As Cartas de Blair Waldorf e Dan Humphrey escrita por Odd Ellie, Odd Ellie2


Capítulo 16
07.06.2016, Boston




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Blair,

Na última vez que eu estive no apartamento do Nate eu vi uma foto do Henry (ele é um padrinho bem orgulhoso de seu afilhado, você e o seu marido fizeram uma ótima escolha nesse aspecto), ele pareceu um ótimo menino. Embora talvez o Upper East Side não seja o melhor ambiente para morar se você realmente quer que ele continue assim.

É claro que tinha uma pequena parte minha que esperava (e torcia) que você dissesse que queria que tudo tivesse sido diferente, mas eu acabei gostando da sua resposta mais, foi real, foi você.

Pode adiar as ligações Waldorf, os seus pedidos por direitos autorais não teriam muita fundação quanto ao novo livro.

Seria inútil negar que você realmente sempre foi uma fonte de inspiração bem grande no meu trabalho, a verdade é que meus dois primeiros livros foram completamente sobre você, o primeiro sobre como foi me apaixonar por você e o segundo sobre como foi te perder, as vezes é um tanto desconfortável ver as pessoas os lendo, eles parecem íntimos demais, embaraçosos demais, eles foram a maneira que eu arranjei pra tentar te superar. Se a Vanessa não tivesse roubado o primeiro livro eu tenho certeza que nunca eu teria publicado por vontade própria, e o segundo foi apenas pela minha raiva na época, sobre a monarquia de Manhattan que merecia uma lição e eu sentia que era a minha responsabilidade dá-la. O que analisando em retrospecto parece um tanto tolo, mas eu era jovem e cheio de ressentimento. Claire e Beatrice foram sobre você completamente como eu via, o melhor e o pior respectivamente, e o mais incomodo é que não serviram para os propósitos que eu queria, Henry Miller estava muito errado quando disse que o melhor jeito de superar uma mulher transformá-la em literatura, então decidi pegar outras temáticas para explorar, pais e filhos, irmãs, chefes, professores e mentores, eu não podia fazer de você a estrela de todos os meus livros, eu não podia escrever só sobre você, era demais, eu tinha que pelo menos tentar me afastar de tudo aquilo.

É claro que você ainda aparece um pouco, mas é sutilmente, as vezes sem eu nem perceber direito que eu estou fazendo, em uma garota que pensa em filmes de Audrey Hepburn procurando achar uma solução para os seus problemas, uma outra que ama a melhor amiga mas ainda assim não consegue deixar de se sentir insegura ao lado dela, ou simplesmente uma personagem fazendo outra chorar por ter vindo a escola com a roupa errada. Pequenos reflexos da sua personalidade misturados com as de outras pessoas e com a minha imaginação, mas sem nunca nem tentar fazer com que elas fossem você realmente, é o melhor para mim e provavelmente pra você também.

Agora eu estou torcendo para que a minha irmã não tenha uma idéia similar a sua quanto a direitos autorais porque a protagonista do próximo livro realmente tem um certo grau de semelhança com ela e os meus direitos autorais não são tão grandes assim.


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