–Então... é assim que acaba? – Perguntei, sabendo que a resposta seria um longo período de silêncio.

–... – Rex confirmou o que eu previ.

–Qual é! Ela era só uma garota! – Disse, ouvindo um choro baixo, mas tratei de consertar. – Ok, era sua namorada. Ok, você gostava dela. Ok, ela gostava de você... E daí? Dane-se! Se você tivesse morrido, ela iria continuar no grupo de Van Kleiss! Você não pode nos deixar agora, Rex!

–Não importa. Nada mais importa. Não ligo se os EVOs vão continuar atacando. Não ligo se Van Kleiss vai dominar o mundo. Eu quero ela de volta. – Ele hesitou por um instante. – E não será você que irá me impedir!!! – Gritou, antes de estraçalhar a porta e sair voando com um par de turbinas nas costas, com certeza criadas pelos nanites.

Ah, sim.... Já ia me esquecendo! Me chamo IA, ou, como preferir, Inteligência Artificial. Ok, não é meu nome de verdade... mas é assim que começaram a me chamar desde que entrei para a Providência. Digamos que Iris não era um nome muito adequado para uma heroína. Assim como Rex, posso controlar nanites... mas ganhei-os de um jeito meio estranho.

No dia do acidente, quando Rex ganhou os poderes, eu e Laetitia (não precisa rir do nome. Eu já sei que é horrível. Sem falar que deve ter caído um balde de doces na cabeça dela), minha amiga de infância, estávamos brincando de bonecas. Eu sei, é meio ruim para minha reputação, mas eu faço o que posso. Continuando... Estávamos bem, até que ouvimos uma explosão. Laeti correu para casa e eu disparei na direção do barulho (problemas mentais? Provavelmente concretamente afirmativamente sim). Chegando lá, havia algumas pessoas e um garoto. Um dos homens que estava lá, provavelmente o pai do menino, aplicou uma injeção no garoto... e depois, em mim. Ele deve ter achado que a explosão me atingiu também... Depois disso, não sei mais. Só conheço essa história porque achei uma página no meu bolso, cujo título era "Querido Diário". Bizarro.

–Onde ele está? – Seis interrompeu meus pensamentos.

–Tenho cara de cigana? – Falei, me arrependendo assim que ele abaixou os óculos e me olhou de um jeito estranho. – Ok, ele foi para...