I Love My Nerd escrita por Mia Golden


Capítulo 18
Sem exageros




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Depois de uma aula cansativa de matemática, Sarah, Lory e Amber se encontraram na hora do recreio. Elas estavam passando no corredor, quando viram os meninos formando um circulo em frente a um dos armários. Oliver e Liam riam sem parar de alguma coisa que Billy estava fazendo. Curiosa, Sarah começa a se aproximar. De repente vê que Billy estava encurralando um menino contra a porta do seu armário. Sarah não acreditava no que estava vendo.

- Billy? – chama Sarah. Billy se vira para olhá-la.

- Oi querida! Só um momento – ele se vira novamente para o garoto e diz uma coisa para ele. O garoto só concorda e Billy o libera.

- O que foi? – disse Billy indo em direção a Sarah.

- O que você estava fazendo? – perguntou Sarah.

- Só estávamos conversando – disse ele.

- Conversando? Parecia mais ameaçando – disse ela cruzando os braços.

- O que é isso Sarah! Só estávamos brincando com o pequeno Mike – disse ele sorrindo.

- Mike é nosso colega! E do jeito que você fala, parece que ele está na primeira série – disse Sarah.

- Não fique brava comigo. Você sabe que eu me sinto mal quando a gente discute – disse Billy puxando Sarah mais perto para lhe beijar.

- Você sabe muito bem que eu não gosto destes tipos de atitudes, não é? – disse Sarah tentando se afastar. Mas Billy a enrolou em seus braços fortes – Não gosto quando você trata as pessoas assim.

- Me desculpe – disse Billy a beijando.

- Hey pombinhos! Procurem um lugar mais reservado! – disse Liam passando pelos dois com o resto do grupo.

Billy parou de beijar Sarah, que ficou corada com o comentário de seu primo.

- Estou perdoado? – disse Billy acariciando o rosto de Sarah.

- Humm, está bem! – disse Sarah revirando os olhos.

- Então vamos – disse Billy abraçando Sarah pelos ombros e saindo pelo corredor.

- Não esqueça que daqui a duas semanas é a festa na casa do meu avô – disse Billy – convide seus pais.

- Está bem! Não vou esquecer – disse Sarah.

Depois de largar Sarah em sua casa, Billy vai para a sua casa. Quando ele chega, sua mão vem ai seu encontro.

- Filho? Que bom que chegou! Falou com a Sarah? Ela e seus pais virão à festa? – perguntou a mulher.

- Claro que sim – disse Billy se jogando no sofá.

- Oh Deus! São tantas coisas para preparar. Estou nervosa – disse ela também se sentando.

- Mãe? Eu só quero ver quando o papai ganhar as eleições deste ano. Como é que você quer ser primeira dama, se sempre vai estar assim – disse Billy.

- Eu sei – disse ela suspirando – começamos a pouco com isso e eu ainda não me acostumo com a idéia.

- Não percebeu ainda mamãe, depois que o papai se tornar prefeito, você vai ter tudo o que quiser – disse Billy se aproximando.

- Algo como isso é muita responsabilidade Billy – disse Rose, mãe de Billy.

- Se a senhora não souber aproveitar, não vai aproveitar nunca – disse Billy se levantando – O vovô passou a chance para o papai, e ele não vai perder.

- É claro que é difícil ele perder! Ele é o único no momento! Por enquanto – disse Jenny, a irmã caçula de Billy, entrando na sala.

- Chegou a pé frio – disse Billy com desdém.

- Não é pé frio! É ser realista. Por anos, os Whites estão no poder. Já esta na hora de uma mudança – disse a garota.

Jenny era um pouco parecida com Billy. Loira. Só tinha quatorze anos, mas era muito madura para a idade. Ela dançava balé. Era pequena e miúda. Se dava muito bem com Sarah.

- Menina! Você esta contra a nossa própria família? – perguntou Billy.

- Não tem nada de mais pedir mudanças – disse ela.

- Então quer dizer que você está contra o nosso próprio pai? É isso? – disse Billy.

- Pare de ser chato Billy! Só é a minha opinião! – disse ela dando de ombros.

- Sempre tem ovelhas negras na família – disse ele balançando a cabeça – é você, e aquele outro que foi embora.

- O nome dele é Davis! Davis! – disse Jenny se virando para encarar o irmão – e ele parecia muito mais o meu irmão do que você. Ele sim, me entendia.

- Você tem um irmão aqui – disse Billy apontando para si próprio – que é muito mais legal e inteligente.

- É claro! – Jenny deu um sorriso irônico – Só as pessoas muito burras para não verem quem realmente você é.

- Como é que é? – disse Billy se aproximando de Jenny.

- É verdade.

- Por favor, vocês dois! – disse Rose se intrometendo – Jenny querida, vá tomar o seu banho.

- Isso Jenny, vá tomar um banho, por que está precisando – disse Billy indo em direção as escadas.

- Eu não sei o que a Sarah viu em você – disse Jenny. Billy parou no começo das escadas e se virou para sua irmã – ela é uma boa pessoa mesmo para não ver o tipo que você é – disse Jenny passando por Billy nas escadas.

- Não meta a Sarah na conversa – disse Billy agarrando o braço da irmã com força.

- Eu gosto muito dela – disse Jenny puxando o braço com força – só quero que ela seja feliz – Jenny começou a subir as escadas. Billy ficou bufando de raiva.

~~~~~~~~~~~~~~~~

Sarah estava na cozinha de sua casa, de repente ouviu uns barulhos vindos do porão. Devagar, foi andando até onde os ruídos vinham. Quando estava perto da porta do porão, ele se abriu de repente. Sarah deu um pulo com o susto. Sua mãe saiu do lugar com algumas caixas nos braços.

- Nossa mãe! Que susto! – disse Sarah colocando a mão no peito.

- Querida! Não vi você chegar – disse Anna largando umas das caixas no chão.

- Cheguei há pouco. Por que está mexendo nestas coisas? – perguntou Sarah.

- Quero limpar o porão – disse Anna – tem muitas coisas lá embaixo que podemos jogar fora.

- Têm coisas minhas aí? – perguntou Sarah curiosa.

- Tem sim! Alias, é está caixa aqui – disse Anna apontando para uma caixa no chão – Veja o que você quer dela e o que quer jogar fora filha.

- Está bem – disse Sarah pegando sua caixa.

- Eu vou ficar aqui para avaliar as outras – disse Anna.

- Vou levar lá fora – disse Sarah indo em direção aos fundos da casa.

Chagando na parte de fora, Sarah colocou a caixa em cima de uma mesa. Começou abrir. Tinha muito pó. Ela começou a tossir.

Aos poucos, ela foi reconhecendo a caixa. Era sua caixa de brinquedos. Achou ali algumas bonecas, e coisa que usava para enfeitar os cabelos. Coisa que só usou na sua fase de criança. Sorriu com as lembranças.

Algo chamou a atenção de Sarah. Era um embrulho que estava no fundo da caixa. Ela o pegou e começou a avaliar. Começou a abrir o pacote e encontrou justamente o presente que iria dar a Davis há anos atrás. A miniatura de uma moto. Essa lembrança fez Sarah encher os olhos d’água.

Apesar de se passar anos sem saber nada dele, a lembrança ainda doía em seu peito. Ele foi muito injusto com ela naquela época, pensou Sarah. Mas onde ele estaria hoje? Como será que ele está? Será que ele pensa nela?

Sarah segurava a pequena moto nas mãos. Ela nunca o tirou da caixa. Estava ali, intacta, como se tivesse comprado há pouco.

- Já sabe o que vai jogar fora filha? – disse Anna se aproximando de Sarah a tirando de seus pensamentos.

- Err...sim mamãe – disse Sarah tentando disfarçar com um sorriso.

- Está tudo bem? – perguntou a mãe.

- Sim, está tudo bem – disse ela – acho que não vou querer mais está bonecas velhas e estas outras coisas.

- Está bem! Me ajude querida? – perguntou Anna.

- Claro.

Sarah e Anna colocaram todas as tralhas que não prestavam fora. Logo, Sarah foi para seu quarto, ela tinha colocado a miniatura lá antes de ajudar sua mãe. Ela não teve coragem de colocar fora. Sentou-se na cama e olhou para o pequeno objeto em suas mãos. Suspirou e se levantou, e colocou a motinho ainda em sua caixa em cima de sua mesa do computador.

Ela não sabia o porquê. Mas ver outra vez aquilo era como se Davis pudesse voltar. Que talvez algum dia ela pudesse o ver de novo. Que talvez ele estivesse por perto. Neste exato momento, Davis voltou forte a suas lembranças.


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