O Conde escrita por Renata Ferraz


Capítulo 6
Começam as investigações


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer a todos e não aguentei tive que postar outro hoje rsr



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A escrava gritava desesperadamente diante do corpo inerte da condessa, todos na mansão se assustaram com os gritos e foram ver o que tinha acontecido, Carlos Daniel ficou em choque quando viu o corpo de Paola sem vida e com tantas perfurações, quando viu o punhal no chão na mesma hora colocou a mão no bolso e percebeu que não tinha nada, aquele punhal no chão era o seu.

Um dos escravos foi correndo chamar o delegado, Rodrigo e Luciano ficaram acalmando os convidados, não podiam deixar ninguém ir embora provavelmente o delegado ia querer interrogar todos.

Edmundo cobriu o corpo da condessa com um lençol.

E assim passaram a noite todos assustados e curiosos.

Assim que o sol nasceu o delegado chegou de carruagem com o escravo e foi correndo para o quarto da condessa, ele ficou pasmo com o que viu e na mesma hora pegou o pequeno punhal de prata e começou a comparar as perfurações com o objeto e constatou que o punhal realmente era a arma do crime.

Delegado Merino: Este Punhal é daqui pelo que vejo, tem o brasão símbolo do conde.

Carlos Daniel: O punhal é meu senhor delegado. Mas eu não matei minha esposa.

D. Merino: Isso só as investigações que vão dizer, mas até que se prove o contrario, todos inclusive o senhor são suspeitos. Me arrume um quarto com uma mesa, vou fazer os depoimentos aqui mesmo, aproveitando que a maioria dos suspeitos ainda estão pela casa.

Carlos Daniel: Será providenciado.

O delegado resolveu chamar um por um dos convidados e começou por Carlos Daniel.

D. Merino: Senhor conde, quando foi que viu sua esposa viva pela última vez?

Carlos Daniel: Eu não me lembro muito bem, eu bebi muito ontem, mas acho que foi no salão na hora do brinde, um pouco antes da queima de fogos.

D. Merino: Depois disso, o senhor não esteve mais com ela?

Carlos Daniel: Não senhor.

D. Merino: Como o punhal veio parar aqui? Um punhal desses ainda mais com um brasão deve ficar muito bem guardado.

Carlos Daniel: Eu não sei, a casa estava cheia, qualquer um poderia pegar.

D. Merino: Por hora isso é tudo senhor conde, provavelmente voltaremos a conversar.

-

Assim que Carlos Daniel saiu Leda entrou.

D. Merino: Milady Duran Bracho, quando foi a ultima vez que a senhorita viu a vitima?

Leda: Na hora de brinde delegado.

D. Merino: e depois?

Leda: Depois ela saiu correndo do salão.

D. Merino: Mas por qual motivo a aniversariante abandonaria a própria festa no momento do brinde?

Leda: A condessa nunca foi flor que se cheire e meu primo havia descoberto suas traições e no meio do brinde falou algumas verdades para ela.

D. Merino: Que tipo de verdades?

Leda: Que ela era uma vagabunda.

D. Merino: É verdade que o conde estava muito bêbado ontem?

Leda: Sim é verdade, se ele estivesse sóbrio nunca a teria colocado em seu lugar.

D. Merino: E a senhorita se dava bem com a condessa?

Leda: Eu a detestava.

D. Merino: Isso é tudo por enquanto senhorita.

-

Depois de muitos depoimentos dos demais convidados, o delegado já estava cansado de escutar a mesma história.

D. Merino: Senhora Patricia Bracho, quando viu a condessa viva pela ultima vez?

Patricia: No salão, na hora do brinde senhor delegado.

D. Merino: Acho que alguém não está cooperando.

Patricia: Senhor delegado eu confesso que eu detestava a Paola, mas matar? Eu nunca faria isso.

D. Merino: Isso é tudo por enquanto senhora.

-

Rodrigo, Luciano, Edmundo, Douglas, Willy e Estephanie deram seus depoimentos e em nada ajudaram o delegado até que chegou a vez de Donato.

-

D. Merino: Senhor Donato D’angeli, quando o senhor viu a condessa viva pela última vez?

Donato: no salão senhor, no momento do brinde.

D. Merino: Ninguém me conta nada de diferente?

Donato: Eu a vi discutindo com o conde mais ou menos uma hora antes do brinde.

D. Merino: Conte-me tudo.

Donato: Eu estava procurando minha filhinha Isadora e sem querer abri a porta da biblioteca quando os dois estavam lá, ele estava segurando nos braços da condessa dizendo que ia mata-la.

D. Merino: Sério? E depois o que aconteceu?

Donato: eu pedi desculpas e sai, a condessa também saiu e voltou para o salão.

D. Merino: E o conde?

Donato: Só o vi na hora do brinde, aparentava estar muito embriagado.

D. Merino: Obrigado senhor Donato, o seu depoimento ajudou muito.

-

D. Merino: Senhor conde precisamos conversar.

Carlos Daniel: Já tem algum suspeito senhor delegado?

D. Merino: Sim, o senhor! Sei que vocês discutiram e que o senhor a ameaçou e depois a insultou diante de todos no salão na hora do brinde.

Carlos Daniel: Eu confesso, descobri que ela me traia com os escravos na manhã antes do aniversario e meus irmãos e amigos sempre tentaram me contar mas eu nunca acreditei, quando fui chamá-la para conversar ela estava ofendendo da forma mais baixa possível minha família e meus amigos, eu contei a ela que já sabia de tudo, meu sangue ferveu, eu disse que ia mata-la, estava com raiva, mas assim que ela saiu eu bebi para me acalmar, eu não a matei.

D. Merino: Foi o senhor mesmo que disse que não se lembrava direito porque estava bêbado, poderia te-la matado e usado isso como álibi.

Carlos Daniel: Eu não matei minha esposa!

D. Merino: Senhor conde só não vou prende-lo agora porque as investigações ainda não terminaram e eu não tenho provas o suficientes contra o senhor e também devido ao seu titulo, mas depois que eu provar que o senhor matou sua esposa nem mesmo o titulo poderá protegê-lo.

Carlos Daniel: Vou provar que não matei minha esposa.

D. Merino: Por hora eu estou indo embora, meus policiais levarão o corpo para a investigarmos mais o caso, depois que liberarmos o senhor pode enterrar sua esposa.

O delegado foi embora deixando o conde arrasado, a condessa o tinha traído, mas ele ainda a amava e nunca teria coragem de matá-la por mais que quisesse fazer, como quis na noite passada.

Carlos Daniel: Eu vou descobrir quem matou Paola!


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Notas finais do capítulo

Quem matou Paola?