The Prince Of My Ballerina escrita por Isabelle Masen


Capítulo 11
Capítulo 10 - Intrusos


Notas iniciais do capítulo

Cap curtinho, mas vou postar um maior depois



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/421479/chapter/11



Passei pela porta entre suspiros, sorrisos e risadinhas bobas. Estava beirando a fogos de artifício, como se aquilo fosse a chave para a minha felicidade. Sentia minhas pernas ficarem mais suaves e minhas costas mais leves.



–-- Bella? - ouvi a voz de minha mãe enquanto meu pai continuava sentado no sofá, fazendo anotações.



–-- Oi. Boa noite, mãe - falei enquanto andava para as escadas, louca para contar o que tinha feito para Alice.



–-- Parada aí onde você está - ela falou rispidamente e eu parei, não acostumada com esse tipo de voz. Virei-me lentamente pra ela - quem era aquele cara com você?



–-- Um… um colega da faculdade. Na verdade ele é o novo pianista.



–-- Já ouvi falar do rapaz. É filho de Esme Cullen, a pianista que se demitiu - franzi o cenho quando meu pai revelou o fato. Ele é filho dela? Nossa, isso é… Incrível!



–-- Que seja. Ele estava te agarrando minha filha? - senti meus pés arderem, pedindo para saírem correndo o mais rápido possível dali.



–-- Não, ele estava me contando um segredo. Posso ir pro quarto agora? - falei rápido tentando passar confiança. Minha mãe se levantou e parou em minha frente.



–-- Só um minuto, mocinha. Precisamos te contar uma coisa - falou e eu suspirei, andando até sentar ao lado de meu pai.



–-- Mãe, é sério mesmo? Eu estou cansada, preciso pensar em algumas coisas e…



–-- Billy e Jacob Black estão hospedados aqui - meu queixo caiu e eu senti meu coração falhar ao menos dez batidas. O Jacob era legal, mas o Billy tem aparecido frequentemente na Juilliard. E eu confesso que sinto um pouco de medo dele e do que ele possa fazer, principalmente com ele dentro da minha própria casa.

–-- Repete… - falei sem olhá-la com uma calma assustadora, tanta que meu pai baixou o jornal pra ler minha expressão.



–-- Você está bem? - ele perguntou.



–-- POR QUE VOCÊ NÃO ME AVISOU ISSO ANTES? - não consegui conter a fúria em minha voz. Até mesmo Margareth, que chegava na sala, recuou um passo.

–-- Meu Deus Isabella! Não use esse tom comigo! - Renée enfatizou o drama levando uma mão ao peito - onde anda aprendendo essas coisas?



–-- Pelo que eu saiba, você precisa consultar os moradores do local até mesmo para trocar a cor de uma parede. Democracia não funciona só na política, mãe! Pelo amor de Deus!



–-- Mas você não manda em nada aqui! Esta casa é de seu pai, ele é que faz o que bem entende dela! - ela revidou - Eu sou a esposa dele, venho em segundo lugar, portanto, depende do que eu decidir - sorriu com malícia. Cerrei os olhos e me virei para meu pai.



–-- Pai, você concordou com isso pelas minhas costas?



–-- Sim, eu não achei que você tinha algo contra os Black já que os vi conversando na última reunião - meu maxilar trincou ao relembrar da desagradável reunião.



–-- N-não é nada disso, eu só acho que eu deveria ter me programado pra uma pessoa a mais por aqui! Até por que eu estou na minha casa, gosto de ficar a vontade, trazer pessoas aqui…

–-- VOCÊ NEM MESMO TRAZ ALGUÉM PARA ESTA CASA, ISABELLA SWAN! - minha mãe berrou erguendo os braços, me assustando - E DESDE QUANDO VOCÊ USA ESSE TOM COMIGO? MAIS RESPEITO, GAROTA! APOSTO QUE FOI COM AQUELE MOTOQUEIRO PERVERTIDO!



–-- NÃO OUSE FALAR ASSIM DO EDWARD!



–-- Esse é o nome do canalha?



–-- A Bella estava com um motoqueiro? - meu pai tirou os óculos com o cenho franzido, surpreso.



–-- CLARO QUE SIM! AMOR, AQUELE ERA UM BANDIDINHO QUE SÓ QUER APLICAR UM GOLPE CONTRA VOCÊ E O GOVERNO! - minha mãe berrou e eu me levantei com raiva e ao mesmo tempo abismada com o preconceito dela.



–-- ELE É UMA PESSOA BOA E HONESTA, DIFERENTE DE CERTAS PESSOAS QUE GOSTAM DE ABRIGAR ESTRANHOS DENTRO DA PRÓPRIA CASA! COMO SE VOCÊ LIGASSE MESMO PARA O BEM ESTAR DE QUALQUER UM QUE NÃO FOSSE VOCÊ MESMA! - estufei o peito e senti meu rosto ser fortemente golpeado, fazendo-me cambalear e cair no sofá. Minha bochecha ardia.



–-- Escute aqui. Eu te dei agora o que eu reprimi por toda a sua adolescência, pra você deixar de ser uma garota mimadinha e metida como é. Você é uma herdeira e deve agir como tal, não é como essas largadas que usam os shorts contornando as linhas da vagina!



–-- Renée! - meu pai a reprimiu pela palavra, sempre cordial. Eu acariciava minha bochecha, que estava ácida pelo tapa enquanto meu corpo borbulhava de pura raiva.



–-- Não se meta, Charlie! Agora suba e só desça no café da manhã. E se fizer qualquer comentário sobre o que houve aqui, você vai conhecer o lado furioso da ‘mamãe’. Entendeu? - eu assenti e saí correndo escada acima. Mas parei no meio dos degraus com lágrimas nos olhos.



–-- VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO! - falei antes de voltar a subir correndo e disparar a porta de meu quarto aos prantos. Enfiei a cara em um travesseiro e chorei sem pudor.



Minha mãe andava plácida nos últimos tempos, e sempre que ela usa esses tons acusadores, ela só consegue fazer com que minha mente degrade a imagem de melhor mãe do mundo que eu carregava em meu peito. Meu próprio pai nunca nem ao menos elevara o tom de voz alguma vez sequer pra mim, pior ainda levantar a mão. Sempre fui criada sendo devota da boa educação e segui à risca todas as formalidades e caprichos ofertados por Renée, aliás, quase não me lembro mais de tê-la chamado de mãe nos últimos tempos.



Que coisa mais horrível, Isabella! Vocês são mãe e filha, devem ter uma relação mútua de amor e companheirismo, pare de pensar nessas coisas!



Soquei o travesseiro, abafando mais um choro.



–-- Com licensa? Srta. Isabella? - ouvi a voz de Margareth e me irritei levemente com o “srta”.



–-- Pelo amor de Deus Margareth, não me chama de srta - disse com a voz abafada pelo travesseiro.



–-- Ah, Bella… Não chore… - ela se aproximou de mim e acariciou meus cabelos - se quiser, pode dormir lá no meu dormitório.



E fomos para lá, onde ela conseguiu me fazer parar de chorar e dormir.






(...)





Acordei 2h mais cedo que de costume, para evitar o café da manhã. Margareth fez um sanduíche rápido pra mim e eu fui para a Juilliard.



A nova estadia dos Black ainda não saía da minha cabeça, e nem a briga com minha mãe.



Irrompi pelas portas da minha sala que estava vazia e encontrei um Edward de costas comendo um sanduíche. Estava com roupas despojadas, mas não deixava de ser estiloso. Ele não notara minha presença, fazendo meu coração acelerar e os meus problemas desaparecerem como se tivesse levado uma injeção de morfina.


http://4.bp.blogspot.com/_2njq2Guqp4c/SZ3GYOysLqI/AAAAAAAAwM0/CJINHWIAgZU/s400/219%2Brp.jpg

Cheguei por trás dele e dei uma mordida em seu sanduíche. Ele se assustou e eu sorri de boca fechada.



–-- Bom dia Edward.



–-- Ainda não me conformo com você me chamando pelo nome - ele deu um sorriso cansado, e então percebi olheiras grandes em seu rosto de deus grego.



–-- Não dormiu essa noite? - ele hesitou em responder.



–-- Como descobriu?



–-- O porteiro - coloquei a mão na boca pra rir enquanto ele suspirava pesadamente.



–-- Droga.



–-- Gostei de Edward - sorri e ele tocou meu queixo, segurando-o entre os dedos.



–-- Agora você quase me conhece - ele fitou meus lábios rapidamente e quando eu ia me aproximar, a porta foi aberta.



–-- Ora ora, olha só o que temos aqui…


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gente, não é só por que vou postar mais cedo que vocês não vão mandar suas opiniões! OI, MANDEM REVIEWS!