Pure Love escrita por Caah-Chan


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Título da Fanfic: Pure love = Amor puro

~

Eai gente *-*'.

Vim trazer mais uma one-shot para vocês haha. Sempre quis escrever uma one com esse tema, e finalmente a inspiração resolveu bater na minha porta ;-;. Enfim, espero que gostem tanto quanto eu *-*'. Boa leitura para vocês ♥! Aah, e o Nyah tá de palhaçada com a formatação do capítulo ¬¬', sorry.



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A vida nunca fora tão corrida para mim. Agora como líder do clã, eu tinha tarefas que não me permitiam ter tempo para nada. Era desgastante ao extremo, mas ainda sim, o reconhecimento de todos do clã e principalmente de meu pai, faziam com que eu me sentisse bem com isso tudo. Sempre esperei reconhecimento daqueles que eu amo, e a sensação de ter o que eu sempre sonhei sendo realizado, era deveras ótima.

As duas pessoas que eu mais esperei reconhecimento foram meu pai e Naruto-kun. Logicamente, com meu otou-san fora demorado, mas no fim, agora eu era a melhor líder que o clã já teve, como ele dizia. Senti meu rosto esquentar ao pensar em Naruto. Apesar de parecer impossível para mim, ele havia sim me reconhecido. E fora justamente na minha luta com Neji, uma luta em que eu perdi, mas lutei com todas as minhas forças para mostrar meu potencial.

Agora havia se passado um ano que a guerra havia terminado, e eu não havia recebido uma resposta para meu ato de coragem, na luta contra o Pain, nem mesmo para minhas palavras pronunciadas na guerra, no momento em que tive a oportunidade de segurar as mãos de Naruto. Não que eu esperasse por uma retribuição. Eu sempre fui ciente que Naruto-kun amava e sempre amaria sua companheira de time.

Ainda sim, não podia impedir os sonhos que tinha todas as noites. Sonhos em que eu era retribuída, onde eu podia ouvi-lo falar que me amava e sempre estaria ao meu lado. Eram sonhos ótimos, que me faziam acordar com um sorriso no rosto, mesmo que depois o sorriso sumisse quando eu encarava a realidade. Muitas das vezes eu também tinha pesadelos, e neles eu encarava o rosto do meu amado repleto de repulsa, me dizendo que nunca gostaria de alguém tão fraca como eu. Tantas vezes acordei com o rosto repleto de lágrimas, quando tinha esses pesadelos. E nunca podia evitar concordar com o que ele dizia. Ele nunca se interessaria por alguém como eu.

Suspirei, sentindo meu peito se apertar com esse fato. Precisava de um tempo longe de todo esse trabalho do clã. Precisava de um tempo sozinha. Organizei os documentos do melhor jeito possível, para que otou-san não implicasse com nada. Levantei da cadeira, ajeitando o kimono branco com detalhes lilás no corpo, e fui em direção a porta do escritório. Caminhei pelo clã, vislumbrando o entardecer colorir o fim do dia com sua cor laranja. E foi inevitável não pensar nele novamente. Sempre fora a cor preferida dele. Sorri tristemente, aceitando o fato de que jamais poderia esquecê-lo. Amar Uzumaki Naruto era ótimo, e ao mesmo tempo maçante.

Sai pelas ruas de Konoha, respirando o ar puro e delicioso da vila. Sempre adorei caminhar pela vila, apreciando sua beleza e observando a felicidade dos moradores. Era ótimo saber que mesmo depois de tanto sofrimento com a guerra, todos estavam felizes novamente. E isso sempre me alegrou, pois sempre penso na felicidade de todos antes da minha.

Era um dos motivos do porque não esperava uma resposta de Naruto. Queria vê-lo feliz, sempre sorrindo e levando alegrias para todos como sempre. Nada mais justo do que ele ficar com quem ama, pois já tinha passado por tanta coisa na sua vida. Sempre torci pela sua felicidade, e sempre irei torcer. Meu amor nunca fora egoísta, e vê-lo feliz e completo, era a maior forma de felicidade para mim.

E desde o fim da guerra, eu evitava ter algum contato com ele, pois não queria que ele se sentisse forçado a me responder algo. E como eu sempre tinha coisas para fazer no clã, não era muito difícil sumir de vez em quando. Mesmo sabendo que poderia encontra-lo pela rua agora, eu não aguentaria ficar no clã nem mais um pouco. Precisava mesmo relaxar e tentar acalmar meus pensamentos. Observei o dia ficar cada vez mais escuro e a noite surgir, as luzes das ruas foram acesas, iluminando tudo a minha volta.

E foi quando eu o vi. Ele estava lindo como sempre, agora usava um colete jounnin com uma blusa preta de mangas cumpridas por baixo e calças pretas. Seu cabelo estava maior, se assemelhando com o de seu pai. Estava encostado em uma árvore, de olhos fechados e braços cruzados. Suspirei baixinho, observando a respiração calma e serena dele. Não estava muito próxima dele, mas o suficiente para vê-lo perfeitamente. Não entendi o que ele fazia ali parado, mas logo pude descobrir. Ele virou o rosto para me olhar, como se já soubesse que eu estava ali o tempo todo, e algo me dizia que sabia. Me encarou nos olhos, parecendo procurar algo ali, e pude ouvi-lo suspirar aliviado. Ficamos nos encarando por um tempo indeterminado, até eu desviar os olhos, totalmente corada com a intensidade do seu olhar.

Percebi pelo canto dos olhos que ele se aproximava. Meu coração disparou com isso, e imediatamente pensei em fugir. No entanto, assim que isso passou pela minha cabeça, eu vi que ele já estava a minha frente. Não tão próximo como eu gostaria, e pensar nisso me fez corar, mas próximo o bastante para me deixar evidentemente nervosa. Como eu estava com o rosto virado para o lado e de cabeça baixa, não conseguia ver qual era a expressão em seu rosto, e por isso fiquei muito surpresa quando senti seus dedos encostando em meu queixo, me fazendo elevar a cabeça e olhar em seus olhos.

Sempre me perdia naquela imensidão azul. Os olhos dele sempre demonstravam bondade, coragem, determinação, entre vários outros sentimentos que sempre admirei. Na época em que esses olhos também demonstravam dor e solidão, eu sofria junto com ele, torcendo para que ele encontrasse uma forma de ser feliz. Nada no mundo me deixaria mais feliz do que a sua felicidade.

No momento, os olhos dele demonstravam algo que eu não sabia decifrar. Nunca tinha visto esse olhar, e enquanto tentava descobrir o que se passava com ele, reconheci um sentimento que fez meu coração se apertar. Os olhos dele demonstravam tristeza. Imediatamente tentei pensar no que poderia ter acontecido para que ele se sentisse assim. Será que havia levado mais um fora da Sakura? Mesmo que me doesse pensar neles dois juntos, eu não queria vê-lo triste, torcia de verdade para que ficassem juntos. Queria que ele fosse excepcionalmente feliz, mesmo que não fosse comigo. Com o coração a mil, me atrevi a iniciar uma conversa.

– Tudo bem com você Naruto-kun? – estava tão preocupada, meu coração se apertava cada vez mais ao pensar nas possibilidades dele estar assim.

Ele não respondeu de imediato, como achei que faria. Estava torcendo para que ele abrisse um sorriso e me disse-se que estava tudo ótimo, como sempre. Queria que aquela tristeza sumisse dos seus olhos. Mas ele simplesmente continuou olhando em meus olhos, e quando pensei em falar de novo, ouvi sua voz carregada de angustia.

– Porque foge de mim Hinata?

Senti minhas pernas bambas com essa pergunta. Cairia se ele não tivesse me segurado pela cintura, ocasionando em um contato maior entre nossos corpos. Eu já respirava com dificuldade, tremendo em seus braços. Não conseguia encontrar minha voz para responde-lo, e sabia que se tentasse não sairia nada coerente. O cheiro dele embriagava meus sentidos, e eu desejei do fundo da minha alma nunca mais sair de seus braços. Levantei o rosto para encara-lo, e senti minha pulsação se acelerar mais do que imaginei ser possível, ao ver o rosto dele tão próximo do meu. Podia sentir sua respiração quente e intensa batendo contra o meu rosto, me deixando desnorteada.

– Não vai responder? – ouvir a voz rouca e grave dele tão perto, me causava múltiplos arrepios.

– E-eu... e-eu... – tentei pronunciar algo, falhando miseravelmente e me sentindo uma idiota por isso.

Senti ele estreitar os braços ao meu redor, aumentando ainda mais o contato. Me encarou seriamente nos olhos, com uma intensidade que me deixou sem ar.

– Procurei por você todo esse tempo, mas sempre que achava ter a oportunidade, você simplesmente desaparecia da minha vista – o tom de voz dele era magoado, e fez eu me sentir péssima por ter me escondido dele – Não sei o que te fiz para você ter tido esse comportamento. E por Kami, como fiquei angustiado todo esse tempo, achando que eu poderia ter feito algo ou...

– Não! – o interrompi rapidamente, conseguindo achar a minha voz em meio ao desespero de faze-lo entender – Você não fez nada Naruto-kun... – abaixei a cabeça, sentindo meus olhos arderem, e me puni mentalmente por ser tão fraca.

– Então porque se escondeu de mim todo esse tempo? – puxou meu rosto novamente para cima, me obrigando a encara-lo nos olhos, e eu pude ver um leve rubor em suas bochechas – Você não disse que me amava? – disse em um tom baixo demais e se eu não estivesse tão perto dele não teria escutado.

Me senti mole novamente em seus braços, e imediatamente ele me sustentou, intensificando o aperto em minha cintura. Meu rosto ardia de vergonha, e meu coração sairia pela boca se pudesse. Nunca imaginei que ele entraria nesse assunto, e imediatamente lembrei de meus sonhos. Mas ao mesmo tempo em que pensava nos sonhos, foi inevitável não pensar nos pesadelos também. Não poderia esquecer que ele amava Sakura, e isso era exatamente o motivo do meu afastamento. Vê-lo feliz era a prioridade, e sempre seria.

– Exatamente por isso eu me afastei – uma expressão confusa tomou o rosto dele, e eu decidi resolver logo isso de uma vez. Com sorte ele ainda teria tempo de correr para os braços da Sakura, onde encontraria a felicidade que tanto merece. Sorri tristemente pensando nisso – Quando fui tentar te ajudar na sua luta contra o Pain, e disse que te amava... – ruborizei por estar falando isso olhando em seus olhos – Eu não fui com a intenção de receber alguma resposta sua. Eu fui porque era o certo a se fazer, e porque jamais suportaria te perder assim – suspirei baixinho, criando coragem para prosseguir – E quando o ajudei a não sucumbir durante a guerra, também fiz por livre e espontânea vontade, com o objetivo de abrir seus olhos e faze-lo enxergar que não estava sozinho.

Ele me olhava evidentemente surpreso com as minhas palavras, e mesmo que me sentisse desconcertada com seu olhar intenso, eu me esforçava para falar tudo o que devia ser dito.

– Não quero que se sinta obrigado a me responder algo que não é necessário – mesmo que eu sonhe com isso, pensei tristemente – Eu quero vê-lo feliz Naruto-kun. Isso é o que realmente importa para mim. Não sou egoísta, ao ponto de forçá-lo a corresponder algo que você não sinta. Torço pela sua felicidade acima de tudo, e espero que a encontre com alguém que você ama.

Fiz o meu melhor para abrir um sorriso em meus lábios, mas percebi que provavelmente devo ter falhado, a julgar pela cara preocupada e confusa que Naruto fez. Eu me sentia quebrada por dentro, vazia. Mas ainda sim, o sentimento de que fiz o certo me preenchia. Agora ele estava livre para viver a vida dele, não precisava mais se preocupar comigo. A dor aguda que sentia em meu peito se intensificou, e eu tentava disfarçar o máximo possível o que estava sentindo.

– Eu agradeço por se preocupar comigo Naruto-kun. E agora que já esclareci tudo para você, espero não ser mais um incomodo – senti ele afrouxar levemente o aperto, e me forcei a ficar firme no chão – Bom, eu já vou indo então. Espero que seja muito feliz Naruto-kun! – disse sinceramente, olhando em seus olhos uma última vez antes de começar a andar.

Minhas pernas queriam fraquejar quando dei o primeiro passo, mas me esforcei para continuar firme, enquanto meu peito explodia de dor. Não tinha dado nem três passos, quando senti sua mão segurar meu braço. Olhei aturdida para ele, sem saber o que dizer.

– Agora é minha vez de falar – disse sério, esperando uma confirmação minha, eu apenas acenei levemente – Nesse tempo que se passou, eu pensei muito no que aconteceu. Não sabia o que falar para você quando te encontrasse, mas ainda sim eu queria conversar com você. Tentei diversas vezes como eu te disse, mas não tive a sorte de te encontrar – virei o rosto um pouco, sentindo ele quente devido a cara acusatória que Naruto direcionava para mim – Tinha certeza que quando tivesse a chance de conversar com você, saberia o que dizer. E é isso que farei agora, queira você ou não.

Se aproximou de mim, me puxando pela cintura novamente e não me deixando desviar meus olhos dos dele. Respirei fundo, tentando controlar as batidas do meu coração.

– Minha infância inteira eu vivi sem amor. Nunca tive ninguém me esperando em casa. Conforme o tempo passou, eu pude ter uma forma de amor. A amizade de todos os meus amigos, era a única forma de amor que eu conhecia. Até então eu pensava que amava a Sakura-chan, mas eu acho que por não conhecer e não ter esse tipo de amor, confundi as coisas. Sakura é como uma irmã para mim, um amor fraternal. E quando ouvi da sua boca que você me amava, mesmo que eu não soubesse como retribuir esse sentimento, eu me senti... completo.

Ouvir tudo aquilo era demais para mim. Não consegui acreditar no que estava acontecendo. Parecia mais um dos meus sonhos, e se fosse, eu não queria acordar nunca mais. Era tão irreal para mim, porque todos esses anos eu sempre acreditei que ele amava a Sakura. E descobrir que tudo não passou de um engano, chegava a me deixar zonza. Suspirei fortemente, encarando os olhos azuis que estavam mais vivos do que nunca. Ele direcionou sua mão até meu rosto, acariciando levemente. Fechei os olhos, apreciando a carícia. Quando tornei a abri-los, pude ver o rosto dele perigosamente próximo do meu, e ofeguei baixinho. Sua mão permaneceu em meu rosto, e com a outra puxou minha cintura, juntando mais nossos corpos.

– Eu não sei como retribuir esse amor que você sente por mim – ele sussurrava lentamente, me arrepiando com a sua voz rouca – Mas eu quero que me ensine Hinata-chan.

Meu coração rugia de felicidade, e agora eu tinha medo de que tudo não passasse de um sonho.

– Só posso estar sonhando... – murmurei baixinho, de olhos fechados.

Quando voltei a olhar em seus olhos, eles estavam divertidos e felizes, e em seus lábios um sorriso malicioso se formava.

– Então irei te mostrar que está bem acordada.

Logo depois eu pude sentir seus lábios roçando nos meus, e foi como se uma corrente elétrica passasse pelo meu corpo. Nos meus mais profundos sonhos, eu sempre imaginei como seria beijar Naruto. E nada se comparava a isso. O beijo começou calmo, e tímido pela minha parte, pois não sabia o que deveria fazer, e por fim me deixei ser guiada pelos lábios maravilhosos dele. Cada vez mais ele aumentava a intensidade do beijo, me apertando mais de encontro ao seu corpo, me fazendo arfar. Por mim eu jamais pararia de beijá-lo.

Quando o ar faltou, ele encostou a testa na minha, me olhando com um sorriso no rosto. Senti um sorriso bobo se formar em meus lábios involuntariamente. O amor que sentia por ele transbordando por cada parte de meu corpo. Inspirei o cheiro maravilhoso dele, fechando os olhos para apreciar o momento. Deitei a cabeça em seu peito, escutando as batidas de seu coração. Me sentia completa e realizada, mesmo que o futuro fosse incerto. Tudo o que eu queria e pensava era em viver esse momento com ele, e torcia internamente para que tivéssemos muitos outros.

– Ainda vai me amar amanhã de manhã? – escutei a voz dele sussurrando em meu ouvido, e sorri bobamente.

– Para todo sempre, Naruto-kun!

 


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Notas finais do capítulo

Para quem já viu o filme "Click", vai reconhecer o finalzinho haha *-*', amo esse filme ♥. Então, espero que tenham gostado, e até a próxima o/.


2beijos ;** :3



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