O Herdeiro da Ruina escrita por Fail Name


Capítulo 19
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Notas iniciais do capítulo

Ei capitulo novo e tal...
Nesse capitulo teremos novos personagens e mistérios.. kk

Até as notas finais.



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POV - Benjamin

– Já chegamos?

– Pela milésima vez, NÃO! – Berrou Amanda. – Ben você parece que uma criança.

Para ela era fácil dizer, não estava carregando em suas costas um garoto de uns 60 quilos babando no seu ombro. Além disso, nunca gostei de florestas. São grandes, verdes e cheia de mosquitos.

– Vamos descansar aqui, – Disse ela – Já estamos em Yellowstone.

Larguei Nico no chão sem nenhum cuidado, quando ele chegou ao chão ele solta um leve gemido. Amanda ficou me encarando de um jeito assustador.

– Ops. – D igo com desdém, e sentei num tronco caído.

– Ben recita os versos da profecia. Quero entende-la.

Eu recitei novamente e ela perguntou.

– O que são “quedas eternas”? – Balancei a cabeça – Vamos ver de outra forma, o eu cai sempre?

– Folhas caem sempre, chuvas caem sempre, meteoritos caem, cabelos caem, dentes caem...

– Isso não faz sentido!

Minha cabeça estava muito cheio de coisas e não conseguia pensar direito e também tinha o Sol, queimando e brilhando acima de nós sem trégua, lembrei que nossa água havia acabado, pois foi usada para limpar os ferimentos de Nico.

– Vou achar mais água, espera aqui. – Dava pra ouvir água corrente por perto – Se eu demorar você já sabe o que fazer.

Ela assentiu com a cabeça e saí à procura de água.

Procurei por uns dez minutos até achar um rio alimentado por uma cachoeira. A água tinha um tom verde, mas sem peixes. Cheguei à beira e mergulhei o cantil na água transparente. A água da cachoeira caia ruidosamente sobre a água, observei a água caindo e caindo, sem parar...

– Caindo sem parar... Caindo sem parar? – parei e fiquei impressionado com minha lerdice – Ah entendi! Cachoeiras!

“Caramba, acho que fiquei muito tempo com o Percy”. Corri de volta pra contar a novidade tão obvia. Nico ainda estava desmaiado quando voltei, mas já estava quase curado e Amanda estava fora de vista.

– Amanda! – Chamei.

– Aqui... – Sou voz estava estranha, como se estivesse cansada.

Olhei atrás dos arbustos e senti como se meu peito tivesse sido perfurado pelas Aves de Ares novamente, mas era diferente. A dor era pior e não era um pássaro, era uma faca de verdade. Depois da dor veio a confusão.

– O que...?

– Nossa é o tão falado e odiado Benjamin Riggs! – Disse a garota que fazia Amanda de refém. A garota estava segurando ela por terá com uma faca pressionado a garganta.

– É Briggs... – digo me curvando por causa da dor. – Sua idiota.

Ela usava uma camiseta camuflada dos US Army, uma calça jeans rasgada nas cochas, nos pés usava coturnos e tinha um lenço preto cobrindo parte do rosto. Seus eram cabelos negros, olhos castanhos e pele bronzeada. Tinha pelo menos quatro cintos com dezenas de facas em seu corpo – um na calça, dois cruzando o tronco formando um “X” e outra na perna, com um par de facas mais esquisitas que já vi. – Parecia ter 15 anos.

Enquanto isso, meu peito sangrava. Ela tinha acertado bem entre as costelas, mas não chegou a acertar algum órgão, acho. Me endireitei com dificuldade e aproximei minha mão no cinto para invocar uma arma, mas outra faca acertou minha mão.

– Quem disse que podia se mexer?

– Ninguém disse que eu não podia. – Digo retirando a faca da minha mão e do peito (doeu muito!), mas não joguei fora, elas podiam ser útil. A garota sorriu, pegou outra faca e a encostou no pescoço de Amanda. – Quem é você afinal?

– Meu nome é Kate, eu sou... – Ela parou, escolhendo suas palavras – sua babá a partir de agora.

– O que? Você é louca?

– Um pouco, mas é serio. Você vai vir comigo, se não... bem, digamos que ela vai encontrar a família dela no Mundo Inferior. Então o que me diz?

Não acreditei no que ouvi.

– Como você sabe que a família dela está morta?

Kate deu uma risada cruel.

– Como será que eu sei né?

– Vagabunda... – Murmurou Amanda. – Você vai me pagar!

– Por quê? – Perguntou ela entre os risos – Eu não fiz nada, apenas conheço quem fez. Então mudando de assunto, Benjamin você vem ou vai quer que outra amiga sua morra?

Essa Kate sabia demais, de algum jeito sabia sobre minha maldição. Eu tinha que ir com ela para descobrir mais informações. Percebi que ela podia ter ligação com os sequestradores de semideuses, pois Frank disse que seus raptores eram semideuses. Isso a fez ser suspeita.

– Muito bem. Eu irei com você, agora solte ela – Ela ficou me encarando – Por favor.

– Largue as facas e venha aqui, sim?

Logo ela a soltou, com uma expressão vitoriosa. Fiz o que eu ela disse e andei até Kate, mas ela me acertou um golpe na nuca quando eu cheguei perto, isso me desnorteou e ela prendeu meus braços com um laço e disse:

– Uhul! Eu consegui o Benjamin Priggs!

– É Briggs! E eu sou o que? Um Pokémon?

Ela começou a rir.

– Você é engraçado, Ben. Nós vamos nos divertir muito. – Ela colocou dois dedos na boca e assoviou. – Agora vamos pra um lugar secreto.

Dois ciclopes bem grandes vestindo roupas camufladas do Exercito Americano saíram da mata.

– Amanda – Chamei – Vocês vão precisar de água, ande para Leste e pense nas quedas eternas.

Ela assentiu com a cabeça. Ela entendeu a mensagem, que eu tinha descoberto o significado de “quedas eternas”, eu não podia dizer o que era pra ela, tinha chances de eu estar sendo levado direto pra lá, e mesmo que não fosse o caso, Amanda iria terminar a missão. Eu não importava.

Um dos ciclopes me agarrou e jogou em cima de seu ombro, o outro se agachou e Kate sentou em seu ombro sorrindo. E desaparecemos na mata, deixando Amanda pra trás.

– Eu nunca vi isso, monstros servindo semideuses – Digo.

– Temos um acordo – Disse Kate – Não é mesmo Bill e Gill?

– Isso mesmo. – Disse o ciclope que me carregava (ele é o Bill). – Nós a ajudamos com seus afazeres e nós ganhamos proteção.

– Proteção? Contra quem?

– Contra semideuses comuns. – Disse Gill.

“Ou esses ciclopes são cegos ou são idiotas.”

– Ok...

***

Meu palpite estava certo. O esconderijo ficava atrás de uma cachoeira, as “quedas eternas” de Yellowstone. Após atravessarmos, seguimos por um túnel para dentro da montanha e descíamos a medida que avançávamos por ele. O túnel era nojento, no caminho encontrávamos esqueletos, ratos, manchas de sangue, cabeças de monstros cravados em lanças e tinha até de pessoas também.

Saímos numa verdadeira fabrica de armas. O espaço era gigantesco, maquinas de diversas funções e formas funcionavam a todo vapor perto de um lago de lava. No centro dele tinha uma pequena ilhota, onde três formas gigantes trabalhavam em forjas rústicas, tinham pele vermelha, uma longa barba suja de fuligem e um chifre curvado bem em cima do único olho em suas testas.

– Os Ciclopes Urânios...

Fui levado pra uma cela perto do lago de lava. As celas eram uma serie de buracos na rocha com barras de ferro barrando qualquer saída, alguns tinham lava ou monstros dentro (as cobaias).

Minha nova casa não era muito grande, tinha duas formações rochosas que pareciam camas na parede, uma goteira de lava e, no outro canto da parede, um cadáver enrolado em panos e cobertores velhos.

– Você vai ficar aqui por enquanto. – Disse Kate me empurrando pra dentro de uma cela – Vou chamar os outros e então conversaremos.

– Outros?

– É, acho que você sabe não sou a única humana por aqui.

– Talvez, – Ela trancou a cela e estava indo embora quando a chamei. – Espera! Quero te perguntar uma coisa.

– O que? Se eu tenho namorado? – Perguntou ela sorrindo.

“Que garota abusada”

– Não. Quero saber se você sabe sobre uns desaparecimentos de semideuses?

– Desaparecimentos... desaparecimentos... não to lembrada. – Disse ela coçando a cabeça. Era obvio que era mentira. – Ah! Por que você não pergunta pra alguém aí?

– Claro! Vou perguntar pras pedras! Ou pra aquele cadáver! – Digo irritado. A expressão de diversão dela não mudou.

– Pergunte então. – Ela jogou um pedaço de ambrosia pra mim, me mandou uma piscadinha e foi embora com os ciclopes escoltando-a.

Sentei numa pedra e comi a ambrosia. Fiquei a toa por quase meia hora me perguntando se Amanda tinha entendido minhas pistas e descoberto o significado de “quedas eternas”, e se estava me procurando, enquanto meus machucados curavam. Kate chegou com outros dois semideuses. Uma garota e um rapaz.

– Olá Benjamin... – Disse a garota, num tom sexy. – Meu nome é Isabel Morrison.

Isabel Morrison, a mesma garota que foi carcereira de Frank. Ela era bem bonita, tinha cabelos loiros bem longos e olhos verdes. Vestia um short jeans bem curto e uma camiseta branca com “Will you Squeeze or Grab??” estampado bem na área dos seios.

– Prazer em conhecê-la. – Digo (mentindo, claro) – E você quem é?

– Eu sou Sir Lance Peter-Vorbastink.

Comecei a rir. Rir muito. O nome do cara era Sir Lance Peter-Vorbastink. VorbaSTINK*! Além disso, ele tinha “Sir” no nome. Ele era o que? Um Lorde inglês? Ele vestia um sobretudo preto (não consegui ver por dentro), sapatos sociais e tinha um óculos preso no bolso do casaco. Devia ter uns 19 anos.

(N/A*: Stink significa fedor, mau cheiro, fedido)

– Pare de rir, Agora! – Disse ele nervoso, mas eu não conseguia. O rosto fino e pálido do Sir começou a ficar vermelho. – Pare agora!

Uma onda de água escura chocou sobre mim, parecia que eu tinha batido com toda força no concreto. Fui parar no outro lado da cela, meu corpo todo ficou dolorido, mas não tirei o sorriso da cara. Só pra irritá-lo. Mas também fiquei surpreso, ele me atacou com água... Seria ele um filho de Poseidon?

– Acalme-se Lance – Disse Isabel, no mesmo tom sexy quando falou comigo – Não pode matá-lo, ele é o um candidato a ser o Herdeiro. Ele é importante para o plano.

– Que Plano? – Perguntei, recuperando o fôlego.

– De destruir os deuses, é claro. A profecia ela diz que o Herdeiro da Ruína destruirá tudo e todos relacionados aos deuses. E você é filho da Morte, acho que merece um lugar no nosso lado. – Disse Kate.

– Verdade? – Perguntei com ironia.

– Claro, sabemos seu passado Benjamin – Disse o Sir – Sua mãe morta pela serva de seu pai, seus amigos e namorada também foram mortos ao comando dela. Você não quer se vingar? Não quer matar o deus que te fez sofrer toda sua vida?

– É claro que quero, – Digo seriamente. Se eles tivessem me achado (sequestrado) e me oferecido isso antes de encontrar Annabeth em Washington, eu teria aceitado na hora. Mas esse não foi caso. Não iria aceitar ajudá-los ou ser ajudado por eles. – Resumindo, vocês querem que eu me junte a vocês. – Digo me aproximando das grades na cela, ficando cara-a-cara com o Sir. – Não é?

– Isso mesmo, peço que você se junte a nós. – Disse o Sir.

– Hum, por que você não pede um nome novo?

– Agora chega! Eu vou matar você.

– Entra na fila.

Isabel teve que segurá-lo para que ele não enfiar um punhal na minha barriga. Comecei a rir novamente. O Sir se retirou em passo pesados e Isabel foi com ele. Apenas Kate ficou, notei que ela não usava mais o lenço. Seu rosto era bonito e tinha um sorriso travesso.

Ela estava segurando o riso e olhava pra mim de um jeito estranho.

– O que foi? Me achou bonito? – Perguntei com sarcasmo.

– Na verdade, achei.

– Ah... – Por essa eu não esperava, senti minhas bochechas coraram. – Obrigado.

Ela puxou um banquinho e se sentou.

– De nada, então conversou com o cadáver? – Perguntou ela sorrindo.

– Não, sou muito tímido. – Digo sentando no chão, mas ela fez uma cara de “Você é louco?”. – Espera, você acha mesmo que eu vou conversar com um cadáver? Posso ser filho da Morte, mas conversar com cadáveres é a área do Nico.

– Mas cadáver era só modo de falar, ela ainda está viva.

– Ela quem?

– Ela... – Ela apontou pro corpo encostado na parede – Piper McLean, conhece?


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Notas finais do capítulo

Piper? WTF?
No próximo capitulo, vai ter muitas revelações! kkk
´Até a proxima