Times Like These escrita por Frances Bean


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/421059/chapter/6

POV Gabriele

EU ODEIO ESSA MERDA DE PAÍS!

Faz 3 dias que não falo com Percy, minha mãe fica fingindo que tudo está igualzinho a antes, MAS NÃO ESTÁ! E o pior é que hoje eu fui à droga da aula, e o que eu encontro? MONSTROS! Uma suposta hibrida de um vampiro com humano, o que eu nem julgava ser possível e um lobo, e eu sei que há mais deles lá.

A sorte é que minha mãe nos faz sair de casa armados até os dentes com tudo que é tipo de coisa: espadas, arco e flecha, armadilhas... Tudo feito de bronze celestial, o metal precioso dos deuses. Além disso, sempre carregamos um suprimento de néctar e ambrosia, um alimento feito por deuses, o qual sempre comemos quando estamos feridos para nos recuperarmos.

 Eu esbarrei na híbrida, a qual se chama Ariane, e já saquei a espada assim que percebi que a pele dela era mais dura que uma pele humana. Eles começaram a discutir, mas eu já tinha tudo sobre controle, era simples: deixaria a espada cair, deixaria eles se distraírem, puxaria o arco, daria uma flechada no lobo, recolheria a espada e cortaria a cabeça da híbrida, tudo em menos de um minuto. Eu já fiz isso várias vezes, é para isso que somos treinados no acampamento, depois seria só manipular a névoa ( que controla o que os mortais podem ou não ver do nosso mundo) e fazer com que o humano pensasse que nada aconteceu.

Mas eu pude fazer isso? Não, porque meu irmão estúpido chegou todo com um papo de “vamos resolver com calma, blábláblá, guarde a espada!” Tipo... É o Jason! Ele nunca para pra conversar com monstros por perto, ele lhes corta a cabeça sem nem pensar, é automático. Ao invés disso ele apenas falou para que ficassem longe de nós e não nos oferecessem riscos, ai não ofereceríamos riscos a eles.

Quando chegamos em casa ele me disse que notou que eram diferentes, pareciam não ter interesse em nos matar como os outros monstros, mas ainda sim apresentam certo risco e vamos ter que tomar mais cuidado. Depois ele disse que nossa mãe queria que saíssemos para comer alguma coisa, mas não aceitei. Não agüento mais ela tentando nos fazer acreditar que essa é nossa casa, pode até ser a deles, mas não é MINHA casa.

Minha casa é aquele apartamento com músicas do Nirvana tocando alto o dia todo e os vizinhos reclamando, a janela com vista pro Central Park e os gritos do Percy me chamando lá em baixo. Era assim que vivíamos em NY.

É isso, minha casa é onde estão a minha escola, meus velhos amigos, o Percy... Não isto aqui! Tudo bem que moramos perto da CN Tower, uma torre maneirinha que você sobe e enxerga toda Toronto, que é onde moramos agora, mas eu sinto falta da Estátua da Liberdade, do Central Park e do Olimpo... Morar perto do Olimpo me fazia sentir como se tivesse meu pai próximo a mim, como se ele pudesse me ver! É uma fantasia estúpida de menininha, eu sei meu pai não perderia seu tempo de deus me observando, mas eu gostava de imaginar isso... Agora nem imaginar em consigo.

 Meu irmão está adorando, já fez amizade com uma garota que ele descobriu ser filha de Afrodite, ou seja, linda de morrer. O nome dela é Piper, e ele disse que era a garota mais encantadora que ele já conheceu.

Não entendo essa sorte que todos têm no amor. Eu já tive um namorado, longa história... Mas só, não me apaixono perdidamente por ninguém e, que eu saiba, ninguém se apaixona perdidamente por mim, além dos idiotas que mexeram comigo hoje.

Percy sempre diz que vou encontrar um cara ideal, mas... Eu não quero encontrar um cara, eu só quero sobreviver. É assim que semideuses vivem: só esperam sobreviver ao dia seguinte.

A merda do gravador ta apitando, como sempre, o que significa que a bateria vai acabar... Hoje foi o dia em que mais disse coisas aqui, talvez porque seja o dia em que me sinto mais sozinha, sem o Percy ou o Jason pra conversar e com todo o lance dos monstros estúpidos.

Por falar neles, a tal Ariane, a híbrida, teve a audácia de chamar minha mãe de puta! Obviamente, como não ouço nada calada, disse que puta era a mãe dela, e o que ela me responde? Que a mãe dela morreu. Então que não falasse da minha! Odeio vampiros, lobos ou qualquer outro tipo de monstro! É por causa deles que temos que treinar incansavelmente.

BLAM!

Que legal, a porta da frente bateu com tudo, o que significa que minha delicada mãe chegou do mercado... Vou desligar e tentar convencê-la de novo a nos mudarmos daqui. Somos ricos, poderíamos ir pra Miami, porque aqui?

Michelle: NADA DE MUDANÇA DE NOVO!

Que ótimo, estou vivendo meu inferno pessoal...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Times Like These" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.