O Herdeiro da Ruina escrita por Fail Name


Capítulo 5
Lembranças do passado – O Encontro


Notas iniciais do capítulo

Eai gente novo capitulo pra vocês!Já vou avisando que nunca escrevi um capitulo romântico, mas acho que ficou bom. Sei lá.Boa Leitura.



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Três dias depois do piquenique em Palmer Park, comecei a planejar meu primeiro encontro com Mia. Nunca tinha feito algo parecido, então pedi ajuda para a única pessoa que conhecia que era mestra no assunto, Sarah.

– Ai Meu Deus! Ai Meu Deus! Ai Meu Deus! Você finalmente a chamou para sair. – Dizia ela quase pulando – E você veio me pedir ajuda!

– É... pode me ajudar?

– Claro bobinho, faz eras que tento arranjar um namorado pra Mia, mas preciso de tempo para pensar.

– Certo eu vou estar na sala jogando com o Hector. – Digo fechando a porta.

Exatos cinco minutos depois...

Estávamos começando o jogo quando uma prancheta voou na minha cabeça.

– Ben, o que está fazendo? Você tem que se arrumar para seu encontro.

– Ahn... O que?

– Vamos, eu já planejei tudo. – Disse ela me puxando do sofá e pegando a prancheta.

Ela me levou até seu quarto e me jogou a prancheta, comecei a ler e percebi que ela realmente pensou em tudo. Fiquei lendo por um tempo.

– Então? O que achou?

– Está ótimo e muito caro, – Virei a prancheta na direção dela – você marcou um jantar no Michael Simon’s Toast, é o restaurante mais caro da cidade, além disso, por que a noite tem que terminar num motel? É o primeiro encontro! – Ela deu os ombros.

– Tá! Eu exagerei um pouco. – Ela deu um sorrisinho – Mas você gostou da idéia do motel né?

Claro que tinha gostado, mas eu não ia dar satisfação a ela. Joguei a prancheta na cama e disse:

– Tenho que ir.

– Espera aonde você vai?

– Pegar a Mia no colégio, é claro. – digo sorrindo.

Mia estudava no Detroit City High School. Esperei uns minutos até ela sair com Richard e Edward. Ela me viu e acenou pra mim.

– Oi Ben – Disse ela depois de me beijar. – O que está fazendo aqui?

– Vim te buscar, hoje à noite vamos sair.

Ela sorriu e se despediu de Richard e Edward.

Estava tudo ocorrendo bem naquela hora, mas eu não desconfiei que “ele” nos observava e que faria de tudo para nosso encontro não dar certo.

Em casa, enquanto Mia terminar de se arrumar, eu re-planejava o encontro com Sarah. Depois de uns minutos Mia desceu as escadas e nossa, como ela estava linda. Usava calça jeans clara e uma camiseta branca, os cabelos castanhos soltos sobre os ombros combinavam com o cinto.

– Como estou? – Perguntou ela.

– Ga-ga... – Eu não conseguia dizer nada.

– Vou considerar isso como “linda”.

Ela me beijou na bochecha e foi para fora e eu fiquei parado ainda com ela na cabeça. Sarah que deu um soco no braço e disse:

– Anda logo palerma! Ela ta te esperando.

Sai da casa e Mia estava me esperando perto de um taxi. Parecia que ela estava sempre estava um passo a frente de mim, “Como ela sabia que eu chamaria o taxi?”. Foi estranho, mas logo esqueci quando a vi sorrindo. Entramos no taxi e disse nosso destino.

– Para o New Parthenon.

– Entendido. – Disse o motorista.

O New Parthenon Restaurant era um restaurante com temática (adivinha) grega e ficava (adivinha) em Greektown. Era um bairro famoso em Detroit, cheio de restaurantes, eventos e tinha um cassino. Pode ter sido meio clichê levar uma semideusa grega para um restaurante grego, mas Sarah me disse que era um lugar que Mia sempre quis vir.

Mas “ele” tinha que interferir.

– Como assim não tem mesa? Eu fiz uma reserva hoje de manhã! – Digo nervoso.

– Lamento garoto, um ricaço alugou todas as mesas para si. Ele praticamente comprou o restaurante. – Disse o garçom.

– Ben está tudo bem, vamos para outro lugar.

– Ok, vamos ver o festival e comemos lá.

O festival estava ótimo, ouvíamos musica regionais e (adivinha) gregas. Mia parecia estar se divertindo. No momento que um grupo começou a dançar, Mia me puxou para a roda e começamos a dançar. A dança era muito louca, todos pulavam, rodavam e riam alegremente.

O céu que estava limpo e estrelado foi coberto por uma nuvem escura, uma chuva forte e fria começou a despencar do céu. Todos correram para um lugar coberto. Ficamos na frente do Cassino.

– Ah cara! Essa chuva veio do nada. – Digo.

– É. Hoje não foi um bom dia para um encontro, mas sabe... – Disse ela se aproximando para um beijo. – A noite ainda não acabou.

– É mesmo. – Digo perto de beijá-la. Mas fui interrompido quando um cara de casaco sobretudo trombou em mim não, o cara me empurrou. Ele nem se desculpou.

– Já volto vou ao toalete, me espera aqui. – Disse ela.

– Claro.

Sentei-me no banco perto de uma fonte na entrada do cassino, pensando na vida.

– Por que você não desiste? – Perguntou um cara atrás de mim. Me virei e era o mesmo cara que me empurrou momentos antes. ‘Ele” tinha cabelo loiros e era bem bonito, me olhava com raiva e desprezo. – Eu atrapalhei você o quanto pude, por que não desiste?

– Desistir do que? E quem é você? – Ele soltou um suspiro.

– Apolo! Pai da Mia. Desista de namorar com ela.

Por um momento fiquei surpreso, mas logo fiquei sério.

– Não obrigado, eu gosto dela. Além disso, por que você se importa? Ela uma de várias filhas que você tem.

– Idiota! Ela é especial, recebeu minha benção no nascimento. E também, estou cansado de ver meus filhos morrerem.

– Morrer? O que isso tem a haver com namorar comigo.

Ele hesitou como se tivesse falado algo que não devia.

– Isso não importa! Se afaste dela, se não...

– Se não o que? – Digo desafiante.

– Vou te amaldiçoar!

– Tarde demais, já fizeram isso!

Eu tinha passado um pouco dos limites, Apolo estendeu a mão e um arco dourado surgiu, ele puxou uma flecha mirando na minha direção.

– Você é muito insolente! Acho que devo matá-lo agora, eu lido com as consequências depois.

– Pare com isso Apolo. – Disse uma bela mulher com um guarda-chuva, e quando digo “bela” digo que era a mulher mais lida que já vira na vida. – Você não pode impedir o amor deles, porque eu estou cuidando disso.

Apolo abaixou o arco e disse:

– Afrodite! Você está por trás do amor deles.

– Não, o amor deles veio naturalmente. Eu não tive nada a ver com isso. – Disse ela. Ela olhou para mim e sorriu. – Eles formam um casal lindo e, além disso, ele não pode morrer. Ainda.

Seu arco desapareceu. Ele parecia abatido, algo o preocupava.

– Senhor Apolo não sei quais são seus motivos, mas se for segurança, eu a protegerei de tudo e de todos.

Ele riu com sarcasmo.

– Isso é bom, mas tenho uma pergunta: Você vai conseguir protegê-la de você mesmo?

Os dois deuses desapareceram. Fiquei parado pensando nas palavras de Apolo. “Eu vou”, respondi em pensamento. Mia apareceu logo em seguida, ela estava sorridente, pegou minha mão e disse:

– Então aonde vamos agora? Eu ainda estou com fome.

– Vamos achar algum lugar.

Depois de andar quatro quadras debaixo da chuva, encontramos um carrinho de lanche. Não era nada romântico, mas comida é comida. Sentamos nos banquinhos e um cara gordo e de barba e o avental sujo de molho veio nos atender.

– O que vocês querem? – Disse ele quase gritando.

– Ahn... Um cachorro quente e... – Olhei para Mia, ela vez um “3” com as mãos – e o número 3.

– Claro. – Disse ele e foi para chapa preparar o lanche.

– Mia acho que esse não foi um bom primeiro encontro... eu te compenso no segundo.

– Quem disse que não gostei? Eu estou adorando. – Disse ela sorrindo. – Até porque... eu vou ser protegida de tudo e todos.

Quase caí do banco.

– Você ouviu aquilo? Que vergonha.

– Eu não ouvi. Eu vi.

– O que?

– Sabe quando meu pai disse que eu recebi sua benção? – Eu assenti – Então eu posso meio que prever o futuro, mas só alguns minutos no futuro.

– Então você sabia tudo o que eu iria fazer?

– Não, eu não uso toda hora. – Disse ela.

– Você é incrível. – Digo sorrindo.

– Obrigada.

Nós nos beijamos. Só não continuamos por que os lanches chegaram, eles eram deliciosos. Ficamos lá por quase uma hora, conversávamos sobre coisas bobas e sem importância, éramos como um casal comum e feliz. Eu queria que aquele momento durasse para sempre.

– Obrigado senhor. Eu voltarei aqui qualquer hora. – Digo.

– Senhor? Me chame de Chef garoto.

– Claro até a próxima. Chef.

Entramos no taxi e nos acomodamos no banco de preto. Mia cochilou encostada nos meus ombros, eu via a paisagem urbana da cidade se distorcendo com a velocidade do carro. Olhei para Mia, parecia que não existia outra coisa importante no mundo quando olhava pra ela, apenas ela, apenas ela era importante.

– Eu te amo Mia. – Digo sussurrando.

– Eu também te amo Benjamin. – Disse ela, sorrindo e de olhos fechados.

– Você estava fingindo dormir? Você me previu e ficou esperando eu dizer isso não é? – Digo sorrindo.

– Não. – Ela me beijou de um jeito que nunca beijou antes. – Por que se você não tivesse falado, eu teria.

Eu pensava que seria feliz para sempre ao lado dela, mas minha morte logo iria voltar me atormentar. E minha promessa com Apolo seria posta à prova.


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Notas finais do capítulo

Como será que acaba essa historia romântica? Obrigado por lerem e não esqueçam dos reviews! Até a próxima