Capitulo único: Eu esperava que você descobrisse sozinho, mas eu gosto de você.

Pov. Bella

— Hey Ed – chamei tremula e com a sensação de que iria cair a qualquer instante, mas eu estava decidida era minha única, além de ser a ultima, chance.

Ele olhou para mim parecendo confuso, mas é lógico que estaria confuso, nunca o chamo quase nem falo com ele pela simples razão de todas as vezes que fico perto dele me sinto como se fosse morrer, minhas mãos soam e parecer que tem vida própria e meu celebro congela me fazendo parecer uma idiota, além de eu só falar besteira e pagar mico. Mas hoje não seria assim. Não podia ser assim. Essa é a minha ultima chance.

Chamei-o com a mão, ele falou alguma coisa para os amigos dele e veio em minha direção. Nunca pensei que pudesse ficar ainda mais nervosa. Eu iria desistir, sentia isso. Mas minha determinação era maior, apesar de eu querer vomitar com a sensação de formigamento no meu estomago. É sempre assim que meu estomago age quando eu estou nervosa, apesar de parecer que está muito pior agora do que nas outras vezes.

— Err... Oi. – disse assim que ele se aproximou.

— Oi Bella. – Falou um pouco confuso.

Mordi os lábios, nervosa.

Faço ou não faço?— Perguntei a mim mesma pela ultima vez indecisa.

Se eu fazer e ele ficar assustado ou até com medo de mim, no outro dia eu não iria vê-lo de novo o que seria uma boa para mim, pois eu iria conseguir o que queria mesmo não ter sido correspondida.

Se eu não fizer irei me arrepender, disso eu tinha certeza.

Se eu fazer e ele por um milagre gostar, quem sabe não repetíssemos a doze?

Respirei fundo tomando coragem.

— Preciso que você me ajude em uma coisa. – falei em um sussurro.

— Que coisa? – perguntou erguendo uma sobrancelha.

Sorri, ou pelo menos tentei.

— Vem comigo? – pedi.

Ele pensou um pouco, olhou para os lados e depois deu de ombros assentindo. Eu apensa sorri e comecei a andar para fora da sala, e internamente eu estava vibrando morta de alegria e contestação, meu sorriso interior brilhava mais do que o sol.

Passei pelo corredor principal e o pátio da escola, – e com ele me acompanhando –, seguindo até a biblioteca – um lugar mais calmo que raramente se encontrava professores por lá, era perfeito para o que eu ia fazer – fui para o final do corredor, e me encostei-me à parede o observando se aproximar de mim. Respirei fundo.

— Então... – falou depois de um tempo – o que a gente faz aqui? – sorriu finalmente olhando para mim.

— Err... – engolir em seco, olhando para baixo. – é complicado.

— O que? – perguntou confuso.

— Eu... É... – olhei pros lados tentando achar uma resposta que não seja doida demais para sua compreensão. – Antes de tudo, queria que você me prometesse uma coisa.

— Que coisa?

Ri nervosa.

— Você vai me achar um pouco doida. – passei a mão no rosto fechando os olhos. – E... Talvez, só talvez, eu seja.

Olhei para ele, ele estava encostado na parede oposta que a minha e me olhava com o rosto cheio de confusão, o que me deixou mais nervosa.

— Eu quero que me prometa que não irá comentar ou até mesmo pensar no que irá acontecer aqui, seja lá o que for. – pedi.

Ele assentiu sem compreender nada.

— Eu... – comecei nervosa dando um passo para perto dele – Esperava que você tomasse uma atitude, mas – mais um passo – você não tomou... – mais um passo – Então eu pensei: é claro que ele não gosta de mim, porque se gostasse já teria tomado uma atitude – suspirei dando mais um passo – ou talvez você é tímido demais para vim falar comigo – sorri dando mais um passo.

— Eu... – tentou falar.

— Ou simplesmente você não gosta de mim... – dei de ombros – mas como eu vou saber? - olhei para ele – mas eu gosto de você, e sabe, eu não sou de declarar-me para as pessoas. – dei mais um passo – se sinta honrado você é o primeiro, - “em tudo” completei mentalmente – mas sabe o que é mais legal? – agora já estava bem próximo – hoje é nosso ultimo dia de aula e eu irei me mudar de escola, então provavelmente se você não sentir o mesmo por mim... Nunca mais iremos nos ver.

Então eu o beijei, um beijo parado que era mais um selinho, mas ainda sim muito bom. Aprofundei o beijo sentido ele segurar minha cintura e eu logo segurei seu pescoço, era uma sincronia incrível que eu provavelmente não sabia que eu tinha.

O melhor primeiro beijo de todos.

Mas, para minha tristeza, o beijo durou nada mais do que alguns minutos e logo tivemos que parar.

— Você pode fugir se quiser, agora. – sorri tristemente olhando para baixo sem consegui olha-lo.

— Isso foi...

— Horrível? – completei mordendo os lábios.

— É... Não pera! O que? – falou um pouco alterado, olhei para ele assustada. – V-você, quer dizer, não go-gostou?

— Não, quer dizer, é, eu gostei. – admitir confusa – mas do que eu pensei que iria gostar.

Ele sorriu aliviado.

— Então... – murmurei olhando para baixo – essa é a hora em que você sai correndo, não é?

— Por que eu faria isso? – riu.

— Sei lá, por que eu sou louca? – respondi ironicamente. – Ah, vai lá, eu sei que você está doido para fugir de mim, estou de dando a chance de fazer isso. – me afastei voltando a minha posição anterior pronta para rejeição.

— E se eu não for? – arregalei os olhos surpresa.

— O que? – falei engasgada.

Ele se aproximou de mim com um sorriso sapeca pondo uma mão na minha cintura e outra no meu pescoço.

— Você ainda não respondeu minha pergunta. – sussurrou perto da minha boca me permitindo sentir o gosto de menta que saia dela.

— Eu nunca te deixarei sair de perto de mim, nem por um instante, nem por um momento, você só seria meu e eu só seria sua. – sussurrei inebriada.

— Você só estaria me fazendo um favor. – sussurrou antes de me beijar.

FIM