Potestatem escrita por pqgranger, extremelyselena, extremelyselena


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

O destino não é uma questão de sorte, é uma questão de escolha. Não é algo a se esperar, é algo a se conquistar. (William Jennings Bryan)



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Era tarde da noite, tudo estava parcialmente escuro, a não ser pela varinha de Lily erguida no alto. Ela clareava poucos metros à sua frente, mostrando onde ela estava. Fazia frio, as ondas batiam fortemente nas pedras, seu cabelo voava ao vento. Ela nunca tinha estado naquele lugar e sentia más vibrações lá. Olhando a todo o seu redor, com os olhos alertas e os ouvidos aguçados, tentava captar os mínimos detalhes. Mas tudo era silencioso demais.

“Por Merlin, onde eu estou?”

Seus pensamentos corriam acelerados. Buscava desesperadamente na memória encontrar algo que fosse familiar, onde ela poderia tomar referência e dizer “não estou perdida ou louca”, mas nada funcionava.

Frustrada, aproximou-se mais do mar. Desde pequena sentia alguma ligação com a água. Poderia ficar horas e horas mergulhando e movimentando-se na água e nunca se cansaria. A água era como sua melhor amiga: a acalmava e a entendia, mesmo que isso fosse quase impossível.

Sentou-se na beira da praia, molhando seus shorts, mas não se importava. Ela apenas queria pensar, refrescar a memória, entender o que estava acontecendo. A primeira onda bateu nas suas pernas e o susto foi inevitável. Algo se movia dentro da água. Em um alto, estava novamente de pé, jogando um “Lumos Maxima” em sua varinha, tentando encontrar algo dentro da água. Nada.

“Eu devo estar louca…”

O pensamento perdeu-se em sua mente, pois novamente viu uma sombra na água. Era graciosa. Movimentava-se com uma leveza sobrenatural. Seu cabelo, comprido, caia pelo tronco quase humano, trazendo ainda mais graciosidade. O rosto era fino, meigo e doce. Lábios carnudos e roxos disputavam destaque com os olhos tão azuis quanto o céu. Seu olhar era uma mistura de sentimentos, pensamentos. Ao mesmo tempo em que era bondoso, era assustador. Uma cauda bateu, espalhando alguns respingos de água e fazendo com que a água próxima ficasse agitada. Lily estava perplexa, atônita, simplesmente só conseguia respirar. Era a primeira vez que via um ser subaquático na vida.

A pisciana a encarava, curiosa. Estendeu a mão para Lily e, por um segundo, pensou em estender-lhe a mão também. Mas lembrou-se de todos os livros e as histórias que leu. Lembrou-se claramente do que diziam: “Nunca confie num pisciano. Eles são graciosos e aparentemente bondosos, mas o que realmente querem é acabar com a sua vida e trazer você água a baixo.”

Recolheu sua mão, balançou a cabeça e saiu da água. Ela ainda a encarava, mas ela não ousou olhar para trás pois sabia que se olhasse, voltaria e sabe-se Merlin o que aconteceria com ela.

Lily demorou um pouco para perceber, porém depois que viu Hanna, a sereia, ela começou a ver coisas diferentes também. Quando olhou para a direita, pode ver vislumbres brancos movimentando-se do ar. Parou subitamente de andar e olhou boquiaberta para a esquerda e a visão repetiu-se.

“FANTASMAS!! Eu estou louca!”

Mas não ela não estava louca. Aquilo tudo era real. Alguns vislumbres notavam a garota parada abobada no meio da areia, mas a ignoravam. Outros simplesmente a ignoravam, fingindo que ela era invisível.

Ainda parada no meio da areia, começou a olhar novamente a sua volta. Aos lados, estavam os espíritos. Às suas costas, as sereianas. Porém, pela primeira vez onde se viu naquele lugar estranho e desconhecido, olhou para frente. Mais uma vez, viu-se boquiaberta. Haviam tochas com fogo azulado e percebeu que não era sua varinha que estava iluminando tudo, já que ela ficou próximo ao mar. Mas sim as tochas, que ficavam na porta de um tipo de montanha. Olhando para cima, descobriu que não era uma montanha, mas sim um vulcão. Um vulcão adormecido. Ela então, depois de muito tempo processando tudo isso, descobriu que estava numa ilha. Mas, ainda assim, não sabia que ilha era ou onde ficava.

Ainda olhando para o vulcão adormecido, sua visão começou a ficar turva. Tudo ficou escuro. Sua cabeça pesou e, antes que pudesse fazer algo para evitar, caiu no chão e desmaiou.

Quando abriu seus olhos, tudo rodava. Ela não sabia onde estava e o desespero alastrou-se dentro dela. A visão turva a deixava irritada, pois o que mais queria era enxergar onde estava. Sentou-se com um pouco de dificuldade e, aos poucos, conseguiu descobrir onde estava. Era uma câmara, um lugar fechado e não mais a praia com os espíritos e sereianos.

Fazia frio. Mais frio do que lá fora. Parecia que todos os ventos do mundo estavam localizados apenas naquela câmara. Seu cabelo batia em seu rosto, seus dentes batiam. Começou a passar pela sua cabeça que ela iria acabar morrendo. Seu coração acelerou de maneira tão rápida e tão forte que ela mesma se assustou com aquilo. Tentou levantar-se e, mesmo caindo, conseguiu. Encostou-se numa das paredes da câmara e se abraçou, os dentes batendo uns nos outros. Decidiu observar a câmara que, apesar de parecer o Alasca, era muito bonita.
Em suas paredes havia desenhos cor de ouro e símbolos cor de prata. Havia algumas tochas com, novamente, o fogo azul, porém elas eram feitas de bronze. A sala era bem iluminada, o que deixou-a curiosa, pois o certo seria ela ser um pouco escura, com má iluminação, já que as luzes eram azuis.

“Deve haver muita magia aqui.” – pensou consigo mesma.

Ainda observando a câmara, percebeu que do lado oposto ao que estava, havia uma porta. Com esperança de achar a saída daquele lugar, deu o primeiro passo para atravessar a distância que a separava da porta. A câmara estremeceu. Lily olhou ao seu redor, nada havia mudado. Ao se precipitar para dar o próximo passo, as paredes começaram a queimar em cimas. Gritou. Um grito tão súbito e tão assustado que acabou caindo do chão, tentando desesperadamente se distanciar das paredes. Foi inútil. O fogo se alastrava pelo chão rapidamente, em poucos segundos havia apenas um circulo ao redor dela. Seus braços começaram a ficar quentes. Seu corpo absorvia aquele calor. Começou a ficar sem ar, o medo consumindo-a cada vez mais. Inesperadamente, lanças e flechas apareceram nas paredes, mirando todas nela. Elas também pegavam fogo. Uma das flechas se desprendeu de seu eixo e foi diretamente a ela. Sua respiração parou, ela não tinha saída, iria morrer. Aqui e agora, era seu fim. Fechou os olhos, tentando abraçar a morte de bom grado. Sentiu o zunido da flecha de aproximando de seu rosto, seu corpo ficou tenso. Sentiu algo estranho, diferente, esquisito. Nunca havia sentido aquilo antes. A sensação passou tão rápido quando veio e, mais uma vez, se viu absorvida pela imensa escuridão e pelo silencio absoluto de uma mente vazia.

Sem fôlego, abriu os olhos. Ar deixava seus pulmões e ela desesperadamente tentava tornar sua respiração regular outra vez. Suava, mas suava frio. Seu corpo todo estava dolorido e suas mãos tremiam. Massageou os olhos, ainda deitada em sua cama.

“Foi só um pesadelo. Só mais um pesadelo.” – disse a si mesma, tentando em vão acalmar-se. Óbvio que era um pesadelo, mas era sempre o mesmo. Sereias, fantasmas, um vulcão adormecido. Fogo azul, câmara pegando fogo, a flecha. Sempre a mesma coisa. Era tão frustrante para ela não conseguir entender a mensagem que esse sonho sempre insistia em transmitir. Ela queria contar a alguém, conversar com alguém, mas já sabia a resposta: “foi só um sonho, coisas assim não acontecem nos dias de hoje”. Sempre a mesma coisa. Virou-se em sua cama, abraçando o cobertor e afundando mais no travesseiro. Eram 3 da manhã. Ela precisava dormir. Fechou os olhos novamente, sua respiração mais calma e regular. Contou até 10, tentando esvaziar a mente dos pensamentos ruins.

“Amanhã será um grande dia” – repetiu a si mesma milhões de vezes até que, na mais inesperada hora, caiu no mais profundo sono.


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Notas finais do capítulo

Oi gente linda!!!! Tô aqui começando uma fanfic nova com um dos meus bffs.Não vou abandonar a fic e nem excluir como as outras, até porque nessa história não irá ter pensamentos só meus, já que é um conjunto de ideias.A história se passa bem distante da época do Harry, e como não vou ficar lotando as notas finais, criamos um tumblr explicando tudinho pra vocês. O link (http://potestatem-fic.tumblr.com/)Aqui irá ter fotos e descrições de cada personagem pra vocês conhecerem eles melhor. Espero que gostem e, como sempre, peço que vocês comentem sobre o capítulo, quero bastante opiniões, isso é muito importante pra nós.Qualquer dúvida, só chamar a gente no twitter:@pqgranger (Tori, eu)@extremelyselena (Caio, co-escritor)beijos amanteigados para vocês, até o próximo capitulo ^-^