Um Anjo (quase) Caído escrita por Gaby Molina


Capítulo 27
Capítulo 27 - Lady GaGa aprovou isso


Notas iniciais do capítulo

Entãão... Esse capítulo é bem animado, e potencialmente engraçado de um jeito mais babaca e menos sarcástico, porque eu sinto que a gente precisa dizer coisas idiotas às vezes, e rir de coisas idiotas



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Serena

Nada me surpreendeu mais do que chegar em casa e não encontrar Heath lá. Engoli em seco e chamei Damien, que estava no sofá:

— Ei.

Ele gostava de fingir que eu não morava ali, mas falou comigo, sem desviar os olhos do jornal:

— Que é?

— Seeler voltou para casa?

— Não o vejo desde que ele saiu com você — a acusação era evidente no tom dele.

Eu tinha quase certeza de que ele tinha se ferrado no caminho, mas fui para o lado de fora da casa e fiquei pensando em onde diabos ele poderia ter ido.

Heath

— Deveria ligar para ela para dizer que está aqui — aconselhou a sra. Fitzgerald, que se sentou na própria cadeira de balanço enquanto eu olhava para a casa de meu pai.

— Não devo nada à Argent.

— Ainda assim, ela deve estar preocupada.

— Aliviada, isso sim.

A senhora riu.

— Acredita mesmo nisso?

* * *

A sra. Fitzgerald tinha bem mais experiência em discutir do que eu, então fui para casa, mesmo querendo ficar ali em Sandsville para sempre. Era minha única conexão com meu pai. Não era muito, mas era o que eu tinha.

Quando cheguei à casa dos Stewart, encontrei uma figura conhecida sentada nas escadas, com as costas encostadas na porta da frente.

— Seeler! — Serena correu até mim. Parecia prestes a me abraçar, mas então se lembrou de que eu estava puto com ela. — Achei que tivesse se perdido. Ou... pior.

— Já sou bem grandinho, posso cuidar de mim mesmo. Não posso dizer o mesmo de você, no entanto. Não deveria ficar do lado de fora tão tarde.

Minha intenção era parecer frio e desprezível, mas simplesmente acabei soando como um cachorrinho preocupado.

— E então? — ergui uma sobrancelha. — Vai me dar licença ou não?

— Seeler, eu só queria que você tivesse uma chance! Nem isso eu tive!

— Nem se dê ao trabalho — murmurei. — Vamos parar de fingir que fazemos algo que não seja para nossos próprios umbigos gordos, está bem?

Apesar de seu umbigo não ser gordo. Na verdade, ele é adorável.

— Eu realmente queria ajudar você — disse ela, evitando olhar para mim.

— Já ajudou o bastante — resmunguei.

Serena suspirou e abriu a porta. Correu para o próprio quarto e lá ficou.

— Não vou para o Inferno hoje? — Damien, que estava no sofá, ergueu uma sobrancelha para mim.

— Não — respondi, subindo as escadas. — Mas tenho quase certeza de que o meu finalmente chegou.

— Seeler, faça um favor ao universo e esqueça essa garota.

— Anotado — falei e tranquei a porta de meu quarto.

Serena

— Ainda não está falando comigo? — sentei-me ao lado de Heath na hora do intervalo. A resposta dele foi uma mordida enorme no sanduíche de peito de peru. — Seeler. O que quer que eu faça? — sem resposta. — Ainda está preso à aposta, e estou pedindo que fale comigo.

— Acredite em mim, você não quer ouvir o que eu tenho a dizer — disse ele com a boca meio cheia.

Um pequeno pedaço de alface estava grudado no canto de seu lábio. Eu bem que queria tirá-lo de lá.

Hmmm... Com a mão, é claro.

— Só quero ouvir a sua voz.

— É tudo minha culpa. Eu fui um idiota. Você usa todo mundo para conseguir o que quer — ele suspirou. — Fui idiota em pensar que não me usaria também.

— E o que eu quero, Seeler? Apenas me diga.

— Você quer o que não pode ter. Como sempre — ele revirou os olhos e se levantou.

Levantei-me também.

— É essa a mentira que está contando a si mesmo? Que eu usei você? Pelo amor de Deus, Seeler. Eu sei que dói para caralho, mas eu não sou o Oráculo. Não tinha como saber. Essa é a consequência de lutar por algo que quer. Pode acabar bem. Ou não.

— É, e qual a consequência de não lutar?

— Você vive infeliz com a sua vidinha miserável pensando naquela garota que conheceu quando tinha dezessete anos, em tudo o que poderia ter feito, mas foi covarde demais. Você morre atolado nos próprios e se.

— Eu estava disposto a arriscar tudo por você — ele me encarou pela primeira vez desde que descobrira sobre a morte de seu pai, mas desejei que não o tivesse feito. Eu sempre associara os olhos de Heath com ternura, mas a ternura se fora. — E o que você fez? Ah, é. Você me deu as costas. E depois? Me deu as costas de novo. E de novo, e de novo. E agora é a minha vez.

E então ele saiu andando. Eu não o segui. Senti uma mão pegar na minha. Achei que fosse Chad aproveitando que eu estava um caco, mas era Audrey.

— Sem perguntas — prometeu ela. — Pode apenas chorar no meu ombro.

— Não vou chorar por ele — falei, certa. — Vou chorar pela fome na África, pela guerra no Oriente Médio, pelo cachorro que eu vi abandonado hoje na rua, mas não por Heath Seeler.

Audrey riu, mas assentiu e me abraçou.

— O que, exatamente, acontece entre vocês dois?

— Sem perguntas, lembra-se?

Ela suspirou.

— Merda. Precisa de uma Intervenção?

Intervenção era um sinônimo para Audrey dormindo lá em casa com dez potes de sorvete e filmes da Audrey Hepburn. Talvez uma sessão de Diamonds Are A Girl's Best Friend ou algo do tipo.

Assenti.

— Beleza, passo lá às sete — prometeu ela.

* * *

— Seeler, coloque uma porra de roupa. Audrey está vindo para cá — revirei os olhos quando peguei Heath de toalha na cozinha à noite.

Ele sempre estava de toalha pela casa, o que irritava Damien para caralho, enquando eu fingia que me irritava, o que também irritava Damien para caralho.

O fato de eu respirar irritava Damien para caralho.

Mas naquele momento eu realmente estava irritada, porque Audrey não conseguiria calar a boca se visse Heath de toalha.

— Tenho prova de Química amanhã — disse ele.

— Eu já falei com a sra. Stewart. Tarde demais para cancelar.

— Deus, eu odeio você.

Sorri quando a campainha tocou.

— Coloque uma porra de roupa. Agradeço.

Heath subiu antes que Audrey entrasse em casa, o que apreciei.

— Pronta? — ela mal conseguia segurar os filmes e potes de sorvete.

Peguei metade deles.

— Pronta.

E então subimos para o meu quarto. Joguei os potes e os filmes na minha cama. Estávamos vestindo pijamas, como sempre. Sentamo-nos na minha cama.

Audrey pegou uma colher e apontou-a para mim, como um microfone.

A kiss may be grand / But it won't pay the rental / On your humble flat / Or help you at the automat...

— Por mais que eu ame a Monroe — Audrey me fitou, terna. — Precisamos conversar, Serena. Conversar de verdade.

Suspirei.

— Ok.

— O que machuca?

— Ele.

— O que te faz se sentir melhor? — Ele! — funguei. — E sorvete.

Ela sorriu e me passou um pote de sorvete de chocolate.

— O que aconteceu, S.?

Imaginei que Heath não ia gostar que eu contasse sobre seu pai a Audrey, mas ele já estava tão puto que dane-se.

— O pai dele é inglês — contei. — Mora em uma cidade aqui perto. Passamos a semana toda procurando-o. Na verdade, a ideia foi minha, e ele estava meio hesitante. Mas aí descobrimos que... o pai dele morreu. E, tipo, eu sabia que era uma possibilidade, porque eu vi num jornal antigo de Sandsville que um Seeler tinha morrido há alguns anos, mas ainda havia mais nove Seelers na cidade. Heath ficou bravo para caramba por eu não ter contado isso a ele.

— Entendi. E agora?

— Agora... Bem, ele vai voltar para os Estados Unidos em breve, então acho que foi melhor assim.

— Vocês dois estão parecendo protagonistas de filmes de terror depois de uma semana na casa mal-assombrada. Acredite, não está nada bem.

Abri um leve sorriso.

— Para que lutar? Não vamos mais nos ver.

— Ele pode vir visitar.

Fiz que não com a cabeça. Se ela soubesse...

— Eu mereço isso — funguei. — Só quero que as coisas voltem a ser como eram antes.

— É, você definitivamente passava menos tempo na detenção naquela época.

Ri um pouco.

— Não posso discordar.

Heath

Passei a noite praticamente em claro, só estudando. Nem sabia direito por quê. Eu não ia ficar em Nottingham, mesmo. Mas estudei. Estava estudando há mais de uma semana, e agora ia fazer valer a pena.

Estava prestes a bater na porta de Serena na manhã seguinte quando ouvi uma parte da conversa dela e de Audrey:

— E Chad? — perguntou Audrey.

— Hã... Ele me beijou uma vez.

— E...?

— E eu afastei-o.

— Por quê?!

— Por que você acha?

Abri um pequeno sorriso bobo, até me dar conta de o que tinha acabado de ouvir. Aquele demônio maldito ia pagar. E se cair do Céu doía para caralho, aquilo ia doer bem mais.

Bati na porta do quarto. Serena abriu-a logo depois, terminando de calçar suas botas. Arrumou a própria saia preta e focou seus orbes azuis em mim.

— Oi, Argent.

Ela semicerrou os olhos.

— Você ouviu.

Ela me conhecia bem demais.

— Ouvi o quê?

Sabe o quê.

— Acabei de chegar, não ouvi nada.

— Como quiser. Vamos?

— Vou caminhar até a escola. Imaginei que você fosse com a Audrey.

— Nada disso. Vou caminhar com você.

— Você está de salto.

Ela revirou os olhos e tirou as botas rapidamente, calçando sapatilhas pretas no lugar.

— Não estou mais. Tchau, Drey!

— Tchauzinho, S.!

Era impossível se livrar de Serena. E olha que eu tentei. Como minhas pernas eram mais compridas, eu tinha uma certa vantagem em andar mais rápido.

— Heath — Serena me chamou pela vigésima terceira vez. Ou vigésima quarta. Não sei bem. — Você ouviu, né?

— Ouvi o que, Argent?

— Não se faça de idiota, apesar de você ser bem estúpido na maior parte do tempo — ela começou a correr mais rápido para me acompanhar. Logo estava ao meu lado na calçada. — Você ouviu, né? Né? Né? Né?

— Argent, cale a boca.

— Não — ela retrucou.

— Né? Né? Né?

— Pelo amor de Deus, o que eu posso fazer para você calar essa porra de boca?

Ela abriu um pequeno sorriso malicioso.

— Tenho uma ideia.

Golpe baixo.

— Não. Ainda estou bravo demais com você.

Ela ergueu uma sobrancelha e se aproximou de mim.

— Não me convenceu — dito isso, me beijou nos lábios.

— Isso não conserta as coisas — sussurrei.

— Shhhh — pediu ela e voltou ao beijo.

Não, isso definitivamente não consertava as coisas.

Mas eu queria mesmo assim.

* * *

Eu queria muito socar aquela cara sorridente do Reynolds, mas guardei para mais tarde. Nos encaramos por um minuto. Ele também queria muito socar a minha cara. Serena provavelmente fora reclamar sobre como eu não estava falando com ela. Coitadinha.

Ou talvez fosse apenas porque o batom dela estava todo na minha cara.

É, isso também.

Bem, problema dele.

Serena

Sexta-feira era um excelente dia para começar uma revolução. Um detalhe sobre as pessoas do Teatro: elas falam para caramba. E não sentem a necessidade de serem ouvidas. Só precisam falar.

Mas eu não era do Teatro. E eu faria a escola toda ouvir.

Nós lutávamos por duas minorias que abrangiam basicamente todo o povo do Teatro: as mulheres e os homossexuais. Heath argumentou que não se encaixava em nenhuma das categorias, comentário ao qual respondi com um simples:

— Cale a boca e erga esse cartaz direito.

Um dos caras do Teatro — sempre super héteros — levou um rádio e colocou Born This Way no último volume. Não seria minha primeira opção, porque eu não levaria uma manifestação que tivesse Lady Gaga como música tema a sério, mas não havia mais nada que eu pudesse fazer, exceto cantar junto. Então fiz isso.

Invadimos os corredores na troca de aula. O único motivo para Heath estar lá, segundo ele, era:

— Aula de Física é realmente uma bosta — comentou ele.

— Então não tem nada a ver comigo?

— Por que teria algo a ver com você?

— Nem um pouquinho?

Ele riu e colocou o braço em volta de meu ombro.

— Vá logo fazer a sua revolução.

— Vou precisar da sua ajuda — abri um sorriso diabólico.

Heath

A minha ideia de "ajudar Serena com a revolução" era qualquer coisa, menos passar o dia inteiro sem camisa.

— Sr. Seeler — a sra. Willson franziu o cenho quando me viu. — Pode me explicar sua vestimenta?

— Estou protestando — declarei.

— Contra...?

— Espere um segundo — desamassei o papel que Serena me entregara. — Contra a desigualdade entre sexos, a maior aceitação de falta de modos masculina, a pressão sobre os "bons modos" femininos quanto ao vestuário, e...

— Quem escreveu isso? — ela ergueu uma sobrancelha.

—... Eu.

— Argent — disse Chad ao meu lado, com um grande sorriso no rosto. — Serena Victoria Argent.

* * *

— Srta. Argent — a sra. Willson trouxe Serena à classe. — Pode explicar?

— Bem, este é um movimento contra a desigualdade entre sexos, a maior aceitação de...

— Isso eu já entendi. Porém, por que acha que seus colegas são obrigados a ver o sr. Seeler nessas condições?

— A gente não se incomoda — uma das alunas suspirou, me secando. — Nem um pouco.

— Cale a boca — Serena cerrou os dentes. — Piranha — acrescentou baixinho, mas não acho que mais alguém tenha ouvido.

— Eu acho que, se a Argent quer protestar, ela deveria tirar a blusa — defendeu um dos caras.

Toda a massa masculina concordou.

— Shhh — censurou Phillip.

Olha só quem está com medo de apanhar. De novo.

"O ALEMÃO FALOU

SE FALOU TÁ FALADO

VAI METER PORRADA EM QUEM DER O RABO!

MAS O CHU— O CHU— O CHUCK NORRIS DEFENDEU

OS HOMOFÓBICOS NÃO CALARAM A BOCA E TODO MUNDO SE FODEU!

HOMOFÓÓÓBICOS!

QUEM VAI PRO INFERNO SÃO VOCÊS!

HOMOFÓÓÓÓBICOS!

DEIXA A GENTE SER GAY!"

Foi essa a massa que invadiu a sala de aula jogando todos os cadernos, papéis, materiais — tudo — para cima, batendo palmas com alguma música da Lady Gaga atrás.

— JAAAAAACK! — Serena gritou por cima de todos eles (um grande feito, eu diria). — Eu falei para não cantar essa, poxa!

— Como quiser, chefe!

"CHANEL JÁ DIZIA

LOUBOUTIN FOI CONCORDAR

SÉCULO XXI

CADA UM SABE O QUE FAZ!

SE É CERTO

ERRADO

NÃO CABE A VOCÊ JULGAR

NÃO CONDENE ALGUÉM POR TER UM JEITO DIFERENTE DE PECAR!

VOCÊ, PADRE

DIRETOR OU PRESIDENTE

CONTINUA PECADOR

NÃO É DIFERENTE DA GENTE!

LIBERDAAAAAADE!

O AMOR QUER O QUE ELE QUER!

LIBERDAAAAAAADE!

FELICIDADE É O QUE HÁ!"

— Esse foi o que eu aprovei — comentou Serena, orgulhosa.

— Eu gosto mais do primeiro — comentei.

Ela me fuzilou.

Serena

Talvez eu deva contar, exatamente, como acabei sendo suspensa. Não é uma história muito longa, na verdade.

— Parem isso agora e voltem para a aula! — berrou a coordenadora.

— Peça desculpas a todas as mulheres pelo incidente do vestiário! — berrei de volta.

— Srta. Argent, eu já disse que...

— CHANEL JÁ DIZIA! LOUBOUTIN FOI CONCORDAR!...

— Certo, Argent, eu talvez tenha sido um pouco injusta, mas...

— E me deixe colocar um personagem homossexual na peça!

— De jeito nenhum!

— SÉCULO XXI, CADA UM SABE O QUE FAZ! I'M ON THE RIGHT TRACK, BABY, I WAS BOOORN THIS WAY!

— Parem isso agora e voltem para a aula ou vou suspendê-los!

Fez-se silêncio por um minuto. E então Jack apenas aumentou mais o volume do rádio e eu subi nas costas dele, continuando a cantoria.

Fim da história.

Heath

— Você é totalmente porra louca, sabia disso? — encarei-a, sorrindo, quando a coisa toda acabou.

Eu deveria estar bravo com ela, mas simplesmente tinha de admirar o quão corajosa e suicida ela era.

— O povo do Teatro organizou a maioria das coisas — ela deu de ombros. — Vamos procurar o Damien.

Ela me arrastou até o laboratório, onde encontramos Damien conversando com Liam Johnson, que fazia Matemática comigo.

Damien bufou, acenou levemente para Liam e correu com o material escolar até nós.

— Fez um amigo? — perguntou Serena.

— Parceiro de Biologia — corrigiu ele. — Um parceiro que parece ter enorme dificuldade em entender o que são biomas.

— Liam é um cara muito legal — defendeu ela. — E aí, Johnson?

— Argent! — Liam sorriu, acenando.

Eu já estava fazendo minha expressão involuntária e injusta de Argent, quem é esse Liam?! quando ele falou:

— Aposto que não vou te ver aqui na segunda.

— O mesmo para você, bravo companheiro.

Ele riu.

— Acho que aquele primeiro grito de guerra foi um pouco demais. Sabe como Jack é.

— Tenho quase certeza de que você sabe melhor do que eu...

— Vá à merda, Argent — ele revirou os olhos, empurrando-a. — De qualquer forma: não acabou, certo?

— Claro que não! Foi só o começo! Só acaba quando a Rainha da Inglaterra me disser que eu não posso colocar um personagem homossexual na droga de peça!

— Ao menos os ensaios se tornaram interessantes. Antes era tudo uma merda monótona.

— Eu sei, né? Bem, tenho que ir, senão o Seeler vai ficar a tarde toda reclamando. Tchau, Liam — ela abraçou-o.

— Tchau, Argent! Até terça.

— Pode deixar!

Quando saímos dali, Damien foi o primeiro a explodir:

— Argent, você foi suspensa?! Heath, onde diabos você estava?!

— Ela está com todos os membros do corpo, não está? Meu trabalho é esse. Precisaríamos de um exorcista para fazê-la parar aquele protesto — contestei. — E eu só sou meio-anjo.

— A coordenadora disse que vai deixar como uma suspensão verbal — defendeu Serena. — Não vai para o meu histórico. Alguém tem ideias para o fim de semana?

— Ficar quietinha no seu quarto tornando meu trabalho mais fácil? — sugeri, esperançoso.

Ela soltou uma risada alta.

— Claro!... Que não. Ei, eu tenho uma ideia. Duas, na verdade.

— Possivelmente letais?

— Nem um pouco. Talvez um joelho ralado. Mas só se for o seu.

— O que é?

Ela sorriu.

— Você vai ver.


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Notas finais do capítulo

Alguém arrisca qual é a ideia da Serena? Hehe