As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 20
Capítulo 19 - Indo Embora


Notas iniciais do capítulo

Heeeey ;3

Sei que estão com rava de mim, sei disso mas eu amo vocês de verdade.

Espero que gostem e o capítulo hoje é dedicado a JoanaMalfoy que fez uma recomendação diva ;3

Boa Leitura



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Meu coração estava saltando pela boca. Amélia veio até mim com mais dois homens, grandes e altos. Theo apertou meu pulso, podia sentir seu coração batendo desregrado.

–Nós a encontramos – gritou ela – Parem de procurar. Digam para pararem de fazer testes nos outros.

–O que vocês querem? – perguntei.

–Vamos levar você Tessalha, você não tem estado normal ultimamente – ela estava mentindo sabia disso.

–Não vou com vocês – disse.

–Você é propriedade do governo mocinha, vai vir conosco – disse de forma autoritária.

Rafaela apareceu. Seu sorriso era triste e ela pareceu não ter dormido.

–A encontramos, ela virá conosco – disse Amélia se direcionando para Rafaela – Nós temos um mandado do governo, essa garota é nossa propriedade.

–Ela é minha recrutada – disse Rafaela.

Amélia riu.

–Quer mesmo que espalhemos que vocês escondem um mostro como ela aqui dentro? Ela matou um garoto queimado o diabo sabe como ela fez isso, sabemos que há outros como ela – falou Amélia – Essa garota é um monstro e deve ficar presa para não machucar mais ninguém. Nós vamos vir amanhã com a equipe completa e levar todos aqueles que forem como ela. Muito bem, chega de conversa peguem-na.

Os guardas vieram, Theo não me segurou pelo contrário enquanto eu lutava para me manter presa a ele o mesmo fazia força para que eu me soltasse dele. Os guardas me pegaram e eu chutava e lutava contra eles. Eles me seguravam por pernas e braços.

–Não deixe que me levem – gritei – Por favor, Theo não deixe que me levem.

–Sinto muito Tessa, não há nada que eu possa fazer.

Lágrimas de raiva saiam dos meus olhos, eu sabia bem para onde estava indo.

–Não – gritei – Não me deixe Theo, por favor. Por favor.

Meu choro misturou-se a agonia de voltar para aquele lugar. Theo continuou parado apenas olhando como se não ligasse. E no fundo eu sabia que ele não ligava.

–Deem sedativos – disse Amélia.

–Não – gritei novamente chorando – Não me deixem ir.

Logo uma outra mulher aparece e ela aplica algo em meu pescoço. Theo e Rafaela foram ficando desfocados, a paisagem ao meu redor começou a se desmanchar. Já não conseguia mais me debater e os movimentos pareciam ser cansativos demais para fazer. Por fim, parei de lutar e tudo escureceu.

[...]

Acordei em uma sala branca, meus pés e mãos estavam amarrados. Algo redondo estava em minha boca, eletrodos estavam presos na minha cabeça.

–Precisamos saber o que está acontecendo com seu cérebro – disse Amélia ao lado de uma outra mulher.

Eu não conseguia dizer nada apenas fazer cara feia. Elas anotaram algumas coisas e se olharam, a mulher morena ao lado de Amélia assentiu com a cabeça e elas apertaram um botão. No momento em que fizeram isso ondas elétricas percorreram todo o meu corpo, estava levando choques que faziam meu corpo querer partir ao meio.

Eu só conseguia gritar e chorar. Porque aquilo tudo doía. Doía por dentro e por fora, doía por eu querer me lembrar dos últimos dias. Seria bom se isso me matasse.

Elas ficaram com aquilo por duas horas quanto meu cérebro se ascendia no monitor e elas não conseguiam entender ele como da última vez em que estive aqui.

Minhas forças foram acabando aos poucos, desisti e fechei os olhos.

[...]

Era o meu velho quarto de sempre, ainda estava como da última vez que estive aqui. Tudo em seu lugar. Sabia que daqui para frente tudo tendia a piorar, mas nem morrer eu morria.

Tudo passava como uma história assombrada em minha mente. Eu vendo Carolyn pela primeira vez, meus pais morrendo, eu matando Jordan. Talvez o governo tivesse razão eu nunca deveria ter saído daqui.

Olhei para o delicado pássaro que estava na corrente dourada que havia ganhado de Theo. Era tão charmoso e bonito. E a tatuagem? Me fazia querer arrancar o braço, porque eu me lembraria dele enquanto a visse.

Theo quis que eu viesse para cá, ele nem ao menos ligou quando eles me pegaram a força e me sedaram. Se ele nunca ligou para mim, então porque tudo isso? A tatuagem, o almoço, o colar? Só para fingir para os meus pais que “cuidava” de mim? Ele era um idiota. O idiota que eu estava completamente apaixonada.

Estava quebrada por dentro, derrotada, sem importância. Não havia nada que eu pudesse fazer. Nada que eu pudesse lutar contra.

E então as lágrimas vieram. Caíram pausadamente cada uma delas contendo uma dor que eu não estava mais aguentando. Nada me lembrava mais a antiga Tessa.

Eles haviam tirado minhas roupas e me dado aquele banho que me deixa com cheiro de hospital, isso enquanto eu dormia. Colocaram um conjunto cinza de camiseta e short. Meus cabelos estavam esvoaçantes e soltos me fazendo aparecer louca.

Carolyn apareceu no canto do quarto.

–Sinto muito irmãzinha – disse com pena – Eu não consegui lhe proteger.

–Porque você aparece para mim? – perguntei em voz alta, não ligava se achassem que eu era louca.

–Seu cérebro foi reconstruído pelo governo, eu não sei como mas, foi. Nisso além de desenvolver o poder de colocar fogo nos outros você pode ver almas. Pode ver mortos que não estavam prontos para ir. E eu não estava Tess.

–Então foi assim que você morreu?

Perguntei olhando para ela. Ela ainda estava deplorável. Carolyn concordou comigo.

–Eu sinto muito por não estar com você quando você precisava que eu estivesse Tess, é tudo culpa minha – disse ela – Eu não tinha que ter morrido.

–Porque quase me matou do coração quando nos vimos da primeira vez?

Ela sorriu.

–Eu não sabia dos seus dons. Eu achei que você tinha se esquecido de mim.

–Esquecido de você? Carolyn, faz ideia de como pensei em você todas as vezes? Eu te amo, você é minha irmã – sorri – Só não precisava ter me matado do coração.

–Eu não posso ir para o outro lado, algo me liga a você Tess. Talvez, eu tenha que lhe ajudar.

–Eu não quero mais ajuda – murmurei – Quero morrer aqui. Só quero a paz.

Carolyn balança a cabeça de forma negativa e desaparece me deixando sozinha para chorar novamente. Tinha medo, se eu podia ver mortos. Quantos outros eu veria?


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Notas finais do capítulo

Já vou dar meu endereço para me matarem , só não tirem meus óculos isso é covardia porque não enxergo sem ;3

Amo vocês ~correndo para não ser pega u.u