Um Romance Um Tanto Quanto Complicado escrita por Adhara Scrooge


Capítulo 5
Ashley Martins part. 1


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu estou sem cabeça para escrever a histórias, mas prometo tentar, já tenho dois capítulos prontos e vou posta-los ao decorrer da semana.
Adhara é totalmente baseada em minha amiga, que por acaso me chutou da vida dela ontem, e eu não to conseguindo lidar muito bem com isso ja que ela é muito importante para mim, mas enfim.... eu vou tentar não parar a história.



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Eu devo ter um problema mental muito grave, por que se não for esse o motivo, que outro motivo eu tenho para estar nesse momento escolhendo uma roupa ‘apropriada’ para um encontro com uma garota... tudo bem que a tal da Ashley é bonita, ruiva de olhos verdes e tal’s, mas vamos combinar, ruivas são até clichês. Quantas histórias yuri eu li que uma das garotas era ruiva, MUITAS. E sim, eu leio Yuri. Viu? Problemas mentais.

Me desviei totalmente do caso sério, a roupa. Eu to decidindo entre um vestido e uma roupa simples baseada em calça jeans e camiseta. Por que diabos eu tou preocupada com isso? Não é como se eu fosse impressionar a menina.

Ouvi uma batida na janela e me virei rapidamente.

–Posso? –Perguntou Matt me olhando sorrindo

–Entra. –Falei e ele entrou no quarto e corou automaticamente, franzi a testa. –Que foi?

–Você percebeu que está apenas de calcinha e sutiã, certo? –Perguntou ele e eu olhei para meu próprio corpo e corei fortemente

–Hãn... vire-se, vou me trocar rapidinho. –Falei e ele fez o que pedi peguei uma camiseta qualquer e vesti, uma calça jeans escura justa e peguei meu Vans Preto/Azul e fui até a cama. -Pode olhar Matt.

–Vai sair?-Perguntou ele me olhando de cima a baixo e eu assenti e terminei de por meus tênis. –Alice disse que conseguiu um encontro para você, está se arrumando pra isso né?

–Matt... –Comecei, mas ele levantou a mão pedindo para eu parar

–Adhara não quero que você se prenda a mim. –Falou ele e eu franzi a testa. –Quero que você se divirta e se for pra beijar esse cara, manda ver.

–Matt, você está ouvindo o que esta falando, certo? –Perguntei e ele assentiu

–Vamos combinar que até agora não temos nada sério, você é livre pra fazer o que quiser e eu também, eu gosto de você, mas também não quero me prender. –Falou ele

–Você ta propondo o que eu acho que esta propondo? –Perguntei e ele sorriu

–Se você acha que eu estou propondo um relacionamento aberto, então sim, eu estou propondo o que você acha que estou propondo. –Falou ele e eu ri

–Me enrolei. –Falei e ele riu, olhei para ele mais séria. –você realmente ta falando sério né?

–Lógico que estou. –Falou ele e eu assenti. –E eu sei que esse encontro não foi arranjado com a sua permissão.

–como sabe? –Perguntei e ele revirou os olhos

–Por que Alice que arranjou e ela nunca pede permissão. –Falou ele

–Na verdade eu estou muito irritada com ela, não quero a ver nem pintada de ouro. –Falei bufando e pegando meus óculos

–Então você ta com muito azar, pois ela disse que era um encontro duplo e não faltaria por nada. –Falou ele e eu fui ao banheiro para “tentar” dar um jeito no cabelo, o que não consegui.

–Mas que merda. –Murmurei e sai do banheiro olhando para Matt. –Vou te apresentar meu filho.

–Hãn? –Perguntou ele se endireitando

–Me segue e fica quieto. –Falei pegando a carteira no criado-mudo

Sai do quarto em silêncio com Matt logo atrás de mim, desci as escadas nas pontas dos pés e vi Dona Sarah assistindo TV, era um programa idiota de casamentos ciganos, mas as mulheres estavam se atracando na rua, uma gorda e a outra magrela e não era briga de puxar cabelo, era na base do soco e do chute. Cara que Top, vou começar a assistir esse programa. Levei um cutucão do Matt e voltei a andar em direção a porta da garagem, rezei para que a Dona Sarah não olhasse para o corredor e graças a Deus ela não olhou. Abri a porta e acendi a luz, entrei arrastando o loiro comigo.

–Matheus Genks está pronto para conhecer o amor da minha vida? –Perguntei seriamente e ele assentiu rapidamente, puxei um pano e revelei.

–Oh Meu Deus. –Murmurou ele

–Ter parente rico tem suas vantagens. –Falei e ele olhou para mim

–Posso tocar? –Perguntou ele e eu assenti

–Nada de marca de dedos hein! –Falei para ele que babava em cima do meu Bebê

–Realmente é uma Kawasaki Ninja 1000, esse é meu sonho de consumo. –Falou ele passando a mão carinhosamente na minha moto. –E Preta e verde ainda por cima, maravilhosa.

–Tia San tem bom gosto para presentes, mesmo sendo irmã da minha mãe. –Falei sorrindo e ele riu baixinho

–Por que nunca falou que tinha moto? –Perguntou ele e eu dei de ombros

–Vocês sempre me deram carona, num tive nenhum motivo para mostra-la e nem tira-la da garagem. –Falei e ele assoviou

–Um dia, você vai me levar pra dar uma volta. –falou ele e eu assenti

–Pode ser, mas agora eu tenho que ir. –Falei pegando as chaves da moto em uma gaveta. –Vai indo que eu tenho que pegar minha jaqueta e minhas luvas que eu deixei la em cima.

–Tudo bem. –Falou ele me dando um selinho e saindo pelo portão da garagem mesmo.

Subi correndo as escadas de volta ao meu quarto, peguei minha jaqueta de couro e as luvas de motociclista, tudo presente da minha tia, eu realmente amo ela. Desci as escadas e encontrei a Dona Sarah no meio do caminho, topei com ela e cai.

–Aonde vai com essa pressa toda? –Perguntou ela

–Vou ao Shopping. –Falei e ela me olhou desconfiada antes de dar de ombros e sumir na cozinha, fiz uma careta pra ela e me levantei indo para a garagem.

Coloquei o capacete e as luvas, abri o portão e liguei meu bebê, ele ronronou lindamente, acelerei e sai em direção ao shopping de Manhattan. As ruas estavam pouco movimentadas, então fiz o percurso rapidamente, estacionei minha moto e briguei com o segurança, falei apenas que se tivesse um só arranhão no meu filho, eu iria arranhar a cara dele e ia transformá-lo em um eunuco e como ele deu em cima de mim a hora que cheguei, falei que ia denuncia-lo por assédio sexual, no fim dei 20 dólares a ele para cuidar bem da minha moto. Entrei e fui direto para o cinema.

–Hey Adhara. –Alguém me chamou e eu olhei em direção da voz e meu queixo foi ao chão, era a Ashley e ela estava simplesmente... Maravilhosa. Não estava arrumada igual essas meninas patricinhas, apenas uma T-Shirt vermelha, uma calça skinny branca e tênis vans azul. Seu cabelo estava solto e com cachos bonitos, seus olhos verdes brilhavam e isso me fez sorrir instantaneamente, não sei o por que, e ela estava com um Skate na mão. –Adhara?

–Ah.. Oi. –Falei e ela sorriu me dando um beijo na bochecha. –Então quer dizer que por trás daquela garçonete existe uma garota skatista?

–Iniciante ainda. –Falou ela rindo

–Se anda de skate já gosto de ti. –Falei rindo e ela abriu um sorriso maior. –Pode entrar com isso no cinema?

–Provavelmente não, mas eu estava sem carona e não tive alternativa. –Falou ela

–Então... que tal de em vez de irmos no cinema com as meninas, a gente ir jogar boliche? –Perguntei

–Realmente eu prefiro jogar boliche. –Falou ela

–Então vamos. –Falei começando a andar em direção ao Boliche e Ashley veio ao meu lado, tirei as luvas e as guardei no bolso de trás da calça.

–Anda de moto? –Perguntou ela com uma sobrancelha erguida

–Sim e você? –Perguntei a fazendo corar, franzi a testa confusa

–Não posso, sou estritamente proibida de dirigir qualquer veiculo. –Falou ela

–Quantos anos você tem? –Perguntei confusa

–Hãn... sinceramente? –Perguntou ela e eu assenti. -19.

–Acabou de fazer 19, néh? –Perguntei e ela negou. –Você vai fazer 20 anos, sabia que isso pode ser considerado pedofilia?

–Adhara, Pelo amor de Deus. –Falou ela séria e eu suspirei

–Desculpe, é que eu realmente pensava que você era mais nova que eu. –Falei e ela sorriu timidamente. –Estou chocada.

–Não sei por que, aquela sua amiga é mais velha que Lucy e não vi você reclamar por isso. –Falou ela e eu franzi a testa.

–Conhece a Lucy? –Perguntei e ela assentiu. –Tecnicamente, devido aos acontecimentos de agora, Alice não é mais minha amiga e só falei com Lucy por causa dela.

–Elas namoram. –Falou ela inocentemente

–como sabe? –Perguntei e ela revirou os olhos

–É bem óbvio na verdade, eu sei reconhecer uma lésbica a distancia. –Falou ela e eu franzi a testa. –Temos um “dispositivo” chamado Gaydar que faz a gente reconhecer qualquer gay a um raio de 1 km.

–Ahh. –Falei e ela riu da minha cara

–Fica de boa, no seu caso ele só apitou um pouco. –Falou ela e a olhei incrédula

–Não era pra apitar nem um pouco. –Falei e ela ergueu a sobrancelha e depois suspirou

–Deixa eu adivinhar, você é Hétero com H maiúsculo, certo? –Perguntou ela e eu assenti. –Realmente eu tenho muito azar, vou brigar com a minha mãe.

–Oushi, por que? –Perguntei confusa

–Porque eu devia ter nascido menino, fala sério, as meninas mais lindas são tudo Hétero! –Falou ela jogando as mãos pro alto e quase se acertando com o próprio Skate. –Certo, e isso pode ser uma arma mortal.

–Você não é normal. –Falei e ela riu

–Nenhum pouco. –Falou ela e eu ri, entramos no boliche e ela pagou uma pista para nós. –Se eu fizer 3 Strikes seguidos.. o que ganho?

–Não sei, o que quer ganhar? –Perguntei e ela olhou para mim seriamente e mordeu o lábio inferior antes de virar o rosto. –Diga o que está pensando.

–Não, você ficará brava. –Falou ela

–Quer um beijo, acertei? –Perguntei e ela me olhou envergonhada. –Okay, se você fizer 3 Strikes seguidos, te dou um beijo.

–Sério? –Perguntou ela e eu assenti. –Então vamos começar

–Calma moça, vamos com calma, não sou muito boa no boliche. –Falei e é lógico que menti, na verdade, me considero uma jogadora excepcional. –A quanto tempo você joga?

–Desde que tenho 9 anos, então me considero uma jogadora excepcional. –Falou ela e eu ri. –To falando sério.

–Desculpe, é que você é convencida. –Falei e ela riu. –Comece então.

–Preste a atenção. –Falou ela pegando uma bola verde, ela jogou e qual foi minha surpresa ao ver ela comemorar.

–É o primeiro. –Falei cruzando as pernas e ela sorriu

–Prepare-se para mais Dois. –Disse ela esperando a bola que ela havia jogado antes voltar.

–Por que essa bola? –Perguntei e ela deu de ombros

–Me da sorte. –Falou ela se preparando para jogar novamente, suspirei ao ver a bola acertar todos os pinos novamente. –Segundo!

–Parabéns. –Falei sorrindo ao ver ela fazendo uma dancinha muito estranha. –Para que ta assustando.

–Vá à merda Adhara. –Falou ela e eu ri, ela pegou a bola novamente e se preparou, mas meu celular começou a tocar e ela me olhou emburrada

–Desculpe, vou atender e você continua. –Falei e ela revirou os olhos e assentiu, me levantei e me afastei de Ashley antes de atender. –Alô?

–Onde, Diabos, você está? –Perguntou uma voz irritada

–Ah, oi Genks. –Falei Grossa

–Tem como me responder e parar de me chamar pelo sobrenome? –Perguntou ela

–Não. –Falei

–Não o que? –Perguntou ela

–Não vou parar de te chamar pelo sobrenome, você merece isso. –Falei e ouvi ela bufar

–Onde você está? –Perguntou ela

–Em um encontro. –Falei

–Com Ashley? –Perguntou

–Não, com a Murta-que-Geme. –Respondi sarcástica

–Não seja sarcástica comigo Hoult! –Falou Alice irritada

–Tanto faz, vou desligar que a Ash ta me chamando. –Falei ao ver a ruiva olhar para mim com um sorriso vitorioso. –E só para você saber, perdi uma aposta e vou ter que beija-la.

–O QUE? –Gritou ela e eu desliguei o celular

Fui me aproximando calmamente de onde Ashley estava, me joguei em um dos bancos e ergui as sobrancelhas para ela que simplesmente apontou para o placar e realmente ela havia conseguido os 3 Strikes seguidos.

–Ganho meu prêmio agora? –Perguntou ela

–Claro. –Falei batendo no banco ao lado e ela se sentou.

Me aproximei lentamente, ela fechou os olhos e eu sorri e lhe beijei... a bochecha, me afastei rapidamente e olhei para ela que me olhava confusa.

–Você apenas disse que queria um beijo, não especificou o lugar. –Falei e ela riu

–É justo. –Falou ela e eu sorri. –Sua vez.

–Okay, se eu conseguir 3 Strikes seguidos também, você paga o lanche. –Falei e ela sorriu, me levantei e peguei uma bola preta

–Boa sorte. –Falou ela e eu ri baixinho, me preparei, respirei fundo e joguei. –Não... Sorte de principiante!

–Okay. –Falei pegando outra bola, dessa vez vermelha, e esperei os pinos serem arrumados, respirei fundo e joguei novamente marcando mais um Strike. –Principiante?

–Você mentiu quando disse que “não era muito boa”. –Falou Ash emburrada e eu ri. –Joga logo.

–Você quem manda. –Falei pegando a bola da “sorte” dela e simplesmente joguei, sem nem ao menos me preparar. –Errei.

–De propósito! Não vale, você errou de propósito. –Falou ela e eu revirei os olhos

–Eu perdi, pago o lanche, fique feliz. –Falei e ela bufou

–Não é justo. –Murmurou ela, me sentei ao lado dela e ergui as sobrancelhas.

–Tem certeza que tem 19 anos? –Perguntei e ela riu

–Não, acho sinceramente que a Dona Pamela mentiu minha idade pra mim mesma, eu daria 15 anos. –Falou ela e eu ri. –É sério, sou uma criança no corpo de uma adulta.

–Deu pra perceber. –Falei e ela revirou os olhos e sorriu.

Jogamos por mais um tempo e conversamos sobre bastante coisa antes que a fome batesse, Ashley pegou seu Skate e fomos até o caixa, paguei pelo tempo que ficamos la e nos encaminhamos para a praça de alimentação.

–Conte-me mais sobre você. –Falei e ela olhou para mim

–Me chamo Ashley Martins, tenho 19 anos e sou Brasileira, apenas isso, nada importante. –Falou ela e eu a olhei indignada

–Nada? Você é do Brasil. - Falei. –Por isso do sotaque estranho.

–Valeu pelo sotaque estranho. –Falou ela e eu corei

–Desculpe. –Falei e ela riu. –A quanto tempo mora aqui?

–Desde meus 13 anos. –Falou ela

–Por que veio pra ca? –Perguntei e sua feição se transformou por um minuto. –Se não quiser responder, tudo bem.

–Não, vamos apenas comer primeiro, okay? –Perguntou ela

–Okay. –Falei vendo ela relaxar quando peguei sua mão e arrastei dali. –Vamos ao Potato.

–Gosta de Potato? –Perguntou ela sorrindo e eu assenti. –Que sorte, amo Potato.

–Oba! Batata com Carne seca. –Falei e ela riu

–Batata com Strogonoff de Frango. –Falou ela e dessa vez eu ri

–Chega, vão pensar que temos problemas. –Falei entrando na fila do Potato que não estava grande

Ela olhou pra mim e sorriu, e eu percebi que ela tinha uma pequena covinha na bochecha direita, digamos que eu tenho uma queda por covinhas e aparelhos, isso é fofo, muito fofo. Percebi que ela continuou me olhando e comecei a sentir meu rosto esquentar, o que faz ela rir um pouco. O homem do caixa chamou e eu fiz nossos pedidos e peguei a carteira para pagar, mas Ashley foi mais rápida e deu o dinheiro para o homem. Revirei os olhos e peguei a bandeja com nossos pedidos prontos, procuramos uma mesa vazia e Graças a Deus encontramos uma, não eram cadeiras que a rodeavam e sim bancos confortáveis, coloquei as coisas na mesa e me sentei com Ashley ao meu lado.

–Então? –Perguntou Ash

–Eu não falo quando estou comendo. –Falei calmamente e ela sorriu

–Ótimo, então vamos comer. –Falou ela

Comemos em silêncio, jurei ter visto Alice e Lucy passando a alguns metros da gente, mas deixei quieto. Quando terminei de comer, me afastei um pouco da mesa e olhei para minhas próprias mãos.

–Pode perguntar Adhara. –Falou Ash, olhei para ela

–Desculpe, mas eu estou realmente curiosa para saber o por que de você ter vindo para NY. –Falei

–Tudo bem. –Falou ela.


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Notas finais do capítulo

É isso, aguardo os Reviews.



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