Réquiem escrita por Ghanima


Capítulo 4
Negócios




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Quando sua mente volta pro lugar, ele se lembra das palavras de Sasuke.

- Logo será a sua vez, tenha certeza.

Talvez a idéia não seja de todo ruim.

-Tomara mesmo. – é tudo que o rapaz pensa antes de seguir o seu caminho.

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Ino refez o seu percurso de horas atrás e chegou, finalmente, ao seu quarto; não tardando em tirar as suas roupas e dirigir-se ao banheiro. Olhando-se no espelho, um rubor lhe coloria as bochechas e um sorriso bobo decorava os lábios avermelhados.

O beijo que dera em Shikamaru veio num impulso, mas que não era, de forma alguma, motivo de arrependimento para a loira. Levou alguns minutos até estar pronta para deitar-se. Já jogada em sua cama, a jovem deitou-se de bruços e olhava para as cortinas lavanda da sacada, imersa nos momentos recentes da noite.

A madrugada estava quente e as cobertas de sua cama pioravam a situação, pois se somavam ao calor que ainda permanecia em seu corpo, mesmo levando em consideração que o beijo não durara tanto assim. A loira virou-se e encarou o teto branco do quarto.

- Boa noite, Shika... – essas foram as últimas palavras da Yamanaka, antes de jogar-se nos braços de Morfeu.

Em cima da penteadeira, estava o colar que Ino usara naquela noite e, já que a mesma partira para o mundo dos sonhos, não tivera a oportunidade de ver um acontecimento singular. O pingente brilhava como ouro, indicação clara de que a pessoa que o dera a loira, estava chegando.

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Já eram 9 da manhã e Ino ainda dormia, por isso, uma nova figura ocupou-se de ir até os aposentos da mesma e atrapalhar o tranqüilo sono da loira.

- Acordando, moça. – a voz era masculina e jovial. – Deus ajuda quem cedo madruga, un!

O elemento foi até a janela e escancarou as cortinas, fazendo com que os raios solares incidissem diretamente no rosto da jovem. A reação dessa não foi surpreendente, apenas cobriu-se totalmente e tentou ignorar o intruso.

- Levantando! – as cobertas foram arrancadas da cama e isso bastou para acabar com qualquer esperança da Yamanaka em estender o seu sono.

Ela sentou-se na borda da cama e esfregou os olhos, esperando até o momento que o foco voltaria a eles. Quando isso aconteceu, ela voltou-se na direção da pessoa que, tão “delicadamente”, a arrancara de seu descanso.

O intruso era um homem de uns 20 e poucos anos, tinha algo em torno de 1.74m, com olhos azuis e um cabelo loiro cuja franja cobria o seu olho esquerdo. Estava vestindo uma capa preta longa que impedia que se visse o resto dos seus trajes.

- Deidara-niisan? – o choque da loira faz com que o homem de uma gostosa gargalhada!

- Conhece outro com o meu rosto, Ino-chan, un? – ele retruca e pisca o olho azul visível.

A jovem salta da cama e se atira nos braços do primo, cujas visitas eram conhecidas por serem sempre um motivo de alegria e preocupação. Alegria, pois a presença de Deidara era uma injeção de disposição na vida de todos. Preocupação, pois as “experiências artísticas” do mesmo eram potencialmente perigosas.

- Quando chegou? – a jovem se separa do primo e vai até a sacada, checar o clima.

- Faz umas duas horas. – Deidara dá um bocejo longo.

- E que horas são?

Deidara ergue a sobrancelha e olha pro seu relógio de bolso.

- Precisamente 9:17, preguiçosa. – mais uma vez, os olhos azuis da prima se escancaram. – Agora, vai logo se arrumar por que eu quero companhia pro café da manhã, un. – com isso, o homem vai saindo do quarto, deixando a garota se arrumar em paz.

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Ino desceu correndo as escadas e seu vestido salmão esvoaçava conforme se mexia, logo chegou ao jardim, onde sua família sentava-se a uma mesa sob um enorme salgueiro. Diminuindo o passo, a jovem pôs sua respiração no lugar e aproximou-se.

- Bom dia. – a jovem se senta.

- Bom dia, filha. – o senhor Yamanaka não tira os olhos do jornal em suas mãos.

- Bom dia, querida. – a mãe da um sorriso gentil. – Você me parece cansada. Demorou pra dormir?

- “E a senhora nem sabe o quanto...” – o pensamento veio acompanhado de um brilho malicioso nos olhos azuis de Ino, mas que só foi percebido por Deidara. – Sim, aí decidi ficar lendo até o sono bater. – a loira passa geléia numa torrada.

- “Mentirosa, não tem livro nenhum no seu quarto.” – Deidara prefere deixar passar o deslize da prima, apenas pra não arruinar com a manhã. – A ‘leitura’ foi proveitosa, un?

A entonação na voz do jovem faz com que Ino fique pálida, temendo que seus pais caiam no papo do primo.

- Foi ótima. – ela dá um sorriso e quando sua mãe não mais presta atenção à conversa, aproveita e dá um chute bem dado na canela do primo. – “Vou te matar, Deidara-niisan!”

Ele entende a mensagem e se limita a estirar a língua.

- Vai fazer algo hoje, Deidara? – Inoshi finalmente se integra ao papo.

- Na verdade, não. – o loiro bebe um pouco de leite. – Pretendia só dar uma volta por aí, un.

- Que bom, pois preciso conversar com você.

Para a tristeza de Inoichi , a filha se volta para eles no exato momento em que ele fez esse comentário. Não teria tido problema nenhum se o pai não tivesse cometido a tolice de expressar uma enorme preocupação em seu rosto. E, conhecendo Ino, ele sabia que ela tinha percebido.

- Tem alguma coisa acontecendo, pai? – era uma pergunta apropriada se levarmos em consideração os fatos estranhos do dia anterior.

Perigo!

- Ino-chan, poderia me acompanhar até a cidade hoje? – a mãe desvirtua o assunto e deixa claro que, apesar do tom usado, aquilo não fora um pedido e sim, uma intimação.

- Claro, mãe. – talvez fosse melhor começar o interrogatório fora de casa.

O café transcorreu na maior calma possível; Deidara aproveitou o intervalo até o almoço para dormir, Inoshi trancou-se no escritório e Ino e a Srª Yamanaka foram se aprontar para o dia fora de casa.

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As ruas do centro de Konoha estavam movimentadas e todas as lojas estavam com clientes em seus interiores. No tempo em que Ino passeava pelas ruas, sua mãe parara num joalheiro e pedira para que a filha fosse distrair a cabeça enquanto a primeira estivesse ocupada.

Assim sendo, a jovem ficou perambulando pelas ruas e batendo papo com os conhecidos que encontrava pelo caminho. Depois de uns 20 minutos, decidiu parar em um quiosque e beber um suco, para conseguir suportar o calor que fazia naquele dia.

- Oi, Ino – Chouji se aproximava sorridente e comendo biscoitos. – Tudo bem?

- Sim, e com você?

- Igualmente... – ele mastiga um biscoito e retoma a fala. – Já está a par das novidades?

Uma fofoca de vez quando não faz mal a ninguém, não é?

- Pode começar! – a disposição de Ino a ouvir sobre a vida alheia sempre foi motivo de surpresa para o jovem Akimichi.

- Bem, por onde devo começar... – aquilo foi uma pergunta retórica, mas a ansiedade de Ino a fez responder.

- Por onde você quiser, Chouji! – paciência não era um atributo próprio a Yamanaka.

- Hum... As suspeitas foram confirmadas: Hinata e Naruto estão oficialmente comprometidos. – Chouji se senta ao lado de Ino. – A data do casamento ainda não foi anunciada, mas supõe-se que será logo.

- E o que mais? – Ino puxa a mão do amigo e faz com que ele se sente à sua frente.

-Tenten e Neji ainda não se manifestaram sobre a data deles.

- E o que mais?

Antes que Chouji pudesse se manifestar, uma sombra passa agilmente pela rua onde os jovens estavam e chama a atenção de todos que se encontravam naquele lugar. A carruagem era negra e muito bem acabada, indicando que alguém bastante rico era o proprietário.

O veículo para e espera que as pessoas possam passar diante da mesma, e Ino paga o que devia no quiosque apenas para poder se aproximar daquela carruagem e ver quem era a pessoa dentro dela. Enquanto ela e Chouji iam se aproximando da carruagem, a porta da mesma se abre e um homem familiar à loira desce.

- Eu o conheço! – a Yamanaka exclama num volume que só o Akimichi pudesse ouvir. O citado indivíduo tinha a pele escura, com algumas cicatrizes, os cabelos eram escuros e o detalhe mais sinistro eram os olhos: a esclerótica era negra e a íris era branca.

– Esse homem estava na minha casa ontem, falando com meu pai. – esclarece a garota.

- Acho que o nome dele é Kakuzu. – o garoto e a loira se sobressaltam com a voz de Shikamaru que surgira do nada e se inserira na conversa. – Que dupla problemática vocês, são. Assustam-se com nada. – ele mexe no cabelo. - Falam que ele é um banqueiro de Takigakure. – bocejo, grande novidade.

- Como sabe? – Chouji inquire.

- Meu velho comentou isso comigo ontem. – os olhos do Nara estavam fixos nos lábios rosados de Ino, o gosto deles ainda permanecia na boca do rapaz. – O cara é assustador e bem ganancioso. – mais um bocejo.

O Akimichi estava ocupado demais computando as informações recentes e não reparou na tensão surgida entre Ino e Shikamaru quando a loira percebeu um brilho singular nos orbes castanhos do Nara. A carruagem ainda estava parada.

- Olhem! – Chouji chama atenção e os outros dois voltam seus olhos para a o veículo.

Uma mão calçada por uma luva negra era vista saindo pela janela e nesta mesma mão, estava uma fina corrente prateada com o mesmo pingente que Ino possuía. Um círculo com um triângulo invertido em seu interior. Os olhos da loira foram subindo por aquela mão e, de repente, orbes azuis faiscantes se encontram com orbes púrpuras totalmente vazios.

- Ino? – o Nara toca o ombro desnudo da jovem. – Ino?

- O homem dentro da carruagem, ele tem o mesmo pingente que eu! – ela sai do transe.

- E daí? – é a vez do gordinho se manifestar.

- E daí que nem eu sei de onde surgiu esse acessório! – ela responde como se a sua manifestação acerca da coincidência já trouxesse a resposta que seus amigos queriam.

- Ino, você não está achando que essa pessoa vai te dizer de onde surgiu o tal pingente, acha? – Shikamaru tinha toda a intenção de internar a amiga se ela respondesse que sim.

- Bem...-

Antes que ela se manifestasse, sua mãe vem vindo em sua direção e sem a sacola aonde viera trazendo as jóias. O rosto da mulher estava corado por causa da corrida até a filha.

- Boa tarde, meus queridos. – a Srª Yamanaka cumprimenta os rapazes e se dirige à filha. – Estive procurando você em toda a parte, minha filha! Devemos ir logo almoçar, pois ainda tenho coisas a resolver.

- Eu entendo, mãe. – Ino se lembra de externar uma questão. – Onde está a sacola?

O rosto da mulher se empalidece por um minuto, apenas para ser ruborizado logo em seguida.

- Deixei lá por que tinha ajustes a serem feitos. – a mãe toma a mão de Ino. – Meninos, vocês se unem a nós no almoço?

- Obrigado pelo convite, senhora Yamanaka. – Shikamaru se adianta. – Mas eu e Chouji temos uma coisa pra fazer daqui a pouco, deixemos para uma próxima.

A mulher parece estranhamente aliviada.

- É uma pena mesmo. Então, me despeço dos senhores aqui. – as Yamanaka vão indo e são observadas atentamente por três indivíduos.

- Por que não aceitou o convite? – Chouji estava decepcionado com a perda do almoço.

- Minha mãe me falou que as finanças da família Yamanaka não estão lá muito boas.

- Realmente, meu pai deixou escapar algo assim um dia desses. – o Akimichi se lembra.

Os dois amigos tomam seu rumo sem saber que eram observados pela mesma pessoa que também assistira a partida das Yamanaka.

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O observador estava dentro da carruagem negra e era a pessoa que possuía o mesmo acessório de Ino, que ele vigiava desde que pusera os olhos nela naquela rua. Sentado defronte a ele, estava um homem de cabelos e olhos alaranjados e uma mulher de cabelos azuis decorados com uma flor branca.

- É ela? – pergunta a mulher.

O observador apenas aquiesce com a cabeça, sem tirar os olhos do lado de fora da carruagem.

- Quando quer que eu vá a casa dela? – o homem pergunta e seus olhos alaranjados revisam alguns papéis em suas mãos.

- Assim que o Kakuzu chegar com os papéis do contador. – o observador demonstra sua impaciência, retorcendo a corrente prateada em suas mãos. – Só que ele não me parece inclinado em ajudar em nada! – calma não era o forte do homem.

Falando no diabo, Kakuzu chega com um envelope volumoso e adentra a carruagem que logo dispara em direção à área mais nobre de Konoha. O caminho não era uma maravilha, mas também não era uma tragédia, o que ajudava a amenizar as más disposições.

- A propósito, qual é o plano? – a mulher pergunta.

- Simples, cara Konan. – Kakuzu começa. – Levantar todas as dívidas do azarado e fazer uma proposta que ele não possa recusar.

- Isso já era óbvio pra mim. – Konan não se mostra irritada. – O que eu quero saber é por que esse homem em especial.

- Uma dívida antiga. – o homem dos olhos violetas é quem se manifesta. – Pein, tem alguma forma de cercar mais o infeliz? – ele pergunta, se dirigindo ao homem de cabelos alaranjados.

- Se eu soubesse exatamente o que você quer dele, até responderia. – Pein Nagato era um proeminente advogado de Amegakure.

A conversa foi encerrada depois da manifestação de Pein, pelo simples fato de que ela seria retomada na casa do homem de quem falavam.

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Fazia duas horas desde que Ino e sua mãe terminaram o almoço e agora, ela estava na recepção do Banco de Konoha esperando sua mãe terminar de tratar com o gerente um assunto do qual a jovem não fazia a menor idéia do que se tratava.

Ela estava aproveitando aquele tempo para fazer a digestão e descansar um pouco; enquanto fazia isso, observava o circular de pessoas dentro e fora do Banco. Alguns rostos eram totalmente desconhecidos, outros nem tanto. E esse era o caso de um rapaz loiro e agitado que vinha na direção da loira.

- Como vai, quase-casado? – caçoa a Yamanaka que vê um rubor surgir nas bochechas de Naruto.

- Mas será que já tá todo mundo sabendo? – ele se joga na cadeira ao lado de Ino.

- Achou que ia manter segredo, é? – ela dá uma gargalhada gostosa que o loiro acaba dando também. – Fazendo o que aqui?

- Tendo uma aula de como ser responsável. – os olhos de Ino se esbugalham. – Ou pelo menos é o que minha mãe pensa!

As gargalhadas voltam e tamanha é a distração da dupla que eles não notam uma figura feminina que emergira atrás deles.

- E ao que parece, você não está se aplicando, certo? – a cor some do rosto de Naruto ao se deparar com aquela figura ruiva e de olhos claros que se pusera atrás dele. – Como vai, Ino-chan?

- Muito bem, Kushina-san. – ela segura o riso vendo o pânico nos olhos do loiro. – E a senhora?

-Não tão bem quanto poderia estar, não é mesmo, Naru-chan? – ela põe as mãos no ombro do menino e aperta com força, fazendo os ossinhos quase racharem.

Kushina Uzumaki, como o sobrenome diz, era a mãe de Naruto e uma das mulheres mais divertidas de Konoha. Casada com Minato Namikaze, o filho dos governantes de Konoha, e um gênio militar e em outros ramos, de acordo com vários relatos.

- O que faz aqui, Ino? – a ruiva pergunta.

- Espero a minha mãe terminar de resolver alguma coisa com o gerente.

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OoOoOoOoOoOoOo Mansão Yamanaka oOoOoOoOoOoOoO

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Dentro do escritório estavam dois homens, Inoichi Yamanaka e Deidara. O primeiro estava sentado à sua mesa de mogno, sua cabeça estava voltada para baixo e apoiada nas mãos; o segundo estava com a testa apoiada na janela.

- Como deixou isso acontecer, un? – Deidara fecha os olhos.

- Quando dei por mim, já tinha acontecido. – Inochi responde e sua voz só pode ser definida como cansada. – Por isso insisti para que viesse.

- Entendi, un. – o rapaz sai da janela, vai até a mesa do tio e relê alguns papéis que estavam jogados. – Acho difícil que o senhor consiga se livrar dessa dívida. – a derrota fica expressa no rosto de Inoshi. – Pelo menos não sem apelar pro cobrador, un.

- Não quero nem olhar pra ele. – o pai de Ino se manifesta.

- Acho que o senhor não poderá evitar isso. – Deidara vê uma carruagem negra e desconhecida parando na porta da casa. – Ele chegou.

O desespero se apossa do corpo de Inoichi e não demora muito para que o seu tormento comece. O advogado e o administrador do homem com quem o Yamanaka se endividara entram calmamente no escritório. O homem loiro e o sobrinho se apressam em cumprimentá-los.

Depois das falsas amenidades, um terceiro homem entra no escritório, aquele que Inoichi temia ver. A pessoa que poderia acabar com o nome da família com o menor movimento. O “vilão” não era jovem nem velho, mas trazia em si uma aura de perigo e malícia que fez com que o Yamanaka tremesse dos pés a cabeça.

- Aos negócios.

Kakuzu começa a conversa que seria longa e desgastante.

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Ino e a mãe chegam a casa, mas não reparam na carruagem que se mesclara à escuridão que pirava sobre o lugar. As duas estavam cansadas e assim que entram, vêem uma empregada saindo com uma bandeja cheia de copos usados. A moça se chamava Satsuki e parecia nervosa.

- Satsuki, o que está acontecendo? – a Srª Yamanaka não entende o por quê daqueles copos. – Onde estão meu marido e meu sobrinho?

- Estão lá dentro com alguns homens, senhora. – a ruivinha de olhos negros estava com a pele avermelhada. – Numa reunião que já dura há horas.

- E do que falavam? – Ino sente seu lado curioso acordar.

Satsuki recebe um olhar assustador da patroa.

- Não entendi nada do que falavam, senhorita Ino. – a empregada responde num fôlego só. – Quer que eu prepare o seu banho, senhora? – Satsuki se dirige a mãe de Ino.

- Prepare o de minha filha primeiro. – a mulher permanece olhando para a porta do escritório. – Vá indo com Satsuki, Ino.

- Mas,mãe... –

- Não pretendo me repetir, mocinha. – o tom autoritário mostra que nada faria a mãe mudar de idéia.

A loirinha sobe as escadas com passos pesados, como forma de deixar visível a sua insatisfação com a ordem recebida.

- Satsuki.

- Patroa? – a empregada se prepara para um esporro.

- Segure minha filha lá em cima pelo tempo que for possível. – a mulher vai indo até a porta do escritório. – Segure-a como puder.

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Ino percebera as tentativas de Satsuki em mantê-la longe do andar debaixo e mais especificamente, do escritório. A loira sabia que algo estava muito errado, mas não conseguia extrair informações de ninguém e isso era o que mais a irritava.

Ela desistiu de tentar escapar dos olhos rápidos de Satsuki e manteve-se em seu quarto até ouvir o som de passos na entrada; e aproveitando a distração da acompanhante, se esgueira até o corredor, se escondeu atrás da mesma pilastra que já a escondera e põe-se de joelhos.

O tal Kakuzu estava lá de novo, acompanhado pelo mesmo homem de cabelos alaranjados, seus pais e seu primo conversavam com os dois primeiros. Apenas uma pessoa lhe era desconhecida, um homem de cabelos prateados e que estava de costas para Ino.

- Nos veremos em breve e esperamos uma resposta positiva. – a voz fria de Kakuzu causa arrepios nos Yamanaka.

-O contrato logo estará pronto e sem demora, o trarei. – é a vez do homem de cabelos alaranjados falar. – E eu sugiro que o senhor já tenha todos os documentos prontos.

-Estarei. – a voz de Inoichi sai carregada de um desamparo que abala a filha.

O elemento desconhecido se volta para o topo da escada subitamente e Ino quase enfarta ao mesmo tempo em que tenta se tornar o mais incógnita possível. Os olhos dele ficam fitando aquele lugar até que Deidara percebe.

- Algum problema, un?

- Só aconselho uma coisa...- ele se volta para os Yamanaka. – Não demorem muito pra se decidirem nem tentem esconder demais o jogo.

- E por que o senhor diz isso? – a mãe de Ino pergunta.

- Por que o maior interessado no “assunto” é o que menos sabe das coisas. – ele olha de lado para a escada. – É e melhor saber pelas fontes mais próximas do que pela boca de outros, não acham?

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Continua


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