Já é ou já Era escrita por Anny Taisho


Capítulo 1
Capítulo Único




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Já é ou já era!


 


Edward tinha que tomar uma decisão.


                     Já é...


                                              Ou...


                                                                   Já era!


Capítulo Único


Era uma noite quente de verão, daquelas que tornam até difícil o simples ato de dormir. Em um dos quartos de um espaçoso apartamento na Cidade Central, um certo alquimista federal não conseguia dormir.


E não era por causa do irmão que estava no sul do país trabalhando em um caso e muito menos o calor...


Se bem que o calor também tinha algo a ver com isso.


Rolava para um lado, para o outro, jogava os lençóis longe e depois os puxava de volta abraçando o travesseiro e nada do sono aparecer.


- Preciso de água.


O loiro que dormia apenas com uma samba canção preta levantou-se da cama e foi para cozinha do jeito que estava e descalço.


- Que calor infernal!


Ed caminhava pela casa escura a passos largos, seu humor não estava muito e não melhorou muito após bater a canela em uma caixa que estava no meio do caminho.


- Mas que Droga!!!


Caixas, malditas caixas. Mas o que caixas estariam fazendo no meio da casa do jovem Edward Elric? Simples, Winry estava de mudança para um apartamento próprio.


E talvez esse fosse o motivo da irritação do loiro.


Há dois anos quando a avó morrer de causas naturais, Winry mudou-se definitivamente para a cidade Central, já que enquanto a velha estava viva ela ficava em um transito de lá para cá.


E agora que havia estabilizado sua oficina mecânica como uma das mais conceituadas do país, ela resolveu morar sozinha.


O que não entrava na cabeça do loiro, afinal o apartamento era muito grande e não faltava privacidade para nenhum dos dois, principalmente agora que Al, que estava de volta a seu corpo, viaja muito fazendo missões militares.


Com uma garrafa de água na mão direita que ainda era mecânica, o loiro sentou-se na bancada da cozinha.


- Privacidade... Como se faltasse isso aqui. Olha o tamanho desse apartamento!


O Fullmetal caminha para a sacada do apartamento onde se escora no parapeito e passa a olhar a rua vazia.


- Você vai ficar doente se continuar a tomar esse vento.


Uma voz delicada veio de trás do loiro.


- Com esse calor? Não é perigoso!


- Vai nessa!


A loirinha caminha até o mesmo parapeito e se escora ao lado dele.


- O que está fazendo acordada?


- Meio difícil dormir com você andando pisando pesado, tropeçando nas caixas e xingando alguns nomes feios.


- Desculpe, não queria te acordar.


- Que nada, não estava dormindo tão bem assim... Esse calor está de matar!


Ela escora as costas no parapeito e levanta os fios loiros. Os anos só haviam feito bem a mecânica. Aos vinte dois anos tinha curvas muito bem definidas, um rosto perfeito, tudo ressaltado pelo jeito meigo e genioso dela.


- Você não vai mesmo desistir dessa idéia?


- De novo não, Ed!


Ela caminha até uma cadeira grande de madeira que era forrada por algumas almofadas e se senta colocando os pés em cima da mesa que tinha ao lado.


- Fala sério! Não tem motivo para você ir embora daqui!


Ele se senta na cadeira do outro lado da mesa redonda.


- Eu vou repetir: Eu quero o meu espaço e te dar o seu. Mesmo sendo grande esse apartamento acaba nos tirando um pouco de liberdade.


- Eu ainda acho que é burrice.


- Ache o que quiser!


Ela ajeita a blusa do baby doll de malha que vestia.


- Você viu a quantidade de estrelas no céu... Não é todo dia que vemos um céu assim por aqui.


- Mas não chega nem perto do céu de Rizempool.


- Isso não. O céu de lá é único.


Os dois ficam em silencio por alguns minutos observando as estrelas.


- Vou dormir!


- Vai lá, Ed, vou ficar aqui por mais algum tempo.


- Boa noite... Maluca.


Um sorrisinho malvado brota nos lábios do rapaz.


- Chibi!


- Chibi é quem tem um metro e sessenta.


- Sou normal!


- Sei...


Ed volta para o quarto e se deita na cama de novo, mas não obtêm muito sucesso, então resolve tomar banho, um banho bem gelado para ver se o calor passava.


Como o chuveiro do seu quarto estava quebrado e ele não tinha lembrado de arrumá-lo, teve de ir para o banheiro que ficava no corredor.


- Nota mental: Arrumar a porcaria do chuveiro!!


Sem muita demora o loiro retira a samba canção e entra debaixo da água gelada que causa um choque com sua pele quente


- Vamos Ed, tem que ter alguma coisa que você pode dizer a ela que a fará mudar de idéia!!!


No fundo, o Fullmetal não entendia porque estava tão irritado pelo fato dela resolver se mudar para outro lugar. Afinal, eram jovens e certamente ela gostaria de viver sua vida sem o irmão para ficar de butuca no que ela fazia ou deixava de fazer.


Peraí, desde quando eram irmãos??


Podiam ter sido criados como tais, mas Winry não era sua irmã e já fazia algum tempo que não a olhava dessa maneira.


Só uma coisa ficava no vácuo, se não a olhava como irmã, a olhava como?


- Kami-sama...


Fechou os olhos procurando a resposta, no entanto, sua mente foi invada com imagens da loirinha, pelo perfume doce e delicado que ela usava, pelo som de sua voz...


- Droga! Como eu pude ser tão idiota?!


Edward estava indignado com a própria falta de percepção sobre si mesmo. Quantas noites dormiu mal ao ter sonhos com ela, não que fossem pesadelos, mas eram cenas que queria viver com ela.


Mas o que fazer a essa altura do campeonato?


Havia feito uma descoberta aos quarenta e cinco do segundo tempo. Seja o que fosse fazer tinha que ser logo e rápido.


Ed saiu debaixo do chuveiro, enrolou a toalha em volta da cintura e saiu do banheiro a procura dela.


Tudo ou nada!


Ali e agora!


Imediato e conclusivo!


O corpo ainda molhado ia deixando um rastro por onde passava e ele pouco se importava com isso.


- Winry!


Ela que voltara a se escorar no parapeito o olhou confusa. O tom da voz dele havia saído mais alto que o normal e vê-lo caminhando só de toalha em sua direção a deixou levemente desconcertada.


Sabia muito bem o que sentia por ele, mas já não tinha esperanças, tanto que já havia tido namorados e pequenos casos a procura de uma cura para aquele sentimento.


- O que foi?


Ela não obteve uma réplica, Edward apenas a puxou pelo braço fazendo o pequeno corpo ir de encontro ao seu e lhe deu um beijo avassalador.


- O... O... O... O que... O que foi isso?


Ela estava meio zonza e atordoada com aquilo.


- Eu te amo, não quero que você vá embora. Por isso estava tão irritado com essa sua atitude, não quero que você tenha uma vida sem mim por perto, eu quero fazer parte da sua vida.


U-A-U!


Essa a única palavra que conseguia descrever seu susto, jamais esperou uma atitude assim dele.


Edward Elric se declarando desse jeito?


Não era uma coisa comum, na verdade, era extraordinário.


Suas pernas estavam moles, sua voz não saia da garganta e a intensidade com que aqueles olhos a olhavam era fuzilador.


Ele esperava uma resposta que ela não conseguia dar, tanto tempo esperando alguma reação dele e quando a reação vem ela não conseguia nem falar o próprio nome, quanto mais aquela palavrinha com três letras: Sim.


- Já é ou já era, Winry! Se você disser que não quer nada comigo eu não vou nunca mais chegar perto de você, mas se você disser o que eu quero ouvir...


Aquela voz fazia todo seu corpo reagir, mas a fala ainda não saia.


- ...Sim.


As três letras mais difíceis de dizer em toda a vida.


Ele não havia feito pergunta verbal nenhuma, mas aquele sim satisfazia sua curiosidade.


Ela era dele, ou melhor, seria dele!


Mais uma vez a puxou para junto de si para outro beijo, só que desta vez a diferença de temperatura entre os corpos fez com que ela se arrepiasse.


- De hoje você não me escapa!


Dito isso e o loiro levantou a loira no colo, coisa que não foi difícil devido ao fato dela não ser pesada e de que o braço mecânico absorveu todo o peso, enquanto as pernas dela se apertavam em volta de sua cintura.


- O que te fez perceber isso tudo?


- Sei lá! A idéia de você ir embora!


No meio do caminho para o interior do apartamento, Ed acabou por escorregar na água que ele mesmo deixou pelo caminho fazendo-os cair no sofá pelo encosto.


- Te machuquei?


- Não...


Os olhares se encontraram de uma maneira intensa, não se levantariam dali. Ficariam ali passariam a primeira noite juntos naquele sofá.


O que aconteceu ali, não era da conta de mais ninguém além do casal que já não se importava com o dia que já começava a clarear.


Nada mais importava, estavam juntos e isso era o suficiente.


Fim


Hallo pessoas!!


Mais uma EdWin para me redimir da última em que eu cruelmente matei a loirinha.


Queridos leitores, não virei  a casaca, ainda amo e sou hiper fã de royai, mas isso não quer dizer que de vez em quando eu não possa escrever de outros casais.


Espero que gostem e comentem.


Kissuss


Riizinha!!


 


 


 


 


 


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