Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 18
My desire sated by her lips


Notas iniciais do capítulo

Yayanáticos e Sweetnáticos, voltamos! uhu
Pois é, nem demoramos tanto assim, talvez um pouco... mas bem, valeu apena...
Esse capítulo vem com muitas surpresas hehehe
Tem Leonetta, aksosak isso mesmo!
Então, estamos agradecidas pelo apoio e pelos Reviews... obrigada!

/ Yaya Blanco



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Seu reflexo no espelho a surpreendeu, seus cabelos curtos estava soltos e um pouco mais cacheados, uma leve maquiagem para cobrir as olheiras e sinais que o Manicômio estava lhe deixando, usava um vestido azul esvoaçante que batia na altura dos seus joelhos, sapatilhas douradas com brilho e um casaco de lá branco, Lucas logo viria busca-la para o suposto encontro que teriam, mesmo depois de tudo o que havia acontecido dentro daquele quarto.

Minutos longos se passaram até escutar a sua janela enferrujada sendo aberta com um pouco de dificuldade, e o moreno apareceu com um sorriso simpático no rosto, vestia uma camisa azul clara, as calças comuns e pela primeira vez um tênis, seus olhos focalizaram a garota e sorriu ainda mais.

Em um ato rápido, Lucas já estava dentro do quarto e Violetta correu para seus braços em um abraço apertado, mesmo que tivesse passado pouco tempo longe dele já era o suficiente para notar que sentia uma saudade amena dele, sentiu logo os lábios dele se comprimindo com os seus em um beijo delicado e romântico.

– Eu senti sua falta. - Murmurou Violetta ofegante com as mãos presas na gola da camisa dele.

– Foram apenas 8 horas. – Sussurrou. - Mas nos temos que ir, logo o sistema se segurança vai ser acionado e será mais difícil sairmos. - A pegou pela mão ajudando-a á sair do quarto pela janela estreita e velha.

Uma onda de liberdade atingiu Violetta, mesmo que fosse por pouco tempo, ela iria aproveitar esse pouco tempo com Lucas.

Diego sentia suas mãos soarem dentro dos bolsos naquele casaco de couro. O frio de Buenos Aires naquela noite não era tanto, mas mesmo assim gostava de usar aquela peça de roupa. E ainda pra ajudar seu carro estava quebrado, ir embora a pé não era nada seguro, ainda mais naquele horário. Mas ele nem se importava.

Qualquer um que o visse acenava, ele era conhecido por toda cidade, tinha fama por sua esplendida carreira na medicina, até porque, isso vinha de família. Seu pai também era um ótimo psiquiatra, mas infelizmente acabara perdendo pra loucura.

Caminhou calmamente pelas ruas perdido em seus devaneios, e quando se dera conta, já estava em frente sua casa. Adentrou a mesma e foi direto para o banheiro. Tomou um longo banho, deixando a água quente escorrer em seu corpo cansado e agora fraco. Encostou-se à parede do Box e aquele nome veio novamente em sua cabeça.

Era incrível como Violetta entrava na sua mente e não saia. Ela colava em seus pensamentos e não se desprendia. Ele já sabia, já tinha certeza de que estava apaixonado pela garota, e precisava conquistá-la. Agora sem Lucas por perto seria mais fácil, ou talvez não. Ela amava aquele enfermeiro e demiti-lo a irritou muito, Diego teria muito trabalho pra fazê-la esquecê-lo, mas ele conseguiria.

Percebeu que seus dedos já estavam enrugando, sinal de que estava tempo demais ali. Saiu debaixo do chuveiro, enrolou a toalha em sua cintura e se direcionou para o quarto. Vestiu qualquer roupa e foi para cozinha, a fome lhe apertara. O dia todo trabalhando no Manicomio não tinha tempo para se alimentar.

Terminou de comer e seguiu para o quarto. Escovou seus dentes e preparou-se para deitar. Caiu na cama e logo ela voltou a sua mente, na verdade ela nem sequer tinha saído. Pensou em um jeito de conquistá-la e ganhar seu amor. Após minutos perdidos em devaneios, chegou a uma conclusão. Ele já sabia oq eu fazer, amanhã Violetta seria sua.

Violetta sorriu ao ver as luzes da cidade a seu dispor, vazia tempo que não andava por ali, nem se quer gostava disso depois de todos os acontecimentos, mas ali com Lucas, pareceu ser tão correto, que a deixou mais feliz que qualquer outra vez na vida, olhou para o seu estrelado e a lua reluzente, em seguida sentiu do dedos do enfermeiro passeando pela suas costas e sua respiração batendo contra o pescoço nu da garota.

– Aonde nós vamos? - Perguntou a garota olhando para o céu e ainda sorrindo.

– Podemos ir onde você queira, sei que faz tempo que não sai daquele lugar, e queria que hoje fosse totalmente diferente, a noite é sua. - Ele beijou-lhe o rosto com cuidado demorando mais no canto dos seus lábios.

– Eu realmente queria poder ir à praia, faz muito tempo que não vou mais, sei que esta meio frio, mas eu sinto falta do mar. - A garota se virou para Lucas brincando com os botões da camisa. - A não ser que você não queira.

Lucas desceu a mão de suas costas e entrelaçou nas mãos frias da garota.

– Eu vou onde você for não importa. - Violetta o abraçou com força deixando o novo sentimento a dominar como antes.

Andaram pelas ruas movimentadas, Violetta não acreditava que depois de tanto tempo, tivesse voltado à cidade, o lugar onde prometera nunca mais pisar, andaram pelo deck da praia e Violetta se deixou envolver pela brisa do mar, o vento que chicoteava em seus cabelos e a mão de Lucas que estava em sua cintura, deitou a cabeça em seu ombro assim que pisaram na areia macia e a garota fechou os olhos se sentindo mais que feliz, se sentindo livre, sem nenhuma interrupção.

O passeio estava maravilhoso, ela já não tinha mais duvidas de que Lucas era seu “novo amor”. Podia ser proibido, podia ser errado, mas ela se sentia bem ao seu lado e nada iria separá-los. Ela não perderia Lucas como perdeu León.

Andavam de mãos dadas pela beira da praia, Violetta apenas apreciava a brisa do mar e o vento que batia em seu rosto fazendo seus cabelos voarem. Sorriu involuntariamente quando sentiu as mãos de Lucas passear em suas bochechas.

– Fica tão linda assim. – Disse com a voz rouca próxima dela.

– Obrigada Lucas, esse lugar é lindo. – Sorriu para ele. – Fazia tempos que não vinha a uma praia. – Suspirou.

Lucas sorriu como forma de um “de nada” e a puxou para mais longe do mar. Sentou-se na areia e a fez se deitar em seu colo. Acariciou os cabelos da menina enquanto a mesma acariciava o rosto dele. Ambos sorriam radiantes, gostavam de estar perto um do outro.

– Ei, Vilu. – Lucas cortou o silêncio. – Posso te fazer uma pergunta? – Disse a fitando.

– Claro. - Disse com a voz serena fechando seus olhos.

– Bem, é... – Lucas suspirou um pouco nervoso. – Como era sua relação com León?

Violetta abriu os olhos nervosa e assustada. Odiava ter que voltar aquele assunto, León. Ainda mais quando era pra Lucas. Sentia-se desconfortável demais. Ela não entendia porque Lucas queria saber daquilo.

– Por que quer saber Lucas? – Indagou nervosa.

– Sei lá, só queria saber como se sentia com a presença dele. – Riu fraco.

– Por favor, não quero falar disso. – Suspirou. – Sabe que eu odeio voltar a esse assunto e...

– Mas eu só queria saber, por que não me responde isso?

– Chega Lucas, eu já disse que não quero falar disso! – Gritou se levantando do colo dele. – Quero ir embora, já está tarde. – Virou-se andando em direção a beira da praia.

Lucas suspirou cansado e se levantou da areia. Não entendia tal reação de Violetta, ele só tinha feito um pergunta, uma simples pergunta. Andou até o lado dela e a levou de volta para o Manicomio.

Um grande silencio reinava entre eles dois, Violetta não queria tocar novamente naquele assunto, estava cansada de sempre estar sofrendo por Léon e machucando as pessoas ao seu lado por isso, Lucas não entendia, e não queria descontar toda sua raiva no garoto, mas as vezes, pensar em Léon, fazia seu coração arder em chamas, sabia bem que no fundo, ele não voltaria, que um dia iria passar apenas de uma lembrança, assim como sua mãe algum dia passou a ser.

Viu Lucas andando na sua frente e se pegou o admirando, não queria machuca-lo, sabia que agora não o teria mais, que ele estava saindo com ela, pela ultima vez, uma despedida, e ela a estragou pelo simples motivo de estar presa ao amor do passado, foi até em sua direção e suspirou cansada olhando para os próprios pés.

– Me desculpe. - Sussurrou evitando olha-lo.

Lucas parou, e Violetta o observou a sua frente, a respiração dele batendo no seu rosto, os narizes próximos, a boca dele a chamando para um ultimo beijo, seu perfume a dominando, sentindo saudades de seus braços rodeando sua cintura em um abraço que sempre a acalmava.

– Não precisa se desculpar. - Disse por fim levantando o queixo da menina. - Eu não deveria me meter em seus sentimentos e muito menos na sua vida, por isso, é melhor que seja assim. - Deu de ombros olhando para o horizonte onde antes estava o mar.

– Escuta, você tem todo o direito de se meter em meus sentimentos porque eu sinto alguma coisa por você. - Mordeu o lábio inferior. - Eu ainda não sei o que é, e eu tenho medo.

– Medo do que? - Perguntou se aproximando mais do rosto dela e suas palavras saíram sedutoras.

– Medo de que aconteça com você, o mesmo que aconteceu com Léon. – Arfou. - O que sentia com Léon não pode se redimir a nenhum sentimento sentido por mais ninguém, eu o amava com todas as minhas duvidas, mesmo que Tomas tenha me conquistado, ele foi quem ganhou o meu coração, era para ele que eu me abria quando estava triste, ele tinha os conselhos certos, as palavras certas, os melhores abraços - Seus olhos ficaram marejados. - E você, eu sinto que posso voltar a sentir isso tudo de volta, mesmo que Diego esteja no meio, eu sinto que posso voltar a ser feliz com você, mas eu não quero te perder, tenho medo de você me esquecer, de achar outra pessoa menos louca que não o encha de lagrimas, de desabafos, que seja a garota normal para você.

Lucas sorriu de canto com suas palavras e enxugou as lagrimas que ali se formavam e beijou a ponto do seu nariz, envolveu o corpo pequeno da garota em seus braços deixando que o vento batesse neles dois.

– Você é o normal suficiente para dizer a mim o que sentia com ele, e o que sente comigo. - Passou a mão pelo seu cabelo castanho escuro. - Eu estou aqui, e isso já é importante o suficiente.

O vento da noite chicoteou em sua janela fazendo um barulho desagradável, se moveu na cama tentando pegar no sono, fechou os olhos tentando imaginar coisas que não a perturbassem, pensou em Lucas e no seu sorriso amigável, logo, o sono a consumiu por inteiro, deixando as intrigas de lado.

(...)

Seu corpo formigava com o toque de Léon sobre sua pele, as mãos dele corriam pelo seu corpo procurando pelo zíper de seu vestido, fechou os olhos, deixando ser envolvida pelo desejo de tê-lo novamente, Léon recorreu os lábios até os delas, um beijo ofegante, suas pernas tremiam em resposta de seu amor por ele, abriu os olhos e encontrou os verdes familiares a fitando, acariciou o rosto com um sorriso risonho no rosto.

– Não acredito que esteja aqui. - Sussurrou Léon no seu ouvido.

Violetta riu, com as mãos livre procurou os botões da camisa vermelha dele, sentiu as mãos dele rondando seu quadril apertando de leve cada parte do seu corpo, assim que se desfez da peça inútil, pode se contentar com o corpo dele chamando o dela. E assim fez.

Sentiu seus pelos eriçarem com o toque leve de seus dedos rodearem suas coxas. León sorria sapeca enquanto a olhava com intimidade, ele precisava dela e ela precisava dele. Ambos compartilhavam o mesmo desejo. Sentiu a respiração dele bater em sua nuca, enquanto o mesmo distribuía beijos intensos no local.

– Isso só pode ser um sonho. - Disse com a voz fraca enquanto apreciava as caricias de León.

– Acredite, isso não é um sonho. – Sussurrou de volta a fitando. – Eu sou seu, sempre fui.

Apertou a cintura da menina fazendo-a gemer baixo, aquilo era bom, mesmo não tendo o cotato físico totalmente, a excitação tomava conta do corpo de ambos. Olhou para o peitoral dele e sentiu uma corrente elétrica passar dentre seus toques. Desceu os beijos pela barriga de León até chegar à beira de sua calça, percebeu que ali dentro, seu membro pulsava. Em um ato rápido abriu o zíper deixando a mostra a boxer. Agora só de peças intimas, os dois pediam pelo toque final, aquele que dava o maior prazer.

Enfim estavam juntos, León a levava a loucura, os gemidos de prazer de ambos ecoavam pelo local na qual não faziam questão de saber onde era. Seus corpos suavam e se moviam em perfeita sincronia, e não queriam parar. Quando então chegaram ao ápice, Violetta sentiu seu corpo perder a força, apenas se deitou no peito do amado controlando a respiração ofegante e ouvindo os batimentos cardíacos dele enquanto era envolvida por seus braços.

– Não duvide jamais, você é minha e eu sou seu. – León sussurrou enquanto acariciava os cabelos dela. – Eu te amo pequena.

– Eu sei, e nunca duvidei. Também te amo meu amor. – Sorriu e o beijou intensamente, ela sentia que aquele seria um último beijo.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam desse sonho? u.u
Somos dignas de Reviews neh?
Bjos