Na manhã seguinte ao constatar que Jeff já havia saído, corri até minha bolsa pegar a carta, que mais uma vez não deu tempo para ler pois a mãe dele chegaria em 30 minutos. Eu já pensei em faltar ao trabalho, mas percebi que seria estupides. Tomei um banho rápido, me vesti e sai. Fui para o trabalho na esperança de que não houvesse muita coisa pra fazer, se não tivesse, eu fingiria estar passando mal e pediria para ir pra casa, meu chefe me adora e com certeza não questionaria se era verdade ou não.

Chegando no escritório vi que levaria ao menos três horas até que terminasse de preencher os relatórios de admissão dos novos funcionários, então fui logo começando a digitar os nomes, endereços, e-mails e telefones.

Duas horas depois faltava apenas mais cinqüenta relatórios, até me surpreendi com a velocidade em que estava digitando, nem sentia as teclas sob meus dedos. Peguei uma nova ficha e ao ler o nome escrito me assustei, conferi novamente e mesmo assim aquele nome me chamou a atenção, “Richard Allan Clark”. R.A.C, podia ser uma coincidência muito mal, mas isso não me convenceu, então fiz uma cópia da ficha e guardei na bolsa sem que ninguém visse.

Agora além da curiosidade sobre a carta do maniaco, tinha também um funcionário com as inicias dele. Estava ficando histérica de ansiedade, então pedi pra uma colega terminar os relatórios que faltavam e fui pedir permissão ao meu chefe, para poder ir pra casa. Óbvio que ele deixou que eu fosse, até se ofereceu para me levar em casa. Eu como sou “burra” é claro que aceitei, melhor do que andar é ir de carro com meu chefe delicia.

Em menos de cinco minutos já estávamos na porta da minha casa, eu pedi que ele entrasse pra tomar um suco, ele não aceitou e disse que não seria uma boa ideia ele ser visto trazendo e entrando na casa de uma funcionária. Pegaria mal tanto pra ele, quanto pra mim.

Digamos que eu gostei da atitude dele, eu também queria entrar tomar um banho, sentar na minha cama e ler o que havia naquela carta, me despedi dizendo que no dia seguinte, estaria melhor e que o veria no trabalho, ele beijou minha mão, entrou novamente no carro e foi embora.

Subi as escadas numa velocidade enorme, abri a porta do meu apartamento, joguei as coisas no sofá, fui para o banheiro e tomei um banho relaxante e rápido, me vesti peguei minha bolsa e fui para o quarto. Retirei a carta da bolsa me sentei na cama e abri finalmente a carta.

“Senhorita Jessika Baltimore”

Sim, eu sei quem você é, sei que horas você acorda, que horas dorme, sei onde trabalha, onde você se diverte, com quem se diverte. É isso mesmo não é só você quem anda espionando, eu também estou te observando, e te digo a bem mais tempo do que você.

Sei mais da sua vida do que seu grande amigo Jeff, não vou te assustar mais, só quero que saiba que estou te vigiando 24 horas por dia. Mesmo que pense que esta sozinha, tenha certeza de que eu estou por perto.

Não acho você inteligente, concordemos ficar seguindo um maniaco não é muito normal, principalmente um que nem mesmo a inteligencia da policia consegue achar.

Estou aqui para te aconselhar, não me siga mais, se não quiser virar uma das minhas vitimas, e por acaso com a morte mais violenta.

E outra coisa não foi eu quem matou sua amiga, eu matei somente 87 moças, nenhuma delas era sua amiga e as outras 23 que morreram, foram pervertidos usando meu nome para cometer assassinatos. Mas logo logo terá a noticia de mortes de condenados da justiça

OBS: Não quero te matar violentamente, estou já faz um bom tempo planejando como mata-la sem muito sofrimento, não me obrigue a adiantar os planos. Será ruim para você mesma.

Ass:R.A.C

– Uma ameaça? Agora sim é que eu vou segui-lo e descaradamente, já que vou morrer. Pelo menos mereço ter um motivo. - dei uma gargalhada – Você não perde por esperar R.A.C.