Perfeitamente Imperfeitos escrita por Danny Winchester


Capítulo 26
De Casa Nova


Notas iniciais do capítulo

oooi, como estão? Primeiro, eu queria agradecer pelos comentários deixados e por fazerem meu esforço para escrever aquela cena, valer a pena. Segundo, eu queria desejar feliz Natal para todo mundo já que eu não posto amanhã nem quarta, então Feliz Natal e tudo de bom. Beijos e espero que gostem.
PS: Eu adorei escrever esse capitulo.



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Andrei e Pietro subiram com a última caixa de coisas minhas para o apartamento, enquanto minha mãe e eu tentávamos arrumar algumas coisas no meu quarto para deixar a cama dormivel já que a maioria das caixas que eu trouxe era de coisas sensíveis e se eu deixasse no chão do jeito que eu sou atrapalhada, quebraria tudo. Os meus dois livreiros não havia entrado no quarto, então todos os meus 160 (sem contar os que ainda estavam em casa) estavam todos empilhados em cima ou caídos pela cama. Como eu vou conseguir organizar tudo isso?

–Isso é um quarto ou um deposito? – Andrei ri.

–Não ri da minha desgraça, Andrei! – eu brigo com ele.

–O que importa é que arrumemos logo espaço para as coisas de cima da cama para que ela possa dormir hoje à noite ou ela poderia dormir em casa e voltar amanhã para arrumar tudo – minha mãe diz.

–É melhor que eu fique para me acostumar logo – digo despretensiosa.

–Pois é – Pietro fala. – Sarah mora aqui do lado, ela vem ajudar a arrumar as coisas assim que chegar em casa.

–Então tá – minha mãe dá de ombros. – Eu sabia que deveria ter jogado todas essas coisas fora aproveitando quando você foi passar aquele final de semana fora com as meninas.

–São coisas importantes para mim – suspiro.

–A maioria são fotos Melanie. Não poderia manter tudo em álbuns ao invés de porta-retratos? – A Sra. Martins suspira e balança a cabeça.

Depois de muita discussão, nós quatro conseguimos colocar a metade das coisas no lugar no meu quarto. Depois de muito esforço Pietro e Andrei colocaram meus livreiros para dentro e eu consegui arrumar os meus bebês no lugar, assim como os porta-retratos nas prateleiras de vidro que foram distribuídas pelas paredes que estavam na cor de roxo escuro. Minha mãe e Andrei foram embora quase oito horas e Pietro foi comprar comida, enquanto eu me jogava embaixo do chuveiro. Para minha infelicidade meu quarto não tem banheiro, mas para minha felicidade o banheiro da casa é ao lado do meu quarto. Saio do banheiro e ouço um barulho na cozinha, vou até lá e vejo que o Pietro voltou com a comida.

–O que você comprou? – pergunto chegando perto dele.

–Meu Deus, Mel! Você tem um sensor que indica presença de comida no local? – Pietro ri ainda de costas para mim. – É sushi.

–Hm, a Mel gosta – eu sorrio e ele se vira para mim.

–Você está ostentando com esse roupão – Pietro se aproxima de mim, segura meu rosto entre as mãos e me beija.

–E você está fedendo seu sujo – eu ri e o empurro. – Vai tomar um banho Martins.

–Você é muito má Anjo, acaba com as esperanças de um cara – Pietro faz bico.

–Você é muito tarado – eu faço careta. – Você tem que tomar banho.

–Como eu já disse uma vez, eu tenho que te beijar – ele me puxou pela cintura de novo, mas dessa vez me segurou forte e eu envolvi meus braços em seu pescoço. – Te beijar é como respirar, a gente não tem muita opção no assunto.

–Eu te dou quantos beijos quiser, mas só quando você tomar banho – eu lhe dou um selinho demorado. – Porquinho.

–Você é mandona – ele resmunga de cara feia e sai andando para o banheiro.

Eu riu e olho em volta. O apartamento é grande, a sala é espaçosa e todo o apartamento é na cor vermelha, menos o quarto dele que é azul escuro e o meu que é roxo escuro. Na sala tem uma TV de Led grande, um sofá muito fofinho cinza, uma cadeira estofada vermelha e uma estante com os livros da faculdade e filmes do Pietro e uma varanda. A cozinha é em inox e vidro, não tão grande como a sala, mas ainda sim grande. O resto do apartamento são os quartos, o banheiro e outro quarto que o Pietro usava para socar as bagunças.

Vou para o meu quarto, deixo a porta escorada e começo a procurar alguma roupa de dormir nas malas abertas no chão do quarto. Vou arrumar elas amanhã no pequeno closet do quarto. A primeira coisa que eu encontro é a camisola branca de seda com a cintura de renda. É meio pretenciosa para se usar hoje, mas eu estou com preguiça demais para procurar outra coisa. Meu celular começa a tocar em cima da cama e eu me sento para olhar quem é. Desconhecido. Enzo.

Quando ele vai me deixar em paz? Deixo o celular lá e vou para a cozinha. Abro a geladeira e vejo que só o que tem é: pizza industrial, hambúrguer de microondas, Coca-Cola, cerveja e Nutella.

–Meu Deus, Pietro, eu tenho que fazer compras! Como você vive a base dessas coisas? – eu grito para ele e tudo que ouço é a sua risada quando o chuveiro é fechado.

–Você chegou a menos de um dia e já que mudar minha fonte de nutrientes? – Pietro diz entrando na cozinha terminando de abotoar a bermuda.

–Ah, não, a sua não! Por mim você pode morrer diabético ou hipertenso com o colesterol acima das nuvens, to preocupada é comigo, porque apesar de eu gostar de noventa por cento dos itens da sua geladeira, eu preso minha saúde também – eu balanço a cabeça fazendo biquinho e ele me puxa pela cintura até ficar colada nele.

–Agora eu mereço um beijo seu Srta. Sou saudável? – ele arqueia uma sobrancelha e mostra a língua.

–Não, você merece pimenta nessa sua boquinha linda – eu o dou um selinho e mordo seu lábio inferior, recebendo um gemido de aprovação dele.

–Se eu ter que tirar a pimenta dos seus lábios eu não me importo nenhum pouco. – Pietro sorri safado e me beija. O desgraçado consegue me desarmar só com um beijo. Suas mãos percorrem minha cintura e depois uma delas sobe até a minha nuca enquanto a outra ainda me segura fortemente contra seu corpo. Eu acaricio seu rosto e bagunço seu cabelo molhado.

–Okay, eu estou com fome – me afasto dele sem ar.

–Você adora cortar meu barato Devito – ele diz igualmente ofegante.

–Eu adoro comer, isso sim – me solto dos braços dele e me sento em uma das cadeiras da mesa.

–E eu adoro você – ele se aproxima de mim, me dá um beijo na testa e senta ao meu lado. Meu coração esquenta quando eu ouço ele falar isso e um sorriso involuntariamente enorme se forma nos meus lábios.

–Eu também adoro você seu futuro diabético idiota – sorrio e solto um beijo estralado para ele que ri.

Nós comemos o sushi, eu faço brigadeiro para a sobremesa e deixo a louça para o Pietro lavar enquanto fico escorada na bancada da cozinha comendo o brigadeiro e olhando para a suas costas bronzeadas e levemente arranhadas da noite de ontem. Um rubor enorme me vem as bochechas quando eu vejo as marcas da minha unha na pele dele.

–Isso deveria ser ao contrário – ele reclama. – Você é a mulher, tem que lavar a louça.

–Isso é muito machista da sua parte – digo indignada.

–Machista não, justo. Você sujou, você lava – ele vira para mim e me dá uma piscada com seus lindos olhos verdes.

–Você também vai comer, então como eu já fiz, você lava – dou de ombros.

–Eu só vou poder comer se você deixar sobrar alguma coisa ai e eu não estou confiante nisso – ele ri.

–Mentira! – eu esbravejo.

–Você comeu metade – ele diz enquanto termina guardar o último copo dentro do armário.

–Então ainda tem a outra metade – eu ri e ele se aproxima de mim me olhando sedutoramente, tira a tigela de brigadeiro da minha mão e me pressiona contra a bancada com o quadril, eu arregalo e estou prestes a falar alguma coisa quando sua boca captura a minha. Não existe nenhum pensamento sensato na minha cabeça quando ele me levanta e me coloca sentada na beirada da bancada, ficando entre as minhas pernas enquanto me beija explorando cada canto da minha boca. Com certeza se eu estivesse em pé eu já teria me derretido com o calor que irradia desse beijo. Pietro e eu separamos o beijo ofegantes e eu encosto a minha testa na sua enquanto ele está de olhos fechados e suas mãos me apertam.

–Meu Deus, Anjo! Você me deixa louco – ele afunda o rosto na curva do meu pescoço.

–O sentimento é reciproco – eu ri e olho para a mesa onde vejo nossos biscoitos da sorte. – Não comemos os biscoitos da sorte.

Pietro se afasta de mim, pega os biscoitos e volta, me entrega o meu e eu rasgo o pacotinho, quebro o biscoito e tiro a mensagem de dentro.

–Você que sempre abriu o coração, pode estar muito perto de ganhar um coração aberto – eu digo lendo a mensagem e logo em seguida comendo um pedaço do biscoito.

–Tudo que você precisa é amor - Pietro diz lendo o dele e arqueia uma sobrancelha.

–Essa mensagem chegou atrasada porque você já o tem – eu digo e Pietro sorri largamente para mim.

–Bom saber – ele me dá um selinho e come o seu biscoito.

Nós fomos para sala e o Pietro se sentou no sofá comigo em seu colo com o prato de brigadeiro na mão. Ele comeu a metade do brigadeiro sozinho.

–Mel, eu vou casar com você só por causa desse brigadeiro – ele suspira.

–E quem disse que eu me casaria com você? – faço cara de desdém e ele coloca uma colher de brigadeiro na minha boca.

–Claro que casaria, todas casariam comigo se eu pedisse – ele diz simplesmente.

–Da vontade de te bater para você deixar de ser convencido – eu o olho indignada e ele ri.

–Da vontade de te amarrar na minha cama e não te deixar sair de lá nunca mais para você deixar de ser linda – ele sorri galanteador. – Mas então casa comigo ou não casa? Porque se não quiser casar eu vou ter que te contratar para ser a cozinheira da minha casa, mas se casasse comigo quem teria sorte era você. Ter Pietro Martins como marido não é para qualquer uma não.

–Eu creio que mereço coisa melhor, mas se quando eu tiver trinta e dois anos e não estiver casada, eu caso com você – brinco e como outra colher de brigadeiro.

–E quem disse que eu vou estar te esperando? – ele faz bico.

–Eu apenas sei – pisco rindo.

–Então tá certo, vamos casar daqui a dezesseis anos – ele ri.

–Não acredita que eu vou me casar daqui para lá? – faço careta para ele.

–Não, porque eu não vou deixar. Vou espantar todos os caras que chegarem perto de você – ele diz e beija meu pescoço.

–Seria mais simples você dizer que quer casar comigo – eu sorrio feliz.

–Sarah e Eric vão para Petrópolis nesse final de semana, quer ir? – ele pergunta mudando de assunto.

–Claro – digo. – Gosto de Petrópolis e nossos pais não vão poder negar já que passamos metade das férias enfurnados em casa cuidando da Penny.

–Então eu vou avisar a eles que nós vamos – Pietro sorri e eu me viro para ele, colocando cada perna de um lado.

–É estranho – eu digo.

–O que? – ele beija minha bochecha e eu fecho os olhos gostando.

–Isso. Nós dois. Eu apaixonada. Quer dizer, eu já estive apaixonada antes com o Nick, mas não é como eu me sinto com você. O que eu sinto por você é mais forte, me consume e é estranho para mim me sentir assim. Sem mencionar o fato que eu te achava insuportável.

–Você acabou de tirar as palavras da minha boca. Eu pensava que você era uma garota mimada e nisso eu acertei, mas quando a Manuella e o meu pai me disseram que eu ia ter que ficar com você, eu amaldiçoei o dia que eles se conhecerem – Pietro abre um sorriso tímido que não é fácil de ser visto.

–Então somos dois - eu ri e o beijo.

E com esse beijo eu acabo na cama dele.


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Notas finais do capítulo

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