Another escrita por chocolatte


Capítulo 9
Pintura de Corpo




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"Me disseram que Sam foi pego por um barco."

"Então é mentira que as pessoas não morrem se saírem de Forks!"

"É, eu acho."

"Então não temos para onde fugir?" "O que faremos?"

"Ei, ainda devemos participar da excursão?"

"Não mesmo!" "Não faz sentido fazer uma excursão com a escola no verão do ano em que isso acontece." "Seria mais seguro ficar trancada em casa."

"Talvez..."

"Por que isso está acontecendo com a gente?" "Não é justo."

"É." "Se aquele aluno novo não tivesse falado com a Isabella..."

Edward's POV

– Tomem cuidado, garotas. - disse Carmen.

– Nós vamos. - disse Rosalie, e saiu com Lauren. Mas antes, se virou e olhou friamente para Bella. Nos viramos para irmos para casa.

– Como o Sam estava no dia? - Aro perguntou.

– Ele estava com um caso grave do enjoo, e vomitou bastante. - falei.

– Mais alguma coisa?

– Bem...

– Ele não conseguia nadar direito. - Bella falou. Aro parou de andar.

– Entendo... Talvez seja isso que aconteceu!

– O que quer dizer? - perguntei.

– Falei com o Sr. Mallory, um detetive policial, pai de Lauren, sobre o que aconteceu. E ele suspeita... Que o Sam já estava morto antes mesmo de ter sido pego pelo barco. A condição da cabeça dele quando morreu estava inconsistente com a hora da colisão com o barco. A herniação causou uma contusão cerebral que já havia progredido significantemente.

– Então quer dizer, antes de ele ter ido à praia? - perguntei.

– Sim, e de acordo com a família dele, ele ouviram um barulho alto vindo da escada naquela manhã. Quando foram ver o que era, só viram o Sam saindo depressa pela porta.

– Ele deve ter batido a cabeça naquela hora. - Bella falou.

– Provavelmente. - Aro falou.

– Então o evento que o levou à morte, ocorreu aqui, em Forks? - perguntei.

– É uma provável hipótese. Quando saiu de Forks sem ter ido examinar a cabeça no hospital, a morte dele foi garantida.

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Estávamos Bella e eu nos balanços da praça em que sempre visitávamos. Tínhamos acabo de voltar o do enterro de Sam.

– Ei, Bella?

– Sim?

– Nada. Eu digo depois que tiver certeza.

– Tudo bem. Encontrou a foto da classe de 26 anos atrás?

– Ainda não.

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Estava subindo as escadas da escola. Bem lentamente. Quando escutei um barulho atrás de mim. Olho, e vejo Angela. Girando seu guarda-chuva coberto de sangue. Ela mostra seu rosto ensanguentado.

A culpa é sua. - falou.

Sai correndo. Subi mais alguns lances de escada, quando chego no corredor. Lá estava Mike, com as mão no peito, fazendo uma expressão de dor.

A culpa é sua. - falou, com dificuldade.

Sangue escorreu em mim. Olhei para trás, e vi o Sr. Denali, com a faca em sua garganta.

A culpa é sua. - também falou.

Abri a porta da classe, tentando desesperadamente fugir. As luzes estavam vermelhas e tinha uma maca. Alice estava deitada nela. Levantou o rosto e falou.

A culpa é sua.

De repente, o corpo de Sam ficou estendido preso no teto, como se estivesse amarrado pelos pés.

A culpa é sua! - falou.

Acordei desesperado. Estava suando muito.

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Estávamos no Fork's Café. Emmett e Jasper estavam lá.

– Na sala de aula?! - Emmett gritou, chamando a atenção de alguns clientes. - Sério?

– Foi o que Jacob disse.

– Ele deve estar falando da sala da classe 3, no prédio antigo. - Jasper falou.

– Mas o que ele escondeu lá? - Emmett perguntou. Fiz que não com a cabeça. - Muito bem, pelo menos sabemos o lugar. - pegou seu celular. - Eu só vou...

– Espera. - falei. - Não quero contar pra mais ninguém.

– Por que não?

– Se o Sam não tivesse ido para a praia, ele provavelmente não teria morrido.

– Mesmo assim... - Emmett falou.

– Não quero envolver mais ninguém. Não quero que mais ninguém morra. Não devemos contar pra Rosalie nem pro comitê das contramedidas ainda. - falei. - Se encontrarmos alguma coisa, e precisarmos da ajuda deles, aí contamos.

– Faz sentido. - Emmett guardou o celular. - Eu não quero que a Rosalie morra.

– Então, quando vamos ao prédio antigo? - Jasper perguntou.

– Não podemos ir agora? - Emmett perguntou.

– Tenho planos com minha família à noite. - Jasper falou. - Amanhã pode ser.

– Então, que tal ser a primeira coisa de manhã? - perguntei.

– Para, qualquer hora, menos de manhã. - Emmett falou.

– Tá, então... Meio dia?

– Vai ter muita gente dos clubes por perto desse horário. - Jasper falou. - E já que o segundo andar está bloqueado...

– Então... No cair da tarde? - perguntei.

– É difícil procurar por coisas de noite. - Emmett falou.

– Tá, então três da tarde.

– O.k. - Emmett falou.

– Por mim tudo bem. - disse Jasper.

– Jasper, o clube de arte se reúne naquele prédio, né? - Emmett perguntou.

– Sim.

– Algum membro o visita durante as férias de verão?

– Não, nunca.

– Então podemos nos encontrar na sala do clube dele?

– Claro! Tenho a chave, e ninguém questionará minha presença.

– Emmett, não apareça vestido desse jeito. - falei. Emmett estava com uma camiseta verde, com flores estilo Havaí.

– Por que não?

– Vai se destacar demais.

– Esse é o preço de se estar na moda! - falou.

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Emmett e eu chegamos na escola. O céu estava nublado, e a qualquer momento iria chover.

– Ei, eu devo espionar o Edward e o Emmett? - Irina gritou. Ela estava se aproximando com Leah Clearwater, outra colega de classe. - O que o maior matador de atividades do clube faz na escola?

– Nada especial. - tentei parecer convincente.

– Vamos nos encontrar com Jasper. - Emmett falou. - Vocês vieram para fazer as coisas do clube?

– Queríamos falar com Aro. - Irina falou.

– Na biblioteca auxiliar? - perguntei.

– Não para isso. Aro é o supervisor do clube de teatro.

– Sério?! - perguntamos juntos. - O cara que só veste preto? - Emmett perguntou. - É uma surpresa. - falei.

– Ele nos dá ótimos conselhos. - Irina falou.

– E ele é legal quando encena. É fascinante. - Leah falou.

– Então? Por que exatamente vocês dois estão aqui?

Não sabíamos o que dizer. Emmett olhou para mim esperando uma ideia. Decidi falar a verdade.

– Estamos procurando por uma pista para parar a calamidade. Não sabemos o que é, mas se encontrarmos, pretendemos contar a todos. - elas pareceram surpresas.

– Sério? - Leah perguntou.

– Existe algo assim? - Irina falou.

– Nós mesmos queremos parar a calamidade da classe 3, se pudermos. - falei.

– Vocês querem vir junto? - Emmett perguntou.

– Ei! - falei. Já tinha pessoas demais sabendo.

– Passamos. - falaram juntas. - Tchau, Edward. - Irina falou. - Até logo. - Leah falou. E saíram, com olhares preocupados.

– Tchau. - falei.

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Já havíamos entrado na escola. Chegamos no clube de artes, para encontrar Jasper. Bella estava lá.

– Bella! - falei. Ela estava desenhando em seu bloco, como sempre.

– Cadê o Jasper? - Emmett perguntou.

– Não sei. Acabei de chegar.

– Por que está aqui? - perguntei.

– Não tinha nada para fazer, e não queria ficar em casa, por isso pensei em vir desenhar. - se levantou. - E vocês? O Jasper também virá? O que traz vocês três aqui?

– Bem... - Emmett falou. - Acho que pode-se dizer que queremos... Explorar?

– Desculpem a demora! - Jasper chegou correndo. Ficou surpreso ao ver Bella.

– E aonde vocês vão explorar? - perguntou sorrindo.

– Bem... Emmett disse que deveríamos nos encontrarmos aqui... - Jasper falou.

– Não, eu... Ah, é mesmo! - Emmett falou. - Edward disse que tinha de procurar por uma coisa importante!

– É meio que importante. - falei.

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Estávamos Bella, Emmett, Jasper e eu na frente da escada bloqueada, que dava acesso ao prédio antigo, logo, a sala 3 antiga. Tinha uma placa sustentada por cordas, escrito "Não entre".

– Olha, não sabemos o que pode acontecer, por isso prefiro que você fique fora da sala do clube. - falei para Bella. - Não quero que fique em perigo.

– Depois diz que não estão juntos... - Emmett murmurou.

– Ficarei bem. - Bella falou.

– Tem certeza?

– Você é mesmo estranha, Bella. - Emmett falou. - Não está com medo?

– Não, acho que não.

Andou até a placa. Passou por cima dela normalmente. Depois eu fui, logo Jasper, e por último, Emmett.

Subimos alguns lances de escadas, e logo chegamos em um prédio em bem antigo. Algumas tábuas estavam pregadas nas janelas.

– Qual sala era da classe 3? - perguntei.

– Provavelmente a do meio. - Bella falou. - São cinco salas.

Fomos até a sala do meio. Abri a porta, e entramos. A sala estava muito empoeirada. Tinha várias caixas, e poucas mesas. Também tinha alguns materiais. Era assustadoramente escura. As luzes não funcionavam, então abrimos as cortinas. Começamos a vasculhar tudo.

– A propósito, esse prédio antigo não tinha sete mistérios de alguma espécie? - perguntei.

– Não sei. - Emmett falou. - Não dou a mínima para lendas urbanas.

– Então você não acredita em fantasmas, maldições e tal? - perguntei.

– Não mesmo! São apenas coincidências ou golpes de visão. Exceto a calamidade, lógico. - derrubou algumas caixas.

– O "segredo da biblioteca auxiliar" não é um dos sete mistérios? - Jasper perguntou.

– Biblioteca? - falei.

– Dizem que dá para se escutar um gemido vindo de lá às vezes. Você já ouviu?

– Não. - respondi.

– Ouvi dizer que tem um antigo escritório no porão que contém escritas secretas que não podem ser reveladas ao público, e que o bibliotecário se trancou lá dentro uma vez, para proteger. - continuou.

– Basicamente, o bibliotecário ainda está vivo, e dá pra se ouvir ele gemer no porão?

– Aposto que no fim, vai ser o Aro. - Emmett falou.

– Eu ouço gemidos aqui, às vezes. - Bella falou, fazendo todos pararem e olharem para ela.

– Tà falando sério? - Emmett perguntou, assustado.

– De verdade? - Jasper perguntou. Bella sorriu.

– Brincadeira. - falou. Suspiramos. - Vamos deixar entrar um ar puro.

Foi abrir a janela. Ela estava emperrada, e rachada. Alguns vidros caíram, mas puxei Bella a tempo. Ficamos parados, por alguns segundos.

– Você não está nada bem. - falei. Nos separamos e ela se virou para mim.

– Estou sim. Viu?

– Você parece bem para mim. - Emmett falou, aliviado.

– Eu não quero que alguém nos veja, e nos transforme em mais um dos sete mistérios. - Jasper falou. - Vamos deixar as janelas fechadas.

Voltamos a procurar. Jasper olhava alguns papéis e Emmett os armários. Bella se aproximou de Emmett, mas parte do chão cedeu, fazendo o armário cair.

– Emmett! - falei.

– Me dá um tempo. - falou.

– Você parece estar bem. - Bella falou.

 

Leah's POV

– Tome cuidado. - falei para Irina.

– Sim. Te ligo. Tchau.

– Até mais.

Irina continuou a andar, e eu fui por outra rua.

 

Edward's POV

– Não consigo achar nada. - Jasper falou.

– Não acho que estará em um lugar fácil de se encontrar, como em uma carteira. - Bella disse.

– Certifiquem-se de procurar em um lugar onde ninguém encontraria. - falei. - Assim não faria sentido deixar algo para trás.

– É verdade. - disse Jasper. - Provavelmente não está no chão, e em nenhuma mesa.

– E ali dentro? - Bella apontou para o armário.

Fui até ele e o abri. Tinha alguns produtos de limpeza como vassoura, pà, esfregão, etc.

– Tudo que vejo é produtos de limpeza. - olhei na parte de cima, tinha algo colado com várias fitas. - O que é isso? - tentei tirar, mas não conseguia.

– Encontrou alguma coisa? - Emmett perguntou. Consegui tirar. - O que é isso?

– Tem algo escrito aí. - Bella falou.

– Vejamos... - falei. - "Para os futuros estudantes que estão sem dúvidas sofrendo com o desastre sem sentido dessa classe".

– Bingo! - Emmett falou.

– Achamos! - disse Jasper. - Jacob deve ter escrito isso!

Comecei a tirar as fitas que ainda restavam. Era de formato retangular e pequeno. Quando terminei, notei que era uma fita cassete pequena.

Fomos correndo, tentando não fazer barulho, para sala de vídeo. Lá deveria ter algum toca fita.

– Tenho certeza de que tem um aqui, mas não tem problema usar? - perguntei.

– Se ninguém descobrir... - Emmett falou.

Entramos e fechamos a porta. Começamos a procurar.

– Encontrei! - Jasper disse.

Colocamos no chão, e sentamos em uma roda em volta. Bella na minha direita, Emmett na esquerda e Jasper na frente.

– Certo, vamos rodar. - disse Emmett. Colocou a fita e ligou.

Primeiramente, escutamos um chiado, e logo alguém falou.

Bem... Meu... Meu nome é Jacob Black. Sou aluno da classe 3 do 4º ano, do ensino médio de 1995. Quando terminar de gravar isso, pretendo esconder em algum lugar na sala. Se está ouvindo essa gravação, você também deve estar na classe 3. Me pergunto qual será a probabilidade disso...

 

Irina's POV

Estávamos arrumando as malas no carro. Iriamos embora da cidade. Deixamos todos os móveis e estamos levando apenas algumas roupas. Fora uma decisão repentina.

Entramos no carro e partimos.

 

Edward's POV

É possível que vocês também estejam aterrorizados pelo desastre sem sentido que eu... Que nós... Deixa pra lá. Tenho dois motivos para deixar essa fita. O primeiro é para confessar meu pecado. Meu pecado. Quero contar pra alguém o que eu fiz. Preciso que alguém ouça. O segundo é dar um conselho para você. – engoli seco. Jacob continuou. - Se trata do aluno extra que se mistura com a classe, e que como resultado causa a calamidade... Como ela pode ser parada. Em outras palavras... Na verdade, eu devo começar do início.

 

Leah's POV

Já estava chegando em casa. Desde que havia saído da escola estava com um pressentimento ruim. Sei que com a calamidade ativa, ter pressentimentos ruins pode até ser normal. Uma coisa com a qual deve se acostumar, mas diferente das outras vezes que senti isso, agora estava mais forte.

Também pelo fato de que, mesmo chovendo continuaram as obras na frente da minha casa. Era perigoso, mais continuaram. Escavadeiras e caminhões sempre presentes por lá. Fico preocupada com Seth, meu irmão mais novo. Ele vive sempre em casa, raramente sai.

 

Edward's POV

Nossa classe fez uma excursão. Nós partimos no dia 8 de agosto, para passar três dias e duas noites. Nosso professor, Sr. Berry, sugeriu que visitássemos o templo local. Tem um templo antigo, na floresta, basicamente camuflado pelas árvores. Ele disse que se nós rezássemos nele, a maldição seria desfeita. Haviam 22 alunos ao todo, incluindo eu mesmo. Nós não acreditávamos nele com certeza. – fez uma pausa. - No segundo dia, subimos a montanha para visitar o templo. Ele era bem antigo e estava surrado, como se tivesse sido abandonado pelo mundo. Apesar de estar na cidade, ele não aparentava receber manutenção. Por isso decidimos limpar o lugar enquanto estávamos lá. Na hora, esperávamos que aquilo talvez desfizesse a maldição. E depois que rezamos, nosso professor declarou confiantemente, "Tudo ficará bem agora". Mas não ficou. Não foi tão simples. Logo que saímos do templo, o céu de repente escureceu, e começou a chover, cheio de trovões. Conforme descíamos a montanha, a primeira vítima foi um garoto chamado Embry. Ele era meio idiota. Ele foi o único a levar um guarda-chuva. E nós estávamos em uma montanha, numa tempestade de raios. Ele estava andando na minha frente, quando... Por um segundo, minha visão ficou branca, e eu ouvi um grande barulho. Embry foi acertado por um raio. Ainda me lembro do cheiro da carne dele queimando... De toda forma, os alunos entraram em pânico e correram, deixando o Embry para trás, desesperados para saírem da montanha o mais rápido possível. Mas momentos depois daquilo, correndo cegamente através da chuva... A segunda vítima foi feita. Uma garota chamada Emily. Durante o pânico, ela escorregou e caiu de um penhasco bem alto. Tudo que podíamos fazer era chamar por ajuda no pé da montanha. Mas no fim, não conseguimos salvar nenhum dos dois. Rezar no templo não surtiu efeito nenhum. Agora, a parte importante. Logo depois de finalmente chegarmos no pé da montanha, foi quando aquilo aconteceu. E com aquilo, eu quero dizer... Eu...

Nos entreolhamos, esperando a fala seguinte. Mas, escutamos um barulho alto, no fim do corredor.

– Droga! - Emmett sussurrou. Desligamos o toca fita. Procuramos algum lugar para nos escondermos. Emmett pegou a fita.

A porta se abriu, era o treinador. Olhou a sala, pela porta. Depois de alguns segundos, saiu, fechando a porta. Emmett estava atrás dela.

– Essa foi por pouco. - suspirou.

Jasper saiu de trás dos armários. Bella e eu saímos de debaixo da mesa.

– Eu estava suando frio. - falei.

– Sim, eu também. - Jasper falou. De repente, deu um pulo. - A fita!

Olhamos Emmett, já que a fita estava com ele. Ele mesmo se assustou. O "filme", havia ficado preso no toca fita, saindo da própria fita.

– Essa não... - falei.

– Idiota. - Bella falou, ainda abaixada.

– Só pode estar brincando! - falei. - Não ouvimos a parte importante!

– O que faremos?! - Emmett perguntou.

– Nós só precisamos consertar a fita. - Jasper falou.

– Consegue consertar? - Emmett perguntou.

– Acho que é possível.

– Ótimo! Valeu, cara! Temos de ouvir o resto!

– Algum problema em deixar ela contigo? - perguntei.

– Não. Farei o melhor que puder.

 

Irina's POV

Estávamos quase saindo da cidade. Já havíamos passado pelo túnel que antecede a placa. Estava chovendo bastante. Meu pais estavam em silêncio.

Estávamos descendo parte da montanha. As curvas eram estreitas e perigosas. Passamos um caminhão.

De repente, caiu uma pedra no vidro do carro. Um pedra bem grande. Meu pai perdeu o controle do carro. Logo viria uma curva. Eu sabia o que aconteceria. Não desviou, e caímos. O carro desceu totalmente desgovernado a montanha. A dor do impacto é indescritível. Tudo ficou escuro. Não deu nem tempo de gritar.

 

Leah's POV

Havia chegado em casa. Estava parada, petrificada, congelada, etc. Sabe quando, meu colegas já perderam familiares, sempre imaginei a dor que poderiam estar sentindo naquele momento, somente imaginando. Era o máximo que podia fazer por eles. Confortá-los e me colocar em seus lugares.

Quando isso acontece, você acredita que vai ser somente com os outros. Mas a vida vem, e lhe da um tapa na cara, avisando que isso pode acontecer com qualquer um. Inclusive, com você.

Então é esse o sentimento? De perda? Uma coisa que vem do nada, e te mata por dentro profundamente. Seria melhor, a vida me dar o aviso, não o tapa na cara.

Sabia que não deveriam estar fazendo obras, na frente da minha casa, com essa chuva. Tentando descrever a cena, tinha, basicamente, uma escavadeira, atravessada na minha casa. E meu pequeno irmão, infelizmente, estava em casa.

Finalmente fora do choque, me aproximei correndo da minha casa.

– Seth! - gritei.


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Notas finais do capítulo

Que comecem as apostas. Quem vocês acham que possa ser o extra? Mandem seus palpites pelos comentários! Até o próximo capitulo!



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