Eu saí da cabana e fiquei na varanda, olhei para os lados e nada de Richard. Passou cinco minutos e o avistei perto de uma árvore, ele fez sinal para ir até lá. Corri e, de novo, tropecei, Richard correu e veio me ajudar.

–Gosta de cair não é? - ele me perguntou.

–NÃO! QUER ME AJUDAR?

Richard me puxou e me levou para de trás da árvore. Ele olhou pros lados e fez sinal para eu segui-lo. Estávamos andando na ponta do pé, sem fazer barulho, eu pisei num graveto mas Richard nem ligou. Então ele fez sinal para eu parar, nós nos jogamos no arbusto que tinha e vimos duas silhuetas, o de um homem e o de uma mulher. Eles estavam conversando e o homem estava com algo pontudo na mão.

–Você acha que vai dar certo? - perguntou o homem.

–E quando não dá certo? - disse a mulher - você sabe que aqui ninguém vai nos descobrir, nem mesmo os "policiais de folga".

–Você acha mesmo amor, quer dizer estamos foragidos e...

–Essas máscaras meu bem, vão nos ajudar em muita coisa, você vai ver.

Infelizmente dei um passo para trás e quebrei três galhos pequenos, Richard pegou no meu pulso e corremos até a piscina, onde metade das famílias estavam, inclusive minha família.

–April, vamos investigar isso?

–Claro. - respondi com ansiedade.

–Ótimo! Procure vestígios de roubo ou qualquer coisa, até o jantar.