A Pequena Lady De Ferro escrita por Lady Danvers


Capítulo 24
Corrida em Mônaco


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora.



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Os dias se passavam e a cada dia as pessoas falavam mais sobre a Lady de Ferro. Tony estava com os nervos à flor da pele por conta disso e Julie pensava se já não era hora de contar a verdade para seu pai. Ela decidiu que contaria, mas não agora, pois eles iriam para Mônaco.

 

 

JULIE

A viagem durou algumas horas. Quando chegamos fomos para o nosso hotel que ficava em uma das ruas onde ia acontecer uma corrida. Meu pai é tão cismado que trouxe a armadura dele junto, compacta em uma mala. Não sei o que ele pensa que pode acontecer aqui.

Meu pai, Pepper e eu descemos até o restaurante acompanhados da Natalie. Havia muitas pessoas e fotógrafos nos paravam para tirar fotos a cada minuto.

Então um homem de terno se aproximou de nós. Ele era loiro e usava óculos e estava acompanhado de uma mulher loira.

— Anthony meu amigo como vai? – perguntou ele ao meu pai como se fossem velhos amigos.

— Muito bem Hammer e você? Ainda chorando pelo seu contrato cancelado? – era visível que o meu pai não gostava do tal de Hammer.

— Na verdade ele foi suspenso – disse ele de modo rápido. – Que indelicadeza a minha, vocês já conhecem a Christine Everhardt da Fanity Fair? Ela está fazendo uma matéria sobre mim.

— Já. Na verdade ela fez uma matéria sobre o Tony no ano passado. Muito boa – disse Pepper, ela parecia com raiva daquela mulher.

Meu pai permanecia em silêncio até que eu não aguentei mais não ser notada por ninguém e disse:

— Vamos voltar para a nossa mesa?

Todos os olhares se voltaram para mim, o que me deixou até um pouco constrangida.

— Então você é a herdeira do trono Stark. Eu sou Justin Hammer, um amigo do seu pai.

Duvido que ele fosse amigo do meu pai.

A mulher loira, a tal Christine, se apresentou pra mim:

— Oi, eu sou Christine Everhardt, sou repórter. Você é muito bonita, igualzinha ao seu pai.

Agora eu saquei o que estava acontecendo. Aquela mulher devia ser um dos antigos casos do meu pai. Isso explica porque a Pepper parecia tão alterada.

Dirigi-me aos dois sorrindo e disse:

— Eu sou Julie Stark e odeio bajuladores – voltei–me para Pepper e meu pai que não escondiam a satisfação por eu ter falado aquilo. Repeti minha pergunta:

— Vamos voltar para a nossa mesa?

— Claro – disse Pepper

— Vamos nessa – meu pai disse.

Então saímos de lá, deixando os dois com cara de idiotas.

 

 

TONY

Deixei Julie e Pepper na mesa e fui ao toalete. Tirei do bolso um aparelho que mede a toxicidade do sangue. Estava em 45%.

Era o paládio do meu reator. A única coisa que me mantinha vivo estava me matando. Eu não contei a ninguém, pensei que conseguiria contornar essa situação, por isso passei tanto tempo no laboratório, mas não consegui.

Eu queria contar a verdade para Pepper e Julie, mas não tive coragem. Pepper provavelmente surtaria e Julie... Eu não podia fazer isso com ela, não agora que estamos nos dando tão bem.

Então tive uma ideia. Um sonho de infância. Já que vou morrer é melhor eu me divertir enquanto ainda há tempo e aposto que Julie vai adorar.

 

 

JULIE

Fazia algum tempo que meu pai havia ido ao banheiro e ainda não havia voltado. Alguma coisa ele estava aprontando.

Olho em direção a uma TV e vejo que muita gente se aglomerou pra ver alguma coisa. Comecei a ouvir comentários sobre o meu pai. Pepper e eu levantamos no mesmo instante fomos ver do que se tratava.

Era o meu pai na TV. Ele estava no grid de largada, pronto pra pilotar um carro de fórmula 1.

— Que maneiro! – eu disse

— Que maluquice você quis dizer – disse Pepper, preocupada.

A corrida começou e nós continuamos acompanhando tudo. Pepper parecia apreensiva.

Para a minha surpresa meu pai dirigia muito bem, mas então, algo aconteceu. A câmera focou em outra parte da pista onde um homem abriu um portão e entrou no meio da pista.

Ele ficou parado lá até um carro aparecer. A parte de cima de sua roupa começou a queimar e o que pareceu chicotes elétricos pendiam de suas mãos, mas o que mais me chamou atenção foi o reator que ele estava usando em seu peito. Era igual ao do meu pai.

Aquele cara começou a partir todos os carros que estavam a sua frente com seus chicotes, mas eu sabia por quem ele estava esperando.

— Natalie, chame o Happy – disse Pepper, atrás de mim.

Natalie saiu e poucos instantes depois ela e Happy voltaram. Happy estava preparado, trazia consigo a maleta – armadura do meu pai.

No mesmo instante em que olhei de volta para a TV, vi o carro de meu pai ser partido pelo cara com os chicotes elétricos. Meu sangue gelou.

— Meu Deus – disse Pepper, ela estava a ponto de chorar.

Ela olhou para mim e disse:

— Julie, preciso que você fique. Natalie cuide dela. Eu vou ajudar o seu pai.

— Sem essa, eu também vou – eu disse, mas sabia que era em vão. Eu não tinha minha armadura aqui.

— Não Julie, você vai ficar aqui em segurança – Pepper disse, saindo às pressas com Happy.

Natalie me segurava pelo braço. Eu tentava me soltar, mas para a minha surpresa ela era muito forte.

— Me solta agora – eu disse, com raiva por estar naquela situação.

— Não vou. Eu recebi ordens expressas pra não deixar você sair daqui.

Olhei para a TV e vi que meu pai lutava e se esquivava contra os golpes daquele homem.

Quando senti que Natalie tinha afrouxado o aperto no meu braço eu sabia que aquela era a minha chance. Reuni toda a força que eu tinha (que não era muita) e dei um chute na canela da sonsa da Natalie. Ela soltou meu braço e eu saí, correndo o mais rápido que pude até onde meu pai estava.


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Notas finais do capítulo

roupa Julie: http://www.disneydreaming.com/wp-content/uploads/2013/09/Bailee-Madison-Paley-Fest.jpg

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