Eu e meu irmão estavamos seguindo Sr. Alecto dentro do Labirinto, Sr. Alecto estava na sua forma humana, ele parecia mais um advogado, ele ficou quieto até uma parte da viagem, só paramos quando Nico começou a reclamar de cansaço, Sr. Alecto levava uma mochila, dentro dela começou a tirar duas barracas, não iria perguntar como pois ele me daria uma resposta que não iria entender. Depois de um tempo meu irmão adormeceu, levei-o até uma barraca e o deixei lá, Alecto estava de guarda, ele não queria que nada de mau acontecesse conosco, o chamei para conversar, ele se transformou em humano.

-O que era aquilo lá no Cassino? Por que nós estavamos lá?

-Não posso lhe dizer agora, tudo vai se esclarecer quando for a hora certa! Agora vá dormir, você parece cansada.

 Ele estava certo, eu me sentia como se não tivesse dormido a setenta anos, me levantei e fui até outra barraca e dormi. Fazia tempo que eu não sonhava, no meu sonho, eu estava num lugar quente, sentada numa rocha e ouvia gritos em baixo de mim, tentei olhar para baixo, mas era muita claridade me cegava toda vez que tentava olhar, uma mão tocou minha cabeça, mas quando virava não havia nada, ouvi uma voz vindo do fundo.

-Quanto tempo... Estava ficando com saudades.

 Essa voz me lembrava de alguém, meu pai, virei me rápidamente, mas novamente não havia ninguém. Fiquei triste por um tempo, mas a voz continuava a conversar comigo, me senti criança novamente, quando meu pai sentava e começava a conversar comigo. Depois de um tempo conversando, eu ouvi meu irmão me chamar, a cada grito, parecia mais alto, até que eu acordei com meu irmão me balançando, não entendi nenhuma palavra do que ele tinha me falado, eu ainda estava acordando. Até que ele que puxou para fora da barraca e vi fogo.

 -Armadilhas do labirinto, seu irmão acionou uma... -Disse Sr. Alecto.

-NICO!

-Desculpa, eu sou curioso você sabe disso!

-Certo, mas agora como vamos sair daqui?

-Deve ter alguma coisa que reverta isso! -Disse Alecto.

 Olhei para cima e vi uma alavanca, mas era muito alto, acho que nem Alecto conseguia voar até aquela altura, mas avistei uma "escalada" que dava naquela alavanca, mostrei para Nico e Alecto, eles não podiam arriscar, então fui, Alecto me alertou que o labirinto não ia deixar uma alavanca livre para desarmação, fiz um sinal que sim para ele e comecei a subir, no começo não havia nada, mas quando cheguei numa parte, havia dois apoiamentos, pensei comigo que um deles era uma armadilha, uma voz do fundo da minha cabeça disse que era para ir para a direita, eu não tinha esolha ou seguiria a voz ou não saber o que fazer, fui para a direita, quando pisei na pedra da direita, uma lança saiu da esquerda, Nico gritou, falei que estava bem. Quando cheguei na metade do caminho, havia novamente uma "encruzilhada", Nico gritou que era para ir para a esquerda, mas a voz falou novamente que era para ir para a direita, fiquei confusa por um tempo, não sabia em qual confiar, no meu irmão ou na voz que eu não sabia quem era. Me arrisquei, fui na direita, e a pedra da esquerda explodiu, olhei para Nico com um olhar furioso. Quando cheguei perto da alavanca, a pedra que estava apoiada, começou a descer, se eu não subisse em outra pedra acabaria morrendo, comecei a subir rapidamente, cada pulo que eu dava conseguia chegar cada vez mais perto da alavanca. Quando estava perto o bastante para conseguir puxar a alavanca, pulei e consegui segura-la, ela desceu, fazendo as chamas pararem, não sabia como fazer para descer.

-Bianca pule, eu vou te pegar... -Disse Alecto.

 Sem pensar duas vezes, eu pulei, fechei os meus olhos para não ver o que aconteceria depois, só senti quando Alecto me segurou, ele me colocou no chão, Nico correu para me abraçar, Alecto fez um sinal que era para segui-lo.

-Estamos chegando...

 Depois de um tempo caminhando, Alecto nos mostrou uma  entrada, não sabiamos se estaria de noite ou de dia, enquanto estavamos dentro daquele labirinto não tinhamos noção de tempo, ouviamos gemidos enquanto andavamos pelo labirinto, como se alguem estisse sendo devorado por algum monstro, Alecto pediu para um de nós podia abrir aquela porta, passei minha mão no sinal de Dédalo, a porta brilhou e se abriu, enquanto isso, ele se transformava em humano novamente.

-Crianças, não poderei mais ficar com vocês, minha missão era trazer vocês aqui, o resto será com vocês...

-Por favor Sr. Alecto, não se vá! -Implorou Nico.

-Desculpe Nico, mas são ordem do patrão...

 Nisso a porta do Labirinto de Dédalo se fecha, e Alecto e vai junto com ele. Quando nos viramos, havia um homem bem elegante na nossa frente junto com  uma mulher.

-Sou o Dr. Espinheiro, sou o professor desta escola.