Apimentando escrita por BerryBerry


Capítulo 4
Eu sei o que digo




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Não que ela seja irritante, mas ver traços de gente que odeio nela é...irritante. Como pode um ser humano, de capacidades mentais assustadoramente altas, se tornar violento e tremendamente forte?

Para aquele corpo era demais, eu sabia. Eu a acompanho faz muito tempo. Mesmo quando ela voltou para escola normal. Ela diria que eu sempre fui doentio, mas será?

Após se aproximar de Ayato ela se tornou bruta. E eu acompanhei seu desenvolvimento físico, era surpreendente, ela conseguia erguer coisas que jamais achei que ela conseguiria.

Delirei nos sonhos de ambos numa confortável biblioteca, lendo, e discutindo ideias loucas que liamos e exprimíamos do conhecimento universal.

Quando ela chegou em nossa casa ja sabia o que esperar, ela não era mais uma flor, era um demônio encarnado.Mas eu, fraco eu, nunca imaginaria aquele pequeno beija-flor como uma assassina em potencial.

Minhas tentativas de tê-la eram em vão. Ela me via como servo, como algo a mais, não como amante.

Qual deficiência possuíam aqueles pequenos olhos castanhos, que sempre irradiavam um brilho vermelho intrigante e consumista?

Passei noites em claro numa pequena poltrona em seu quarto. A olhando dormir, tão frágil. Mas a resposta não vinha a observando. A resposta na vinha pelo silêncio.

Tomei seu sangue, mas parecia não bastar. O que diabos é esta sede inútil e deplorável que me cerca?

Quando dormi com ela, estranhamente, tudo sumiu. Pude relaxar e a observar por horas a fio, tranquilo de sua integridade e da sua momentânea delicadeza.

Mas, ao deixar seus aposentos vejo Ayato. Fazia-se do seu tempo, como de costume, coisas tolas. Ele agora tentava jogar um ioiô longe e fazer qualquer manobra com sua falha coordenação motora.

Eu passei por ele mas notei seu sorriso. Um sorriso nojento, tremendamente malicioso que se direcionava ao quarto de Yuu. Para onde seguia após deixar o brinquedo de lado.

– Onde pensa que vai? - Disse sem olhar pra trás. Mas fui obrigado a parar de andar e esperar a resposta.

– Apenas torturar aquela rata. Talvez eu aproveite um pouco... - Disse ele ja na frente da porta.

Não sei exatamente o que fiz depois, apenas sei que quando dei por mim


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