Correr. Correr. Correr. Era isso que a jovem de longas madeixas brancas pensava. Era isso que fazia. Ela corria. Corria dos homens que a queriam. Corria dos homens que a matariam. Mas ela não queria morrer. Ela não iria morrer. Não mesmo.

Fugir. Fugir. Fugir. Ela sabia que precisava fugir. Se não, algo péssimo a esperava. E a jovem, criança, na verdade, não queria ficar para descobrir. Não, ela não iria cometer tal ato de suicídio. Não agora. Talvez nunca. É, com certeza, nunca.

Uma porta! A menina parou. Bateu uma, duas, três vezes. Não conseguia notar nada ao seu redor, apenas a porta. Bateu novamente. Toc, toc, toc. Seus joelhos enfraqueceram. Então bateu outra vez, mas dessa vez, seu alvo foi o chão. Alvo inconsciente. Sua visão se turvou.

- Mas o quê...? – Ouviu alguém dizer. Forçou a vista e encontrou um homem de negro. O cabelo tinha a mesma cor que as roupas, e os olhos eram de um escarlate profundo.

- A... Ajude-me... – Sussurrou e as forças deixaram seu corpo.

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- Jovem Mestre?

- Algum problema, Sebastian? – Ciel ergueu os olhos e se deparou com uma cena curiosa. Sebastian trazia em seus braços uma jovem de cabelos albinos. A pele era excessivamente clara, e os lábios extremamente carmesins. Usava um vestido azul claro parecido com os de Lizzy, porém sem tantos babados e penduricalhos. E no dedo médio, um anel com um grande rubi escarlate se sobressaía na pele clara – Quem é ela? O que aconteceu?

- Eu não sei. Apenas a encontrei na porta, desmaiada. O que faremos, Jovem Mestre?

- Leve-a para um dos muitos quartos, faça um chá e algo para comer. Ela está ferida?

- Não, senhor.

- Ótimo. Quando acordar, pergunte quem é e onde mora e a mande de volta. Já tenho problemas demais para resolver.

- Yes, my Lord.