Perfeitamente Imperfeitos escrita por Danny Winchester


Capítulo 19
Apenas Atração


Notas iniciais do capítulo

ooi, tudo bom?
Só para avisar, esse capitulo e o próximo prometem ser muito emocionantes para quem gosta e quer ver o casal Mietro (Melanie&Pietro) juntos. Mietro foi ideia da minha leitora linda né Mary Benevides?
Espero que gostem, beijos.



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E a situação podia ficar mais constrangedora? Claro que podia. Enquanto o elevador descia, Isabela agarrava o Pietro enquanto ele tentava conversar com ela e eu estava quase abrindo as portas do elevador e me jogando de lá, mas para minha sorte o elevador chegou ao térreo, eu corri de lá e esbarrei no neto mais velho da Doroteia, o Nathan que tem uns dezoito anos e é um dos garotos mais bonitos que eu já vi.

–Melanie – ele sorri.

–Nathan – sorrio. – Que bom te ver.

–Digo o mesmo – ele me olha. – Está ainda mais bonita do que da última vez que te vi, não sei como é possível.

–Obrigada – coro. – Você não está nada mal também.

–Estou arrasadoramente lindo – ele pisca rindo.

–Com certeza – ri.

–Mel... – Pietro me chama do outro lado, ele está com uma cara de ‘tira essa louca de cima de mim’, viro a cara e volto a olhar para o Nathan.

–Que tal você me mostrar o lugar? – pergunto para o Nathan.

–Adoraria – ele sorri.

–Vamos lá – Nathan me da o braço e eu envolvo minha mão nele. Dou uma olhada para trás e vejo o Pietro suspirando e falando alguma coisa para a Isabela que apenas revira os olhos ri e o abraça. Olho para frente e sorrio.

–Então, já tá aqui há quantos dias? – olho para o Nathan.

–Cheguei ontem. – ele diz. – A tia Olivia está ficando louca e esqueceu um monte de coisa em casa, para a sorte dela eu ainda estava lá e trouxe tudo. Eu só deveria vir para cá hoje.

–E onde vai ser o casamento? – pergunto.

–Lá atrás, perto da piscina – ele sorri. – Agora me conta sobre você. Como está? Faz uns dois anos que eu não te vejo.

–Eu estou bem, meu namoro perfeito acabou, minha mãe está casada com um cara muito legal e muito feliz, então também fico muito feliz, vou para faculdade no começo do mês e vou dividir o apartamento com o idiota que estava se agarrando com aquela menina – sorri.- E você como vai?

–Eu estou bem, terminei o namoro porque a minha ex-namorada está grávida, disse que era meu, mas o teste de DNA negou e é de um amigo meu – Ele deu de ombros. - Estou estagiando no editorial de uma revista de esportes e comprei um carro novo.

–Sua vida parece estar muito boa tirando o negocio da sua ex com seu amigo – falo.

–É, está ótima – ele sorri. – Nós devíamos sair um dia desses.

–Concordo e a sua avó iria ficar louca de felicidade – sorrio.

–Sem dúvida ela iria – ele diz. –Hm, Mel?

–Sim – olho para ele.

–Posso ser seu acompanhante no jantar mais tarde? – ele pergunta.

–Claro – sorrio empolgada.

–Te pego no seu quarto então – ele diz.

–Vou esperar – sorrio.

...

Passei a tarde inteira com o Nathan e não vi o Pietro em nenhum momento, provavelmente se meteu em um quarto com a namorada. Já está quase na hora do jantar, então resolvo me arrumar. Tomo um banho demorado e relaxante, depois me enrolo no roupão, seco o cabelo, faço baby lis, faço a minha maquiagem clara com batom rosa claro e sombra branca com iluminador.

Uma batida na porta e ela se abre. Corro para dentro do banheiro e fecho a porta. Ótimo, eu estou apenas com um roupão me cobrindo e alguém invadiu o meu quarto.

–Melanie? – A voz do Pietro em chama.

–Você está louco? Isso é invasão de privacidade, saí daqui agora seu idiota – grito.

–Não! Eu estou bravo com você – ele diz.

–Eu estou me arrumando Pietro – choramingo. – Me da às coisas que estão em cima da cama.

–Vem aqui pegar – sinto pela voz dele que o desgraçado está sorrindo.

–Eu juro que se você não me der essas coisas agora eu passo a minha cera depilatória na sua cabeça, nas suas pernas e nas suas sobrancelhas e saio arrancando tudo sem dó alguma – rosno.

Abro a porta e coloco a cabeça do lado de fora. Pietro já está arrumado para o jantar com uma calça jeans escura e camisa formal branca com as mangas até o ombro. Ele pega as coisas na cama e me entrega, mas não antes de dá uma olhada na minha lingerie.

–Renda branca? Aprovo – ele sorri.

–Idiota – grito com raiva. – O que você quer aqui?

–Eu quero fazer você pagar pelo que me fez passar hoje – ele diz.

Fecho a porta, tiro o roupão e coloco a lingerie. Coloco a parte de cima do meu Top Cropped de renda e depois a saia que fica pouco acima do joelho e é colada e coloco uma sapatilha transparente de bico prateado. Saio do banheiro e Pietro olha para mim de olhos arregalados.

–Como estou? – pergunto.

–Está linda – ele sorri.

–Obrigada – digo.

–Ainda estou bravo por me deixar lá sozinho com aquela louca – ele suspira.

–Bom, e eu estou me sentindo desinformada por você não ter me dito que tinha uma namorada quando me beijou duas vezes – enfatizo a parte que digo que ele me beija. - E ficou com aquela garota que eu esqueci o nome dela.

–Isabela não é minha namorada – ele revira os olhos.

–Então você deveria falar isso para ela – sorri, pego meu perfume na mala e coloco em mim.

–Eu já falei – ele coloca as mãos no rosto. –Ela fala que é porque eu tenho medo de compromisso. Só porque ela foi à garota que eu já fiquei por mais tempo, ela acha que eu a amo.

–Não consigo visualizar o dia que você vai amar uma garota – eu ri. – Ela vai ter que ser especial mesmo.

–É o que eu espero – ele sorri para mim. - Não quero me apaixonar por qualquer uma, não vou namorar com qualquer uma. Ela tem que ter tudo o que as outras não têm, tem que ser especial, me fazer rir e temos que passar momentos bons juntos.

–Nossa – eu sorrio.

Batem na porta e eu vou abrir. Nathan está lá parado com a mesma roupa que o Pietro só que sua camisa é azul marinho. Seu cabelo loiro está para trás, o que o deixa com cara de sexy e mais velho.

–Você está linda – Ele sorri. –Está pronta?

–Obrigada – sorrio. – Estou. Só um minuto.

Olho para o Pietro que ergue as sobrancelhas quando vê o Nathan lá. Ele levanta da cama e passa por mim para fora do quarto. Pego o cartão e vou com o Nathan. Pietro fica sozinho lá no corredor nos olhando.

Nathan e eu vamos para o sollarium e lá está lindo. Um monte de mesas com toalhas brancas, um monte de luzes iluminavam lá e puffs de coração estavam espalhados.

–Vamos sentar ali – Nathan me leva para uma mesa afastada perto do parapeito de vidro. Ele afasta a cadeira para eu sentar e depois a empurra para frente. Eu ri.

–O cavalheirismo ainda não morreu – eu digo.

–É bom fazer parte dos que mantém isso – ele sorri

–Com certeza – sorrio.

–Então, aquele garoto do seu quarto... – ele fala. - Vocês são o que?

–O Pietro? – ri. – Ele é filho do marido da minha mãe.

–Hm, Okay – ele me olha.

Dando gritinhos e chamando a atenção Isabela chega para o jantar. Ela está com um vestido dourado de paetê com decote coração, plataformas altíssimas pretas e um coque bem feito e ao seu lado Pietro. Ela acena entusiasmada quando me vê e puxa o Pietro pela mão até aqui e se sentar ao meu lado.

–Mel, que linda você está – Isabela diz me dando um beijo na bochecha.

–Obrigada, você também – forço um sorriso.

–Não vai apresentar Mel? – Pietro pergunta e olha para o Nathan.

–Esse é o Nathan. Nathan esses são o Pietro filho do marido da minha mãe como eu já disse e essa é a Isabela o amor da vida dele e futura esposa – eu sorrio maliciosa.

Pietro me fuzila com o olhar e Isabela abre seu sorriso enorme e beija o Pietro.

–E então como vocês se conheceram? – pergunto cínica e sorrio para o Nathan que entende o jogo.

–Pois é, eu ia perguntar a mesma coisa – Nathan fala para Isabela.

–Ai meu Deus, foi lindo – ela da um gritinho. – Estávamos na festa e então o Pietro me olhou e foi amor à primeira vista. Você lembra bebê? Foi assim, era meu aniversário de vinte e um anos, eu saí para comemorar com as amigas... – Isabela continua a história por mais meia hora e assim é o jantar.

...

–Não! Não é a mesma coisa sua idiota – eu digo enquanto tiro a roupa do jantar de hoje e jogo no chão perto da cama.

–É quase – Sophia ri do viva-voz do meu celular – Quem diria hein? Melanie gostando do Pietro.

–Eu não gosto dele – esbravejo. – Sentir atração é bem diferente de estar gostando.

–É tudo a mesma coisa – ela diz. – O que importa é que você está super atraída por o Pietro. Há duas semanas eu diria que isso não poderia acontecer de jeito nenhum, quer dizer, ele é muito gato e gostoso demais para uma pessoa só, mas você não o suportava.

–Ele não é tão ruim como eu pensava – coloco minha camisola de seda branca com a parte da cintura toda de renda e amarro meu cabelo em um coque.

–Mas me fala, duas semanas, gostoso, saídas, beijos e novos sentimentos – Soph enfatiza as últimas quatro palavras. – Você não sente nada mais que atração?

–Não... – sussurro e sento na cama.

–Melanie, eu te conheço desde que usávamos fraldas e as únicas coisas que conversávamos no berço era ‘ah e ahaha’, você pode ser sincera comigo – Soph suspira.

–Eu não sei – choramingo. – Espero que não e também não tem como eu sentir algo por ele só nessas duas semanas.

–Vocês se conhecem há anos, você que nunca enxergou ele como agora – ela diz. – E sim, você pode gostar de alguém em duas semanas, você não pode amar alguém em duas semanas, eu acho – ela diz em duvida.

–Não frita com a minha cabeça Sophia – brigo com ela.

–Você tem que descobrir como se sente sobre ele Melanie. Se for só atração você está bem, se for mais que isso você é uma vadia ferrada – ela ri.

–Obrigada pelas palavras adoráveis de apoio – resmungo.

–Você sabe que pode contar comigo para tudo não é amor? – ela ri.

–Você é meu carma – digo.

–E eu te amo – Soph ri.

Alguém bate na porta, desligo o viva-voz do celular, coloco na orelha e vou abrir a porta. E lá está Pietro parado na minha frente.

–Soph, eu vou desligar, te vejo no domingo, beijos – desligo o celular.

–Vem comigo? – Pietro pergunta.

–Para onde?- olho para ele desconfiada.

–Confia em mim – ele estende a mão.

...

–Você está louco? É tipo, meia noite. – olho para ele.

–Nunca é tarde para um passeio de canoa – ele sorri e me ajuda a entrar nela.

–Está escuro, a gente não vai ver nada – eu digo.

–Calma Devito – ele diz.

Pietro pega os remos e começa a remar para saímos para do lugar, eu só fico sentada de frente para ele olhando. A canoa é bem estreita e parece que virar a qualquer momento.

–Nós vamos cair – eu estremeço.

–Não vamos não! – ele suspira.

Pietro parou a canoa no meio do lago e colocou os remos escorados no barco. Olhei para a lua, estava linda, brilhando e as estrelas também. Não se podiam ver as estrelas assim nas luzes da cidade, mas aqui parece que eu estou vendo de perto de tão lindas que são. Eu adoro ver as estrelas, sempre gostei. Meu pai tinha uma fazenda no interior, sempre íamos lá, só eu e ele, deitávamos na grama e olhávamos as estrelas. Minha mãe não gostava disso e esse provavelmente foi um dos motivos do divorcio dela e do meu pai, tirando é obvio o fato de que ele se revelou bissexual. Meus pais tiveram um divorcio amigável e sempre que o meu pai está na cidade ele e a minha mãe saem para um almoço ou algo assim.

–É lindo – falei ainda olhando para o céu.

–É demais – Pietro sussurrou e quando olhei para ele vi que ele estava olhando para mim.

–É melhor a gente voltar – murmuro.

–Tudo bem – ele diz.

Ele tenta pegar um dos remos, mas o remo escorrega, ele pega o outro e coloca para dentro para não cair enquanto ele se inclina para tentar pegar o outro. Eu riu da situação dele lá, riu até a canoa começar a balançar.

–Pietro, vamos cair – eu digo.

–Calma, só mais um pouquinho e eu consigo... - ele diz e então nós viramos.

A água gelada do lago bate na minha pele como facas me cortando e eu estremeço quando tiro a cabeça da água.

–Pietro – grito. – Eu falei.

–Você falou – ele ri.

–Eu estou congelando e encharcada – choramingo.

–Eu te ajudo a subir no barco, vem – ele sorri.

Ele vira o barco e eu chego mais perto para ele me ajudar a subir. Pietro coloca as mãos na minha cintura e eu nos seus ombros para me apoiar, ele me impulsiona para cima e com o tecido fino e super deslizável da minha camisola, ela também vai para cima quando eu subo no barco.

–Muito bonita a vista daqui – Pietro ri.

–Idiota – suspiro e arrumo a camisola.

...

Chegamos ao andar dos nossos quartos e eu giro a maçaneta, mas a porta não abre.

–Droga – reclamo.

–O que foi? – Pietro vira para me encarar.

–Eu esqueci o cartão lá dentro – digo.

–Vai na recepção vê se eles conseguem outro – ele fala.

–Não tem ninguém lá se você não viu e mesmo que tivesse eu estou com uma camisola de seda branca e que agora graças a você, transparente – esbravejo.

–Pode dormir no meu quarto – ele oferece.

–Durmo aqui no corredor mesmo – suspiro.

–Você está louca? – ele franze a testa.

–Não.

–Entra naquele quarto.

–Eu vou dormir aqui.

–Entra na droga daquele quarto.

–Não.

Pietro revira os olhos e me pega no colo com a maior facilidade do mundo. Fecha a porta com o pé e coloca o cartão na entrada, as luzes e o ar condicionado se ligam.

–Você é chato – resmungo.

–Eu sei – ele sorri.

Pietro vai até a mala, pega uma roupa e entra no banheiro. Sento na cama e me abraço por conta do frio. Pietro saiu do banheiro com uma calça de moletom e totalmente enxuto.

–Deixei uma camiseta para você em cima da pia – ele diz.

Vou até o banheiro e encontro dobrada em cima da pia uma blusa de manga comprida e enorme. Tiro a minha camisola e jogo no chão, me enxugo e faço o possível para tirar o máximo possível de água das minhas roupas intimas. Coloco a blusa quentinha e enorme que tem o cheiro delicioso do perfume dele e volto para o quarto. Pietro está escorado na cabeceira assistindo TV, quando me vê ele sorri e faz sinal para que eu vá para cama. Acanhada eu deito e puxo o edredom até o pescoço.

–Obrigada pela blusa – olho para ele. – Mas eu ainda te odeio.

–De nada – ele ri. – E eu sei que você não me odeia.

E não odiava mesmo.

–Eu vou dormir – bocejo.

Pietro desliga a TV, escorrega na cama e deita também. A única luz que tem no quarto é a da lua que entra pelas frestas da cortina.

–Você é diferente – ele sussurra.

–Porque eu não quero o seu corpo nu em cima de mim? – pergunto rindo.

–Não! – ele ri também. – Você simplesmente é... Diferente.

–E isso é bom? – pergunto.

–É ótimo.

Eu fecho os olhos e durmo com as palavras dele ecoando no meu ouvido.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e comentem.



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