I Hate That I Love. escrita por Vitória F


Capítulo 41
Capítulo 41.


Notas iniciais do capítulo

Estou a fim de fazer uma grande reviravolta :)
Boa leitura amores....



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Não era minha intensão acorda e encontrar Bernardo ao meu lado. Respirei fundo quando o vi, deitado ao meu lado, dormindo. Eu lembrava de tudo na noite passada, não foi nada planejado. Levantei e fiquei sentada ao lado dele - que ainda dormia. Passei as palmas das mãos nos meus olhos e respirei novamente fundo. Era mesmo aquilo que eu fiz ? É sim, eu tinha feito aquilo. Por um breve momento um sorriso surgiu nos meus lábios, lembrando de tudo que aconteceu. Mas foi um sorriso breve. Fiquei encarando o chão por um longo tempo, ate Bernardo acorda.

– Acordada... - Bernardo falava meio sonolento, já levantando do chão.

Assenti com a cabeça e novamente voltei a encarar o chão. Bernardo ficou apoiado com os braços no chão. Ele espreguiçou-se e exclamou como o dia estava bonito em Paris. Não fazia Sol, o céu estava cinzento e havia muita neblina. Passei as mãos envolta das minhas pernas e encostei meu peito nela. Um terrível silencio surgiu entre nós. Sabíamos o que tinha acontecido e não era o certo. Por um lado eu estava feliz, queria correr pelas ruas de Paris gritando, mas por outro lado eu queria brigar comigo mesma. Senti os lábios de Bernardo beijarem meu ombro esquerdo. Fechei meus olhos para sentir aquela sensação com um sorriso bobo no meu rosto.

– Bernardo precisamos ir. - Disse me levantando e pegando minhas roupas. - Alguém pode chegar. - coloquei enfim minhas roupas. - Vamos, levanta.

– Por que está assim ?. - Ele segurou minhas mãos. - Por que está ?.

– Bernardo nós não somos nada. - balancei a cabeça nervosa. - Não somos namorados, nem nada... é errado.

– Errado ?. - ele pareceu espantado com minha resposta. - Errado por que ? Nós nos amamos.

– Não, não nos amamos. - O clima estava tenso demais entre nós dois. - Isso só aconteceu... não vai mais acontecer, foi um erro. Você é casado, vai ter um filho...

Não consegui termina a frase. Peguei minha bolsa e procurei não pensar na noite que tive. Bernardo pegou suas coisas e começou a se arrumar. Enquanto se arrumava, murmurava alguma coisas e me encarava, encarava bastante. Quando tudo acabou, cheguei a porta, na esperança dela estar aberta e me surpreendi, estava aberta. Como não estava de carro, tive que me contentar em ir no carro alugado de Bernardo. Era grande e espaçoso inteiramente de couro. No rádio tocava alguma música, mas não dava para ouvir. Eu estava em silêncio, encarando as roupas movimentadas de Londres e Bernardo dirigindo. Eu conseguia ouvir o terrível barulho dele, mesmo ele estar em silêncio.

– Eu acho... que... não... foi assim, um erro. - Bernardo mexia as mãos, mas não tirava o olhar da rua.

– Não ?. Como não foi um erro ?, você vai ter outro filho, tem uma esposa... isso é errado, completamente errado.

– Não foi. - ele respirou fundo e encostou a cabeça no banco. - Para mim não foi um erro.

Encostei minha cabeça novamente no vidro e voltei a observa as lojinhas que iam passando. Várias pessoas andando nas ruas, conversando, fumando, gritando umas com as outras. Paris e seu terrível barulho e nós dois dentro do carro no nosso barulho.

Quando chegamos no Hotel e passamos pela recepção, ouvi vários dos funcionários cochichando entre si e murmurando várias coisas. Era claro que sabiam da nossa antiga e história e obvio que notaram que nós chegamos juntos, com caras literalmente culpadas. Entramos no elevador juntamente com dois casais, pareciam bastante novos e animados.

– Eu sou super sua fã. - Uma mulher de cabelos ruivos naturais, sorria animada. - Eu gosto de você, gosto de lhe ver desfilar. - Ela pegou um papel e uma caneta. - Assina ?.

– Claro. - sorri.

Assinei o papel e tirei uma foto. Com os dias que tive em Paris, vim ganhando bastante fama e com isso varias pessoas me paravam na rua para tirar fotos. O elevador abriu e nós saímos, deixando para trás os dois casal. Andamos lado a lado por um corretor bege, com papeis de parede bege com pássaros e nuvens. Parei em frente ao meu quarto e olhei de canto Bernardo com a mão na maçaneta tentando abrir a porta. Respirei fundo e entrei no quarto. Neide estava lendo algum livro, mas assim que me viu fechou o livro e puxou os óculos.

– Como foi a noite ?. - Ela segurava o livro nas mãos.

Fiquei em silêncio e sentei ao seu lado. Joguei minha bolsa no chão.

– Como foi sua noite ?. - Ela repetiu.

– Sei lá... - virei meu olhar novamente ate ela. - Foi boa e horrível. Maravilhosa e terrível.

– Bom... deixe-me ver. - Ela pegou sua xícara e tomou um gole do seu chá. - Passar a noite com Bernardo foi maravilhoso, mas você sabe que ele é casado e está achando que foi um erro, acertei ?.

Fiquei parada encarando ela. Como ela sabia disso ?, como ela sabia a verdade ?. Cruzei meus braços e tentei conter uma risada, mas ri feito uma boba.

– Ricardo me contou. - ela acrescentou. - Falou que vocês dois só chegariam hoje. - Ela tomou o último gole. - se não fosse para acontecer, não teria acontecido, mas aconteceu... então...

– Então aconteceu, mas não era para ter sido. - Menti para mim mesma.

– Se for assim... - ela se levantou. - Teu amigo francês disse que viria aqui, visitar você. Decidi não atrapalhar então vou sair um pouco com Laura.

Assenti com a cabeça e me levantei, entrei no quarto e peguei um pouco Laura no colo. Ela ainda dormia, tentei não acorda-la mas quando peguei ela no colo, seus olhinhos abriram e ela sorriu. Passei levemente meus dedos sobre seu rosto macio e sorri. Sussurrei algumas coisas no ouvido dela, seu pai me deixa louca, não estou bem, prometo que sairemos de Paris. Ela era pequena, mas eu sentia... sentia que ela me entendia.

Quando chegou a noite, Girassol - nome que dei a Neide logo cedo, quando ela confundiu rosas com Girassol - e Laura já tinham saído. Tomei um banho rápido, passei um perfume caro demais e preparei alguns vinhos. Desde cedo não vi Benardo e também não preferia ver a cara dele por um bom tempo.

Alguém bate na porta. Era Collet.

– Ah... - abracei ele. - Você veio.

– Sim, eu vim. - ele sorriu e entregou rosas. - Queria passar um tempo com você.

Fechei a porta e coloquei as rosas no vaso.

– Nossa, vejo alguém apaixonado por mim.

– É... eu estou. - Collet falou sério ou parecia sério. Abri meus olhos espantada e fiquei encarando ele tomar forças. - Parece loucura, mas estou apaixonado por você, não paro de pensar em você.

Silêncio veio na minha parte. Vi Collet se aproximar. Ele tentava me beijar, mas eu consegui me afastar.

– Não... não... - falei, tentando ser gentil. - Collet você é apenas meu amigo, não quero nada com você.

– Você quer sim alguma coisa comigo. Você me quer. - Collet não gritou, mas falou com certeza e totalmente bravo.

Ele agarrou meus braços e novamente tentou me beijar, mas desviei meu rosto a tempo. Sua barba - um pouco mal-feita - sarrou no meu rosto. Meu coração começou a pular no meu peito. Collet mandou eu não gritar para ele não me bater. Mas mesmo assim, levei dois tapas certeiros na cara, tapas bem dados. Collet rasgou a camiseta da qual eu vestia e tentou novamente me beijar. Não teve outra alternativa, eu comecei a gritar feito louca.

– Fique quieta vadia, eu quero você. - Ele mordia os lábios com forças, sorrindo como se fosse a nossa escolha.

Olhei para o lado e vi o brinquedo de Laura, seu ursinho preferido, o urso que Bernardo deu. Aquele não era meu destino. Fechei meus olhos e pedi em pensamentos para que nada acontece-se, que tudo fica-se bem.


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Notas finais do capítulo

- cof. cof. cof. - beeeeeeijos, ate mais.



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