Safe And Sound escrita por GarotaDoValdez


Capítulo 21
Capítulo 21 - Nunca me deixe.


Notas iniciais do capítulo

A fanfic está quase acabando...
fiquem com esse triste capitulo
boa leitura amoras.



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Levanto-me sozinha, porém sinto falta de ser acordada por alguém.

Olho para frente e vejo duas sombras sentadas mais a frente na caverna. Sei que são Josh e Harry, e estão conversando, porém não consigo ouvir bem sobre o que é. Tento me aproximar, mas sei que um dos dois pode ouvir.

Não ligo.

Engatinhar é mais difícil, depois dos cortes que Emma e Marie fizeram em mim. Eles doem demais, e como aquele remédio de antes já acabou, tenho quase certeza de que os machucados estão super inflamados.

Não ligo.

Chego perto dos meninos depois de alguns minutos, e eu sei que me ouviram porque pararam de conversar. Sei também que viraram a cabeça uma ou duas vezes, para observar meu progresso e para me mostrar que eu faço muito barulho quando machucada.

– O que você está fazendo acordada? - Josh me pergunta, quando me sento desajeitadamente atrás dos garotos. O sol brilha no meu rosto.

– Agora eu não posso mais acordar? Preferiam que eu morresse? - digo, esfregando as mãos nos olhos.

– Óbvio que não! - ele responde. - Só esperávamos que você estivesse com mais sono, e que a imaginação te prendesse da realidade.

– O que tem a realidade? - estou meio grogue, então não entendo muito bem o que o loiro diz.

– A realidade é a morte. - finalmente Harry fala alguma coisa. - Aqui fora você está nos Jogos Vorazes.

– Eu sei. - murmuro. Agora compreendo o que Josh disse. E, por mais que eu queira voltar a dormir, não posso me prender aos meus sonhos, principalmente porque, nos meus sonhos, Aiden, Amy, Piper, Lexy, Julie, Fllyn, Emma e Marie estão vivos. E eu não estou numa arena com eles. Mas tenho que enfrentar a realidade, por pior que ela seja.

– Então... tenho permissão para saber do que vocês estavam falando antes de eu fazer muito barulho? - pergunto, depois de um tempo de silêncio.

Josh e Harry se entreolham. Conheço esses olhares. Usava com Diana quando não queríamos contar algo à minha mãe.

– Entendi, não precisam me falar...

– Não, tá tudo bem. - diz Harry, ainda olhando para Josh. Finalmente desvia os olhos claros para mim. - Estávamos falando sobre quem sobrou na arena. Somos nós três, Laureen e o menino do 11.

– Quem é Laureen? - pergunto, estranhando o nome.

– Laureen Berristain. Veio comigo para cá. - o garoto responde. Ah, a carreirista do 4.

– E por que vocês estavam falando sobre isso? - sigo com as perguntas, sem medo. Se não estivesse tão sonolenta, não as faria sem pensar antes.

– Porque estávamos especulando quem morreria primeiro entre os que sobraram. - agora Josh fala. Sua voz treme um pouco. - E nós achamos... - ele demora demais para falar. - ... que talvez seja você.

– Vocês acham!? - tento soar cômica, mas eles sabem que estou ofendida. Não que eu tenha alguma chance de ganhar, mas os meninos não deveriam ser tão duros comigo. - Eu tenho absoluta certeza. Se vocês quiserem, podem me matar aqui e a agora. Sou um peso morto para vocês.

– Não, não é. - Harry me assegura, me puxando para o meio dele e de Josh. - Cada um tem suas habilidades, e quanto maior o tempo que ficarmos na aliança, melhor.

Afirmo com a cabeça.

***

Decidimos não ficar na caverna por muito tempo.

Além de me trazer lembranças ruins, ficar no lugar onde Josh matara alguém provoca calafrios. Voltamos a andar pelo pântano, e andamos por muito, muito tempo.

Uso esse tempo para pensar na minha família. Lembro primeiro do rosto do meu pai, a voz melodiosa e reconfortante, capaz de me deixar feliz mesmo que quisesse sumir. Em seguida minha mãe, que me ajuda sempre que preciso, e sempre vem com uma solução infalível. Preciso da ajuda dos dois aqui. Talvez assim poderia sobreviver.

Penso depois em Hope e Layla, minhas pequenas. Provavelmente doeria menos se elas não existissem, mas sem elas eu não seria nada. Tão inocentes, tiveram de saber de uma força da Capital tão grave...

E todos eles estão me assistindo agora, provavelmente pedindo aos céus que eu sobreviva, enquanto observam e analisam cada movimento que eu faço, cada coisa que realizo, cada erro que cometo.

Terie, Shawny, Elsyn e toda a equipe de preparação também assistem. Não sei se eles pedem para que eu sobreviva, mas devem estar torcendo para mim, agora que Aiden se foi, agora que sou a única representante do Distrito 5 na arena.

Tantas pessoas me observando, torcendo por mim, acreditando em mim, depois de todas as promessas que quebrei e erros que cometi. Mas sinto no meu coração que vou morrer e os pedidos dessas pessoas serão inúteis.

Depois de duas horas pensando na minha família e na minha equipe, Josh e Harry falam que vão parar para descansar, então sentamos no musgo, perto de uma árvore alta. Consigo ouvir o som do pequeno córrego ao longe. Estou com sede.

Como se meus pensamentos fossem lidos, Harry tira uma garrafa de água de uma das nossas duas mochilas (uma delas foi abandonada na cadeia de montanhas). Abre-a, e a dividimos. Há muito pouco conteúdo nela, então acaba rápido.

Estamos discutindo sobre buscar água no riacho quando outra mudança térmica ocorre. A temperatura fria sobe de repente, e sinto vontade imediada de tirar a blusa térmica.

É o que eu faço, mas em seguida apuro os ouvidos, e com horror percebo que meus aliados estão muito quietos. Jogo a blusa para o lado e olho primeiro para Harry. Seu rosto mostra espanto, virado para o outro lado, o lado de Josh.

Viro-me para o menino, e o olhar de espanto de Harry aparece no meu rosto.

O menino do 3 está imóvel. Os olhos abertos em terror, o corpo sem fazer nenhum movimento. Nem a boca está aberta, e o peito dele não sobe e desce como deveria.

De súbito, o menino fica mole, e cai. Os olhos abertos, o corpo esparramado no musgo. Não fez nenhum barulho ao cair.

Ajoelho-me na frente dele, olhando diretamente para seus olhos.

– Não, Josh. - murmuro. - Não...

O barulho alto do canhão não deixa o resto da frase ser ouvida. Não que precise.

Josh morreu por choque térmico.

Dessa vez não permito lágrimas saírem dos meus olhos. Já chorei demais, já mostrei que sou fraca. Mas isso não me impede de pegar a mão do menino morto e a apertá-la bem forte. Ela está latejante na palma, porém gelada nas costas, mas não ouso soltar. Não é como se eu fosse esquecê-lo.

– Josh, não se esqueça de mim... - digo, baixinho. - Não se esqueça de mim e eu não vou me esquecer de você.

Sinto uma mão puxando meu braço.

– Temos de ir. - diz Harry, a voz forte reverberando no meu ouvido. - Deixar Josh.

Na menção do nome do tributo, a voz forte fraqueja. Deixo a mão de Josh, pego uma das mochilas e sigo o meu último aliado.

***

Estamos refugiados em uma espécie de cubículo demarcado por quatro árvores muito juntas. Essas árvores dão uma ótima perspectiva da cornucópia.

Eu e meu aliado observamos juntos, parados, o chifre imóvel. Não há ninguém lá, e a boca está praticamente vazia.

Imagino quando será o banquete, que basicamente consiste em um anúncio feito por Claudius Templesmith, no qual fornece informações sobre uma “festa”. Nessa festa, há um objeto que cada tributo na arena precisa desesperadamente, e nosso dever é pegar esse objeto. Geralmente há muito derramamento de sangue nesses banquetes.

Se eu sobreviver até lá, do que eu precisaria? De um pano, para secar o rosto? De um remédio para meus machucados? De água? Não sei. Só queria descobrir.

Queria sobreviver.

– Faith. - Harry me chama.

– Sim? - respondo.

– Se eu morrer, você vai lembrar de mim? - o menino pergunta. - Vai ficar triste? Nunca vai me esquecer?

– Sempre, sempre vou lembrar de você, assim como vou lembrar de todos na aliança. - respiro fundo. Que perguntas difíceis. - Obviamente vou ficar triste, sempre fico, certo? - rio um pouco, para descontrair. - Mas por que a pergunta?

– Porque eu queria que você soubesse a razão de eu ter feito a aliança com você e com Lexy. - o menino responde. O assunto me agrada, então faço um gesto para ele prosseguir. - Você participou de todas as estações de sobrevivência?

Faço que não com a cabeça, lembrando de outra promessa que quebrei. Prometi à minha professora que passaria por todas as estações.

– Uma delas explicava tudo sobre alianças. - continua Harry. - Explicava o porquê de criar uma aliança, as vantagens e as desvantagens. Uma das razões para criar uma aliança era formar um grupo bem grande de aliados, cuja maioria é fraca, e quando apenas dois sobrarem, você os mata e ganha os Jogos.

Sei que meu rosto expressa terror. Mas o garoto não para a explicação.

– Você e Lexy são mais fracas do que eu. Achava que teria de matar vocês duas, mas não posso. Tento parecer o mais forte possível, mas não consegui matar ninguém. E se tiver de matar alguém, tenha certeza que não vai ser você. - O menino toca meu ombro suavemente. - Formar a aliança foi um erro, e nunca me desculparei por ter feito você se sentir tão mal ao ver aquelas pessoas mortas.

Fico em silêncio, por falta do que responder. Harry me usara, usara aos outros, porém os outros morreram e agora ele percebeu que sentiria falta daquelas pessoas, então não vai mais me usar? Devo perdoá-lo? Será que ele pediu desculpas?

Silêncio é sempre a melhor opção. Ou mudar de assunto.

– Durma. - digo, observando as olheiras fundas. - Nunca vi você dormir desde que chegou na arena.

– Ah, eu dormi sim, umas... - o loiro para por uns instantes. - Acho que 5 horas, ao todo.

– Então durma agora. - digo novamente, impondo mais força. - Por favor.

– Mas e se alguma coisa acontecer? Eu não me perdoaria.

– Vai ficar tudo bem. Se algo acontecer, prometo que vou te acordar. - começo a tirar meu saco de dormir da mochila. - Agora fecha os olhinhos, vai.

Rimos juntos. O garoto se acomoda e em menos de 5 minutos entra em sono profundo. O mundo poderia cair, e mesmo assim ele estaria dormindo, mesmo que negasse. Com os olhos fechados assim, não parece que a cor de suas íris é verde-azulada. Parece que será castanho quando abri-los. O rosto sonolento do menino me proporciona calma, mas não ouso dormir. Não ouso...

***

– Atenção tributos, atenção.

– Não estava dormindo! - exclamo, abrindo os olhos.

– Amanhã de manhã teremos um banquete. - continua a voz longínqua de Claudius Templesmith. - Todos aqui tem algo que precisam desesperadamente, e seremos felizes em dar presentes a vocês. Amanhã de manhã, na Cornucópia.

Ainda bem que acordei bem na hora do anúncio do banquete. E ainda bem que Harry não notou que o fiz, por estar dormindo profundamente. E claro, ainda bem que nada aconteceu enquanto eu cochilava.

Fico em silêncio por alguns minutos. A noite já caíra, nenhum tributo fora morto. É uma questão de horas até o banquete. E terei de ir até lá.

Revejo quem ainda está na arena: eu, Harry, a carreirista do 4 e o menino bruto do 11. E se ele for um carreirista também? Seria uma coisa nunca antes vista em qualquer edição dos Jogos Vorazes. Mas nunca foi impossível, pois qualquer um pode treinar e se oferecer, tanto nos distritos ricos quanto nos mais pobres.

Encaro a Cornucópia. É bem grande, porém não me assusta mais. Não é como se eu nunca estivesse em contato com ela.

De súbito, lembro-me do dia que entrei dentro dela. Do dia que conheci o menino do 11. O dia em que peguei as facas e a espada.

Abro a mochila mais perto de mim e vasculho pelas minhas facas. Com sorte, as acho. São pequenas, como as que usei no treinamento. Será que ainda tenho mira para lançá-las? Foco no centro da árvore mais distante de mim, respiro fundo e atiro as facas. Uma, duas, três.

As três param uma ao lado da outra, bem no centro da madeira que mirei. Ok, ainda tenho precisão o bastante para usá-las.

Fico atirando até Harry acordar. Nada demais acontece, então deixo o garoto confortável. Já está quase amanhecendo, reconheço, pela brisa fria que bate nos meus braços nus. Visto logo a minha camiseta.

– Faith... - diz o garoto ao meu lado, meio sonolento. - Aconteceu alguma coisa?

– Não, exatamente... - respondo. - Apenas o banquete foi anunciado, nada demais.

Espero que ele não tenha entendido. Falei rápido de propósito. Porque se Harry for para o banquete comigo, provavelmente vou terminar tendo de matá-lo. E eu não quero fazer isso.

– O banquete? - o menino segura meu ombro com força para se levantar. - Por que não me chamou na hora que anunciaram? Quando vai acontecer?

– Hoje. Daqui a pouco. - não posso mentir.

– Preciso me arrumar. - ele diz, se lançando para frente para pegar a espada. - Posso usar?

– À vontade. - respondo, e então seguro em seu braço, demandando atenção. Meu aliado vira para me encarar. Pigarreio e prossigo. - Você não vai. Eu vou.

– Ficou louca!? Eu vou! - Harry olha para mim incrédulo, como se achasse minha ideia idiota. - Você que vai ficar aqui, todo mundo sabe que eu sou mais forte...

– Exatamente. - interrompo-o. - É exatamente por isso que eu vou. Assim não sobra mais nenhum fraco na arena. E vai ser uma vitória justa.

– Faith, não faz isso, tá bem? - o menino segura meus dois ombros agora, largando a espada. - Eu não quero que você tenha a crise da fraqueza agora. Você tem que ganhar para ser uma vitória justa. Eu quero que você pare com isso de se culpar toda hora, por favor, você sabe que você tem capacidade. Mas eu quero que você fique aqui. Por mim. Por mim você fica?

Pondero por alguns minutos. O sol começa a aparecer, primeiro lentamente, depois de uma vez só. Já está na hora do banquete.

– Eu... - começo, mas sufoco. Não posso ficar, e não posso ir. - Eu fico. Mas se alguma coisa acontecer, eu corro para te ajudar.

– Não vai precisar. - diz Harry. Ele me dá um abraço forte, reconfortante. É um dos melhores abraços do mundo, um daqueles protetores. Antes do menino se soltar, suspiro um “espere” no ouvido dele. Ele afasta a cabeça para olhar nos meus olhos, mas não tira as mãos das minhas costas.

– Se... - engulo em seco. - Se um de nós morrer agora, preciso que você me diga adeus. - sinto as lágrimas se formando, assim que olho nos olhos molhados de Harry. - Pelo menos alguém tem que dizer.

– Faith... - Harry seca minha bochecha. - Hum... Adeus. Assim?

– Adeus, Harry. - o abraço mais uma vez, e então murmuro mais uma coisa no seu ouvido. - Nunca vou te esquecer.

O garoto sorri pra mim, os olhos cheios de lágrimas.

– Nunca me deixe. - ele diz.

Faço que não com a cabeça. Em seguida o menino pega a espada e anda em direção a Cornucópia. Lá apareceu uma mesa com quatro pacotes. Um deles tem o número do meu distrito.

Tudo está indo bem, meu aliado parece confiante, e a área ao redor da mesa está completamente deserta. Até o musgo aos meus pés parece não existir mais, tamanho o silêncio. Mas... O que é aquilo? Oh, não.

Numa questão de segundos a calmaria se transforma em caos. O menino do 11 que aparecera atrás da Cornucópia grita, um grito estridente, e se joga contra Harry. Os dois caem no chão enquanto assisto em horror. Os dois rolam, até meu aliado jogar o outro garoto para longe e se levantar, a espada em mãos, pronto para atacar. O garoto do 11 segura uma espada também. Ele já está segurando seu pacote.

Lanço-me para frente, saltando para fora do meu esconderijo. Seguro uma das minhas facas na minha mão. Não ouso chegar perto, mas sei que preciso.

Principalmente agora....

NÃO!

O garoto do 11 lança a espada em direção a Harry, e meu aliado, ao perceber tal movimento, atira sua própria espada no inimigo. Assisto apenas as sombras de ambos meninos, mas a cena produz a mesma agonia em mim do que se eu estivesse a centímetros dela.

A lâmina atravessa o peito de Harry de fora a fora. Da mesma forma que a lança entrara em Aiden. Mas como defesa, a espada que meu aliado lançara atravessa completamente o pescoço do garoto de 11 e cai longe dele.

E os dois canhões disparam quase no mesmo segundo.

Quando estou de volta a mim, estou correndo, correndo o mais rápido que posso com minhas pernas curtas, chorando mais forte do que deveria, em direção ao corpo morto de meu último aliado.

Chego e me jogo contra o tórax de Harry. Tiro a espada de seu estômago com pavor, mas sinto que preciso fazer isso. Choro contra o lugar em que o coração do garoto costumava bater, e não sinto a respiração, como esperava. A cena dói no meu coração, bem, bem doído mesmo. Claro que não chega nem perto da dor da perda de Aiden, mas dói de qualquer forma.

Aiden. Harry me lembrava Aiden vagamente. Perder ambos é a pior sensação do mundo.

Em prantos, me levanto e e me jogo contra a mesa do banquete. Com Harry morto ou não, preciso saber o que foi que me mandariam, e o que mandariam para meu aliado também.

Para facilitar, o nome do menino foi escrito atrás do seu pacote, para não haver confusão. Acho que isso nunca acontecera em outra edição dos Jogos.

Seguro os pacotes forte, enquanto me sento ao lado do corpo inerte do garoto do 4, como se eu fosse mostrar para ele os presentes. Como se ele fosse vê-los.

Abro o dele primeiro. É um cantil de água e uma outra embalagem de plástico. Há um relógio dentro, junto com um papelzinho, cujos dizeres são “Conte os segundos, já está acabando. -J”

“J” deve ser alguém da equipe de Harry. Os dizeres me emocionam um pouco, então seguro o relógio e prendo-o ao pulso do morto ao meu lado.

Tá. Agora é a minha vez.

Desembalo o pacote com precaução, para descobrir três embalagens separadas. Uma é um tubo comprido, a outra uma espécie de papel quadrado fininho e um paralelepípedo pequeno.

Dentro do cilindro há quatro papéis.

“Só quero que saiba que, independente das promessas, te amo. -T”

“Espere um pouco, dor passa rápido. -S”

“Brilhe minha flor, você vai ganhar! -E”

“Confiamos na sua força! Se joga, linda!” -D, H e L”

Minha equipe de preparação confia em mim. Querem que eu ganhe. Mais lágrimas caem.

Em seguida pego o papel quadrado. É uma folha de plástico, com 4 pontinhos de luz grudados. Ao lado deles, uma letra E bem estilizada. Aperto a minha têmpora esquerda, sentindo que dois dos meus brilhinhos estão perdidos. Colo outros desajeitadamente e rapidamente.

Por último pego o paralelepípedo. É uma caixinha, dentro há um remédio de feridas do meu distrito e uma espécie de biscoito. Pego para ver se é comestível. Não só é, como é delicioso. Mordo mais uma vez e depois o guardo.

Era disso que eu precisava: confiança, sorte e cuidados.

Choro sorrindo, enquanto apoio minha cabeça no peito de Harry, sentindo sua pele gelada.

– Vou sentir sua falta. - digo, baixinho. Paro de sorrir, e afundo a cabeça mais sobre os músculos definidos de Harry. Vou sentir muita, muita falta.

Perco a noção do tempo que passei parada, chorando contra Harry, pensando em minha equipe, minha segunda família.

Porém uma voz forte me tira da imaginação.

– O que você está fazendo abraçada com meu parceiro de distrito, Cinco?

Diz Laureen Berristain.


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Notas finais do capítulo

Deixem seus reviews.
Não sei quando postarei outro capitulo. Pode demorar.
OBS.: após essa fanfic, criarei uma fanfic sobre Percabeth.
beijinhos.



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