Dream escrita por senpai


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Boa Leitura e comentem lindos!
Kiss!



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Era como um pequeno sonho. Um sonho que eu nunca deveria ter sonhado. Mas eu sonhei, e com a pessoa que eu menos imaginaria. Não é aquele garoto lindo que senta ao seu lado, ou o vizinho gato que você espia da janela do seu quarto. É pior. É meu professor. 

Não, isso não significa nada. Não estou apaixonada. Não estou gostando. Não estou nem tendo uma quedinha tosca. Não é nada. É apenas um sonho besta que eu nunca deveria ter sonhado. 

- Você está de castigo! - Era isso que eu esperava ouvir. Afinal, uma nota zero na prova de ciências não é uma coisa que se mostra para mãe. Nem pra ninguém. Mas que culpa tenho eu se eu não consegui me concentrar em nada?

Subi para o quarto e me tranquei. Ficar em casa, de castigo, é algo que eu já estou bem acostumada. Mas também estou acostumada a fugir pela janela. É simples, somente coloque travesseiros na sua cama e os cubra com cobertores e tranque a porta. Aí é só pular a janela e ser feliz!

Foi isso que fiz. Cobertores, travesseiros, porta trancada e pular janela. Iria para um lugar em específico, um lugar onde eu sempre vou. Ainda mais nessa época de natal, onde a neve cobre tudo e deixa a noite mais brilhante e... Ok, momento poético já deu. 

Fui. Andei, andei, andei, andei. Com aquele maldito na minha cabeça. Foi por causa da aula dele que estou de castigo, e o que ele faz? Fica preso na minha mente. Lindo isso, né? Mas eu quero mais é que ele pegue fogo e exploda em meio a pista lambuzada de gasolina. 

E o sonho? Sério, foi a gota d'água. 

Pense em uma casa de praia. O idiota do meu professor tomando banho no banheiro e eu na cozinha fazendo alguma coisa pra comer. E adivinhe? Eu estava com uma anel de, ugh, no dedo. Um anel dourado para ser mais específica. Naquele maldito sonho, sim, éramos casados. Coisa nojenta. 

- Ohayo, Miki-chan! - Eu ouvi ele dizer, quando saiu do banho SÓ de toalha na cintura, com aquele PEITO amostra, com os cabelos molhados, sorrisinho sexy na boca e sem os óculos. Não, aquele não podia ser o Kiyoteru. Estava muito lindo pra ser ele. 

- Ohayo, Kiyo-kun - Sorrisinho besta que eu dei no sonho. O sorriso mais tosco que eu já vi. Eu merecia um tapa na cara depois disso, mas não, era um sonho e eu só era espectadora - Quer algo pra comer?

- Você - A pior fala do sonho foi essa. Terrível, quem é que fala uma coisa dessas? Pensei que professores tivessem problemas com o sexo, mas ele não, ele era tarado! E sabe o que ele fez depois disso? Me puxou pela cintura, me beijou e deixou ACIDENTALMENTE a toalha cair. Foi me levando para o quarto, tirando minha roupa pouco a pouco, me jogou na cama e ficou por cima de mim.

Pronto. Não quero dar detalhes do que aconteceu depois. É constrangedor demais para uma menina TÃO pura como eu. 

Cheguei no tão desejado local. Era meio que um lago, não estava congelado como sempre esteve no começo de inverno. Lindo, eu gostava mesmo daquele lugar. Já estava de noite e a lua refletia nas águas, deixando elas mais brilhosas conforme percorriam seu caminho. Momento poético ON. 

Sentei-me na beira dele, abraçando meus joelhos. Não estava tão frio, mas por sorte eu estava com um moletom. Droga, tentando ocupar minha mente com algum pensamento filosófico e só me vem a droga daquele merda. 

- É lindo, não é? - Para minha surpresa, uma voz. Aquela voz eu conheceria até distorcida, há quilômetros de distância. Quando eu me dei conta, lá estava aquele idiota do meu lado, agachado e apoiando os braços nos joelhos, quase sentado no chão. Sem os óculos, uma raridade vê-lo assim.

- Hm... É, muito bonito - Respondi, pouco me importando com a presença dele. Queria que ele fosse embora, antes que eu o atacasse no pescoço por estar me perturbando até em pensamentos. Já não basta na escola, até em sonhos? Que tipo de professor maligno é esse?

Eu querendo ficar em paz, de frente para meu laguinho, mas não, tem que vir alguém me atrapalhar na minha solidão. E quem poderia ser? Hiyama Kiyoteru, professor de ciências que só tem vinte dois anos!  Eu bem que poderia socá-lo ou fazê-lo ser demitido, dizendo que ele tentou pegar nos meus peitos na sala de aula... Mas isso seria tão cruel. Eu ainda tenho esperanças de ele morra queimado/explodindo/com um patinho de borracha na garganta...

- Você sempre vem aqui? - Ouvi ele perguntar. É, e seria bem melhor se você fosse embora, o que acha?

- Aham... - Eu queria deixar bem na cara de que eu não estava afim de conversar, mas parece que eu preciso melhorar minhas técnicas de "não tô afim, vaza!" . Funciona com todo mundo, porque com ele não? Espera, que papo é esse de "você vem sempre aqui"?

Ele, finalmente, se sentou direito. Ficamos quietos, para ele perceber mais ainda de que eu não estava afim de papo. Mas ele não foi embora. Foi aqui meu me toquei de que EU teria que ir embora do MEU laguinho fofo! Maldito... 

Me levantei para ir embora, limpando a saia da neve, e quando eu me virei e dei o primeiro passo para sair de perto daquele ser humano insuportável, adivinha o que ele faz? Isso, segura a minha mãe, me impedindo. Olhei para ele, com uma cara de WTF?!, mas ele só sorriu. 

- Não vá embora só porque eu estou aqui - Disse ele, no tom mais insuportavelmente fofo que eu poderia ouvir, mais bobo que o sorriso que eu dei no sonho que tive. Mas a vontade era a mesa, de dar-lhe um tapa na cara - Eu preciso conversar mesmo com você.

- Hm, fala logo que eu tenho que ir embora - Larguei-me da mão dele e me sentei novamente, não o fitando nos olhos, só o lago. Credo, parecia aqueles encontros românticos de anime/mangá shoujo... Poupe-me desses pensamentos, Miki!

- Olhe para mim. Só olhe - Estranhei o tom de voz e estranhei mais o pedido que ele fez. Que porra estava acontecendo? Calma, Miki, não é o que você está pensando. Faça o que ele pediu, olhe nos olhos dele, olhe nos olhos dele! Assim fiz, um pouco corada, olhei nos olhos dele. Eram tão... Não, eu não vou dizer. 

- O que é? - Perguntei, tentando disfarçar a minha vergonha. Era terrível estar numa situação como aquela, ainda mais com meu professor. MEU PROFESSOR. A gente deveria se odiar, porque eu sou a aluna não faz nada e ele o professor que enche o saco! - Anda, vai me dizer ou vai ficar me encarando?

Daí, ele desviou o olhar para procurar algo no bolso. Estranhei de novo. Aquele cara estava ficando louco, louco mesmo, acho que a esposa dele foi embora e deixou três filhos e quinze gatos para ele cuidar. Eu não podia dizer nada, ficaria do mesmo jeito se isso acontecesse comigo. Tirou do bolso um caixinha aveludada e abriu-a, mostrando dois anéis brilhantes e dourados. Quase engasguei com a minha própria respiração, mas apenas respirei fundo e olhei nos olhos dele. 

- Me dê sua mão - Sim , estava mesmo acontecendo. Era aquilo que eu estava pensando ou era só uma pegadinha de mal gosto? Olhei para os lados para constar se tinha alguma câmera e nada, então eu estava longe de pagar mico. Não na frente dos outros, mas pagando mico para mim mesma. Entreguei minha mão por cima dele, e com sua outra mão encaixou um dos anéis em meu dedo - Você sabe o que significa esse anel?

- Não e não sei porque está me dando - Fiz de desentendida, apesar que eu estava mesmo sem entender nada. Não sabia no que pensar. Com certeza, não era aquilo que eu estava pensando. Mas aí, eu parei para olhar o anel no meu dedo - Esse anel... Esse anel é para pedidos... de...

Em com um sorriso lindo que ele sabia dar, concordou com a cabeça. Arregalei os olhos, estasiada, paralisada , e naquela hora eu merecia mesmo um tapa na cara com toda a força que um ser podia ter. 

- E aí?Você aceita?

- Eu... Sim...

E percebi que o sonho não fora tão ruim quanto pensei.


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Notas finais do capítulo

Comenta, é minha primeira one e preciso saber se ficou boa ou se preciso melhorar em alguma coisa :p
Kiss And Hugs ♥