O Destino é Cômico. escrita por Fucksoo


Capítulo 14
O que me me deixa aflito.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe por demorar tanto gente, foi pesado para mim esses dias...
Mas em compensação eu escrevi esse capítulo.
Tá meio grandinho, tudo por vocês .



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423662/chapter/14

Erza... Erza...

Esteja bem!

Corria um certo rapaz pelas ruas escuras que mais pareciam querer devorar-te, corria tanto que chegava a ofegar cansavelmente, segurando firme uma garrafa na qual teve esforço de conseguir. Seus cabelos colavam no rosto por causa do suor, e já não tinha fôlego para correr. Mesmo sem forças continuava, tropeçava uma vez ou outra, hesitando se devia continuar. Logo lembrou-se porque estava correndo, depois de uma longa pausa, tornou a correr com passos largos. Mesmo com seu corpo tremendo, pedindo por misericórdia um descanso, não se importava que riscos teria depois daquilo, sabia que tinha que correr, mesmo que seu corpo não aguentasse.

Dobrou uma esquina, tropeçando em um mendigo que se pôs a lhe xingar de tantos nomes que mal sabia que existia, pediu desculpas pausadamente enquanto corria, sem ver que um homem estava em sua frente, resultando num belo tombo que fez seus ossos remoerem. Pediu desculpas ao homem que resmungava baixo com raiva na voz. Tentou em uma desesperada tentativa de pegar os papéis que caiu ao redor de ambos, um papel lhe chamava atenção por sua coloração dourada, com um carimbo real em sua ponta. Não pode ver o que estava escrito, pois o homem tirou de suas mãos. Só notou em uma assinatura perto do carimbo.

"Alice"

O homem tornou a xingar-lo e mandou que saísse dali. Logo o garoto retornou ao seu objetivo principal e pôs-se a correr novamente. Dobrando a rua á direita, viu o seu destino, mas, sentira falta de uma certa pessoa que tanto procurara. Desesperadamente, correu até o carro e procurou pelos lados e não a achou, procurou alguma pista dentro e achou um bilhete no para-brisa.

Nele estava escrito em letra cursiva.

Tremendo, o garoto tentou ler sem se desmoronar, mas a mensagem ali contida não o deixava nada feliz.

"Você foi avisada, Heartphilia. Estamos agora com seu pai e a Scarlet, se demorar um tanto que for, iremos buscar mais amiguinhos seus, ou então, quem sabe o quanto estaremos bravos, iremos torturar um pouco as pessoas que ama. Este é o primeiro de outros, se quiser que pare, já sabe com quem falar.

Dolorosamente, XLO."

Se corroendo por dentro, o garoto desabou no chão de joelhos, com as lágrimas descendo rapidamente por seu rosto. Foi um idiota por deixá-la ali. Queria ela novamente em seus braços, não sabia o que estava acontecendo.

Só sabia que, ganhara um novo inimigo.

Tal inimigo era XLO.

O que importunava tantos que nem imaginava.

...

–N-Natsu! P-Por favor, pare! –Gemia uma loira entre torcidas engasgadas, sem se agüentar, segurava a barriga com força para tentar conter a dor que sentia... Mesmo não sendo lá tão real.

–Você mereceu isso Luce! Mereceu! Sabe por quanto tempo tentei fazer aquilo? Quase 6 horas da minha vida perdida! –Gritava indignado, porém com uma expressão brincalhona no rosto enquanto praticava o ato.

–Não l-lembro de ter... Ter quebrado alguma coi-sa! –Rebateu a menina tentando se libertar, mas pobre iludida era ela pensando que poderia fugir da ira do rosado. –Mas por...Porque acha que isso é uma... Punição?. –Indagava a menina fitando os profundos orbes Onyx do rapaz, que agora pareciam em dúvida.

–Como não é? Você morre de cócegas! Não tente mudar a punição, porque se tentar... –Expressava o garoto o seu típico sorriso de lado, que Lucy conhecia muito bem por ser o ataque de hormônios de Natsu. –... Eu posso mudar por uma coisa mais... Sabe né Luce? –Olhava brincalhão para os olhos da moça, que estavam furiosos.

–Natsu, para! Não era tão importante aquilo!

–Como não tão importante? –Resmungou o garoto com certa arrogância na voz.

Flash Black ON

Um barulho de batidas na porta, uma loira estava do lado de fora de frente á porta do banheiro, batia furiosamente quase acordando toda a vizinhança.

–NATSU! ABRA ESSA PORTA AGORA! –Gritou a menina chutando a porta com todas as suas forças, com escova de dente, toalha e pasta de dentes em mãos. –MEU DEUS NATSU! TÁ PIOR DO QUE MULHER SE ARRUMANDO, SAIA DAÍ LOGO. –Insistiu a loira quase derrubando a porta. Continuava batendo até que a porta se abriu de uma vez, fazendo com que ela bata no garoto á sua frente.

–Ai, calma ai Luce, eu não demorei tanto assim não. –Resmungava o rosado massageando o local em que foi machucado. –Seu chute dói hein fia.

–Como não demorou¿! Só tenho meia hora para me arrumar e tomar café agora! –Brigou Lucy, ficando vermelha de raiva e cruzando seus braços, fitou Natsu como se fosse arrancar cada pedaço de seu corpo e incinerar para nunca mais ver nem que seja o cheiro. –Pra que demorar tanto pra ir á escola mesmo¿

–Ora, se não tenho inteligência, tenho que ser pelo menos bonito uai. –Deu de ombros o garoto passando pelo corredor até a escada. –Ah, e não demore muito, ou vamos nos atrasar.

Bufou Lucy e foi se arrumar. Terminou de se arrumar e, antes que fosse para a sala, pensou em se vingar da demora que teve minutos atrás.

Então, de fininho, Lucy entrou no quarto do garoto, fechou a porta devagarzinho e então se virou para achar alguma coisa que seria digna de vingança.

Lucy teria achado bem rápido se não fosse pela bagunça daquele quarto. Era cueca em cima do computador, blusa suja pendurada na janela, seus jogos estavam espalhados no chão e até suas meias e calças sujas estavam espalhados em cima da cama que ainda tinha a coberta e os lençóis mal-arrumados. Lucy nesse momento até achou um chiqueiro mais bem arrumado do que aquilo, e com muita cautela, foi andando entre aquele mar que parecia o dilúvio de sujeira em procura de alguma coisa que provasse que ela não estava de brincadeira. Então, em um lugar gloriosamente arrumado, o único que estava assim, tinha um jogo sustentado por uma moldura em cima da cômoda. Tinha uma capa linda, e como Lucy, mesmo não gostando tanto de jogos, já jogava fazia um tempo esses jogos com Natsu, mas nunca tinha visto aquele jogo. Era tão majestosa que só de olhar causava transe, não sabia o que aquilo fazia ali, mas decidiu levar com ela para a escola, não sabia o porquê, mas queria levar com ela, talvez planejando uma vingança digna de Oscar.

Lucy guardou na mochila cautelosamente e logo andou até as escadas, desceu e já ouviu reclamações.

–Depois fala que o atrasado sou eu. –Reclamou o rosado com os braços cruzados e sem paciência. –Estava fazendo o que lá em cima todo esse tempo¿

–Não lhe interessa senhor “tenho que ser pelo menos bonito”.-Falou com a mesma voz de convencido dele quando tentou imitá-lo.-Agora vamos logo.

–Tá né. –Responde Natsu e os dois foram caminhando para a escola, já que ela era perto de lá. No caminho falaram sobre coisas diversas e alheias da vida, Lucy sempre com uma expressão indiferente e Natsu com seu jeito que não percebia que Lucy estava estranha.

Mais do que já é.

Como esperado logo chegaram á escola, com 5 minutos de antecedência. Foram para a sua respectiva sala e se sentaram em seus lugares.

–Porque está estranha Luce? Bem... Mais do que já é? -Debochou Natsu a última frase.

–Haha, muito engraçado e... Eu não estou estranha! Não fiz nada do que você pudesse desconfiar como roubar seu jogo para uma vingança... Nunca! -Disse Lucy rápido como num atropelo de palavras.

–Ah... Tá né... Sua estranha. -Disse o Natsu a olhando como se fosse um bicho.

O professor entrou na sala e começou a aula. Como sempre Natsu ficou perturbando Lucy a aula inteira, jogando papéis, canetas, borrachas, e tudo nas costas dela, já que ele ficava uma carteira atrás de Lucy. Lucy ignorava não só pelo fato de ele fazer isso todo santo dia, mas pelo o que fez antes de ir para a escola, tentava planejar uma vingança infalível, mas o Natsu ficava lhe aborrecendo e tirava sua concentração, até que não aguentou mais.

–NATSU! QUE SACO! PARA COM ISSO CARALHO...Ahn... Oi professor... -Gritou Lucy e depois foi abaixando a voz logo que percebeu que o professor estava bem á sua frente.

–Olá Heartphilia, está aprendendo muito nessa aula? -Disse o professor com um olhar maligno e Lucy assentiu tremendo de medo. -Oh, então poderia resolver aquele probleminha bem fácil no quadro? -Disse ele apontando para o quadro, sorrindo de um jeito meigo, que significava ao contrário.

–É que... Er... Pode escolher outra pessoa... P-Professor? -Sussurrou Lucy baixinho para não irritá-lo, o que foi em vão.

–Eu disse você, então é você, Heartphilia. -Falou num tom de voz medonho.

–S-Sim, professor... -Disse Lucy indo até o quadro, e olhando para trás fazendo as caras mais aterrorizantes para Natsu que já tinha feito.

Olhou bem pro quadro, fingindo pensar no cálculo, sendo que não estava entendendo coisa alguma do que estava escrito. Suava frio rapidamente e tremendo pegou o pincel em cima da mesa. Toda a sala ficou quieta observando cada coisa que ela escrevia. Uns cochichavam baixinho, outros riam do nervosismo e outros torciam para que ela acertasse.

Depois de muito esforço, terminou o problema. O professor olhou bem pro quadro, ficou alguns minutos analisando e, depois disso, pediu que Lucy entregasse o pincel sem olhá-la. Suando, Lucy entregou e ficou observando a expressão do professor enquanto ele escrevia um...

Certo?

–Está certo Heartphilia, agora sente-se e preste atenção na matéria. -Lucy sorriu aliviada enquanto ouvia alguns coros tristes por não ver a loira levar uma bronca daquelas, Natsu estava encarando Lucy, quando a mesma olhou pra ele com tanto ódio, que ele jurou ver uma segunda Erza.

A aula continuou e logo bateu o sinal. Natsu esperou que todos saíssem para então, verificar se tinha alguém por perto e saiu cautelosamente da sala. Quando chegou à lanchonete, alguém o cutucou por trás. Tremendo de medo, virou a cabeça e então...

–Onde está o maldito que quase me fez morrer? Ah! Achei você! -Disse uma loira com seus cabelos voando, como se tivessem vida. Fuzilava Natsu com os olhos, e pegando pelo colarinho do uniforme dele, o tacou longe. Isso mesmo, Lucy acabara de virar uma segunda Erza.

Natsu saiu correndo quando viu Lucy ir à sua direção depois de ter-lo jogado, a loira teria o seguido se não fosse por uma coisa lhe chamar atenção. Essa coisa tinha 1.55 de altura, cabelos azulados e corpo pequeno como o de uma boneca de porcelana. Caminhava cansada, e parecia um pouco triste por ter chegado atrasada, com olheiras no rosto e pele clara devido à isolação da luz do sol, Levy, caminhava cansada pelos corredores da escola com a mochila nas costas.

Lucy sentiu uma lágrima descer do seu rosto, e, com um impulso, saiu correndo para abraçar a pequena. Passou por vários alunos, trombando neles, e quando chegou perto da mesma, deu um grande pulo e caiu em cima de Levy.

–Ai! Affe Lu-chan! Me mata não. –Resmungou Levy levantando do grande tombo que levaram. –Sei que demorei, mas não precisa... Lucy? –Perguntou quando Lucy havia dado um abraço forte na pequena, Levy sentia sua blusa molhar e logo entendeu, correspondeu ao abraço.

–Calma Lu-chan...

–Eu senti saudades Levy! Você sumiu! Onde esteve? –Disse Lucy entre soluços até que se lembra de uma coisa. –E porque não me avisou que foi vítima da XLO? –Nesse momento Levy congelou e começou a se perturbar.

–Aqueles... Malditos... Irmão... –Disse Levy começando a criar pequenas lágrimas. -... Vingança.

–Levy... Se acalme está bem? Preciso te contar uma coisa. –Assim, Lucy e Levy foram para um lugar mais vazio e Lucy explicou o que estava acontecendo, Levy diante dos fatos ficou desesperada e mais do que certa que se Lucy não corresse com um plano, todos iriam morrer.

–Lu-chan, precisamos pensar em alguma coisa... E rápido! Não sabemos o que eles podem fazer, nem sabemos se eles já fizeram! –Indagou Levy, mas o que pensar? Lucy estava desesperada por alguma coisa, mas não lhe vinha nada na cabeça. –Por enquanto Lucy, acho melhor contarmos á todos e ficarmos juntos, assim se eles vierem, todos nós vamos estar juntos e podemos nos defender!

–Eles são muito fortes Levy-chan... Eles levaram meu pai... –Disse Lucy aos prantos. –Malditos... Não bastasse minha mãe... Querem levar meu pai? Meus amigos? O que eles querem de mim afinal?!

–Não sei Lu-chan... Eu faltei muito devido a tentar pesquisar tudo o que tinha de notícia sobre eles... Não consegui muita coisa, só sei que há uma teoria que eles possam usar magia negra... –Disse Levy pensativa, Lucy ficou com uma cara irônica.

–Quer dizer que eles são fadinhas do mal? –Disse Lucy com uma cara de “Mereço”.

–Lu-chan, leve á sério!

–Não sei se essa é uma boa teoria, mas acho que pode ser muitos nessa organização, por isso eles podem nos ver, podem ter espiões em todos os lugares! Até entre nossos amigos...

–Quer dizer que não confia em nós Lu-chan...? –Sussurrou Levy meio triste, aquilo partiu o coração de Lucy.

–Não é isso que eu quero dizer... Eu confio minha vida á vocês... Mas e se obrigarem vocês? Aqu- Antes que Lucy terminasse, o sinal toca, Lucy pede para Levy ir ao banheiro lavar o rosto e disse que a espera na porta da sala.

–Hum Rum... Decidiu não me matar? –Sussurra alguém no ouvido de Lucy.

–Eu ainda vou te matar não se preocupe Dragneel. –Disse Lucy olhando para trás onde estava o rosado com um sorriso covarde.

–Ah, porque me matar? Não sabia que o professor ia fazer isso Luceee. –Fala o garoto com um olhar de cachorro que caiu da mudança. Lucy achou aquilo muito fofo e deu um tapinha na cabeça dele.

–Vai sentar lá logo chorão, mas eu ainda vou te matar. –Disse Lucy dando um sorriso e empurrando ele para dentro da sala.

–Af, Luce sem sal. -Resmungou ele enquanto ia pra carteira.

Lucy esperou Levy e as duas se sentaram em suas carteiras, deixando de lado a conversa séria que tiveram, conversavam normalmente na sala com o resto dos amigos.

Mas não viram dois amigos em lugar algum... Nem no intervalo.

Onde se meteram Erza e Jellal?

...

Lucy POV ON.

No caminho de volta eu ainda pensava em como me vingar do Natsu, estava desistindo da idéia, isso é normal do dia-a-dia não é?

–Luce, onde você acha que Jellal e Erza se meteram? –Pergunta Natsu enquanto caminhávamos. É mesmo! Eles não foram para a aula, e é que eles não são de faltar...

–Acho que eles devem ter saídos juntos... –Pensei por um momento na possibilidade de XLO terem pegados eles, mas eu acho que não... Era a Erza.

–Mas já? Jellal é muito rápido hein...

–Depois de 6 anos na FriendZone já tava na hora. –Comentei eu, Jellal e Erza são mais velhos que a gente e estão no 3° ano, eles costumam ficar com a gente no intervalo, mas hoje nem sinal deles. Eles ficam nesse caso de “vai ou não vai” á seis anos! São dois encalhados mesmos...

–Hum... Luce... Queria te perguntar uma coisa...

–Hum? –Virei minha cabeça para onde estava ele e reparei que ele estava com aquela cara emburrada dele, que eu sei que é quando está envergonhado. Ele ficava tão fofo corado que deu vontade de pular nele e apertar aquelas bochechas.

–V-Você gostaria de... Hãn... –Ele se enrolava nas palavras, que fofo! Mas o que será que ele quer falar? Ele só fica envergonhado quando... Meu Deus.

–De...? –Dei um empurrãozinho para ele continuar, será que é... Não pode ser.

–Ah! E-Esquece! –Disse ele avistando sua casa. –J-Já ch-chegou à minha casa né?

–Ah... Claro. –Me entristeci, e se fosse aquilo? E-Eu não saberia o que fazer mesmo... Até que me lembrei de uma coisa. –Ah! Natsu espera. –Abri minha mochila.

–O que foi? –Indagou ele. Desisto de fazer essa vingança.

–Toma. Eu o pequei dentro do seu quarto e... Natsu? –Ele estava com uma cara chocada, e logo ficou que nem um pimentão.

–V-Você pe-pegou is-so no meu q-quarto? C-Como a-achou ele? Vo-você não o-ouviu né? –Disse ele gaguejando mais do que nunca, olhei bem para a capa do jogo e vi que não era um jogo e sim um DVD. Um DVD de um garoto que eu nunca vi antes. Mas ele me parece familiar.

–Qual é o problema...? Hey! –Ele tomou o DVD das minhas mãos.

–Nunca mais pegue isso! –Disse ele com o tom de vergonha, mas ainda assim bravo.

–Mas por quê? –Tentei pegar de suas mãos, mas ele inclinou a mão pro alto.

–Não interessa! –E saiu correndo com o DVD. Mas se ele acha que me escapa... Está muito enganado. Sai correndo atrás dele.

–Volta aqui! Barbie Superstar!

–Nunca! –E correu para dentro de casa numa fúria violenta. Segui ele, correndo atrás dele enquanto ele subia as escadas da casa e batia a porta do quarto. Ouvi a dona Poluchka reclamar atrás de nós.

–Abra essa porta Natsu! Agora! –Gritava eu batendo na porta dele.

–Não mesmo!

–Grrr! Abre logo Natsu! O que tem de mais nesse seu DVD?

–Você não pode pega-lo, ninguém pode! –Resmungou ele do outro lado tentando parecer convicto, mas eu senti a vergonha na voz dele.

–O que tem nesse DVD Natsu? Me conta! Por favor! –Disse eu parando de bater na porta.

–... Não sei se devo contar.

–Porque não? Eu não sou confiável? Não confia em mim Natsu? –Fiz uma voz triste, essa idéia de que não confiam em mim me machuca.

Ouvi o trinco da porta se abrir e a sombra do garoto aparecer na minha frente.

–Não é que não confio em você Luce... É que... É um pouco vergonhoso. –Disse ele passando as mãos nos seus cabelos e olhando pro chão envergonhado. –Tenho medo de que mudam de idéia sobre mim se virem isso...

–Natsu, se fosse até uma prostituta eu não mudaria o que penso sobre você, ah, e pagaria um programa também. –Disse eu brincando e tirando um riso pequeno do rosto dele.

–Tem certeza que quer ver Luce? Não vai me achar estranho?

–Você já é estranho por ter esse cabelo rosa, não é ruim, só deve ser coisa da sua cabeça. –Disse eu entrando no quarto dando de ombros e me sentei na cama dele virada para a TV. - Aumenta o som Dj! –Disse eu num, tom brincalhão

–Tá né. –Disse Natsu colocando o DVD e se sentando do meu lado.

Normalmente, parecia o DVD de um show de um astro que eu nunca ouvi falar, eu senti que já tinha visto ele, mas não me lembro quem seja.

–Porque isso vergonhoso? Não vejo nada de vergonhoso nisso, ah não ser que você tenha uma quedinha gay por esse cara ai...

–Não é nada disso! É que... Você o reconheceu não?

–Hum... Um pouco, mas não me lembro dele... O que tem isso?

–Bem... Você o reconhece por que... Sou eu. –Engasguei com a minha saliva ao ouvir isso. Como assim?! Natsu era um astro e não me contou?! E PORQUE NÃO ME DEU BRINDES?!

–O QUE?!

–Essa era a reação que eu temia. –Disse ele se envergonhando. –Me desculpe não falar...

–Desculpar?! Você é um astro Natsu! Você cantou na frente de muita gente! Como não me conta isso? E você canta! –Gritei sacudindo os ombros dele. –Porque não me deu brindes?!

–Na verdade eu era um astro, desisti disso. E eu te dei um brinde... Uma música. –Como assim? Uma música para... Mim?

–Você fez uma música em homenagem á mim? Que fofo! –Disse eu apertando as bochechas dele.

–Err... Fiz, mas você não quer ver não.

–É claro que quero ver! Aliás... Me dá esse CD? –Disse eu com olhos de cachorrinho abandonado

–NÃO! Quer dizer... É o original e... –Tirei ele o DVD e fiquei com ele na mão.

–Me devolva isso Luce... –Disse ele vindo em minha direção.

–Não! Agora é meu. –Disse eu encarando ele nos olhos. Ficamos nessa briga de olhares por um bom tempo.

–Me. Dê. Agora. –Disse ele falando pausadamente enquanto caminhava devagar em minha direção.

–Não. Dou. Não. –Disse eu no mesmo tom de voz dele.

Até que ele do nada, pulou em cima de mim, me segurando pelos pulsos, e prensando meu corpo em suas pernas, ficando em cima de mim. Tentei me libertar, mas ele era muito pesado, tentei tirar meus pulsos, mas ele é muito forte, droga! Ele tentou pegar o DVD de minhas mãos, mas eu joguei pra longe de sua direção.

–Você está brincando comigo. –Disse ele com raiva.

–Eu disse que ele é meu agora! Não ouviu? Quer que eu repita? –Disse eu provocando-o.

–Você não sabe do que eu sou capaz... –Ele sussurrou baixinho, e num rápido movimento, correu até o DVD e o capturou.

–Hey! Me devolva! –Dizia eu enquanto pulava para alcançar o DVD. Até que eu pensei numa idéia. Empurrei ele com um chute e o DVD voou no ar, fui lá, peguei e corri para cima da cama.

–Você nunca mais vai vê-lo! Agora é meu Astro cor-de-rosa! –Até que esse apelido é legal né?

–Maldita! –E ele pulou em cima da cama, tentando ir atrás de mim. Afastei-me até onde conseguia e senti a parede atrás de mim, abracei bem o DVD, dando a mensagem de que não soltaria.

–Sério Luce, solta esse DVD.

–NÃO! –Gritei invicta.

E ele tentou correr até a mim, isso me assustou e então o DVD de novo faz uma acrobacia no ar...

Mas não chegou inteiro ao chão.

Repercutiu um silêncio constrangedor e eu só observava a expressão do Natsu. Ele estava surpreso e com raiva, lentamente virou a cabeça para mim, me mostrando aquele olhar sedento por sangue.

–O que você fez? –Disse ele olhando para mim com um olhar que me deu um gelo na espinha, comecei a tremer e suar frio.

–N-Natsu... F-Foi sem querer! Eu juro. –Parecia que ele não me escutava, ele seguia até mim, devagar com a franja tampando seus olhos. Eu nunca tinha visto esse lado do Natsu.

–Menina má... Merece uma punição. –Ele sussurrou no meu ouvido e depois o mordeu, me fazendo arrepiar. Senti suas mãos na minha cintura e...

Lucy POV OFF

...

–N-Natsu! P-Por favor, pare! –Gemia uma loira entre torcidas engasgadas, sem se agüentar, segurava a barriga com força para tentar conter a dor que sentia... Mesmo não sendo lá tão real.

–Você mereceu isso Luce! Mereceu! Sabe por quanto tempo tentei fazer aquilo? Quase 6 horas da minha vida perdida! –Gritava indignado, porém com uma expressão brincalhona no rosto enquanto praticava o ato.

–Não l-lembro de ter... Ter quebrado alguma coi-sa! –Rebateu a menina tentando se libertar, mas pobre iludida era ela pensando que poderia fugir da ira do rosado. –Mas por... Porque acha que isso é uma... Punição? –Indagava a menina fitando os profundos orbes Onyx do rapaz, que agora pareciam em dúvida.

–Como não é? Você morre de cócegas! Não tente mudar a punição, porque se tentar... –Expressava o garoto o seu típico sorriso de lado, que Lucy conhecia muito bem por ser o ataque de hormônios de Natsu. –... Eu posso mudar por uma coisa mais... Sabe né Luce? –Olhava brincalhão para os olhos da moça, que estavam furiosos.

–Natsu, para! Não era tão importante aquilo!

–Como não tão importante? –Resmungou o garoto com certa arrogância na voz. A idéia que Luce acabara de quebrar seu DVD não lhe confortava. –Era um DVD... Que eu fiz! Eu era o astro!

–Me desculpa! Eu só queria ouvir a música que você fez pra mim... –Disse a menina com um olhar triste. O garoto cessou as cócegas, segurou o queixo da menina e levantou.

–Você vai ouvir, deixa só eu pegar outro DVD ali e...

–QUER DIZER QUE VOCÊ TINHA CÓPIAS?! FEZ ISSO SÓ PARA SE APROVEITAR DE MIM?! –Gritou a menina se levantando e cruzando os braços.

–Bem... Você falando desse jeito fica meu estúpido...

–Grr! –Resmungou a garota saindo pela porta e batendo com força.

–Sabia que eu te amo Luce? –Disse o garoto com um sorriso bobo depois que ela saiu do quarto.

...

Em outro lugar

...

–Porque me chamou aqui? –Disse sério um garoto muito alto, com cabelos negros grandes e rebeldes, com vários piercings no rosto, e com olhos vermelhos vibrantes.

–Não vai nem dar um oi para seu tio Gajeel? –Disse um homem com cabelos negros lisos e curtos, olhos vermelhos sangue como os de Gajeel, ele era pálido e mantinha um sorriso perverso no rosto.

–Não devo comprimentos á um miserável como você. –Fitou Gajeel bem o rosto do tio.

–É assim que trata o seu tio? Que te salvou da morte? Devia ter te deixado morrer... –Disse o tio com ódio na voz.

–...Desculpe.

–Enfim. Preciso que você faça uma coisa por mim, lembra que me deve um não é? –Gajeel já não gostava dessa história.

–Qual é o trabalho sujo dessa vez? –Logo Gajeel entendeu o que o tio queria dizer.

–Preciso que mate uma pessoa, em nome da XLO. –Gajeel congelou, seu tio nunca tinha lhe pedido para matar alguém.

–E... Quem seria...? –Perguntou Gajeel aflito.

–Vai ser fácil para você, estuda na sua escola... –Nessa hora, seu tio lhe direcionou um olhar frio. –Uma garota.

Levy McGarden.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?
Por favor comentem, é o que me deixa feliz :c
Jya Nee e até o próximo!