minha boca. Minhas mãos descontroladas percorriam suas costas, minhas unhas o arranhavam com força, mas se ele sentiu dor, não reclamou. De forma tão lenta como sua boca na minha, suas mãos penetraram por dentro do meu roupão e começaram a acariciar minha cintura. Uma pequena parte de mim lembrou que eu vestia apenas o roupão, mas não era exatamente um problema. O contato de suas mãos na minha cintura, e de seus polegares traçando círculos lentos na minha barriga fazia minha pele queimar, mas não era o suficiente. Eu precisava de mais. Levantei minha perna direita e a enrosquei em volta de sua cintura, o roupão escorregou, deixando minha coxa inteiramente nua. Uma das mãos de Draco rapidamente migrou para lá, apertando e acariciando minha pele nua. Deixei que um gemido sôfrego escapasse da minha garganta. Em meio ao beijo, senti Draco sorrir. Minhas mãos saíram de suas costas e passaram a acariciar seu abdômen definido. Draco mordeu meu lábio inferior e eu gemi novamente, deixando que minhas unhas arranhassem sua pele, atitude que ele pareceu aprovar.Ele soltou um gemido rouco e me trouxe mais perto ainda dele. Sem pensar nas conseqüências, eu separei meus lábios dos dele e comecei a desatar o nó do cinto do roupão.

–Hermione. – Ele sussurrou no meu pescoço. – Não podemos. Você está bêbada demais.

Parei de desamarrar o roupão e levantei meus olhos.

– Eu já estou melhor. – Justifiquei e passei uma mão por seu peitoral.

Ele pareceu se render, fechou os olhos e começou a morder meu pescoço. Arfei de satisfação e acabei perdendo o equilíbrio. Não houve tempo para que ele me segurasse.

Num momento eu estava de pé em seus braços e no outro eu rolava escada abaixo. Dezessete degraus depois a escada terminou e eu parei de barriga para baixo , esparramada no patamar. Eu sentia dor em todo meu corpo, mas não parecia ter quebrado nada. E além de tudo isso, minha mente parecia completamente clara agora. O que rolar escada abaixo não faz com você?

–Hermione, você está bem? – Draco se ajoelhou do meu lado antes mesmo que eu pudesse me virar.

– Não.- Resmunguei em resposta.E ele começou a rir.- Vai me ajudar a levantar ou não, seu imprestável?

Ele me ajudou a levantar, mas não parou de rir por um momento.

– Eu sabia que podia fazer as mulheres caírem aos meus pés –Ele começou – mas não sabia que além de fazê-las cair, eu faria também que elas rolassem escada abaixo por minha causa.

–É, você é mesmo um gostoso.- Eu disse. Epa! Talvez não tão sóbria assim.

Aquela era de longe a situação mais vergonhosa de toda a minha vida. Onde é que eu estava com a cabeça quando decidi me deixar ser seduzida pelo Malfoy?

– A culpa é toda sua. – Acusei enquanto ele subia escada acima comigo ao seu lado.

– Foi você quem me atacou. Aliás, não vou nem reclamar, você bem que poderia fazer isso mais vezes.

– Vai nessa. – Bufei. - Eu estava bêbada.

Ele levantou uma das sobrancelhas e me encarou de forma sarcástica.

– Claro. E depois de rolar por quase vinte degraus, você levantou totalmente sóbria. –Ele revirou os olhos. – Vou acreditar nisso, só dessa vez. Mas só porque eu sei que as mulheres simplesmente não podem resistir a mim. É um fardo difícil de carregar.

Depois disso, ele me levou até seu quarto e me deixou sentada na cama com uma bolsa de gelo na cabeça, enquanto ia ver se minha roupa já estava seca. Ele voltou alguns minutos depois com minhas roupas. Também me deu um das suas blusas enormes de moletom para que eu me vestisse. Insisti para que ele me deixasse jogar um pouco de videogame com ele, não sei de onde veio essa vontade repentina também, mas ele acabou aceitando. Depois de me deixar jogar três partidas de Just Dance, ele constatou que talvez eu ainda estivesse “alta” demais, e eu concordei em apenas ficar sentada na cama, quietinha, esperando o feito da bebida passar aos poucos.Depois de tudo que eu tinha feito naquela noite e ainda estando meio alegre demais, eu nem conseguia olhar para mim mesma, muito menos para o Malfoy, portanto pedi para que ele me levasse para a casa da Gina antes que minha alegria fizesse com que eu tomasse outra atitude idiota, como seduzir loiros oxigenados.

Quando chegamos na casa dos Weasley, Gina veio nos atender e me deu um sorriso sapeca quando viu com quem eu estava. Malfoy disse à ela para me por direto na cama, porque eu estava muito cansada. Ele riu muito depois que disse isso e eu podia jurar que ele ainda ria quando saiu com seu carro. Gina se divertiu muito comigo naquela noite, pois eu não parava de falar na história do gatinho cinza, e de que tinha sido maravilhoso na casa do Malfoy.

A última coisa de que me lembro antes de cair no sono, era de trazer uma das mangas da blusa para perto do meu rosto, feliz ao constatar que o cheiro dele ainda estava na blusa.

Flashback off

– Por que mentiu para mim? – Perguntei com raiva, mais de mim mesma do que dele, por ter sido tão estúpida noite passada.

– Para ver sua cara de desespero ao pensar que tínhamos transado. – Ele riu.- Mas seria mesmo tão ruim assim se tivesse acontecido? Você parecia estar bem...feliz antes de sair rolando pela escada.

– Cale a boca.- Resmunguei querendo sumir da face da Terra.

– Me faz calar. – Ele disse imitando minha voz e caindo na risada outra vez.- E quanto aos hematomas...

– Foram por causa da escada, eu sei.- Repliquei, embora eu soubesse que não era verdade.

– Só alguns, Hermione – Ele disse lançando um olhar demorado para minha coxa direita. – Só alguns...

Eu bufei e dediquei-me a tentar abrir a porta do carro. Tudo o que eu queria era ir para casa e cavar um buraco para esconder minha cabeça lá dentro.

– Ei, o que está fazendo?

– Tentando ir para casa!

Ele revirou os olhos – como eu odeio quando ele faz isso! – e começou a dirigir. Não virei para falar com ele um momento sequer, e ele também preferiu se manter em silêncio. Poucos minutos depois ele estacionou na frente da minha casa e sem dizer uma palavra, carregou todas as sacolas até a varanda, enquanto eu fiquei parada encarando-o do lado do carro.

– Não vai entrar? Ou vou ter que te carregar de novo? – Ele debochou entrando no carro outra vez.

Não me dei ao trabalho de responder, apenas sai andando até a varanda da minha casa. Foi só quando pisei numa poça d’água que percebi que ainda não tinha calçado meu coturno de volta. Que se foda. Eu não ia voltar para pegar a porcaria do sapato.Subi a escada e abri a porta.

– Ei, você esqueceu isso. – A voz dele gritou e logo em seguida algo me atingiu com força na minha nuca.

Antes que eu pudesse dizer uma só palavra, ele acelerou, os pneus do carro guinchando quando fizeram a curva da esquina. Eu ainda matava aquele idiota. Xinguei-o mentalmente de todos os palavrões que eu conhecia enquanto eu colocava as compras em cima da mesa da cozinha. Foi aí que eu vi que o idiota devia ter misturado as compras dele com as minhas, pois tinha uma caixa de papelão de tamanho médio junto com as minhas outras sacolas na varanda. Eu já sabia que tanta água oxigenada naquele cabelo ia acabar infiltrando no cérebro.

Me ajoelhei no chão para examinar a caixa quando vi que tinha um bilhete grudado em cima dela. Arranquei-o de lá e esquadrinhei meus olhos pelo papel:

“Feliz Natal!

Dê um nome para ele. Milk seria legal, acho que ele gosta de leite.

D. M.

P.S: ELE ARRANHA!!”

Meus olhos se estreitaram para o bilhete. Ele tinha deixado a caixa de propósito! De repente a caixa começou a se mexer eu pulei para trás, com medo de ser uma cobra, ou uma aranha gigante, ou sei lá. Foi o Malfoy que deu, vai saber?

Tirei meu outro coturno e o segurei firmemente na minha mão, avançando de forma cautelosa para a caixa. Me ajoelhei à uma distancia segura e respirei fundo, devagar fui abrindo a tampa da caixa e...Uma coisa pequena e peluda pulou para o meu colo e depois do susto, não pude deixar de sorrir.

Era um gatinho cinza.


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Notas finais do capítulo

Tentei por a foto do gato, mas não deu!
E ai? Gostaram? Se quiserem me perguntar alguma coisa, sugerir, ou só dar oi , deixem REVIEWS!!!
XX
P.S: Querem ficar me enchendo o saco no whats?Eu deixo, to precisando: 041 9708 5173