Mais Que Amigos escrita por Barbara, Melissa França


Capítulo 16
O Pacote


Notas iniciais do capítulo

Oi! Como é que ta do lado daí?



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Flashback on
De moto e armada Natasha chegou rapidamente a torre. Não viu ninguém, mas seu “sexto sentido” sabia que não estava sozinha, alguém estava ali, a observando atentamente.
– Vou esperar você aparecer... - Disse ela em voz alta.
– Consigo sentir o perfume dele. Não deu tempo de tomar banho, Natalia? – Ele provocou saindo do escuro. Tudo que ela conseguia ver era sua pele pálida, que não estava coberta pelas roupas negras, e os olhos acesos.
– Espero não ter feito você esperar muito. Não nos cansamos rápido. – Respondeu naturalmente.
Ela sentia tanto medo, estava totalmente apavorada. Fingir saber tudo e estar no controle sem sentir-se abalada começava a ficar difícil.
– Entendo, Natalia... Afinal, dois soros na mesma cama podem resultar em um casal de ninfomaníacos.
– Você é atrevido. - Ela já estava irritada.
– E você uma espiã desinformada. – Ele sorriu se aproximando dela. Natasha deu um passo para trás e ele abriu um sorriso ainda maior. – Não vou machucar você. Depois de acordar, na verdade, ter você morta era a última coisa que eu queria.
– De acordar..? - Uma confusão mental começou tomar conta dela, tentava organizar os pensamentos em ordem, sem perder nenhuma pista.
– Eu estava “congelado”. – Ela arregalou os olhos.
– O que quer dizer com isso?
– Você me entendeu bem. Não é sonsa, tenho certeza! – Ele se aproximou mais e ela já sentia o cheiro frio de eucalipto que emanava dele. – Eu te trouxe um presente.
– Não estou interessada... Não trabalho com presentes há anos.
– Não vou te dar uma vítima... – Ela uniu as sobrancelhas. – Abra o pacote que vai estar no hotel quando voltar. Mas, abra longe do soldado ou pode assustar o moço. E nós dois sabemos como é difícil a Viúva Negra se casar, não é mesmo? – Ela abriu a boca para perguntar, mas ele deu dois passos largos para trás e agarrou um cabo, sendo puxado para cima com rapidez.
– Droga! - Levando as mãos a cabeça, a ruiva deixou a frustração a invadir.
Flashback off
– Natasha, você saiu no meio da noite para encontrar um cara? Sozinha! Onde você estava com a cabeça? Se te acontece algo eu nunca me perdoaria! – Toda a desconfiança dele parecia ter sumido. Ela sorriu e o abraçou forte.
– Obrigada... – Disse com olhos marejados, a atitude dele a deixara emocionada. – Mas eu sei cuidar de mim mesma, Steve. Não tem que se preocupar.
– Mas é claro que eu me preocupo! – Ele a abraçou forte.
– Vou atrás do pacote. - Disse enquanto se recompunha.
– E se for uma bomba? Eu vou atrás do pacote, fique aqui! - O loiro se levantou e foi em direção a porta.
– Nem pensar. É pra mim Steve! As ordens eram pra eu pegar, você deve ficar aqui.
– Ele disse onde estaria? - Ele fez uma expressão de desconforto ou raiva, mas se conformou com a atitude da mulher.
– Não, ainda não... Mas vai dizer.
Natasha desceu pelas escadas e encontrou uma mensagem.
"No fim há sempre uma SAÍDA"
Ela leu com atenção aquela singela frase e teve a completa certeza que aquele cara era maluco. Contudo, no mesmo instante parou em mais um lance de escadas e a palavra SAÍDA brilhava em vermelho, ela passou pela porta e entrou em um salão com várias pessoas vestidas de branco, preto e cinza. Ao longe avistou uma pessoa vestida inteiramente de vermelho, algo que realmente chamou sua atenção, e a seguiu.
Haviam mais pessoas de vermelho e ela as seguiu por todo a salão. Ao fim, encontrou um armário. Natasha revirou os olhos e não se preocupou em morder iscas para encontrar uma chave, apenas abriu o cadeado com o que tinha acesso.
Lá dentro um envelope amarelo e amassado esperava por ela. Logo em seguida, ela saiu procurando por um lugar isolado, onde ela pudesse ler aquilo sozinha.
***
Ao escutar o barulho da porta batendo, o Capitão América saltou da cadeira e correu de encontro a amada. Ela estava mais pálida que o comum. Seus lábios secos e seus olhos avermelhados, o rosto estava inchado e ela caminhava devagar, sem pressa ou motivo para se manter de pé.
– Natasha! – Ele chamou enquanto a segurava.
– Steve... – Sussurrou visivelmente abatida. – Eu quero morrer. – Disse caindo nos braços dele. O homem sabia que aquilo não era verdade, entretanto sabia também que algo muito sério havia sido descoberto por ela.
– Querida... O que era? O que era essa encomenda?
Steve percebeu que ela não falaria, então a deitou no sofá e foi atrás do telefone.
– Não ligue... – Ela sussurrou do sofá. - Por favor.
– Natasha, pelo amor de Deus, fale comigo!
– Só me deixe... – Os olhos dela foram se fechando lentamente. – dormir um pouco. – Disse já sonolenta.
– Não, não, não! Não durma! – Ele se jogou sobre os joelhos ao lado dela e ali ficou enquanto nada podia fazer por ela que dormia.
Ele próprio sabia o quanto chorar cansava. E, pelo estado da ruiva, ela havia chorado todo o tempo que esteve fora. Natasha chorara até pegar no sono e Steve nada podia fazer além de se manter ajoelhado segurando a mão sua enquanto dormia.
– Chega, não vou ficar aqui parado! – Disse se levantando após algumas horas sentado. O loiro foi até o quarto e, após pegar um casaco, saiu.
Comprou pizza e sorvete. Voltou para casa e não demorou a ouvir o som do chuveiro ligado. Natasha havia se levantado. Aproveitou o tempo para arrumar a mesa e deixou o sorvete no freezer, indo aguardá-la no quarto logo em seguida.
– Onde você esteve? – Perguntou baixinho quando saiu do banheiro.
– Fui comprar alguma coisa para você comer quando acordasse. – Ela sorriu fragilizada e começou a chorar.
– Obrigada! – Disse abraçando ele. – Muito obrigada! – Disse novamente. Ele segurou as lagrimas e retribuiu seu abraço apertando-a forte contra o peito.
– Natasha pare de agradecer por tudo... Eu amo você mais do que a mim mesmo, pensei que já soubesse disso..
– Steve eu sinto muito! – Disse chorando.
– O que está acontecendo, amor? – Perguntou. – Por favor, fale comigo, me deixe ajudar. Eu me sinto tão mal por te ver chorar e não fazer nada. Me deixe ajudar você. – Ela apenas o olhou e sorriu.
– Podemos comer antes? Apesar de já ter estragado o seu dia, não quero que perca a fome... – Ele assentiu sorrindo.
– Claro. Como você quiser. – Ele se levantou com ela nos braços e foi até as roupas. – O que vai querer vestir?
– Pode me arrumar uma camisa sua? - Perguntou chorosa.
– Sim... Onde encontro suas roupas íntimas?
– Na mala, lado direito. – Disse baixinho.
– Certo... – Ele abriu a mala e pegou algumas coisas, depois abriu uma bolsa sua e pegou uma camisa limpa.
– Não... Eu posso usar uma que você já usou? – Ele riu.
– Mas é claro. – Foi até a cama e a deixou lá. Entregou as peças e tirou a camisa que vestia. – Pode ficar com essa.
– Obrigada.
– Vou deixar você se vestir. – Ele disse se virando para sair.
– Me espera na porta? – Ele estranhou, mas assentiu e foi para a a porta. Não se passaram nem um minuto e ela já estava lá.
– Pronto. – Disse sorrindo.
Eles comeram em silêncio e, depois do jantar, Steve retirou os pratos, os substituindo por taças de sorte. Natasha parecia satisfeita com tudo aquilo, mas ainda abatida e chateada.
– Podemos... - Ele tentou voltar ao assunto e, antes que conseguisse, Natasha o interrompeu
– Steve eu tenho um filho... – Falou desabando em lágrimas novamente.


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Notas finais do capítulo

E então? O que acharam? Deixem um comentário com a opinião de vocês! Beijão! Inté!