O Conde escrita por Renata Ferraz
Notas iniciais do capítulo
Gostaria de agradecer a todos e não aguentei tive que postar outro hoje rsr
A escrava gritava desesperadamente diante do corpo inerte da condessa, todos na mansão se assustaram com os gritos e foram ver o que tinha acontecido, Carlos Daniel ficou em choque quando viu o corpo de Paola sem vida e com tantas perfurações, quando viu o punhal no chão na mesma hora colocou a mão no bolso e percebeu que não tinha nada, aquele punhal no chão era o seu.
Um dos escravos foi correndo chamar o delegado, Rodrigo e Luciano ficaram acalmando os convidados, não podiam deixar ninguém ir embora provavelmente o delegado ia querer interrogar todos.
Edmundo cobriu o corpo da condessa com um lençol.
E assim passaram a noite todos assustados e curiosos.
Assim que o sol nasceu o delegado chegou de carruagem com o escravo e foi correndo para o quarto da condessa, ele ficou pasmo com o que viu e na mesma hora pegou o pequeno punhal de prata e começou a comparar as perfurações com o objeto e constatou que o punhal realmente era a arma do crime.
Delegado Merino: Este Punhal é daqui pelo que vejo, tem o brasão símbolo do conde.
Carlos Daniel: O punhal é meu senhor delegado. Mas eu não matei minha esposa.
D. Merino: Isso só as investigações que vão dizer, mas até que se prove o contrario, todos inclusive o senhor são suspeitos. Me arrume um quarto com uma mesa, vou fazer os depoimentos aqui mesmo, aproveitando que a maioria dos suspeitos ainda estão pela casa.
Carlos Daniel: Será providenciado.
O delegado resolveu chamar um por um dos convidados e começou por Carlos Daniel.
D. Merino: Senhor conde, quando foi que viu sua esposa viva pela última vez?
Carlos Daniel: Eu não me lembro muito bem, eu bebi muito ontem, mas acho que foi no salão na hora do brinde, um pouco antes da queima de fogos.
D. Merino: Depois disso, o senhor não esteve mais com ela?
Carlos Daniel: Não senhor.
D. Merino: Como o punhal veio parar aqui? Um punhal desses ainda mais com um brasão deve ficar muito bem guardado.
Carlos Daniel: Eu não sei, a casa estava cheia, qualquer um poderia pegar.
D. Merino: Por hora isso é tudo senhor conde, provavelmente voltaremos a conversar.
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Assim que Carlos Daniel saiu Leda entrou.
D. Merino: Milady Duran Bracho, quando foi a ultima vez que a senhorita viu a vitima?
Leda: Na hora de brinde delegado.
D. Merino: e depois?
Leda: Depois ela saiu correndo do salão.
D. Merino: Mas por qual motivo a aniversariante abandonaria a própria festa no momento do brinde?
Leda: A condessa nunca foi flor que se cheire e meu primo havia descoberto suas traições e no meio do brinde falou algumas verdades para ela.
D. Merino: Que tipo de verdades?
Leda: Que ela era uma vagabunda.
D. Merino: É verdade que o conde estava muito bêbado ontem?
Leda: Sim é verdade, se ele estivesse sóbrio nunca a teria colocado em seu lugar.
D. Merino: E a senhorita se dava bem com a condessa?
Leda: Eu a detestava.
D. Merino: Isso é tudo por enquanto senhorita.
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Depois de muitos depoimentos dos demais convidados, o delegado já estava cansado de escutar a mesma história.
D. Merino: Senhora Patricia Bracho, quando viu a condessa viva pela ultima vez?
Patricia: No salão, na hora do brinde senhor delegado.
D. Merino: Acho que alguém não está cooperando.
Patricia: Senhor delegado eu confesso que eu detestava a Paola, mas matar? Eu nunca faria isso.
D. Merino: Isso é tudo por enquanto senhora.
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Rodrigo, Luciano, Edmundo, Douglas, Willy e Estephanie deram seus depoimentos e em nada ajudaram o delegado até que chegou a vez de Donato.
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D. Merino: Senhor Donato D’angeli, quando o senhor viu a condessa viva pela última vez?
Donato: no salão senhor, no momento do brinde.
D. Merino: Ninguém me conta nada de diferente?
Donato: Eu a vi discutindo com o conde mais ou menos uma hora antes do brinde.
D. Merino: Conte-me tudo.
Donato: Eu estava procurando minha filhinha Isadora e sem querer abri a porta da biblioteca quando os dois estavam lá, ele estava segurando nos braços da condessa dizendo que ia mata-la.
D. Merino: Sério? E depois o que aconteceu?
Donato: eu pedi desculpas e sai, a condessa também saiu e voltou para o salão.
D. Merino: E o conde?
Donato: Só o vi na hora do brinde, aparentava estar muito embriagado.
D. Merino: Obrigado senhor Donato, o seu depoimento ajudou muito.
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D. Merino: Senhor conde precisamos conversar.
Carlos Daniel: Já tem algum suspeito senhor delegado?
D. Merino: Sim, o senhor! Sei que vocês discutiram e que o senhor a ameaçou e depois a insultou diante de todos no salão na hora do brinde.
Carlos Daniel: Eu confesso, descobri que ela me traia com os escravos na manhã antes do aniversario e meus irmãos e amigos sempre tentaram me contar mas eu nunca acreditei, quando fui chamá-la para conversar ela estava ofendendo da forma mais baixa possível minha família e meus amigos, eu contei a ela que já sabia de tudo, meu sangue ferveu, eu disse que ia mata-la, estava com raiva, mas assim que ela saiu eu bebi para me acalmar, eu não a matei.
D. Merino: Foi o senhor mesmo que disse que não se lembrava direito porque estava bêbado, poderia te-la matado e usado isso como álibi.
Carlos Daniel: Eu não matei minha esposa!
D. Merino: Senhor conde só não vou prende-lo agora porque as investigações ainda não terminaram e eu não tenho provas o suficientes contra o senhor e também devido ao seu titulo, mas depois que eu provar que o senhor matou sua esposa nem mesmo o titulo poderá protegê-lo.
Carlos Daniel: Vou provar que não matei minha esposa.
D. Merino: Por hora eu estou indo embora, meus policiais levarão o corpo para a investigarmos mais o caso, depois que liberarmos o senhor pode enterrar sua esposa.
O delegado foi embora deixando o conde arrasado, a condessa o tinha traído, mas ele ainda a amava e nunca teria coragem de matá-la por mais que quisesse fazer, como quis na noite passada.
Carlos Daniel: Eu vou descobrir quem matou Paola!
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Quem matou Paola?