I Hate That I Love. escrita por Vitória F


Capítulo 56
Capítulo 56.


Notas iniciais do capítulo

Olá, tudo bem com vocês ?.
Espero que gostem e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423654/chapter/56

POV BERNARDO.

Foi difícil encarar todos aqueles paparazzi irritantes comentando sobre Laura ate na porta do meu trabalho aqueles desgraçados apareceram. Eu e Cristiana não sabíamos como lidar com esse tipo de gente. Laura é pequena e acaba sendo sempre atacada pela mídia assim como outras filhas de amigos meus. Eles falam em manter a calma, mas como ? com dezenas de paparazzi observando as roupas de grife que sua filha usa ? falando do cabelo ? dos olhos ? É impossível.

Como foi esperado consegui abrir outro negocio com um cara do Afeganistão. O cara era engraçado e eu não entendia metade do que ele falava, apenas esperava o seu empregado traduzir. Fechei um acordo bastante importante e meu pai quase estava passando a empresa para o meu nome. Ele só passaria se eu casa-se, mas ai está o problema. Cristiana não quer casar; ela acha que estamos melhor assim, sem casamento.

– Senhor ?... - Ouvi a voz da Elisa minha secretária. - Cristiana está no telefone.

– Ah, obrigada. - Sorri. - Passe à linha.

Peguei o telefone que ficava ao meu lado, encima de uma baita mesa grande que dava de frente para um quadro cheio de flores. Um sofá bem afrente do qual já foi estreado com uma cena muito impropria para qualquer um. Cristiana estava linda naquele dia e eu não pude resistir.

Cristiana meu amor... - falei num tom de brincadeira. - O que quer ?

– Eu vou matar você. - Ela falou brava. - entendeu ? matar você. Conversaremos em casa.

Logo em seguida ela desligou sem ao menos esperar com que eu fala-se alguma coisa. Eu queria saber o motivo por ela está brava, mas nada vinha a minha cabeça. Eu não havia feito nada nesses últimos meses. Parei para pensar e isso piorou bastante. A única coisa que eu não havia contado para ela fora o caso Oliveira.

– Você é um burro Bernardo, um burro. - Murmurei para mim mesmo.

É claro que era o Oliveira. Eu deveria ter contado à ela em outros tempos, mas acabei esquecendo ou adiava. Agora eu tenho que voltar para casa e discutir isso com ela. E bom, discutir com Cristiana é como enfrentar milhares de dragões encima de você tentando lhe atacar fogo.

– Vou passar em casa; rápido. - Exclamei para minha secretária. - Qualquer coisa estou de volta. - Fiz uma pausa - Ou morto.

Desci pelo elevador e pedi meu carro, em poucos segundos o carro tinha chegado. Deixei algumas informações com o segurança e fui. Estava frio hoje e chovia bastante. O vidro estava bastante embaçado e eu nem entendia o por que de tanta preocupação. Claro que entendia, custei para morar junto com o dragão de olhos azuis e não seria por um livro que iriamos terminar.

Quando cheguei em casa, Michel estava com àquela cara. Encostado na parede, murmurou alguma coisa que eu não entendi e perguntei.

– Dona Cristiana. - Ele respondeu. - Está uma fera hoje. Soltando vento pelos narizes e escalando paredes.

– Tem alguma flor ai ?. - Perguntei.

– Claro. - Ele abriu a porta do carro e pegou uma rosa. - Eu sempre tenho.

Esse era alguma coisa nossa. Sempre que eu e Cristiana discutíamos e estava lá Michel com uma rosa e o meu pedido de desculpas pronto. Cristiana sempre pegava a rosa; à encarava e depois ria. No final acabávamos em algum lugar rindo mitangas.

Quando entrei na sala estava Cristiana com minha camiseta azul marinho e me encarando. Seus olhos azuis me fitaram com raiva e ao mesmo tempo com amor. Tentei segurar o sorriso de ver ela com minha camiseta, apenas estendi a rosa à ela.

– Não me venha com esta rosa. - Ela falou. - Eu quero saber por que nunca me contou sobre o Oliveira.

– Cris entende. - Pedi. - Criei ele quando eu já não tinha esperanças em ter você de volta.

– E por que não me contou nada nesses dois meses ?.

– Porque nunca tive tempo.

– Nunca teve tempo ?. - Ela repetiu gritando. - Será que contar uma coisa assim irá lhe matar ?. - Eu não respondi nada, continuei sentado vendo a minha camiseta dançar no corpo dela e sorrir feito um idiota. - Eu te amo e quero matar você, sabe o que é isso ?.

– É o amor. Vem. - Puxei ela pelo braço e fiz ela sentar no meu colo. - Olhe desculpe por não ter contado nada, se você quiser subiremos agora e lhe mostrarei tudo o que fiz para você.

– Eu, eu não quero. - Ela falou dengosa. Como ela era linda dengosa. - Só quero que você não minta mais para mim.

– Eu prometo.

– Mesmo ?.

– Sim. - Beijei o topo da cabeça dela. - Prometo mesmo.

E enfim nossa briga foi resolvida!. Cristiana continuou sentada no meu colo, eu ia acariciando os cabelos dela enquanto ela repousava a cabeça sobre meu ombro. Isso sim é perfeito. Ouvi o telefone chamar e era uma mensagem de Beto, ele queria falar sobre o futebol, mas eu avisei que não iria. Preferia ficar com essa caipira durona aqui, sentada encima de mim.

– Quem era ?. - Ela perguntou levantando seu olhar ate mim.

– Beto. - Respondi. - Sobre o futebol.

Ela sorriu e eu dei um selinho nela. Acho que passamos a tarde toda assim: ela sentada no meu colo, assistindo um filme enquanto brincava com a barriga. Barriga que alias estava linda, quase 3 meses e seria um menino. Era a felicidade da minha mãe, ela já adorava Laura e agora morreria por esses dois. É claro que eu também morreria.

– Amanhã tenho que arrumar meu estúdio. - Ela murmurou meiga.

– Se quiser; eu posso mandar alguns homens irem ate lá.

– Não, Obrigada. - Eu já sabia o que ela iria fazer. Ela gostava de se virar sozinha, adorava ser mulher que faz as coisas sozinha. - Eu me viro.

– Eita mulher durona. - Falei rindo e ela riu.

Quando Laura voltou da escola, ela novamente contou sobre o Rafael. Eu achei bastante hilario quando ela falou sobre a briga e ate à apoiei, mas Cristiana pagou de boa mãe e à deixou de castigo.

Já era de noite e eu colocava Laura para dormi. Ela estava agarrada no seu urso preto e sorria enquanto eu contava uma história qualquer a ela. Quando a história terminou e eu já ia saindo do quarto, ouvi a voz sonolenta de Laura pronunciar algumas palavras:

– Sabe papai... você é a melhor coisa que aconteceu na vida da mamãe. - É eu sei, eu sempre soube. Ela também é a melhor coisa que aconteceu na minha vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Beijos, ate :c.