The Way I Loved You- Percabeth escrita por Meep Girl


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem! Obrigada pelos reviews do último cap!
Boa leitura!
Dica: em breve, não neste capítulo mas em outro, Nico aparecerá. Talvez para a alegria de alguns né?



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Percy sabia que o certo era ter ficado com Poseidon. Talvez o deus percebesse que aquilo tudo era uma idiotice sem fim e voltasse atrás, querendo lutar contra os outros olimpianos pela felicidade de um dos seus filhos.

Mas com tantos filhos, Poseidon nunca fizera nada demais para os outros. Então, só porque Percy era um herói agora, Poseidon mudaria seu jeito? O garoto não esperava nada vindo de um deus de tamanho poder como seu pai.

Quando chegou em terra firme, Percy saiu correndo até chegar em seu chalé. Não ficaria nenhum minuto mais no Acampamento Meio-Sangue, esperaria que Annabeth fosse esperta o bastante para enganar Atena e a encontraria no chalé da namorada. 

Percy colocou todas as suas coisas dentro de uma sacola e colocou-a no ombro. Saiu a passos firmes mas muito medrosos do chalé de Poseidon. Olhava para trás por cima do ombro com certa dificuldade de andar; ao nadar tão depressa para cima, torceu o tornozelo quando caiu na terra.

Mancando rápido, chegou no chalé de Atena. Viu que alguns irmãos e irmãs de Annabeth estavam observando-o pela janela, mas não se intimidou. A dor em seu tornozelo era grande, mas nada que não sarasse em alguns minutos.

Cinco minutos depois, Percy começou a ficar inquieto. A dor não era mais tão sentida por ele, mas estava suando bastante por ficar durante esse tempo debaixo do sol. Finalmente, avistou Annabeth sair correndo, pálida como um fantasma em sua direção.

Ele correu para ela instintivamente. O rosto dela pareceu finalmente ceder à calma e os músculos do corpo de Percy, que estava terrivelmente tensos com medo de que Annabeth não voltasse, finalmente relaxaram. 

Eles se abraçaram e logo depois ela o beijou com calma mas ao mesmo tempo com certa urgência. Olhando para os cabelos loiros dela, que estavam soltos e caíam sobre suas costas e seus ombros, Percy percebeu o quanto ela estava bonita. Mais do que o habitual.

-Sua mãe...?- ele não conseguiu completar a frase. Annabeth tremeu e começou a bater os dentes, mas obviamente não era o frio. Nem havia frio na verdade. A garota assentiu, olhando para os lados nervosa.

Um irmão de Annabeth saiu do chalé e, antes que os dois percebessem, uma mochila estava nas costas de Annabeth. O irmão sorriu travesso e esperto para os dois e eles compreenderam; poderia ser um possível adeus.

-Obrigada...- Annabeth recuou e abraçou o irmão com força. 

Percy aguardou os dois se separarem e pegou na mão de Annabeth, entrelaçando seus dedos nos dela. A garota o olhou, admirada, e os dois começaram a andar. De repente, uma imagem tremeluziu à sua frente.

***

Annabeth não queria colocar mais pânico dentro de Percy, mas era necessário. Estavam querendo matá-la e ela teria que ficar calma? 

Assim, quando viu Percy com uma sacola com seus pertences e seu irmão colocando uma mochila com suas coisas em seu ombro, não teve coragem nem tempo de ficar zangada por terem mexido em suas coisas. Abraçou o irmão e se afastou com Percy, Ela entendera o recado: iriam dar o fora do Acampamento Meio-Sangue até que os deuses percebessem a besteira antes que fosse tarde demais.

Mas quando uma imagem tremeluziu na frente deles... Annabeth sabia o que esperar da mãe. Ela faria de tudo para cercá-la durante um sono ou até mesmo acordada. Atena queria encurralar a filha para matá-la. Annabeth não podia culpá-la. Afinal, eram ordens dos deuses.

Mas mesmo assim, ela não entendia. Zeus era pai da melhor amiga de Annabeth, Thalia Grace, que virara uma Caçadora de Ártemis. Por que ele votaria por sua morte? Mas se a opção de destruir o namoro dela com Percy era essa, provavelmente nenhum deus iria querer votar no herói, no final das contas. Por que não votariam nela, que só ajudara e nada demais? Ela nem sequer terminara seu trabalho como arquiteta do Olimpo e eles já estavam pensando em matá-la.

Não pôde sentir uma certa raiva dos deuses. E essa raiva lembrou-lhe Luke, seu antigo amor e amigo desde os sete anos. Sua expressão era de tristeza agora, até mesmo ela já havia percebido. Mudou isso e colocou uma expressão confiante e corajosa no rosto.

Percy a olhou, preocupado. Ela piscou para ele e, antes que qualquer um dos dois- Atena ou Percy- pudessem reagir, ela puxou a mão do namorado com tanta força que ele quase caíra de cara no chão. Saíram correndo aos tropeços daquele lugar e estavam chegando no topo da colina, deixando Atena para trás. 

Os dois ultrapassaram os limites do Acampamento Meio-Sangue e se viraram. Não havia o menor sinal dos deuses.

-Precisamos fazer alguma coisa. Não podemos ficar aqui parados.- reclamou Percy. Ele estava sofrendo de tão cansado.

-Eu sei. Sente um pouco enquanto procuro um dracma para pedir ajuda para as...

Percy deu um pulo que até mesmo Annabeth se assustou. Ela perdeu o equilíbrio e antes que caísse, Percy a segurou pela cintura. O rosto dele estava a poucos centímetros do dela. Annabeth se aproximou, devagar e colou os lábios dos dois. Amava o jeito como os dele eram macios e como ela a segurava quando estavam juntos.

Cabeça de alga, pensou e sorriu, ainda beijando-o. Acabado o beijo por falta de ar, Percy murmurou baixinho:

-Elas não. Pelos deuses, não faça isso.- ele estava atordoado e Annabeth não podia culpá-lo.

Olhando em volta, ela percebeu que se ele não quisesse, não teriam outra escolha. Atena poderia aparecer a qualquer momento ou Poseidon poderia mandar alguma pessoa atrás deles para matá-la. Annabeth corria perigo.

Um rugido surgiu atrás deles. Os dois se viraram de costas um para o outro, na posição de ataque-defesa tão conhecida, como fizeram tantas vezes antes. Annabeth sacou a adaga que Luke havia dado para ela e se lembrou de como ele se matara com aquela mesma faca. Queria soltá-la e chorar, mas não podia. Estavam em perigo maior naquele momento.

Percy sacou Contracorrente e segurou a outra mão de Annabeth, mesmo que não fosse necessário e nem tivessem hora pra isso. Mas ela ficou feliz por ele ter feito aquilo. Era uma prova de que estavam juntos e que aquilo era real, mesmo que estivessem em alerta. 

Ela percebeu no toque dele o quanto tudo estava incerto. O quanto ele precisava dela e ela dele. Nenhum dos dois poderia morrer. Não podiam se separar.

Quando estavam prestes a se desarmar, um monstro saiu correndo na direção de Annabeth. Antes que ela se desse conta, Percy se colocou na frente com Contracorrente e a defendeu. Mas o monstro não queria ele, queria ela. E estava tentando machucá-lo por Annabeth. 

Ela não aguentou ver aquilo e tirou Percy de sua frente. A espada dele caiu no mar e ele desabou no chão. O monstro sequer prestou atenção nele, avançou sobre Annabeth. Ela podia jurar que era uma armadilha dos deuses. 

Se desviando de todos os ataques do monstro, Annabeth viu Percy se recompor. Ele estava indefeso, mas não fazia diferença. Ela poderia lutar contra aquele monstro.

Mesmo quando tentava feri-lo, o monstro se desviava mais rápido do que ela. Quando estava se sentindo cansada, amaldiçoou os deuses por terem feito aquilo com ela e Percy. Por que essa rivalidade entre seus pais tinha que existir?

Annabeth desferiu um golpe com a faca, mas quase não serviu pra nada. Estava machucada por causa das garras do monstro, mas isso o fez recuar alguns metros. Annabeth se voltou para Percy, se havia dado a volta até se encontrar atrás dela.

Ela correu para ele e disse, rápido:

-Pegue um dracma na minha mochila e chame as Irmãs Cinzentas, Percy.- o monstro atacou-a- Rápido, Cabeça de alga!

A mochila de Annabeth caiu no chão e Percy a sacou rápido. Enquanto ele procurava, Annabeth pensava que poderia ser a sua última luta contra um monstro. Nem sequer sabia identificá-lo.

Um calafrio percorreu seu corpo e ela pensou mais um pouco, enquanto o suor escorria pelo seu rosto. O cabelo já estava sendo dominado pelo vento e sua visão estava ficando pior, já que os fios atrapalhavam tudo. Mas ela não tinha como tirar o cabelo numa hora daquelas. 

A faca saiu voando com um ataque rápido do monstro. Annabeth desabou no chão, se sentindo mais vulnerável do que nunca. O monstro se aproximava dela devagar, como se dissesse: "Eu só quero aproveitar sua morte, uma morte lenta".

O desespero tomou conta dela. Sabia que todos seus esforços sem a faca eram inúteis. Nem mesmo Percy estava armado por culpa dela, ou poderia tentar utilizar Contracorrente. Mas não faria sentido.

Tentou imaginar uma saída, quando alguém chutou sua faca para perto dela. Estendendo a mão, sacou a faca e se pôs de pé num pulo. 

O monstro não recuou. Isso era péssimo. Onde Percy estava? Sabia que fora ele que chutara a faca para ela. Quando se deu conta, o monstro já estava pulando por cima dela. Sem nem pensar ou calcular, Annabeth desferiu um golpe e o monstro se desintegrou. 

-Annabeth! O táxi chegou!- a voz de Percy estava longe, mas ela sabia que ele estava vivo e que as Irmãs Cinzentas não poderiam esperar mais. 

Correu até eles e entrou no carro. Cansada, deitou no colo de Percy, que ficou alisando seus cabelos loiros enquanto as Irmãs discutiam. Annabeth o fitou, ele a olhava e sorria, mas seu rosto estava com uma expressão sofrida. Ele não queria estar naquele táxi, mas estava. Por ela. Por saber que era a única esperança.

E ela o amou mais por isso. Ele literalmente havia fugido da sua vida por ela. Estava se arriscando para que não se separassem. E ela sentiu que ele queria que ela ficasse viva tanto quanto ela queria. 

E prometeu que ficaria. Por ele. 


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Notas finais do capítulo

Ufa!! Eu fiz o melhor que pude, gente! Obrigada mais uma vez!! Mereço comentários nesse?



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