Letting You Go escrita por Lana


Capítulo 6
Oscilando.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Rosalie, Emmett, Bella e Edward estavam jantando na casa dos Hale. Bella e Edward finalmente eram um casal e a noite estava agradável, repleta de risadas e assuntos diversos. Conversavam sobre o tempo de faculdade e as histórias de todos eram de todos os tipos, uma melhor que a outra.

No meio das risadas, entretanto, Rosalie teve um acesso de tosse que não conseguiu conter. Edward se precipitou para ajudá-la, assim como os outros e sangue começou a ser expelido enquanto ela tossia.

– Emm, vá pra casa. – foi a primeira coisa que Rosalie conseguiu dizer, Bella se aproximando e a levantando do chão onde estavam sentados. – Nos falamos depois. – ela falou, a blusa branca repleta de vermelho. Estava estranhamente pálida, fraca, sangue nos cantos da boca, tremia levemente. Bella a segurava e a levava em direção as escadas, para guia-la até o quarto.

– Vou levá-la para o quarto e ligar para Carlisle. – ela avisou.

– Não vou sair daqui. – Emmett falou a seguindo.

– Emmett, vá embora. – Rosalie gritou com a voz mais firme. – Não quero você aqui. – o que ela não queria era que ele a visse naquele estado. Que ele a visse tão fraca e frágil. Ela e Bella já subiam as escadas e Emmett ia segui-las quando Edward o barrou nos primeiros degraus da escada.

– Você a ouviu. Você deveria ir para sua casa, Emmett. – Edward disse franzindo o cenho, queria subir para ajudar a irmã, não ficar ali.

– Ela é minha casa. Você não entende? Não vou abandoná-la agora. Ela não me deixou quando eu quis ou recusei sua ajuda. Não farei isso com ela. – ele disse impassível, sua postura na defensiva. Ele não sairia de lá, Edward tinha certeza. E ele não pretendia perder mais tempo ali. Suspirou e foi ajudar Bella que levara Rosalie escadas acima.

Os dois subiram e encontraram Rosalie sendo assistida pela enfermeira, que estava enrolada num robe e parecia ter sido acordada naquele momento. Bella falava freneticamente ao celular e Rosalie continuava a tossir. Gemeu quando notou a presença de Emmett ali, mas ignorando isso, ele foi até ela e segurou sua mão, enquanto a enfermeira ainda trabalhava. Ela encarou-o, os olhos repletos de água e a respiração difícil. A enfermeira a fez deitar na cama e começou com alguns procedimentos que costumavam funcionar com ela.

Depois de cerca de quinze minutos Carlisle apareceu. Estava com uma roupa casual, o que demostrava que provavelmente não estava no hospital. A empregada o levou ao quarto de Rosalie rapidamente e ao chegar lá percebeu que ela estava um pouco melhor, apesar da dificuldade de respirar e da aparência debilitada. Ele franziu os lábios enquanto era informado do que acontecera.

– Desculpe chamá-lo doutor Carlisle, mas eu fiquei assustada, não sabia se ela ia melhorar. – Bella falou.

– Tudo bem, Bella. Não me incomoda que tenha me chamado, foi bom, aliás. – ele disse. – Acho que temos que fazer alguns exames amanhã, senhorita. – ele disse em tom reprovador olhando para Rosalie. – Tem seguido minhas recomendações? – ela esboçou um pequeno sorriso de lado.

– A maioria delas. – Carlisle suspirou.

– Rose, sabe que tem que se cuidar. – ele falou.

– Eu tenho que viver, o que não sei se é possível se eu seguir todas as suas restrições. – ela o contradisse. O médico suspirou e balançou a cabeça negativamente.

– Vou te examinar agora, tudo bem?

– Certo. – ela concordou. – Será que vocês podiam sair? – ela pediu olhando para os outros. – Todos vocês. – disse encarando Edward e Emmett, que franziu os lábios. De contra vontade, eles desceram as escadas.

– Por que ela não me deixa ajudá-la? – Emmett perguntou quando estavam na sala, sentados no sofá e aguardando Carlisle descer.

– Você não pode ajudá-la, Emmett. – Bella disse de forma gentil. – Nenhum de nós pode. Bem que eu queria. – ela suspirou. – Ela não gosta que você a veja em momentos como esse. Ela não gosta que essa seja a imagem que você tem dela, uma pessoa doente, fraca, volúvel. Entende? Ela quer que você a veja bem, sempre.

– Isso não é certo. – ele grunhiu. – Quero estar ao lado dela em todos os momentos, não só nos bons. Um relacionamento não é feito só de bons momentos.

– Concordo com você. – a morena falou. – Mas você sabe bem como é difícil convencer a Rose a fazer qualquer coisa.

– Sim, eu sei. – ele disse com um suspiro.

– Como é? – Edward perguntou a Emmett de repente, com a voz quebrada, depois de um longo período de silêncio. Emmett o encarou. – Perder uma irmã. – completou.

Emmett pensou por um momento o que deveria responder. Poderia dizer que era lancinante, doloroso, cansativo, de enlouquecer. Poderia dizer que chegava um momento em que pensava que não havia saída e que não poderia alcançar a felicidade de novo. Poderia dizer que não havia saída uma vez que caísse no poço de desespero. Mas não disse, porque Rosalie o ajudara a passar por tudo aquilo, apoiando-o por todo o processo e jamais saindo de seu lado quando ele necessitava. Mas ele não a teria a seu lado. Ela não ajudaria o irmão como havia ajudado a ele. Bella o ajudaria depois, como Rosalie fizera com ele?

– Fica um pouco melhor. – decidiu dizer por fim. – É difícil, mas fica um pouco melhor.

Carlisle descia as escadas nesse momento e foi até eles.

– Ela está melhor. A respiração está voltando a ficar mais fácil e a mandei dormir para descansar. É recomendável que ela diminua as atividades pelo menos por amanhã. Eu não acredito que haja nada novo, é apenas a doença fazendo o que faz. – ele suspirou, a aparência cansada. – Leve-a ao hospital amanhã ou depois de amanhã e farei alguns exames para ter certeza.

– Certo. Obrigada doutor. – Edward disse e Carlisle assentiu.

– Eu vou embora agora. Qualquer coisa, não receie em me alertar. – ele deu um sorriso fraco para os outros, que assentiram. – Boa noite.

– Obrigada Carlisle. Deixe-me acompanha-lo até a porta.

O que você acha de jantar com os meus pais essa noite? – ele perguntou. Algumas poucas semanas haviam se passado, entre crises e melhoras, ela finalmente estava bem por mais de sete dias. Os exames nada haviam mostrado de diferente: não estava pior, entretanto também não estava melhor.

– Essa noite? – ela perguntou meio hesitante.

– É.

– Não sei não, Emm...

– Qual é, está com medo? – ele zombou.

– Não! – ela revirou os olhos. – Mas não sei se é uma boa ideia.

– Por que não seria?

– Eu não sei, há muitas razões.

– Bom, se você não for, eles vão pensar coisas horríveis de você, principalmente minha mãe. Eu já falei a eles que você está indo e o meu pai está animado para te conhecer. – ele sorriu.

– Você o que?! – ela ergueu as sobrancelhas. – Emmett, eu odeio você! – ela disse dando um tapa estalado em seu braço. Ele segurou-a pelos pulsos e puxou-a gentilmente para si.

– Não odeia não. – disse encostando os lábios dela aos seus. – Só está assustada em conhecer os pais do seu namorado.

– Desculpe, acho que estou um pouco perdida... Quando eu disse que queria ser sua namorada? – ela perguntou erguendo uma sobrancelha.

– Não te avisei? Nós somos namorados agora. Decidi isso alguns dias atrás. Não pedi sua opinião, porque não ligo se você concorda ou não. – ele sorriu e ela revirou os olhos com um sorriso. – Mas se você faz questão, aceita ser minha namorada?

– Não! Que tipo de namorado faria isso com uma namorada? Marcar com os pais e nem perguntar a ela antes! – falou indignada.

– Você parece uma gatinha irritada. É engraçado. – ele sorriu de lado.

– Cale a sua boca. – ela revirou os olhos e eles se encararam por um longo momento, ela evitando dizer todos os palavrões que queria designar a ele. – A que horas devo estar lá? – a voz soou derrotada e ele sorriu.

– Venho te pegar às sete e meia. – ele deu um beijo na ponta do nariz dela. – Temos que aproveitar esses últimos dias, minha licença do trabalho só dura mais algumas semanas.

Como combinado, Emmett passou na casa de Rosalie às sete e meia. A casa onde os pais de Emmett moravam era acolhedora e o jantar estava delicioso. O pai de Emmett era um senhor extremamente simpático que a tratou muito bem e conversou com ela a noite toda, fazendo-a perceber que o receio de conhecer a família de Emmett era bobo. Porém, a mãe dele não era daquele jeito. Uma mulher mais fechada e reservada, às vezes Rosalie sentia que ela a encarava de forma raivosa, embora a mulher não a deixasse de fato confirmar.

Ao final do jantar, a mãe de Emmett foi à cozinha, recusando a ajuda de Rosalie para lavar os pratos, então a loura, Emmett e o pai dele ficaram na sala matando o tempo com conversa. O pai de Emmett contava histórias de guerras e de tempos que ela e Emmett não vivenciaram, mas que pareciam atuais para ele. Era um senhor extremamente agradável e Rosalie adorou conhecê-lo.

Depois Emmett foi mostrar a casa à Rosalie, evitando um quarto em especial, e pararam no quarto que ele ocupava antes de se mudar para a própria casa.

– Então você toca violão? – ela perguntou com um sorriso ao ver um violão no canto do quarto.

– Não desde que a Alice faleceu. – ele franziu os lábios, sentindo a habitual dor que sentia ao falar dela. – Eu costumava tocar para ela.

– Você poderia tocar para mim?

– Sim, acho que sim. – ele disse por fim depois de alguns segundos em silêncio. Pegou o violão e sentou-se na cama antes de começar a dedilhar algumas notas e começou a cantar. Rosalie reconheceu a melodia que ele tocava quando ele começou. “Seat Next To You” era uma de suas canções favoritas e ao fim da música ela estava encostada na parede, olhando para Emmett com um sorriso terno no rosto.

– Isso foi adorável. Eu quero dizer muito, muito bom. – ela falou. – Não sabia que você cantava em público.

– Obrigada. Eu gosto dessa música. Não canto. – deu de ombros. Ela revirou os olhos e balançou a cabeça.

– Eu gosto dessa musica também. A letra é maravilhosa. Eu costumava a ouvir bastante quando eu era uma grande fã do Bon Jovi.

– Não é mais? – ele perguntou erguendo a mão para ela. Ela pegou-a e ele a puxou para sentar na cama com ele.

– Sou. Só não tão entusiasmada quanto antes. Na minha fase “rebelde” algumas músicas da banda eram meus hinos.

– Sua fase rebelde? – Emmett repetiu reprimindo um sorriso.

– Qual é! Todo mundo tem uma fase rebelde. – ela disse sorrindo.

– E quando foi a sua?

– Hmmm... Com dezesseis, dezessete anos. Eu achava que era uma mulher adulta e que podia fazer o que quisesse. Bobagem.

– O que você fez? – ele perguntou cerrando os olhos.

– Nada demais. Coisas bem previsíveis, na verdade. – ela revirou os olhos. – Sair com garotos escondida, fazer coisas erradas na escola e ser pega fazendo isso, beber muito, fumar um pouco, brigar com o meu irmão, gritar com os meus pais me achando a dona da razão... Esse tipo de coisa. – ela deu de ombros. Emmett passou os braços em volta da cintura dela, puxando as costas dela contra seu peitoral e a apertou contra si com um sorriso.

– Adolescente terrível, huh? – sussurrou no ouvido da loura. Ela riu.

– Eu aposto que você foi muito pior do que eu. – ela comentou.

– Não, na verdade não. Eu fui um adolescente terrivelmente calmo. – ele a contradisse. – Um alívio para meus pais.

– Isso é porque sua fase rebelde ainda não apareceu. Ela ainda está a caminho.

– Você não acha que eu estou um pouquinho velho demais para isso? – ele ergueu uma sobrancelha. Ela sorriu e virou-se de frente para ele.

– Claro que não! Ninguém é velho demais para fazer algumas coisas insanas. Talvez sua fase rebelde apareça aos sessenta anos.

– E o que eu poderia fazer de rebelde com sessenta anos?!

– Ir a um show de rock e gritar como um adolescente. Ser um idoso muito foda de quem os adolescentes teriam inveja da coragem e vivacidade. Ficar com muitas mulheres jovens. Gritar por mim nos shows do Bon Jovi se ele ainda estiver vivo e cantando, coisa que não acho que vai acontecer, mas... – ela sorriu e deu de ombros.

– Isso vai ser um pouco difícil. – ele murmurou. – Principalmente a parte de ficar com mulheres jovens. – ele disse num tom de brincadeira.

– É tudo um ponto de vista. Mulheres amam homens mais velhos. – ela assegurou. – Apenas mantenha seu rostinho bonito e suas covinhas quando sorri. – ela instruiu e ele sorriu revirando os olhos.

– Eu não sei como terei controle sobre isso, mas tudo bem, obrigada pelo conselho. – ele disse beijando a ponta do nariz de Rosalie. Ela sorriu.

– Eu sempre tenho os melhores conselhos! – disse orgulhosa. Ele riu.

– É verdade, você tem. – concordou.

– E não se preocupe, eu estarei me assegurando de que você continue bonito assim quando você tiver sessenta. Vou operar milagres sobre sua vida. – a voz revelava a brincadeira, mas Emmett não gostou e ela percebeu. – Ei, desmancha essa cara. – ela pediu.

– Por que você gosta tanto de lembrar que não vai estar aqui para sempre?

– Ninguém vai estar aqui para sempre.

– Você me entendeu. – ele disse com a voz levemente irritada. Ela respirou fundo e passou os braços em volta do pescoço de Emmett, recostando seu rosto na parte interna do pescoço dele.

– Emm, nós estamos apegados. E isso não vai ser bom pra você depois. Eu estou tentando te lembrar de que, por mais que eu ame infinitamente a sua companhia, isso trará consequências quando eu morrer. – Emmett trincou o maxilar, mas ela não parou. – Não adianta por em outras palavras, eu vou morrer. E você não vai tão cedo, assim eu espero. Estou te dando todas as chances para você se afastar e cortar logo nossa relação para que você não tenha sentimentos ruins depois.

– Então pode parar. – ele disse. – Não vou fazer isso e não posso fazê-lo. Não vou me separar de você agora que a encontrei. Não importa as circunstâncias. E você tem que parar de ser tão pessimista porque você não sabe se vai morrer ou não. A medicina avança todos os dias e você está ótima. Eles podem encontrar uma cura. Você não pode ter certeza de nada. – ele grunhiu. Ela sorriu e balançou a cabeça, ainda no pescoço dele.

– Adoro que seu otimismo esteja voltando, Emm. Mas vamos, é hora de eu ir para casa. – Ela levantou-se e puxou-o pela mão.

– Tudo bem. – ele disse com um suspiro. – Vou pegar o carro, volto num instante.

– Tudo bem, vou me despedir dos seus pais. – Rosalie disse e ela o puxou para um rápido beijo antes de eles saírem do quarto. Rosalie foi até a cozinha onde a mãe de Emmett se encontrava com uma expressão frustrada.

– Senhora Cullen, obrigada pelo jantar, foi delicioso e eu... – a loura começou a dizer num tom amistoso, mas foi interrompida brutalmente pela voz irritada da mãe de Emmett.

– Eu sei o que você está fazendo!

– Desculpa, o que? – Rosalie perguntou confusa.

– Você esta matando o meu filho! – a mãe de Emmett gritou para ela. – Como se já não fosse o suficiente perder a Alice, você ainda entra na vida dele e o faz sofrer tudo novamente! Você vai morrer e vai deixar o meu filho devastado, tal qual está deixando sempre que tem uma piora no seu estado. Ele esta revivendo tudo que sofreu com a Alice e isso tudo é sua culpa! – cada palavra parecia repleta de veneno e Rosalie ouvia calada, sem saber se saia e deixava a mulher falando sozinha ou sentava-se numa cadeira e concordava com ela. – Eu espero que você morra logo e saia da vida do meu filho, assim os danos não serão tão graves e com sorte não serão permanentes. Você é uma pessoa horrível por colocar meu filho nessa situação, não tem amor ao próximo! Não sei o que você pretende com isso, mas espero que não consiga!

Rosalie encarava a mulher mais velha a beira das lágrimas. Engoliu o soluço que subia pela garganta. Estava enfurecida consigo mesma e enfurecida com aquela mulher. Como se ela não soubesse tudo aquilo. Como se ela não pensasse que seria melhor para Emmett se ele não estivesse em sua vida. Mas desejá-la a morte e todas aquelas palavras horríveis?

– Boa noite, senhora Cullen. – disse por fim e se virou. Ao sair da cozinha secou os olhos com as pontas dos dedos e se despediu do pai de Emmett.

– Senhor Cullen, obrigada pelo jantar. – disse com a voz recomposta. O pai de Emmett levantou-se do sofá em que via televisão e foi até ela com um sorriso simpático.

– Obrigada a você pela companhia, minha jovem. – disse a puxando para um abraço terno. – Você é uma ótima criança, está fazendo um bem gigante a meu filho. Volte sempre.

– Obrigada. – ela disse com um sorriso sincero, pelo menos o pai de Emmett parecia a aprovar. – Foi um imenso prazer conhecer o senhor. Boa noite. – se virou em direção à porta e saiu. Foi então para frente da casa, onde Emmett já a esperava.

– Achei que não viria mais. – ele comentou de um jeito jovial, recostado no carro. – A conversa lá dentro estava assim tão boa?

– É, estava. – ela forçou um sorriso. Ele abriu a porta para ela e fechou-a depois da loura entrar. Dirigiu lentamente para a casa de Rosalie e estranhou por ela estar tão calada durante o percurso.

– Aconteceu alguma coisa? – ele perguntou a encarando quando enfim pararam em frente ao portão da casa dela.

– Não, nada. – ela disse.

– Rose. – ele disse puxando o queixo dela para o rosto virar em sua direção. – O que houve?

– É só uma dor de cabeça. – ela disse e não era de fato mentira. Estava com uma dor de cabeça. Bem leve. Mas ainda era verdade.

– Quer que eu a leve ao hospital? – ele franziu as sobrancelhas.

– Claro que não, não seja exagerado. É só um dor de cabeça, nada de mais. – ele a encarou por alguns minutos e ela revirou os olhos, saindo do carro em seguida. Emmett saiu logo em seguida.

– Quero te pedir uma coisa em que eu estive pensando. – ele disse quando ela parou em sua frente.

– Peça.

– Case comigo. – disse Emmett sem hesitar.

– O que? – Rosalie falou encarando-o.

– Case comigo. – ele repetiu.

– Do que você esta falando, Emm? Nós só nos conhecemos há poucos meses.

– E daí? Quem sabe quanto tempo mais teremos? Eu amo você. E quero me casar com você. Então diga que quer se casar comigo também. – ele pediu. Foi a primeira vez que ele disse que a amava, com todas as letras, e ela não deixou aquilo passar sem ser notado. O coração dela pareceu se inflar com aquelas palavras.

– Você não está pensando. Está agindo por impulso.

– Por que você não pode só dizer sim? Pare de achar razões por trás do meu pedido. Pare de achar que eu não posso amá-la só porque você está doente. Pare de tentar negar isso, Rosalie. – ele grunhiu. – Eu amo você.

Ela o olhou sem dizer nada. Os olhos de ambos estavam sérios, sem se desviar um do outro. Todas as coisas que a mãe de Emmett dissera voltaram à mente dela. Todo o sofrimento que o vira passando após a morte de Alice. Todas as coisas ruins.

Ele devia estar louco.

Ela também deveria estar por pensar em aceitar. Rosalie respirou fundo.

– Não posso fazer isso. – disse por fim.

– Claro que pode. – Emmett respondeu. – Nós podemos viver só de pizza se você quiser. – ele prometeu. Ela quase sorriu.

– Não posso fazer isso. – ela repetiu. – Não posso fazer isso só pra deixar você depois. Sozinho. Quem sabe quanto tempo mais eu terei? Não vou durar muito e você sabe disso.

– Eu não me importo! – ele disse. – E você vai ficar bem. Você ficou bem por mais tempo do que todos esperavam e você vai continuar bem por muito mais tempo. E se não for, bom, você é minha fase rebelde então. – ele segurou o rosto de Rosalie entre suas mãos. – Rose, você é a coisa mais preciosa na minha vida nesse momento. Não faça isso comigo. Não parta meu coração.

– Não faça isso, Emmett. – ela pediu fechando os olhos.

– Você não me ama? – ele perguntou.

– Que pergunta estúpida. É claro que amo você. Como poderia não amá-lo?

– Então se case comigo. – ele repetiu.

– Não. – ela disse baixinho, mas não estava negando o pedido. Ele entendeu aquilo.

– Case-se comigo. – ele disse novamente com um sorriso. – Eu prometo não sair do seu lado. Aceite se casar comigo, Rosalie.


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Notas finais do capítulo

Oi gente! Como estão vocês?
E aí, gostaram do capítulo? Espero que sim. O próximo provavelmente vai demorar, porque esse é o ultimo capítulo pronto que eu tinha, o resto da fanfic está em pedaços e, de novo, eu comecei a escrever outra antes de terminar uma :x. Mas como os vestibulares passaram, tentarei ser bem rápida.
Bom, mereço reviews? Espero ver vocês lá, hein. Para quem já está de férias, boas férias! E logo tem capítulo em Perfeito Para Mim. Por hoje é só, beijo grande!
Lanninha.