Child's Love escrita por Lady Fairy


Capítulo 1
One Shot


Notas iniciais do capítulo

Corrigida e Reescrita.



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O vestidinho amarelo se abria quando rodava para um lado e para o outro. O lacinho vermelho envolto da cintura quase se desfazia com tanta estripulia. Os pequenos pesinhos vestiam sapatilhas vermelhas e o arquinho preto quase desaparecia em meio ao azul do cabelo curto de Levy. Nos braços um lindo gatinho dorminhoco pousava delicado. Ela saltitava com um lindo sorriso nos lábios. Nunca se cansava de andar pelo enorme jardim cultivado por sua mãe, principalmente agora que tinha um amigo tão divertido para fazer-lhe companhia nas tardes quentes da pequena Magnolia. O que mais gostava era ler seus livros de contos de fadas ali, sentindo os mais diversos perfumes das tantas flores. Era muito tranquilo e, às vezes, quando sua babá estava de bom humor, deitava-se na grama crescida enquanto ela lia algo e logo pegava no sono.

Mas havia uma parte daquele jardim que Levy não gostava muito. Era onde ficava o chalé. Lembrava-se que poucos meses antes lá haviam lindas rosas vermelhas, mas estas desapareceram completamente quando um novo vizinho se mudou. Junto com os pais, um menino que não desgrudava de uma bola. Ele a chutava de propósito no terreno ao lado e amassava as flores. Foi no momento em que olhava com desaprovação o teto -o máximo que conseguia enxergar- da casa ao lado que seu gatinho Phanterlily -um nome estranho na opinião da mãe- saltou de seu colo e correu para a árvore a beira do muro. Escalou-a rapidamente e parou num galho alto. Deitou-se então e pousou a cabeça nas patas voltando a dormir.

—Ai, não! -Disse indo atrás.- Lilly! Lilly! Desce por favor!

O gato abriu um único olho e a observou. Suspirou e tampou o focinho com o rabo.

—Lilly! Vem aqui!

—O que houve, baixinha?

A menina então ouviu uma voz chama-la. Virou-se e deu de cara com o tal menino apoiado na cerca de madeira. A olhava curioso.

—Não sou baixinha. Meu nome é Levy.

—Hum... Se quer saber, o meu nome é Gajeel, baixinha.

—Não me chame de baixinha.

—Tá bom.

Levy correu até o chalé e de dentro deste pegou um banquinho. Colocou-o entre as raízes da árvore e subiu. Se esticou o máximo possível , mas por um descuido acabou escorregando. Caiu de costas no chão e Gajeel, que acompanhava a situação curioso, riu.

—Ai! -Disse se sentando e olhando o cotovelo ralado. Ardia um pouco.

O menino pulou o cercado e ajoelhou-se ao lado da menina. Tirou do bolso um curativo e colou no machucado depois de dar um sopradinha.

—Deixa, eu pego ele pra você. Vai ser moleza para mim!

Então foi até lá e escalou a árvore habilidosamente. Chegou perto do galho onde Lily estava e, esticando bastante o braço, agarrou-o pelo rabo. O gato deu um miado estranho e pulou derrubando Gajeel que ainda o segurava. Caiu de cara no chão enquanto o gatinho, além de cair em pé, corria para dentro da casa. Levy colocou as mãozinhas na boca e correu para ajuda-lo.

—Você está bem? -Perguntou a azulada chocada.

—Ai.

O garotinho se sentou esfregando a testa avermelhada. Em sua bochecha direita havia um pequeno corte e seu nariz estava bem arranhado. Levy pegou um lencinho que carregava em seu bolso e levemente pressionou-o contra os machucados. Sentou-se ao lado de Gajeel, e Lily -agora menos assustado, mas ainda um tanto desconfiado- se aproximou.

—Parece que você conseguiu pegar o Lily. –Levy falou divertida enquanto deitava na grama verdinha e olhava para o céu, as nuvens formando bichinhos de algodão.

—De nada. – Gajeel deitou também, as mãos embaixo da cabeça.

Ela riu.

—Pode ser que você não seja um ogro tão malvado assim.

—Ogro?

—Não importa! Bom, obrigada. -Ela se inclinou e depositou um beijo na bochecha do garoto que corou.

Então ficaram brincando o resto da tarde. Levy não gostava muito de Gajeel, isso era fato, mas daquele dia em diante a bola do garoto não matou mais sequer uma flor e Levy gostava muito quando o escutava chamando-a para brincar. Enquanto cresciam, ser chamada de baixinha não era mais algo tão incomodo assim. Quando finalmente se casaram, ao declarar seus votos, Levy não podia chorar menos ao agradece-lo por ser um vizinho tão chato. 


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