Pov Marcelina

Meu pai ele sempre foi protetor comigo, mas ele havia entendido tudo errado. Minha mãe me defendia, porque ela sabia que eu não faria nada, até porque eu nem tinha essa maturidade para pensar nessas coisas, quando Paulo chegou em casa, meu pai chamou ele e eu para conversamos em família, junto a minha mãe. Nos sentamos na sala de jantar, como fazíamos para comer. Meu pai nos encarou e pigarreou rapidamente.

– Paulo Guerra você deveria estar cuidando de sua irmã.

– Ela sabe se cuidar sozinha pai, ela não é mais uma criança que tem 5 anos. E não é pra todo lugar que eu vou que eu tenho que leva-la, sim tem alguns lugares que eu a levo, mas nem todos sou obrigado a leva-la, não sou babá de ninguém, e eu sei que o Jorge não é disso, e ela CAIU do sofá com ele, e você chegou na hora. Você deveria enxergar isso, já que consegue interpretar as coisas melhores. E Marcelina conta tudo que acontece para Alicia, e eu estava do lado de Alicia quando ela contou a ela que foi um acidente, se você não confia em sua própria filha, sendo que ela tá falando a verdade, imagina quando ela estiver mentindo então. Se você não sabe cuidar dela, e quer mandar os outros cuidar, desculpa, procura algum trouxa, quem sabe o Jorge? Ele não é trouxa, mas ele cuida muito bem da minha irmã, do melhor jeito possível, e eu faço tudo para ajuda-la dependente de tudo, posso até aprontar com ela, quase sempre, mas ela sabe que eu faço tudo para a ver feliz, agora se me da licença, vou dormir, pois amanhã eu tenho aula – essas sãos as ultimas palavras de Paulo e vejo ele subir as escadas. Encaro meu pai sem saber o que dizer e fico ainda na mesa, esperando eles falarem alguma coisa.

– Pode subir querida – minha mãe diz quebrando o gelo. Sorrio e saio andando até meu quarto, mas antes de entrar no mesmo, vou até o quarto de Paulo e bato na porta pela primeira vez, eu não batia para implicar com ele, porque ele nunca me dava atenção, mas agora ele me da mais atenção do que antes. Vejo ele abrir a porta, ele está com uma toalha da cintura para baixo, o encaro de cima a baixo e sorrio envergonhada.

– Obrigada – agradeço a ele por ter me defendido.

– Foi nada. Só isso? – ele ergue a sobrancelha

– Só – digo por fim

– E se você acha que depois disso eu vou ser mais legal esqueça, boa noite baixinha – ele bate a porta na minha cara. Eu bufo e vou até meu quarto.

Pov Caio

Nenhum de meus amigos veio me visitar, a não ser uma visita que não esperava, do Jorge, mas ele só passou para contar o que havia acontecido com ele e Marcelina. E ficou jogando conversa fora, eu iria estudar na Escola Mundial por alguns dias, uma semana, porque depois iria para uma escola do centro, desenvolvida e com mais tecnologia, como meus pais dizem. Se fosse por mim e meus amigos ficaríamos na Mundial, mas sabe como meus pais são, querem o melhor para nós.

– Que horas são? – Victória diz com uma calça jeans meio rasgada e uma blusa branca que fica solta em sua barriga.

– É – digo olhando pro meu celular e aperto qualquer botão e vejo a hora – São 6:50 – a aviso

– LUAN VAMOS LOGO – ela grita e eu a encaro

– Porque temos que ir pra escola do centro mesmo? – Luan aparece e Victória começa a fazer o discurso que meus pais faziam, sempre quando perguntávamos isso. Após ela acabar, já estava com dor de cabeça, eu havia gravado o que meus pais diziam de cor, e já estava cansada de ouvir tanto isso. Vejo Victória abrir a porta e ver Alicia, Marcelina, Paulo, Erick e Jorge, aí que eu me toco que a campainha havia tocado.

– Oi – Alicia já invadia o apartamento – Que legal e muito organizado – ela diz olhando para mim e em seguida para Victória – Com certeza é você que arruma – ela suspira.

– Vamos logo? – Erick corta algo que ela ia dizer. Nós assentimos e seguimos para a tal Mundial.

Pov Kokimoto.

Cheguei a escola mais cedo que o costumo, avistei Margarida e ficamos conversando, me tornei amigo dela essas últimas semanas, até que ela não era chatinha.

– Então está combinado? – ela me pergunta e eu assenti com a cabeça – Lá vem ele, a gente se vê – ela diz saindo dali e me deixando sozinho. Vejo Paulo e os novos amiguinhos dele chegar, ergo a sobrancelha para o mesmo que vai falar comigo, sozinho.

– Fala Japonês – ele diz bagunçando meu cabelo – Para de arrumar esse cabelo de Weasley –ele diz segurando o riso e eu o encaro sério

– Não teve graça – eu digo sério

– Teve sim – ele diz com a risada maléfica dele.

– E como vai seus novos amigos? – pergunto

– Ciúmes Japa? – ele me da três tapinhas nas costas – Relaxa cara, vamos apronta uma hoje

– Não me diga que tem haver com Al...

– Não tem haver com ela – ele me interrompe.

– Então é com quem? E vocês namoram? – eu pergunto curioso

– Namoramos, eu a pedi em namoro...

– E NEM ME CONTA? – grito com ele que se assusta com minha reação.

– Relaxa.. e vamos aprontar com Erick.

– Hum, é que você costumava contar tudo para mim Paulo, e nós éramos melhores amigos se lembra? – eu digo e saio andando como se estivesse desfilando e dizendo “Adios bitches”.

Pov Alicia

– YOU’RE ALL THAT MATTERS TO ME, YEAH, YEAAAAAH – eu digo cantando e encenando a cena enquanto não toca o sinal e todos rindo de mim pela minha encenação, estava cantando uma música do Justin, Musics Mondays, e essa música mais conhecida como ALL THAT MATTERS.

– SOU SUA FÃ CARA – Mário começa a rir enquanto eu continuo a cantar

– TO MAKE ME COMPLETE – continuo a cantar e dessa vez coloco a mão no peito e começo a interpretar – YOU’RE ALL THAT MATTERS TO ME, YEAH, YEAH, YOU’RE ALL THAT MATTERS TO ME – eu digo me jogando ao chão e deslizando ao chão e terminando minha encenação, escuto várias palmas, agradeço ao “público” e sorrio – QUEM QUER AUTOGRAFO? – digo me gabando e todos rindo.

– O que tá acontecendo aqui? – Paulo chega e me observa no chão. Todos começam a explicar tudo de uma vez e ninguém entende nada, eu me levanto do chão e sorrio para ele.

– Eu estava fazendo uma peça de teatro – eu digo e vejo a professora Helena chegar atrás de mim, to fudida, penso imediatamente.

– Ótima ideia Alicia. Teatro, irei ver com a diretora se ela deixa eu dar teatro para vocês.

– Mas eu não disse nada – digo erguendo a sobrancelha confusa e vendo ela sair e as meninas começam a me abraçar.

– OMG! EU SEMPRE QUIS FAZER TEATRO – Bibi diz e todos riem.

– Eu já faço – Maria Joaquina diz jogando os cabelos

– Maria Joaquina do terceiro ano é você? – falo e fico boquiaberta e todos riem – Que é? Nem posso mais nem falar nada, que já ficam rindo, trabalho no circo por acaso?

– Mas você é de circo, esqueceu-se? – Caio diz e eu sorrio para ele.

– Bem.. eu era Caio – digo olhando para o chão. Ele não tocou no assunto novamente, acho que ele havia entendido que eu parei de fazer circo por um motivo, e eu não era de desistir por nada. Bateu o sinal e seguimos para a sala de aula.