O Destino é Cômico. escrita por Fucksoo


Capítulo 17
Especial - Pingo de Gelo. Part 2


Notas iniciais do capítulo

YEH, ESTOU DE VOLTA ~~apedrejada~~
Malz gente, eu sempre me atraso T3T, eu devia levar uns tapas na cara toda vez que demoro tanto ~~
Mas enfim, este capítulo será narrado pela autora mesmo, porque vai ser mais fácil compreender os sentimentos de ambas partes e tal, no encontro e...
Vou deixar vocês descobrirem.
Kisses



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–Aah... Que sono bom! Nunca Juvia dormiu tão bem. -Levanta a jovem, presenciando os primeiros raios de luzes adentrar o quarto cinzento e caído aos pedaços, mas adornado com várias figurinhas, e a maioria delas é de Gray, de todas as formas possíveis.

Sorri ao ver as várias fotos dos velhos tempos, onde Juvia e seus amigos saiam para passear, bater um papo, assistir filmes... Uma vida tão feliz. Um mundo onde não tinha que ver sangue todos os dias, um mundo em que conversava com suas amigas sobre garotos em cochichos, um mundo onde poderia ver o sorriso de seu amado Gray para sempre, e sempre ficar feliz por isso.

Um mundo que foi destruído. Só lhe restava lamentar por sua perda.

E saindo ao encontro do banheiro, foi fazer sua higiene matinal, secando o rosto em sua toalinha azul com cabecinhas chibi's do Gray por todos os lados. Pegou sua escova, penteou seus longos cabelos azuis, que ficaram mais grande ainda depois de tanto tempo sem triscar uma só tesoura nele, tinha orgulho disso.

Vestia sua roupa de antigamente, e seu chapéu azul, mas dessa vez ele tinha um "X" ao invés de uma borboleta. Arrumou toda a bagunça que encontrava por seu quarto - algumas pelúcias do Gray, travesseiros do Gray e variados - e saiu ao encontro de sua chefe.

Do outro lado do prédio...

–HEEEEEEEY! SEU MERDA, ABRE ESSA PORTA AGORA! - Gritava um jovem sem camisa em frente á uma porta, batendo com fúria na mesma. -EU VOU ARROMBAR ESSA PORTA!

E recebendo múrmurios de protesto, logo a porta se abriu lentamente, mostrando o que estava por trás da porta.

Uns acham que, pelo cheiro, poderia ser um esgoto ambulante, outros acham que pela aparência, com certeza era um cachorro morto rosa.

Mas não, era só o Natsu.

–O que você quer? -Disse em uma voz rouca e sonolenta, mal aguentando olhar para a cara do amigo.

–ESQUECEU QUE TEM QUE TRABALHAR!? Eu não vou aguentar ficar sempre segurando os trampos pra você não Poodle. -Resmungava Gray, que estava á dias fazendo os trabalhos atrasados de Natsu, e estava tão acumulado, que teria que cancelar o encontro com Juvia á tarde por causa de Natsu, que era uma coisa que ele não faria jamais.

–Eh... Saco. -Resmungava Natsu adentrando o quarto cheio de bagunças e cheirando á ovo podre, e logo voltando, só com a capa e o rosto molhado que tinha tirado parte da sonolência, parte.

Começaram á andar lado a lado pelo corredor, cheio de outros grupos e pessoas correndo para lá e para cá, sorrisos para todos os lados, sorrisos sarcásticos, egoístas, insanos, irônicos, todos os possíveis, menos alegres. Qualquer indício de alegria neste lugar é, certamente, um milagre ou uma magia muito boa.

–Ainda não desistiu de Necromancer? Sabe que isso pode acabar com sua sanidade mental. -Disse Gray observando a feição de Natsu e suas grandes olheiras misturados com o cabelo bagunçado, meio longo por causa do tempo sem cortar e alguns fios da barba crescendo, dando á ele uma aparência essencial de um mendigo.

–Minha sanidade mental se foi á tempos. Só recupero ela depois que eu realizar essa magia, e você sabe disso. -Respondeu Natsu frio e calculista, Gray sempre odiava aquela parte dele, mas nada podia fazer. -Qual é o trabalho que falta, Stripper.

–Perseguir e coletar informações de Hannah Gorgeous até a Costa Sul de Magnólia, exterminar Raul Hirano, achar uma pedra que contenha um fragmento de Una Magicae, ... -E ia caindo ao chão o tamanho do papel com todas as missões atrasadas do Dragneel, e cada vez mais que Gray falava, mais Natsu ficava pálido e sem cor, xingando mentalmente quem mandara tudo aquilo de missões para ele. -... E só, nesse papel está todas as instruções.

–Certo... Porque não pode realizar algumas dessas missões pra mim? Hein? Estou muito cabisbaixo hoje. -Uma tentativa falha do Dragneel enganar o Fullbuster, que já tinha decorado esse jeito pilantra de Natsu querer que ele resolva as coisas.

–Você não me engana Poodle, vamos logo, tenho mais o que fazer. Se está cabisbaixo, procura uma pelúcia de dragão ou brinca com necromância, mas você tem que completar essas missões, porque não dá pra mim hoje.

–E porque não? Vai me dizer que quer dormir o dia todo. -Diz Natsu com uma cara de pouco caso.

–Não, é uma coisa importante, mas nada que você deva saber. - E virou-se de costas e seguiu para o caminho contrário do de Natsu. -E, aliás, Roger quer falar com você. - E seguiu.

Não quero conversar com quem trouxe minha desgraça.

Em um mundo não descoberto pelo homem.

–Oe! Oe! Fascher-kun! Fascher-kun! -Berrava uma garotinha pequena de longos cabelos loiros e lisos, com dois xuxinhas amarrando o cabelo em uma maria-xiquinha, usava um quimono rosa com flores lilás e brancas, tinha olhos verde claros e sua pele era alva como a neve.

–O que é pirralha? -Resmungou um homem com seus 20 anos de idade, olhos azuis claros e loiro com algumas mechas pretas em seu cabelo repicado e curto, tinha um olhar rebelde e feroz, típico de um jovem que apronta muito. -Não me diga que é suas queridas flores de arco-íris de novo, se não eu vou acabar por matá-las de vez.

–Não! Não! Não faça nada á minhas irmãzinhas! Seu grosso! - Suplicou a menina com o rosto em repleta vermelhidão -Tenho provisões á te contar. -Neste momento tudo ficou em repleto silêncio e um clima sério, tenso e sombrio tomou conta do lugar.

Uma névoa arroxeada abraçou a pequena e como uma pena a levantou no ar, fazendo-a rodopiar e fazer um ritual de costume. Com as leves mãos e pés a se mexer, logo a névoa se intensificou, girando, girando até que em seu meio, obteve-se uma imagem, logo após virou um tipo de lembrança.

Os olhos da menininha estavam brancos arroxeados e seus cabelos ficaram em um tom de cor igualável á um profundo abismo, suas roupas ficaram brancas e grandes, dando um efeito fantasmagórico.

–Deschis cheile trecut-futuristă, furnizarea de spațiu-timp! -Ao exclamar tais palavras, a lembrança e a névoa se tornarem em um portal branco e bronze, com 6 fendas que escorriam um tipo de sangue negro que liberava um odor forte de naftalina. O sangue que escorria pelo chão começou a suspender-se pelo ar e tocou nas mãos da garota, seguindo por debaixo das longas mangas da roupa até chegar nos seus olhos, que tocando neles, abriu o portal e o tal jovem atravessou logo após.

Através do portal, havia várias flores espalhadas por um extenso campo verde, que era tão extenso que não se via seu fim. Um girassol, girando suas pétalas para a direção do jovem, pareceu arfar, como se ele a tivesse pegado de surpresa, e logo após, ela fez com que seus ramos crescessem e puxassem o rapaz para mais perto.

Ele, logo entendendo o que era, prestou atenção no centro da flor, onde apareceu uma lembrança, mas uma lembrança que viera do futuro.

–Mas... O que?! -Gritou o rapaz, que logo acordou em meio ao transe e se viu na mesma cena inicial quando falou com a pequena.

–Sim Fascher-kun, seu fim se aproxima... Aliás, o fim de Xavier se aproxima...

De volta ao mundo terreno.

–J-Juvia! O que pensa que está fazendo?! -Ao olhar para o topo da estátua que se situa no meio do parque, encontra-se Juvia, em cima da cabeça do pobre homem. -Desça! Você vai se machucar!

–Juvia precisa ficar aqui por um tempo. -Respondeu a garota olhando para frente, com o vento brincando com seus cabelos desnudos sem o chapéu rotineiro que se encontrava na mão de Juvia.

Gray pareceu hesitar, mas por fim não protestou, e somente observava a expressão da menina. Os olhos azuis e profundos como o oceano, a pele branca como a inocente neve e era tão macia e lisa! Suas curvas definidas e seu vestido que caia tão bem que nenhuma outra mulher poderia usar-lo, nunca seria a mesma coisa. A abertura na lateral do vestido mostrava a perna torneada e bem cuidada da delicada menina. Sem falar dos olhos de Gray que ficaram por alguns instantes petrificados no busto de Juvia.

Gray nunca a notou, e se arrependia disso. Juvia aos seus olhos era tão bela, que mais parecia uma náiade, e sempre sentia como se um rio andasse com ele toda vez que Juvia acompanhava-o. Por um momento, sentiu-se lisonjeado por Juvia gostar dele... Bom, se ela realmente gostava, ele estava duvidando.

Ao reparar que Gray a encarava incessantemente, desceu da estátua e ficou cara-a-cara com o mesmo. De começo, ele tentava decifrar seus olhos, mas, não apresentavam nenhuma emoção ou coisa que ele normalmente esperava. Juvia não estava igual a antes.

–O que foi Gray? -Disse Juvia, observando cada mudança na face do garoto, que percebendo a aproximação, se afastou um pouco, talvez receoso, talvez com vergonha.

–Nada. Só... Vamos andar um pouco, sim? -E logo se puseram a andar.

Gray não sabia muito bem o que motivou-lhe a convidar Juvia á um passeio, mas sentiu tudo muito diferente e sua curiosidade se atiçava á cada segundo, seu coração bombeava cada vez mais rápido seu sangue, seus reflexos aguçaram-se, seus olhos ficaram frenéticos e logo ouviu-se um barulho muito forte.

Cacos de vidro, fogo em alta e a sua preocupação concentrou-se em procurar a garota que a um instante estava ali ao seu lado. Direita, esquerda... Nada. Em cima, atrás, absolutamente um vazio.

Perturbado, começou a correr por toda a cidade á procura da menina, seguia o rastro da destruição que a explosão causou, mas ainda sim era em vão até que ouviu um gemido. Aquela voz ele reconheceria de longe.

Correu em direção aos sons que a cada vez ficavam mais fortes, a cada passo, ficavam mais altos, a cada segundo, sentia que não deveria ir de encontro. Mas tinha que salvá-la.

Os gritos levaram á um beco, onde havia a garota e um homem logo atrás, com seus cabelos brancos, olhos amarelos e...

–Você! De novo?! -Gritou Gray em protesto. -Não tem outra coisa pra fazer ao invés de ficar me infernizando não?!

–Digamos que gostei dela... -Cantarola o homem com a voz rouca e falhada.
Como antes, continuava com somente uma calça rasgada, parecia mais uma roupa de andarilho, estava todo cheio de hematomas e arranhões, talvez causados pela explosão. O cabelo grande, bagunçado e sujo até os ombros e o corpo magrelo e seco, deixando a sua coluna vertebral e outros ossos á mostra na sua pele. Sua mão enrugada e grotesca prendia os braços da garota inconsciente e sua outra mão afagava seus cabelos.

Como de pirraça, o homem abre a boca com dentes caninos e coloca sua língua grande para fora, esfregando-a pela pele branca da face da menina, que dá um gemido com nojo ainda inconsciente.

–EU VOU ARRANCAR ESSA SUA LÍNGUA JUNTO COM SEUS ÓRGÃOS, SEU DESGRAÇADO! -Parte para o combate Gray ao ver aquela cena, mas antes que o soco pegasse no homem, ele rapidamente dá um mortal para trás, segurando Juvia no colo, e o provocando ainda mais, ameaçando encostar a língua em sua boca.

–Queria sentir o gosto disso... Você já sentiu Gray? -Rindo e zombando, deita Juvia no chão, e encarando Gray, lança um olhar ameaçador. -Sabe porque está nessa organização Fullbuster? Não é só porque uma garota que herdou parte do poder de Xavier morreu...

Gray franse a testa, sua dúvida de saber quem era tal homem era imensa. Ficou no abismo entre socar a cara daquele ser sobrenatural ou esclarecer suas dúvidas.

–Você está aqui, simplesmente para acabar com tudo. Não especialmente você, essa é uma profecia há muito tempo feita, e enquanto ela não for cumprida, essa organização irá continuar...

–O que você quer dizer com...

–Quero dizer que você deve morrer, e especialmente essa garota também. Sabe qual é o objetivo disso tudo? Todos aqueles com o poder de... -De repente o homem silencia, primeiramente a expressão foi de surpresa, mas logo depois, deu um sorriso fraco, como descrente e derrotado.

–Comecei a agir tarde demais... -E logo depois ouve-se um rugido em palavras nunca antes proferidas, e onde estava o homem grotesco, apareceu dois seres negros, parecidos como anjos obscuros, com asas de garras e couro, olhos totalmente brancos na íris e ao redor negros. Agarraram-no e os levaram para baixo.

O tal homem começou a rir e proferir vários xingamentos, mas nada disso lhe salvou. Parecia que ele já sabia do que ia acontecer logo depois.

–Nunca pensei que Gray iria hesitar em socar um cara desses... -A voz masculina apareceu atrás de Gray, acompanhada por outra sombra que parecia neutra á situação.

–Roger?... E Natsu? O que...

–Cuide de Juvia, nós iremos começar a revolução agora. -Gray sem ao menos entender do que Roger falava, correu ao encontro de Juvia, que agora estava consciente e olhava para o céu que outrora era de um azul claro e cristalina e agora era coberto por nuvens negras e escuras.

–Juvia, você está bem? -Disse Gray logo após de apoia-la em seus braços e deitá-la em seu colo, fazendo-a olhar diretamente em seus olhos. Logo Gray viu a luz da emoção retornar aos olhos de Juvia, e sentiu como se ela tivesse voltado ao normal.

–G-Gray-sama... Juvia sentiu que... Juvia não é normal Gray-sama.-Sussurrava Juvia baixinho para que os outros não ouvissem.

–Do que está falando Juvia? Você é tão normal quanto... -E interrompido novamente, ganha outra dúvida entre várias.

–Não, Juvia gosta muito do rio... Juvia precisa cuidar do rio... Leve Juvia até o rio Gray-sama... -Sussurrou até que a própria fechou os olhos e se aproximou do ouvido de Gray, sussurrando palavras que fariam sentido após tudo.

A reação de Gray foi um tanto estranha quanto escutar que uma vaca já falou, mas Juvia sabia que ele não entenderia.

Então, sem medo e nem temor, ela junta seus lábios com os dele em um breve selinho, em amostra de seus sentimentos. Juvia havia mudado, Gray sabia, mas não tanto quanto ele imaginava.

Ela havia entendido tudo depois do encontro com aquele homem estranho, através daquela magia ela soube tudo, custou a acreditar, mas comprovou ao ver naquele instante que estava na estátua, a sombra do mesmo homem, e também quando tocou em um rio próximo, na noite passada.

Ela havia despertado seu poder quando aquele homem a tocou. Mas porque ele fez isso sabendo que iria ser destruído?

Ninguém sabe.


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Notas finais do capítulo

Eae? Gostaram?
Eu realmente estou demorando muito a escrever meu capítulos.
Vou confessar que é porque eu estou com o esquema da 2° temporada na cabeça, e assim fico vagando no mundo deles. Eu estou terminando os planos da 2° temporada para não haver problemas como os que estão acontecendo agora.
Mas eu estou com a 1° temporada terminada e já aviso.
Preparem os lenços porque morte de personagem querido vem aí.
Não é porque vai morrer sem objetivo, só não percam as esperanças depois de ela morrer -w-
Jya Nee