Como sempre, ao sair do serviço Jeff me esperava na recepção, só que hoje eu não iria para casa, sim para casa dele. Jeff havia inventado uma desculpa para a mãe dele, dizendo que já fazia tempo que ela não visitava sua irmã e que era bom ela ir até lá saber como andavam as coisas com ela, a mãe dele nem precisou de ajuda para arrumar as malas. Em menos de meia hora ela já estava pronta para partir.

Não seria uma noite totalmente tediosa, Jeff era gostoso, mais meu maior interesse é ver como meu inimigo age, como ele aborda suas vitimas, como ele as estrupa, se elas estão vivas ou mortas quando isso ocorria. Jeff é vice-presidente de uma multinacional e teria que chegar mais cedo no trabalho no dia seguinte, então com certeza dormiria cedo, uma preocupação a menos para mim.

(…)

Após uma transa, que digamos que superou minhas expectativas em relação ao Jeff, tenho que assumir ele é realmente bom no sexo, agora eu entendi o porque de Linny não querer namorar. Eles tinham uma amizade colorida e sem compromissos um com outro, mas combinaram que assim que um começasse a namorar, o colorido acabaria. Acho que ele também não quis largar o osso pois também se negava a namorar.

Me levantei da cama, andei até a sala o e olhei o relógio, já eram 00:45, com certeza demoraria um pouco para que ele atacasse alguém aqui, pois era o centro da cidade e ainda havia bares abertos, e bastante pessoas na rua, mesmo ele não fazendo barulho algum. O homem foragido mais procurado da América Latina não se arriscaria desse jeito.

Fui ao banheiro, depois tomei um copo de água e fiquei em frente a janela esperando até que ficasse mais deserta, não demorou muito para que isso acontecesse.

2:30 e nada dele aparecer já tinha visto varias moças e prostitutas passando pelo local sozinhas, estava começando a achar estranho essa quietude, quando aconteceu algo que me deixou totalmente apavorada.

Vi algo se mexer no beco, já sabia quem era, mais o que ele fez me apavorou. Em vez de pegar a jovem que passava, ele a esperou passar, saiu do beco e olhou para cima, em minha direção. Ele não podia me ver, eu estava no escuro, de preto e imóvel, não sei dizer com ele pode ter me visto a essa altura também, mas viu, pois ele acenou para mim, me mostro um papel e colocou em uma brecha na parede. Onde ninguém veria a não ser quem soubesse que há algo ali.

Um arrepio subiu pelas minhas costas, e dando exatamente uma hora após te-lo visto indo embora, desci as escadas do prédio correndo e fui até o beco. Passei cinco minutos procurando até ver uma folha de caderno entre dois blocos de concreto, eu há peguei rápido e voltei para dentro do prédio.

Ao entrar no apartamento de Jeff a primeira coisa que eu queria era ler o que estava escrito, mas não pude, Jeff havia acordado e pela sua expressão tinha procurado o apartamento todo.

- Onde você estava Jessika?

- Estava ali fora.

- Porque? Não esta se sentindo bem?

- Não, eu fui fumar só isso. Eu não sai do corredor. - eu ainda ficava besta com a minha cara de pau.

- E porque não fumou aqui dentro mesmo?

- Porque você não fuma e pelo que eu conheço da sua mãe ela vai cheirar até o lençol da sua cama.

- Verdade, minha linda. E por falar no meu lençol, você não que suja-lo mais um pouco?

- Só se for agora, mais vai indo que eu vou ver uma coisa na minha bolsa, é rápido.

- Ok.

Ao vê-lo entrar no quarto, corri até minha bolsa e guardei a carta, infelizmente teria que ler depois. Voltei ao quarto e me deitei ao lado de Jeff, que já subia em cima de mim me enchendo de beijos e caricias.