A Pequena Lady De Ferro escrita por Lady Danvers


Capítulo 27
Pós Festa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora, mas aqui enfim está o novo capítulo :)



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JULIE

Desci as escadas tão atordoada com o que tinha acontecido que não reparei no que havia se transformado a festa. Meu pai estava na sua armadura lutando contra... Outra armadura sua?

Todos os convidados estavam do lado de fora, olhando a luta sem fazer nada. A casa estava em completo caos.

— O que está acontecendo Julie?

Eu estava tão atordoada com a situação que não notei que Brad tinha vindo atrás de mim.

— Eu não sei, mas tenho que parar isso agora - eu disse e comecei a subir de volta para o meu quarto. Brad veio atrás de mim.

— Ficou maluca? Eles podem te reconhecer - ele disse, caminhando ao meu lado.

— Não vão. A Lady de Ferro é conhecida o bastante pra ninguém suspeitar da filha de 12 anos de Tony Stark - eu respondi. Entrei no meu quarto e tirei minha armadura de seu esconderijo.

Coloquei-a em pouco tempo e me dirigi a sacada. Acionei os propulsores e comecei a voar. Peguei altitude o suficiente para ninguém suspeitar de onde eu estava vindo e comecei a me dirigir para o centro do problema. Meu pai estava lá duelando contra outro alguém que eu não identificava. Observei o momento em que todas as pessoas que estavam ali começaram a sair correndo, deixando o lugar praticamente vazio. Essa era a minha chance.

Pousei com todo o impacto que podia no chão, chamando a atenção dos dois.

— Afastem-se! - eu disse, minha voz estava irreconhecível.

— agora chegou mais um - meu pai disse. Pelo tom da voz, ele deveria estar bêbado.

— Eu não quero mais brigar Tony. Estou cumprindo ordens do governo e vou levar a armadura.

Identifiquei a voz da outra pessoa na hora. Era o Coronel Rhodes, o melhor amigo do meu pai.

De repente, meu pai levantou as mãos apontando para Rhodes e para mim.

Rhodes agora apontava sua mão para meu pai.

— Abaixa a mão!- Rhodes disse

— Abaixa você! - meu pai respondeu. Que infantil.

— Abaixem as mãos os dois! - eu disse, apontando minhas mãos para cada um deles. Eu já estava ficando irritada com aquela situação.

Nenhum de nós abaixou a mão, resultando em uma grande quantidade de energia saindo dos nossos propulsores. Todos nós caímos com o impacto, quebrando o que restava da sala.

Demorou um pouco até eu conseguir me levantar e quando o fiz, percebi que o Coronel Rhodes já havia ido embora com a armadura prateada. Meu pai ainda estava no chão o que me preocupou antes de notar que ele começava a se levantar.

Não perdi mais tempo e saí voando para despistar alguém que me visse. Dei algumas voltas até voltar para o meu quarto onde Brad me esperava.

— Conseguiu? - ele perguntou, simplesmente.

— Consegui, mas vou ter que ter uma conversa séria com meu pai.

Tirei a armadura e desci as escadas acompanhada de Brad. Fui ao encontro de minha mãe e seu "amigo" Mark.

— Mãe, o que aconteceu com o papai pra ele agir desse jeito?

— Eu não sei, provavelmente bebeu demais durante a festa - ela me respondeu.

— Eu acho que tem alguma coisa que ele não quer contar.

— Eu devia levar você de volta pra casa. Seu pai é um irresponsável.

— Eu não vou a lugar nenhum até descobrir por que ele está agindo assim, mãe.

— Ok, nós já vamos indo - minha mãe disse e me abraçou - Me avise se acontecer qualquer coisa.

— Pode deixar - eu disse.

Observei os dois saindo e me dirigi à Brad.

— Você viu a Pepper? - eu perguntei.

— Vi sim, ela disse que o seu pai já tomou banho e está na cama.

— Ótimo - eu disse. Teria que deixar a conversa com meu pai para o dia seguinte.

— Então, você vai ficar aqui - eu disse, me lembrando novamente da estupidez que havia feito ainda naquela noite - Vamos então, eu tenho um vídeo game novinho a nossa espera.

Apostamos corrida até o meu quarto. Jogamos vídeo game até de madrugada e não tocamos em nenhum momento no assunto do beijo. Foi bom Brad estar ali comigo para me distrair. Eu não queria mais pensar no que o meu pai estava escondendo de mim.

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Acordei cedo e vi que Brad ainda estava dormindo. Troquei de roupa e desci até a sala que estava totalmente destruída. Desci até a oficina do meu pai e o vi lá.

Ele estava mexendo em uma das suas armaduras e tomava uma bebida escura.

— Se for por ontem à noite, desculpe por estragar a nossa festa - disse ele.

— Eu quero saber o que não está me contando pai - eu disse, direta.

— Que seria?

— Eu não sei. Porque você não me conta o que há de errado com você.

— Não há nada de errado comigo, Thalia.

Ele estava mentindo.

Nesse momento ele quase caiu, se apoiando na mesa.

— Pai! - eu fui correndo ajudá-lo.

— Droga - ele resmungou - me passe a caixa de charutos - ele pediu e eu obedeci o mais rápido possível entregando a ele à caixa.

Ele abriu a caixa e pegou um tipo de disquete prata, levantou a camisa e abriu o reator. Ele retirou do reator aquela mesma coisa só que estava o soltando fumaça e colocou o novo.

— Pai, me conte a verdade.

Peguei uma cadeira e me sentei ao seu lado para escutar.

— É o paládio do reator. Ele está envenenando o meu sangue.

— O quê? Não há como trocar por outro elemento ou alguma outra coisa? - eu perguntei, ele não podia estar falando sério.

— Eu pesquisei todos os elementos, acredite. Mas nenhum deu certo.

Ele levantou a camisa e me mostrou suas veias expostas.

— Eu estou morrendo minha filha - ele disse, havia dor na voz dele.

— Não... - meus olhos já estavam cheios de lágrimas, mas me contive e disse - Vamos achar um jeito, pai.

— Não há jeito, Julie - ele falou, levantando-se e colocando sua armadura - Não há nada que você possa fazer.

Saiu voando pelo buraco no teto de sua oficina.

Voltei para cima e vi Brad.

— Que horas você tem que ir embora? - eu perguntei.

— Daqui a duas horas. Por quê?

— Eu preciso te contar muitas coisas, mas não aqui. Vamos na praia.

Caminhamos até a praia em frente a minha casa e nos sentamos na areia.

— O que queria me dizer?

— Meu pai está morrendo - eu disse. Ainda não conseguia aceitar esse fato a acho que nunca conseguiria.

— O quê? Como?

— O paládio do reator está envenenando o sangue dele.

— Sinto muito - disse Brad me olhando. Eu sabia que ele sentia. Brad havia perdido sua mãe quando criança, ele conhecia a dor da perda.

— Não sinta, eu vou ajudá-lo a encontrar uma cura - eu disse. Estava decidida a ajudar meu pai mesmo que ele recusasse.

Passamos o resto do nosso tempo conversando. Quando chegou a hora de Brad ir embora eu e ele fomos de carro com Happy até o aeroporto.

— Eu vou sentir saudades idiota - eu disse e o abracei.

— Eu também maluca.

Nos despedimos e eu vi mostrar seus documentos a aeromoça. Ele se virou e acenou para mim. Eu acenei de volta sem imaginar que não o veria por um bom tempo.

 

TONY

Não deveria ter contado para Julie. Preferia que ela não soubesse. Não havia o que fazer.

— Senhor, terei que pedir para que saia da rosquinha - um homem negro e de tapa-olho gritou pra mim. Era Nick Fury. Ele estava no meu pé desde que eu havia me tornado o Homem de Ferro.

— Já disse que eu não quero fazer parte do seu grupinho super secreto - eu esclareci. Desde a noite em que o conheci ele vem me pressionando para aceitar fazer parte de uma tal Iniciativa Vingadores.

— Não, havia me esquecido que você trabalha sozinho. Como está se saindo - disse ele, debochando.

Eu ainda estava com um pouco de dor de cabeça por causa da noite anterior. Queria saber por que ele estava ali.

— Perdão, não quero ser grosseiro, mas a julgar pelo tapa-olho eu estou muito bêbado pra saber se você é ou não real - disse.

— Eu sou muito real - ele disse, se inclinando sobre a mesa - A pessoa mais real que você vai conhecer.

— Sorte a minha.

— O que é isso aqui? Isso não parece bom - ele falou, estava vendo as minhas veias expostas no pescoço.

— Já esteve pior - respondi.

Estava tomando o meu café quando ouvi uma voz familiar.

— O perímetro está seguro, mas não podemos garantir por muito tempo.

Era Natalie. Com uma roupa colante preta.

— Está despedida - eu disse.

— Você não é meu chefe - respondeu ela para mim, sentando- se ao lado de Fury.

— Tony, quero apresentar-lhe a Agente Natasha Romanoff - ele anunciou.

— Sou agente da SHIELD. Fui enviada pelo Diretor Fury - ela disse

— Sugiro que se desculpe - eu falei. Que dissimulada!

— Você anda muito ocupado - Fury se intrometeu - Nomeou sua namorada presidente, está distribuindo suas coisas. Deixou seu amigo sair por aí com a sua armadura. Se não o conhecesse bem...

— Você não me conhece. Não dei a ele, ele tomou - eu respondi.

— Não. Ele a pegou? Você é o Homem de Ferro e deixou ele pegá-la? Seu amigo entrou lá, te deu uma surra e pegou sua armadura? Isso é possível?

— De acordo com a base de dados do Sr. Stark, há redundâncias que previnem o uso não autorizado - a agente disse.

— O que querem de mim? - eu perguntei

— O que queremos de você? - Fury disse, sarcástico. Nesse momento, Romanoff saiu - Não, o que você quer de mim? Você se tornou um problema. Um problema que eu preciso resolver. Ao contrário do que você acha, você não é o centro do universo. Tenho problemas maiores na região sudeste pra resolver.

Eu estava tomando uma bronca do Fury (pra variar), mas eu não estava nem prestando atenção. Só conseguia pensar em como Julie estava agora.

— Injete - Fury disse e antes que eu pudesse protestar, Romanoff injetou alguma coisa no meu pescoço.

— Deus! Vão roubar meus meu rim pra vender? O que fizeram comigo? - perguntei.

— O que fizemos por você - Fury respondeu - Isso é dióxido de lítio, vai aliviar os sintomas. Queremos que volte ao trabalho.

— Me dá uma caixa disso e verão - respondi. Já me sentia um pouco melhor.

— Não é a cura, apenas alivia os sintomas - disse Romanoff.

— Não será tão fácil curá-lo - Fury disse.

— Confie em mim, sou bom nisso. Tenho procurado algo que substitua o paládio. Já tentei cada combinação e associação com os elementos conhecidos - expliquei para ele.

— Vim te dizer que não tentou tudo - ele disse, sério.


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Notas finais do capítulo

Gostaram??