Meu Melhor Erro escrita por Yumi N


Capítulo 3
Enmusubi


Notas iniciais do capítulo

E aí minna (eu ainda não sei como chamar vocês... TuT) como vão?
Esse capítulo é o maior até agora com mais de 3000 palavras!~ As informações sobre Kyoto foram tiradas do mangá "Kaicho Wa Maid-Sama (vol.14)" e do canal do Youtube "AquiPode".
Espero que gostem!



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O jantar terminou rápido e os alunos deveriam se recolher para os seus quartos. Naruto e Sasuke não trocaram muitas palavras nesse meio tempo apesar de estarem tentando agir o mais naturalmente possível.

Os dois se deitaram e apagaram as luzes do lado de suas camas. Agora no escuro, tudo parecia mais leve e acolhedor. O ar parecia mais fresco apesar do verão. Naruto virou-se para observar seu companheiro. Podia ver o tecido que cobria suas costas se esticando e afrouxando a medida que ele inspirava e expirava. O loiro não sentia sono, havia muitos pensamentos passando pela sua cabeça. Pensava na história que Sasuke lhe contou, pensava em como iam cooperar na hora dos passeios.

Pensava no beijo. Não sabia o que tinha o levado àquilo e como na hora não pensou em como talvez pudesse se arrepender daquilo mais tarde. Mas por mais que tentasse se distrair, a cena vinha em sua mente novamente trazendo a estranha vontade de ter todas aquelas sensações em sua pele. Havia gostado, queria experimentar mais e mais e não podia negar isso. Mas ver o moreno à sua frente dormindo calmamente sem pensar em tudo aquilo aos poucos foi o contagiando, fazendo seus olhos pesarem e por fim pegando no sono.

Todos acordaram cedo como combinado. A manhã estava felizmente ensolarada e as nuvens estavam leves no céu. Naruto demorou parar sair da cama e Sasuke teve que chama-lo mais de três vezes, na última quase jogando o loiro da cama. Os dois se arrumaram cada um no seu ritmo e saíram com suas bolsas e os cadernos que usariam para anotar qualquer informação útil para o relatório. Entraram no ônibus e sentaram no mesmo lugar de quando chegaram. O ônibus partiu e não demorou muito para chegar em seu destino. Os alunos desceram no templo Heian Jingu e a partir dali estavam livres para visitarem qualquer templo das redondezas para coletar informações históricas e fotos. Foi combinado que se encontrariam às 13h naquele mesmo lugar para almoçarem todos juntos e depois estariam livres o resto da tarde para passear pelas lojinhas, ruas comerciais e outros pontos turísticos.

A maioria das duplas, incluindo o loiro e o moreno, começou pelo próprio templo onde se localizavam para economizar tempo e de lá foram se separando de acordo com seus interesses.

Naruto se espantou com a facilidade que Sasuke tinha de localizar as informações mais importantes e os templos mais próximos. Claro, como não havia pensado naquilo antes? Um garoto que parecia vir de uma família com alguns costumes japoneses preservados e ainda por cima rico já deveria estar cansado de visitar Kyoto. Enquanto que para Naruto tudo era novidade, para Sasuke não passava de um deja vú de tudo que já vira na infância. Pela primeira vez o loiro comemorou internamente o fato do Uchiha ser seu parceiro, pois com alguém tão experiente e informado sobre o lugar, não precisaria fazer e nem escrever praticamente nada e terminariam aquilo rapidamente.

Ao pararem no terceiro templo, Sasuke não pôde deixar de perceber a comodidade de Naruto e sua total falta de interesse pelo trabalho.

–Ei, dobe. Isso aqui não é só um passeio. Faça alguma coisa e trabalhe.

–Não estou sem fazer nada, teme. Não percebeu que estou tirando as fotos aqui?

–Claro, porque você está pegando a parte fácil e deixando a difícil pra mim.

–Ah, deixa de frescura, vai. Eu já percebi que você não está nem se esforçando pra escrever tudo isso aí. Com certeza já deve ter vindo aqui uma vez.

–Quatro vezes.

–Hã?

–Eu já vim aqui quatro vezes. – Sasuke o corrigiu. A naturalidade com que o moreno disse aquilo permitiu a Naruto rir.

–Não disse? Isso aqui é fichinha pra você.

–Não importa, não quero te dar nota de graça. – Sasuke disse entregando o caderno e sua caneta para o loiro – Temos que visitar no mínimo mais três templos para terminar isso aqui. Já fiz metade, você faz a outra.

Naruto não conseguiu esconder a insatisfação no rosto. Bufou ao pegar o caderno da mão do Uchiha e entregou a câmera a contra gosto.

–Tudo bem, mas você fala o que eu tenho que escrever.

–Lógico que vou ajudar na hora de você escrever. Não sou louco de confiar isso tudo pra você e tirar uma nota ruim.

Prepotente. Irritante. Exibido. Aquelas palavras soavam tão alto na mente de Naruto que era como se até Sasuke pudesse ouvi-las. Como pôde ter tido sequer a vontade de tocar aquele garoto? O menor ficou calado e seguiu o outro pelo “Caminho da Filosofia” que apesar do nome não parecia acalmar nem um pouco o loiro. Chegaram ao templo Ginkaku, o famoso templo de ouro da região.

–Wow, não é tão grande quanto os outros mas é incrível! – Naruto se permitiu ficar boquiaberto.

–É sim. A placa está ali do lado com as informações. – disse Sasuke com a câmera apontada para a construção ignorando o comentário de Naruto e deixando-o ainda mais irritado. A letra dos dois podia ser diferenciada de longe. A caligrafia de Naruto não era feia (é, por incrível que pareça), mas os traços eram mais pesados e se esticavam menos elegantemente que os de Sasuke.

Ao terminarem, se dirigiram para o templo “gêmeo”, o templo de prata que não era surpreendente como o outro por não ter sido revestido realmente com o metal.

Passaram por uma estreita rua com algumas lembrancinhas e plaquinhas onde as pessoas costumam deixar seus desejos. Não tinha nada em especial em ambos mas a curiosidade de Naruto e sua agitação sempre faziam com que Sasuke tivesse que acompanhá-lo para dentro de cada um. Por um momento o moreno se perguntou o que estavam fazendo dentro de uma lojinha de incensos onde o Naruto estava tagarelando não se sabe o quê com a velhinha que os atendia de kimono. Mas os dois depois continuaram andando e chegaram ao Jishu Jinjya, um templo de cor vermelho vivo cheio de plaquinhas enfileiradas pela parede.

–Nós vamos colocar essa parte aqui no trabalho? – Perguntou Naruto olhando para os lados e reparando que estranhamente no local havia um número enorme de casais.

–Não tem muita coisa aqui que dê pra colocar. – Disse Sasuke já reconhecendo o lugar que costumava fazer sua mãe sorrir feito boba. As lembranças passaram feito luzes em sua mente, fazendo-o sorrir discretamente – Aqui é o lugar do Deus Enmusubi.

–E isso significa alguma coisa?

–É o “Deus da União de Laços”. As pessoas costumam vir aqui só para firmar namoros ou casamentos.

Agora Naruto entendia o porquê dos casais. Realmente, não tinha uma história tão profunda mas achou que seria rápido de se escrever sobre ele. Enquanto andava em meio às várias pessoas, Naruto soltou um grito de dor ao topar a perna em uma pedra que ficava no meio do corredor. Sasuke mandou-o prestar mais atenção por onde andava.

–Quem colocaria uma pedra no meio do caminho assim? – Disse Naruto bravo como se a pedra tivesse culpa de alguma coisa.

–Falam que se você começar a andar daqui de olhos fechados até aquela outra ali – disse apontando para o fim do templo – seu desejo de namoro ou casamento vai se realizar.

–Eeeeh – Naruto disse interessado – Eu vou tentar.

–Hã?!

–Falei que vou tentar. Ei, Sasuke, cuide do caminho para eu não topar em ninguém.

–Espera, por que vai fazer essa superstição boba, idiota?

–Não tenho desejo nenhum, mas parece divertido.

–Ou seja, você só quer perder tempo – Sasuke bufou.

–Ah, pare de ser chato, é a primeira vez que venho aqui! Eu vou andar, é melhor você me ajudar logo ou eu vou acabar empurrando alguém sem querer e causando confusão.

Sasuke suspirou impaciente passando a mão sobre o pescoço. Olhou para o garoto cheio de expectativas à sua frente e disse:

–Vai logo então.

Naruto deu dois pulinhos rápidos como em comemoração e fechou os olhos se posicionando ao lado da pedra.

–Me guie direito hein?

–Certo.

Naruto começou a andar meio hesitante. Sasuke estava de frente para ele acompanhando o ritmo lento e cauteloso do loiro que às vezes balançava os braços para garantir que não havia ninguém à sua volta. O caminho era comprido e o tempo todo Naruto perguntava se eles ainda não haviam chegado fazendo o moreno revirar os olhos. Ao passar da metade do caminho, Sasuke já estava começando a ficar constrangido ao perceber que recebiam olhares dos casais em volta, alguns estranhando os dois garotos e outros curiosos em saber se o garoto de olhos fechados iria chegar ao fim do percurso.

–Vai fazer algum desejo? – Sasuke perguntou percebendo que daqui a pouco iriam chegar.

–Hm... não tenho uma vida amorosa em que possa desejar alguma coisa. – Naruto disse balançando os braços em frente ao seu corpo para verificar de novo se não havia ninguém. A ponta dos dedos tocaram levemente o corpo do maior causando um pequeno e rápido arrepio em Naruto que abaixou rapidamente os braços.

Templo, relatório, trabalho, união de laços, relação, desejo... O beijo. As palavras passaram aleatoriamente pela mente até então vazia de Naruto. Ele acabou se lembrando. Lembrou-se do momento, da sensação, do coração batendo rápido. Sentiu seu rosto queimar. Por que tinha que se lembrar daquilo justo agora?

–Cuidado, daqui a pouco você vai chegar – A voz grossa de Sasuke tirou-o de seus devaneios. Ele começou a dar passo por passo devagar até que sentiu o obstáculo bater na ponta dos seus pés. Abriu os olhos e olhou para a pedra envolta por uma corda e à sua frente uma plaquinha de madeira dizendo: “Fim do Percurso”.

–...Não foi tão difícil.

–Você diz isso agora mas andou feito uma lesma.

–Seu... Como se eu pudesse sair correndo de olhos fechados pra cá.

–Certo, certo. Parabéns, você agora terá o seu desejo realizado e uma relação maravilhosa – Sasuke disse ironicamente fingindo um tom de voz eufórico.

Naruto se lembrou do beijo de novo. Aquilo não foi um desejo. Sasuke não foi um desejo. Aquele pensamento veio na hora errada. Um caso não pensado que seria anulado naquele caso.

–Cale a boca e vamos terminar esse trabalho logo – Naruto disse espantando os pensamentos da sua cabeça.

Eles visitaram mais três templos. No começo da viagem Naruto pensava que gostaria de conhecer o maior número de construções possíveis, mas percebeu que Kyoto só era legal no começo. Os templos passavam a ficar enjoativos e repetitivos, assim como a paisagem antiga e as gueixas que pareciam sempre as mesmas. Os dois tomaram um atalho sugerido por Sasuke para chegarem no ponto de encontro. Ainda faltava meia hora quando chegaram, mas passaram o tempo analisando o que coletaram e as fotos que tiraram.

Kakashi, como professor, já estava no local combinado e observava quieto os garotos sentados na fonte de água que parecia refrescante sob o sol do dia. Eles estavam cooperando bem. Até mesmo achava que poderia esperar um bom trabalho dos dois.

A hora se aproximava e aos poucos os alunos iam aparecendo e ocupando a clareira enorme em frente ao templo. Kiba e Shino se juntaram a Naruto e Sasuke perto da fonte comentando os lugares que haviam ido e comparando as informações. Um tempo depois, Shikamaru e Chouji se juntaram ao quarteto acompanhados de Lee que por algum motivo dramático abraçava e agradecia Gai-sensei que estava aos prantos correspondendo ao abraço e fazendo os alunos olharem confusos pra cena.

Logo depois de dar 13 horas, o local pareceu se transformar num enorme piquenique, cheio de obentos no chão, sucos e refrigerantes. Os jovens atacavam a comida como pedreiros depois de terem trabalhado na construção de uma casa.

–E aí, aproveitaram o passeio pra fazerem algum pedido? – perguntou Kiba com a boca cheia de onigiri.

–Não acredito muito nessas coisas, mas Chouji escreveu na plaquinha de “fartura” para ver se consegue mais comida – Shikamaru dizia reclamando internamente pelo calor e olhando para o amigo gorducho que parecia devorar até o concreto do chão.

–Kiba escreveu o próprio nome dizendo que aquilo era um autógrafo para as pessoas que passassem – Shino disse com indiferença.

–Oi, não diga isso dessa forma, vão pensar que sou exibido!

–E você é, Kiba. – disse Naruto com o canudo de Coca-Cola na boca.

–Falou o juba loira que se acha o melhor da sala.

–E eu sou mesmo, Sasuke vai ficar me devendo o 10 que vamos tirar nesse trabalho.

–Tive que insistir pra você trabalhar e ainda tivemos que parar o tempo todo pra você escrever nessas plaquinhas que queria ganhar na loteira, dobe. Suas palavras não condizem com as suas ações – Sasuke se pronunciava pouco durante a conversa. Kiba riu enquanto Naruto brigava com Sasuke e ficou imaginando como os dois entraram num acordo para fazer esse trabalho.

–Não, Naruto-kun! Você deveria usar sua juventude para se esforçar mais ao invés de apelar para os deuses. Eu e o Gai-sensei por exemplo subimos a colina para Ninenzaka plantando bananeira! – Lee disse orgulhoso.

–Isso não é esforço, isso é doentio!! – Imaginava o que as pessoas que passavam por lá pensaram quando viram dois caras de cabelos e sobrancelhas idênticos plantando bananeira. – Não sei como vocês não foram chamados atenção por algum guarda.

–Ei, mas voltando ao assunto – Kiba cortava a conversa - Quando eu estava vindo pra cá ouvi um monte de menina tagarelar sobre aquele templo do deus que une laços. Aposto que foram lá acreditando que vão conseguir o amor da vida delas. Que coisa besta, né?

Naruto deu um olhar discreto para Sasuke na mesma sincronia que o mesmo o fez. Imperceptível e rápido, mas o suficiente para os dois perceberem que naquele momento pensavam a mesma coisa.

Uma hora depois, Kakashi e Gai liberaram os alunos orientando-os a jogarem o lixo nos cestos específicos e que todos poderiam deixar o que não fossem usar no acento dos ônibus. Não demorou muito para que todos corressem pensando em finalmente aproveitar a diversão que uma excursão escolar proporciona.

O grupo que envolvia Naruto, assim como a maioria dos alunos meninos, foram ansiosos procurar pelas partes mais modernas de Kyoto longe dos templos e perto das casas de fliperama. Ir andando demoraria tanto que eles perderiam todo o tempolivre que tinham, então optaram por pagar um táxi.

Naruto e Sasuke pegariam o mesmo táxi que os outros se não fosse por um detalhe: estava lotado: 4 garotos entalados no banco de trás e Chouji no banco da frente.

–Esperem pelo próximo táxi, ele já está ali atrás – Kiba disse se espremendo na porta.

Naruto bufou. Por que justo ele tinha que ficar de fora e pegar um táxi diferente? Mas vendo que não teria jeito, entrou no táxi de trás que estava perto do de seus amigos.

–Aonde vão? – um senhor que parecia já morar a anos naquela região perguntou olhando para os dois jovens pelo retrovisor.

–Siga aquele carro – Naruto disse apontando para o táxi à frente deles. Sasuke revirou os olhos percebendo que o loiro havia dito aquela frase provavelmente tirada de um filme de ação ou perseguição policial. E isso ficava claro pelo jeito como ele tentava sem sucesso criar um tom de afobação na voz.

Satisfeito por ter realizado um desejo antigo de dizer isso pra um taxista um dia, Naruto se acomodou no banco. Ele e Sasuke não fizeram questão de manter contato, deixando um acento separando os dois. O moreno olhava pela janela a paisagem se movendo a medida que o carro acelerava. Estava estranhando um pouco. Já conhecia o lugar onde queriam chegar mas não se lembrava daquele caminho levar até lá. Pensou em confirmar com o taxista se a rota estava correta, porém resolveu ignorar ao perceber que o velho estava seguindo o táxi onde estava o pessoal.

Mas não demorou para o moreno se arrepender da decisão. O táxi parou numa rua vazia com casas e lojas comerciais pequenas.

–Hein? A gente chegou? – Naruto perguntou olhando ao redor e percebendo que estavam num lugar totalmente diferente.

–Parece que sim – disse o taxista apontando para o táxi à frente deles que parou e estava pronto para desembarcar os passageiros.

Os dois colegiais se entreolharam confusos seguindo o dedo indicador do motorista e olhando para o táxi à frente deles. E o que viram?

Velhinhas.

Velhinhas cheias de sacolas descendo felizes do táxi.

–MAS O QUÊ?! – Naruto não acreditava. Ou haviam seguido o táxi errado ou seus amigos haviam se transformado em velhinhas e sacolas de feira. Não precisa de muita inteligência pra saber qual era a opção certa – Ojisan, o táxi que deveríamos estar seguindo estava cheios de colegiais da nossa idade!

–Ora, colegiais? Eu vi eles embarcando na minha frente. Vocês subiram exatamente na hora que o carro deles mudou de faixa.

Sasuke estava puto. Sim, puto. A partir do que o taxista disse, preveu como a história acabou: os dois entraram no táxi sem ver o táxi à frente ir embora e acabaram apontando para o próximo carro da fila que estava transportando as pessoas erradas. Tentou manter a calma para raciocinar e perguntou:

–Quanto vai ficar a corrida se formos para o centro de Kyoto? – onde ficava o destino correto e onde provavelmente Kiba e os outros já estariam descendo.

–Hm... – calculou o velho – é na direção oposta daqui e vai levar um bom tempo até fazermos o retorno e chegarmos lá... – com a mão no queixo, chegou a uma conclusão e deu um valor que quase fez Sasuke e Naruto terem um AVC. Sasuke era rico mas não usufruía do dinheiro da família. Com certeza pagar aquela quantia só para perder mais tempo dentro de um carro e ficar pouco tempo no centro estava fora de cogitação.

–O-O que que a gente faz, Sasuke? - perguntou Naruto já imaginando o pior.

–Espera, fica quieto. E quanto fica se voltarmos pra onde estávamos? – O velho mais uma vez deu um valor que pareceria justo para uma ida e volta se Sasuke não fosse tão esperto. Aquele velhinho simpático na verdade não passava de um mercenário. Sasuke soltou um som entre os lábios e decidiu que ficar um pouco por lá e esperar um outro táxi iria ser a melhor escolha deles no momento.

–Ok, obrigado. Naruto, pague 70% pela corrida, eu pago o resto – Sasuke disse tirando a carteira do bolso.

–Eh? Por que eu tenho que pagar a maior parte?!

–Porque foi você que bancou o herói do cinema mandando o taxista seguir o carro errado.

–Táxi é tudo igual e tem insulfilm nos vidros. Nem você percebeu que era o carro errado!

O moreno bufou e tirou a carteira estranha em formato de sapo da mão de Naruto sem que o loiro tivesse tempo de reagir. Rapidamente abriu a pequena bolsa, contou as notas e retirou-as automaticamente, juntando com a quantia dele e entregando para o taxista que pareceu satisfeito e se despediu dos dois. O maior, indiferente, jogou a carteira de volta para o loiro que queria jogar Sasuke da primeira ponte que encontrasse ao perceber o sapinho murcho e quase sem notas.

–Você deu quanto pra ele?

–Você ficou de frescura, então fiz você pagar 90% da quantia.

–HÃ?!

Era mentira, Sasuke sabia ser justo com dinheiro e tinha dado 70% como combinado, mas não podia evitar contar uma mentira pro loiro que agora resmungava.

–Tá, e agora, o que a gente faz? – Perguntou Naruto ainda insatisfeito guardando a carteira na bolsa.

–É o que eu queria saber...


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Notas finais do capítulo

O nome do capítulo pareceu estranho mas agora faz sentido né? Quando eu planejei essa viagem para Kyoto, NÃO consegui deixar de lado o templo Jishu Jinjya porque o simbolismo dele me lembra MUITO Naruto e Sasuke (amor, laços...



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