—Senti tanto a sua falta! —George apertava Hermione contra seu peito. —A ultima vez que eu te vi acordada foi no nosso encontro em Hogsmeade que você ficou com ciúmes.

Hermione corou e o olhou.

—Eu não fiquei com ciúmes! —Empurrou o rapaz e cruzou s braços.

—Claro que não! —George revirou os olhos.

—Como está Rose? Harry e Gina? —Hermione demonstrava ansiedade. George sentou-se na beirada da cama e segurou a mão de Hermione.

—Hey, calminha Srta. Apressada. —Repirou. —Rose passou esse tempo todo com minha mãe e Fleur, está bem. Harry vêm sempre que é possível e Gina veio algumas vezes, ela fica ajudando com a casa.

Hermione sorri.

—Desculpa por ter estragado nosso segundo primeiro encontro com... —Revirou os olhos. —...Ciúmes!

George a olhou.

—Realmente está preocupada com o nosso encontro? —Ergueu uma sobrancelha e viu Hermione assentindo ruborizada. —Quando você sair daqui teremos mais chances de um próximo encontro.

—Claro! —Hermione acariciou a mão do ruivo. —George...

O ruivo colocou um dedo nos lábios da garota, segurou seu rosto delicado e aproximou-se lentamente. Seus lábios à poucos centímetros, apenas um movimento e selariam em um beijo, mas o suposto medi-bruxo entrou e atrapalhou.

—Com licença! —O rapaz ainda era novo, e sua voz muito familiar adentrou pelo lugar. —Perdão!

—Malfoy? —Hermione parecia surpresa, George, porém, estava na mesma posição, olhando o travesseiro da garota.

O loiro assentiu. Hermione passou seu olhar para o ruivo que passou a sentar-se na poltrona ao lado.

—Malfoy é seu medi-bruxo! Ele cuidou de você e acompanhou seu caso desde o principio. —George explicava sem ânimo algum.

—Exato, e devo acrescentar que fiquei feliz em saber que finalmente acordou Srta. Granger! —Sorriu e começou a examinar Hermione, primeiro os olhos e depois a boca. Hermione observava todos os seus movimentos. —Respire fundo e solte o ar várias vezes.

Utilizou o estetoscópio.

—É estranho! —Murmurou Hermione. Malfoy sorriu galanteador.

—Digo o mesmo!

—Sem nenhum xingamento ou provocação...

Malfoy riu e guardou o equipamento.

—Mudanças acontecem! —Diz. —Como você ter se tornado uma louca imprevisível a ponto de ficar em coma!

—Touché! —Hermione sorriu e Draco acompanhou.

—Pode voltar para casa amanhã, passa a noite aqui em observação! —Falou olhando para a porta onde passavam várias pessoas. —Acredito que o Sr. Weasley fique aqui contigo.

Aproximou-se de Hermione como um abraço, que foi observando minuciosamente por George tomado pelo ciúme.

—A enfermeira entra às 10h. —Disse no ouvido de Hermione que entendeu muito bem o recado. Em seguida o loiro saiu fechando a porta.

—Quem ele pensa que é? —George reclama.

—O homem que cuidou de mim por seis meses! —Hermione riu da expressão irritada do ruivo.

Conversaram pelo restante da tarde, Hermione recebeu a visita de Harry e Gina que xingou a amiga e o namorado por ter aceitado fazer o feitiço. Todos se foram, menos George.

—Você não precisa ir? —Hermione perguntou fechando a cortina com um aceno da varinha.

—Está me mandando para casa Srta. Granger? —George tentou imitar a voz sedutora que Malfoy usara antes de sair, mas só fez Hermione rir.

—Ele não fala assim! —Continuou a gargalhar.

—Certo, mas ache que preferia ruivos e não loiros! —Falou carrancudo.

—Hey, ele é apenas meu médico. Você é meu... —George percebeu a falta de palavras e sorriu.

—Já que eu sou o seu alguma coisa, posso dormir com você? A poltrona é muito dura e já adquiriu o formato do quadril do Ronald!

—Ele deve passar bastante tempo aqui! —Hermione riu.

—Acredite, ele leu Hogwarts: Uma história! —George riu. —Mas então? Posso?

—Claro! —Hermione riu da velocidade em que o ruivo deitou-se ao seu lado. A cama era pequena, mas confortável. George abraçou Hermione que afundou seu rosto no pescoço do rapaz. —Eu lembrei de tudo!

George surpreendeu-se.

—Fred e eu estávamos no relacionando, mas não namorávamos! —Disse como em um sussurro. —E você sempre do meu lado!

George apertou mais Hermione.

—Sempre estarei! —Beijou a testa da garota. —Durma bem Hermi!

E com aquele abraço, Hermione adormeceu junto do corpo de George.

.....

O sol já havia nascido e os pássaros novamente pousaram na janela para cantar, a cortina ainda estava fechada o que impedia os raios do sol entrarem.

—Hermione! —Um grito alto fez a garota levantar e empurrar George da cama. O barulho de George caindo fez Draco rir alto. —E enfermeira já está vindo!

Hermione agradeceu e ajeitou-se na cama. Enquanto George que ainda reclamava jogou-se na poltrona.

—Aquela doninha albina! —Murmurou com a mão na cabeça, provavelmente se machucara com a queda.

—Desculpa, não queria ter te empurrado! —Diz envergonhada.

A enfermeira entra e entrega para Hermione uma bolsa.

—São suas roupas, está liberada. Só precisa assinar aqui! —Hermione assinou o papel e se levantou. —O doutor Malfoy virá buscar esse papel.

E garota se retirou.

—Doutor Malfoy! —George zombou.

—Vou me vestir para sairmos daqui... —Pegou a bolsa. —Antes que você azare alguém!

Hermione vestiu sua calça, seu pesado casaco de inverno e sua manta da Grifinória.

—Vamos? —Perguntou ao ruivo que se aproximou e selou seus lábios rapidamente. —Por que a pressa?

—Antes que o Malfoy entre e estrague esse também! —Sorriu. Em segundos o loira entrou no quarto.

—Bem, vejo que está pronta e que não abandonou o cachecol de Hogwarts! —Riu. —Espero não te ver tão cedo! —Sorriu, Hermione se despediu, mas foi impedida. —Tchau.

Draco lhe entregou uma flor amarela.

George o fuzilou e andou na frente por todo o hospital.

—George, ele apenas foi educado! —Hermione insistia.

—Ele estava dando em cima de você! —Retrucou.

—Certo. Mas eu não aceito galanteios a não ser de ruivos! —George sorriu e entrelaçou seus dedos.

—Para sua casa ou para a Toca? —Perguntou.

—Para a minha casa! —Sorriu e aparataram em frente ao jardim de Hermione.

A garota o observa.

—Achei que as flores morreriam! —Disse observando as rosas em um vermelho esplendoroso.

—Gina também veio aqui algumas vezes, você sabe... Pegar as coisas de Rose, algum brinquedo ou roupa!

Hermione assentiu. Ao entrar jogaram-se no sofá e ali ficaram pelo resto da manhã.