Mesmo com Julie lendo sua revista, ela não podia deixar de rir com seu pai e Pepper discutindo na cozinha. Ela teve que esconder a revista na sua cara para não a verem rindo, depois ela resolveu subir para o quarto, pois não queria que a vissem rindo tanto num momento daqueles, podiam até achar que ela estava mentindo mas quando subiu achou a porta de um quarto aberto e curiosidade nela era o que não faltava.

— Chega, vamos parar por aqui – Pepper falou, colocando as mãos na cabeça.

— Finalmente percebeu que isso não vai dar em nada. – Tony disse.

— Olha Tony – A ruiva tirou as mãos da cabeça, respirando fundo. – A única pessoa que pode provar tudo o que a menina diz é a mãe dela.

— Nem pensar, nem morto. – Tony levantou indo em direção ao sofá. – Ué cadê a...

— Tony, eu não estou brincando. – Pepper falou, saindo da cozinha. – Você precisa falar com a mãe da menina.

— Ai é que está o problema, eu não vejo a Louise tem 11 anos e se a Julie é ou não minha filha, ela estaria uma fera comigo da mesma forma.

— O que você fez de tão errado? – A mulher pergunta, confusa. – Você fez alguma coisa que a magoou tanto para ela não contar nada?

— Eu não sei, eu não lembro nem de como eu e ela terminamos. – Alguns segundos de silêncio se fizeram na sala. – Está zangada comigo, né? – Tony perguntou, sentando na bancada do sofá.

— Claro que não, quer dizer, eu acho. – Pepper respondeu – E mesmo que a menina seja sua filha ou não, ela não tem culpa.

— Eu sei, mas isso tá acontecendo tão rápido.

— Eu entendo. – Antes de Pepper dizer alguma coisa seu relógio apita, ou seja, hora de voltar para o trabalho. Ela ia saindo sem dizer nada até que Tony segura o braço dela e diz.

— Eu te amo e você sabe disso. – Ele falou da forma mais sensível que pode.

— Bem Tony você já sabe o que eu acho, tente ver alguma coisa e resolva logo isso. – Pepper diz, antes de sair e voltar para o trabalho deixando Tony sozinho. Ele teria ficado lá se não tivesse ouvido um barulho vindo do seu quarto.

Julie estava brincando com uma arma pequena que soltava um laser vermelho que fazia as coisas ficarem pequenas, um tipo de raio escolhedor.

— Demais. – A menina falava, rindo e antes dela encolher a televisão de sabe-se lá quantas polegadas de Tony ele chegou e viu algumas de suas roupas, livros, seu espelho e sua enorme televisão pequena.

— O que você tá fazendo?- Tony falou em tom alto de voz, colocando as mãos na cabeça vendo as coisas de seu quarto pequenas. E antes que ele pudesse dizer alguma coisa Julie sem querer atira no seu notebook.

— Ops...ahn.....acho que me empolguei. – Julie abaixa a cabeça enquanto o homem olha seriamente para ela.

— Me dá isso aqui. – Ele tira o raio da sua mão. – Isso pode ser perigoso, sabia disso?

—Acho que não, é só você reverter os fios dentro disso e tudo volta a seu tamanho de antes. – A menina parecia conhecer bem as máquinas.

—Eu sabia disso tá. – O homem fala já pegando um kit de ferramentas embaixo da cama. – Pelo menos não encolheu isto. – Ele diz. – Olha, eu conheço melhor de máquinas ou qualquer tecnologia melhor que você.

— Está contando vantagem com uma menina 23 anos mais nova que você?- A menina de olhos negros falava sentando na cama.

—E você... ahn você.... – E parece que Julie ganhou a primeira Rodada.

O que Julie disse estava certo, Tony apenas reverteu algumas coisas e conseguiu trazer de volta ao normal seus pertences.

— Nunca mais mexa nisso, tudo bem? – Ele diz virando para a menina

— Sim, senhor. – Julie fala educadamente.

— Olha eu preciso de uma coisa muito importante e acho que você vai ter que ajudar. – Tony fala seriamente para a menina. – Eu preciso que peça para sua mãe vr para cá urgente para nós resolvermos logo isso.

— Minha mãe?- Julie pergunta confusa.

— Sim, se ela quiser eu pago a viagem dela e tudo mais, mas eu quero ela aqui. – Tony responde.

— Eu falo com ela. –Julie responde.

— Tudo bem, enquanto isso vai pro seu quarto. – Tony diz apontando para a porta.

— Meu quarto? – Julie vira para ele. – Não é o quarto de hospedes?

—É sim, por enquanto é seu. – O homem responde nervoso.

Ao chegar no "seu quarto" Julie pega seu celular começa a discar, 554-223-923. Ela estava nervosa, pois não havia falado com sua mãe desde que fugiu de casa.

— Alô? - Uma voz suave de uma mulher de olhos castanhos esverdeados falou. Julie hesita em falar um pouco mas depois diz:

— Oi...mãe.

— JULIE! – Louis grita de felicidade. – Meu amor você não imagina como eu estava preocupada até agora eu achava que alguma coisa grave tivesse acontecido, pois você não me dava noticias.

— Mãe, eu sai ontem do Texas. – A menina diz.

— Tanto faz, sabe como as mães são sempre preocupadas com os filhos. – A mulher parecia nervosa porem feliz ao mesmo tempo. – Então, sua missão foi cumprida?

— Sim mãe, eu tenho que agradecer primeiramente ao Brad que me ajudou e muito. – A menina de cabelos negros dá um sorriso e fala. – Eu o achei mãe.

— Seu pai?- A mulher já não estava tão feliz.

— Sim mãe, meu pai e ele não é tão assim como a senhora dizia e ...

— Ele é super teimoso né? – Sua mãe diz curta e grossa.

— É nesse ponto você está certa. – Julie responde concordando com a mãe. – Ele tem uma namorada que parece ser muito boa.

— Desejo boa sorte a ela pois não são todas que o suportam. – Louise não parecia zangada com isso, era até bom para ela.

— Tudo bem, olha filha antes de tudo eu queria te pedir desculpa não podia ter te escondido isso. – Louise se lamenta.

— Calma mãe, eu não estou zangada.

— Não sabe o quanto me deixa calma com isso.

— Mãe, preciso que faça uma coisa para mim. – Julie pede a mãe como se fosse uma daquelas fangirls pedindo a mãe para ir ao um show. – Preciso que venha a Nova York pois o papai quer ter uma conversa séria com você.

— Pois diga ao senhor Stark que eu já estou com uma viagem só de ida para o Rio de Janeiro sabe ficar lá no Copacabana Palace com vários modelos europeus. – A mulher dizia irônica.

—Ah mãe, por favor, o papai até disse que paga sua viajem. – A mãe de Julie não gostou muito do que ouviu.

— Ele acha que eu não posso pagar minha passagem?

— Não é isso mãe é que...

— Eu chego à Nova York na terça. – Foi tudo que Louise disse antes de desligar o telefone na cara da filha como se ela fosse Tony.

— Tchau para você também senhora Martinez. – Depois Julie manda uma mensagem para Brad

"Olha seu pilantra não pense que estou feliz por você ter feito aquilo comigo. Mais não é sobre isso que tenho que te falar, acho que Terça vai rolar o maior barraco que Nova York já viu."

Julie apenas respirou fundo, imaginando como seria o encontro de Tony e de sua mãe. Julie ficou é com pena de Tony, pois sua mãe nunca foi tão gentil quando se tratava de "conversas civilizadas".