POV Katniss Everdeen

Eu e meu grupo estávamos sentados na grama descansando e decidindo quem iria participar da prova de resistência. Até aquele momento havíamos escolhido os óbvios, ou seja, Cato, Finnick e Percy.

– Eu também posso participar – Eu falei e Cato me olhou com uma cara estranha – O que foi?

– Você é mulher, não vai ter força física – Cato me disse.

– Não fala isso, Cato – Leo disse – Se não você mesmo vai experimentar a força física da Katniss com o soco que ela vai te dar.

– Tirou as palavras da minha boca – Eu falei bem séria para Cato.

– Tá bom, Katniss, você vai também – Sr.D falou daquele jeito irritado dele.

– Falta alguém ainda – Piper comentou.

– Eu não vou – Drew falou.

– O Nico então – Leo disse.

– Eu também não vou – Nico disse.

– Ah, parem de discutir, vocês são muito enrolados para o gosto – Sr.D disse – Vai você, Chase.

– Ah, por que eu, Sr.D? – Annabeth perguntou.

– Por que eu estou falando para você ir – Sr.D disse bravo.

– Vai o Valdez, não eu – Annabeth falou.

– Ah, então está bem, eu vou, mas eu quero torcida, hein, meninas? – Leo disse.

– Uhuuu, vai Valdez – Annabeth gritou – Está bom assim?

– É, está bom, mas seria legal se vocês, Annabeth, Drew e Piper estivessem com uma roupinha daquelas de líder de torcida... – Leo falou.

– Não exagera, Valdez – Percy falou – Annabeth, grita para mim também.

– Ah, claro que eu vou gritar – Annabeth falou abraçando Percy.

– Mas eu combinei primeiro, Percy – Leo falou.

– Mas ela é minha namorada, Leo – Percy rebateu.

Então os dois começaram a discutir e eu apenas revirei os olhos, pois daquele jeito não dava para descansar nem um pouco, mas então eu senti alguém me abraçando por trás e já sabia quem era, pois os garotos malucos da minha equipe falaram:

– Sai daqui, Peeta, nós estamos em reunião de grupo – Finnick gritou.

– Eu só vim dar um abraço na Katniss – Peeta falou.

– Ah, que fofo – Piper comentou e eu olhei feio para ela – Calma, Katniss eu tenho namorado, eu só comentei.

– Peeta, eu tenho que descansar, eu vou participar da prova de resistência – Eu disse.

Naquele exato momento eu acabei me arrependendo de contar a Peeta que eu iria participar da prova, pois ele ficou com uma cara de preocupado.

– Katniss, essa prova de resistência você pode se machucar – Peeta falou.

– Eu não me importo de me machucar – Eu falei – Agora, Peeta, não fica tentando impedir que eu faça a prova por que eu vou fazer.

– Ah, tudo bem, Katniss. Eu só fiquei preocupado, mas sei que você é forte – Peeta disse e me deu um beijo e foi saindo.

– Mais forte que você ela é com certeza – Cato provocou e Peeta nem deu bola.

Então depois disso eu fui descansar de verdade.

POV Charles Beckendorf

Eu, Ethan, Will, Gloss e Peeta estávamos preparados para a prova de resistência que iria ocorrer daqui a alguns minutos.

O dia havia passado muito rápido e nós descansamos apenas o necessário, pois também não sabíamos qual seria exatamente essa prova de resistência. A única coisa que eu sabia era que Silena não queria que eu fosse para essa prova, pois estava preocupada como ela sempre ficava, mas depois de eu falar para ela que eu iria para ajudar o grupo e etc. ela parou de brigar comigo e me desejou boa sorte.

– Preparados? – Derek gritou – Pois agora eu vou explicar a prova.

Nosso grupo estava preparado já (acho que menos Peeta, que estava muito nervoso). Olhei para os meus amigos dos outros grupos que também já estavam preparados e vi que eles haviam realmente escolhido os mais fortes.

No grupo do Sr. D estavam participando Percy, Finnick, Cato, Katniss e Leo (que era a exceção do grupo dos mais fortes) e no grupo do David participavam Thresh, Jason, Johanna, Luke e Gale.

– Bem, a prova é a seguinte – Derek continuou – Vocês irão receber um mapa dessa floresta onde tem, digamos, um tesouro escondido no final desse caminho inteiro. Vocês irão ter que percorrer esse caminho no menos tempo possível, ou seja, vocês vão ter que correr para chegar primeiro aqui – Ele fez uma pausa – Mas não pensem que somos burros, pois o caminho da ida não é o mesmo caminho da volta, ou seja, quem não aguentar o caminho inteiro não poderá ser resgatado na volta e nós sabemos qual o caminho de ida e volta, pois lhes daremos um GPS que nós mesmos iremos monitorar do nosso aqui.

Ele entregou um GPS para cada um dos grupos junto com um mapa.

– Então tudo o que podemos dizer é boa sorte – David disse – Ah, outra coisa! Os três caminhos são diferentes para vocês não se encontrarem pelo caminho, mas são do mesmo tamanho.

– Isso aí, estão prontos? – Derek perguntou.

– Sim – Todos nós respondemos.

Então cada time foi para uma linha de largada e o dia já estava quase virando noite e eu comecei a pensar que seria muito mais difícil correr e fazer todo aquele trajeto no escuro.

– Pessoal – Eu falei baixinho – Vamos ter que ser rápidos, pois já está anoitecendo.

Foi então bem naquela hora que Derek apitou e nós saímos correndo floresta adentro.

A floresta era boa, pois não tinha tantas árvores como costumávamos ver por aí, ou seja, não tinha muitos galhos para nos atrapalhar.

– Eu não quero perder para aqueles dois grupos – Gloss falou enquanto corríamos em uma velocidade nem muito rápida (para não cansarmos mais rápido) nem muito lenta (para não chegarmos por último).

– Ah, relax Gloss – Will disse.

– Relax nada, Will – Gloss disse – A gente tem que ganhar essa atividade.

– Gloss, eu acho melhor você parar de falar senão vai cansar mais rápido e ainda vai perder – Ethan falou.

Dessa vez Gloss ficou quieto, na verdade a maioria das vezes os garotos, principalmente, ficavam quietos com os argumentos de Ethan.

Nós corremos por mais algum tempo em uma trilha reta, mas depois ela começou a fazer algumas curvas, conforme o mapa que eu estava segurando.

– Estamos no caminho certo? Está parecendo tão longe – Gloss reclamou.

– Ih, Gloss, falta muito ainda e sim, estamos na trilha correta – Eu respondi.

– Chega! Eu não aguento mais correr – Peeta gritou – Estava segurando meu cansaço até agora, mas não aguento mais.

– Tem certeza, Peeta? – Eu perguntei – Não quer apenas que a gente descanse um pouco com você e depois vá?

– Deixa ele aí – Gloss falou.

– Ah, fica quieto, Gloss, deixa eu conversar com ele – Eu disse bravo.

– Ele está certo, eu só vou atrapalhar o grupo se eu for junto – Peeta falou cansado.

– Não é bem assim, Peeta... – Will disse.

– É sim, aliás, vocês estão perdendo tempo aqui, vão logo – Peeta falou – Eu faço o caminho de volta.

Então eu dei um sorrisinho para Peeta e nós continuamos a correr, o deixando ali, pois pelo menos eu não estava nem um pouco cansado e continuaria a correr até achar o tesouro.

POV Johanna Mason

Nosso grupo estava indo muito bem na tal prova de resistência. Nós estávamos com sorte nessa prova, pois eu jogava no time de vôlei e os garotos jogavam no time de basquete, ou seja, já tínhamos um bom condicionamento físico.

– Cara, está começando a escurecer mais – Luke disse – Onde estamos mais ou menos, Thresh?

– Estamos mais ou menos na metade do caminho –Thresh falou olhando rapidamente no mapa.

– Legal, temos que aguentar então mais metade – Jason falou e eu não consegui identificar se ele estava falando sério ou sendo irônico.

– Está tudo bem aí, Johanna? – Gale perguntou.

– E por que não estaria, Gale? – Eu falei brava – Não me dizer que é por que eu sou uma “menininha”, né?

– Não, imagina – Gale falou.

Eu revirei os olhos e continuei a correr no ritmo dos garotos, talvez até um pouco mais rápido que eles.

Foi então que a sorte sumiu de vista para mim, pois como anoiteceu, eu não conseguia mais enxergar as coisas que estavam no chão como antes que era dia, então eu tropecei com tudo e caí no chão, fazendo meu tornozelo doer muito.

– Ah – Eu reclamei.

– Você está bem, Johanna? – Luke perguntou.

– Luke, que pergunta ridícula, olha para a minha cara e veja o meu estado – Eu falei e Luke se afastou rapidamente de mim.

– Você deve ter torcido o tornozelo – Jason falou.

– É, me parece que sim – Eu falei.

– E agora? – Thresh perguntou.

– E agora eu não sei o que fazemos, pois a Johanna não vai poder caminhar e voltar, ela não vai poder nos acompanhar e também não vai poder ficar aqui sozinha – Gale falou.

– Resumindo, eu não posso fazer nada – Eu disse.

– Nós vamos ter que ceder mais alguém do grupo – Thresh falou.

– Como assim? – Luke perguntou.

Thresh revirou os olhos.

– Alguém vai ter que levar a Johanna de volta – Ele disse.

Eu pude perceber que todos eles se olharam, até Gale responder:

– Eu vou.

– Ok, então nós vamos seguir e você leva a Johanna de volta – Thresh falou – Se cuidem.

Então os três garotos restantes continuaram a correr feito loucos, enquanto Gale me encarava.

– Vamos embora? Meu tornozelo dói – Eu reclamei.

– Ok, ok – Ele falou e começou a me pegar no colo.

– Para aí – Eu gritei , mas o esforço fez com que meu tornozelo doesse ainda mais.

– Você quer ir como? Andando? – Ele falou e continuou a me pegar no colo, mas dessa vez eu deixei.

Então eu e Gale começamos a fazer o caminho de volta e quando estávamos quase chegando, Gale me colocou no chão.

– O que foi? – Eu perguntei.

– Você não é tão leve quanto parece – Gale disse.

– Sensível – Eu falei.

– Simpática – Ele falou.

Então nós começamos a falar um monte de palavras irônicas um para o outro até que ele chegou perto de mim e nós nos beijamos como sempre acontece naqueles filmes.

Quando nos afastamos, eu disse.

– Vamos voltar logo que meu tornozelo ainda não parou de doer – Eu disse.

– Ah, eu achei que com um beijo de um príncipe a dor ia passar – Gale falou me pegando no colo novamente.

– Ah, então vamos logo encontrar esse príncipe – Eu provoquei.

Ele deu uma risadinha e eu não pude deixar de dar um sorriso.

Quando vimos, já estávamos no acampamento novamente e Peeta também estava lá.

– Hum, Johanna no colo do Gale? – Thalia provocou.

– Fica quieta, Thalia, eu torci meu tornozelo no meio do caminho e ele me trouxe até aqui – Eu disse.

– Sei – Thalia falou como se dissesse: “Me conta tudo depois”.

– Traz ela aqui, Gale – David falou em tanto preocupado.

Então Gale me levou até os professores e me deixou no cuidado deles, enquanto Thalia ficava fazendo uns sorrisinhos bobos para mim e eu apenas revirava os olhos, mas é claro, mesmo que ela me zoasse eu iria contar o que havia acontecido na prova de resistência.