As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 17
Capítulo 16 - Fogo & Gelo


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEY RECRUTADOS ;3

Pelo Anjo, nunca fiquei tão feliz com reviwes. Pelo que percebi consegui surpreender quase todo mundo com minha história sobre o Aska e os Fryza, Lakining e Kamin. AH fiquei feliz de vocês terem gostado. Ás coisas vão ficar feias para a Tessa depois desse capítulo, por isso aproveitem a felicidade ;3

Capítulo dedicado a linda Samara que me recomendou meu bb, thanks fofa



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Aquilo tudo de Aska ainda estava sendo internalizado. Meus pais sendo parte de uma sociedade que protege sobrenaturais do governo, se eles nos descobrissem certamente ficaram fazendo testes e mais testes.

Agora fazia sentido porque quando havia me beijado Theo disse que eu estava quente, éramos como um antídoto um para o outro. Ele era o frio e eu era o calor.

Nossos pais já haviam ido deitar, papai e mamãe me prometeram levar para conhecer os outros sobrenaturais nesse andar amanhã. Segundo eles eram exato 10 andares subterrâneos e neles todos haviam pessoas que dividiam as casas.

–Vem, Tessa vou te mostrar onde você pode dormir – disse Elize.

–Lize, o que acha de esquecer esse quarto e dizer a mamãe que a Tess está onde ela queria que ela estivesse? – sugeriu Theo.

–Mas, ela mandou...

–Te compro uma arma nova se fingir não ver que Tess vai ficar aqui.

–Arma?

Como alguém promete uma arma para uma criança?

–Eu adoro armas – sorriu ela – É preciso saber usá-las se algo ruim acontecer.

–Certo fofinha, você não viu a Tess certo?

–Ela saiu correndo – riu a menina – Melhor assim.

–Muito melhor – sorriu ele afagando o cabelo dela.

Ela saltitou para dentro de outro cômodo. Theo me puxou para dentro do lugar onde eu imaginei que seria o seu quarto. Era um ambiente qualquer, com uma cama grande, paredes da cor creme, um armário marrom. Não haviam janelas, apenas uma porta que dava para um banheiro.

–Quando pensou em me contar sobre tudo isso?

–Quando eu tivesse certeza de que você confiava em mim.

–Porque fez de tudo para mim lhe odiar?

Theo sorriu e puxou-me para que ambos nos sentássemos na cama.

–Eu sabia que você tinha passado um ano no governo, seus pais me disseram tudo sobre você eu só tinha que fazer você gostar de mim para lhe fazer aqui para eles verem você – disse ele – Eu fiquei com ciúmes Tess, meus pais falavam em como você era perfeita, seus pais não paravam de me dizer que você era perfeita e quando eu te vi fiquei com raiva porque você era mesmo perfeita. Fiz de tudo para odiar você, te bati – deu risada – Mas, você era corajosa me enfrentava e estava pouco lingando para minha insanidade.

–Você não é fofo com ciúmes – dei risada – Céus garoto, você me deixou sem janta depois de ficar 1 ano comendo aquela comida nojenta. Eu só queria conseguir te bater.

–É bom que ficou magrinha – sorriu – Depois eu só queria te proteger, mesmo sabendo que você ficaria melhor sem mim e depois eu...

–Você?

–Me apaixonei por você – sussurrou – Queria estar sempre por perto, mas não tão perto ao ponto de eu lhe matar.

Fiquei quieta, paralisada apenas ouvindo.

–No ano em que você ficou presa eu não sabia dos meus dons, estava namorando e quando eu a beijei ela morreu no outro dia congelada Tess, e depois dela eu não queria matar você – disse – Então você era o quente, e eu podia lhe beijar que não a mataria.

Senti ciúmes dessa namorada, porque eu o queria. Queria o Theo para mim.

Eu me aproximei dele e beijei-o, aqueles lábios pressionando o meu gentilmente. Theo sorrateiramente fez com que nos deitássemos na cama, seu corpo ainda era frio e pressionava o meu. Nos enrolamos em um abraço. Fiquei ali deitada em seus braços.

–Sorte sua eu não ter derretido sua cara, porque você mereceu milhões de vezes – sussurrei.

–Eu sei Tess, eu Tess

Ele beijou minha testa infantilmente.

–Você o filho mais velho?

–Não, eu realmente tinha uma irmã mais velha que morreu no mesmo ano de Carolyn.

–Minha irmã te odiava mesmo?

–Oh querida, você não tem ideia de como ela me odiava. Talvez, por me conhecer bem demais.

Perdemos a fala novamente, queria perguntar tantas coisas.

–Theo – chamei no escuro.

–Sim, querida?

–Você é um espião de Sidartha na Cúpula, certo?

Theo soltou uma risadinha.

–Sim, eu sou – esclareceu – E sou tão convincente que nunca me descobriram e agora que você sabe de tudo você também é, seus pais só te criaram na Cúpula porque eles começaram a desconfiar que o governo sabia sobre você e infelizmente eles sabiam.

–O governo tem registros, como ninguém nunca lhe pegou?

–Rafaela sobe sobre nós, ela nos mantem perfeitamente escondido. Ela teve os dois pais mortos quando eles mataram os praticantes do Aska.

–Rafaela má – brinquei.

Ele entrelaçou nossas mãos, quanto mais perto eu ficava dele mas, sabia que algo logo ficaria errado.

–Tess, você...

–Eu?

–Nada não.

POV Theo

Tessa dormia serenamente nos meus braços, parecia tão irreal que eu mal conseguia distinguir o que era real e o que não era. Seus cabelos estavam enroscados em meus dedos frios, ela respirava calmamente que quase parecia estar morta.

Eu estava preocupado, Tessa tinha os episódios em que via Carolyn isso não deveria acontecer por muito tempo como aconteceu comigo, minha irmã desapareceu e não demorou.

Ouvi batidas leves na porta, tão leves que Tessa não acordou. Levantei sem fazer barulho e arrumei ela melhor na cama, e sai tranquilamente para ver quem era.

Abri a porta e vi minha mãe sorrindo, olhou para dentro do quarto e viu Tessa dormindo o que a fez sorrir mais ainda.

–Queremos que você conte tudo sobre a Cúpula – pediu ela felizmente desviando do assunto – Deixe ela dormir querido, Tessa tem muito a aprender em tão poucos dias, é bom que ela descanse.

–Diz isso porque vai falar sobre ela e não quer que ela escute – aquilo saiu antes de eu pensar, minha mãe me olhou feio – Desculpe, vou deixar ela dormindo.

Saímos do meu quarto e eu fechei a porta gentilmente, no caminho encontrei Lize brincando. Mamãe instruiu que ela fosse mais tarde ao meu quarto e ajudasse Tessa a se arrumar.

Fomos para a sala com isolamento acústico, ninguém nos ouviria aqui. Todos estavam prontos sentados nas mesas, Andrômeda e Damon, por fim meu pai.

Era a sala mais equipada da casa, duas televisões enormes cobriam a parede. Elas tinham mapas de todos as divisões e dos esconderijos que o Aska tinha pelo mundo, havia uma mesa longa onde decidíamos tudo.

–Filho, é importante que você nos conte sobre tudo – pediu papai – Nossa base em Palmwoods foi totalmente abatida. Todos mortos, nenhuma sobrevivente.

Cada vez mais nós ficávamos em menor número.

–Quer dizer que o governo já sabe sobre nós? – perguntei.

–Provavelmente – disse Andrômeda – Vocês dois estão no fogo cruzado.

–Como ela está se saindo? – perguntou Damon.

–Excepcionalmente bem, Tessa se sai bem em todas as matérias possíveis. Natação, corrida, tiro ao alvo, com as armas. Ela é boa em tudo, claro que para todos ela só é boa na luta – expliquei – Já até me bateu, tem um soco forte. Antes de virmos, ela matou um garoto.

Ouve-se silencio na sala, eles tinham que saber para a própria segurança dela.

–Explique isso – pediu mamãe.

–Tessa tinha que lutar com um garoto metamorfos, ela foi muito boa mas, no final estava quase perdendo então encostou as mãos nele. Claro, nós não vimos o fogo mas uma garota viu e até surtou acusando a Tessa. O garoto, assim como com o gelo, morreu no outro dia. Não pude fazer nada.

–Não foi culpa sua – disse Andrômeda – Mas, algum “incidente”?

–A garota a acusou – enfatizei – Mesmo com Rafaela acho que vão questionar – disse – Tessa teve uma crise e saiu correndo da simulação outro dia, foi parar na enfermaria e ficou dois dias apagada. Obviamente aqueles que a estavam estudando ficaram curiosos.

–Estão atrás dela então? – perguntou mamãe – Isso é perigoso para vocês dois.

–Contudo, não podemos fazer nada prontamente – disse Damon – Com menos uma base fica difícil porque pelo que Theo disse há mais sobrenaturais por aí, o soro transformou mais pessoas do que pensamos.

–O Aska não vai dar conta, o governo está criando algo que eles desconhecem. Theo e Tessa não tentaram destruir o mundo, mas e aqueles que quiserem?

[...]

Meus pais e os de Tessa saíram para falar com uma base não muito longe da nossa. Lize ficara em casa, mesmo eu pedindo pra ela dar uma voltinha porque eu queria ficar com a Tessa.

–Ela é uma gracinha – disse Tessa no sofá da sala – Para de ser chato.

–Eu digo isso a ele a todo instante – riu Lize.

–Porque você não vai buscar cupcakes para a Tess? – sugeri.

–O que são cupcakes? – perguntou Tessa.

Lize a olhou espantada. Minha irmã nunca saiu de Sidartha. Nunca viu como as outras pessoas vivem nas divisões, a pior de todas é a Cúpula porque lá há o regime forçado. O governo manda em você e não há escolha, é estreitamente proibido ir para outra divisão. Segundo eles se você vive daquele modo é porque fez algo que lhe levou a isso, e por isso não deve mudar de suas origens.

–É melhor eu ir mesmo buscar cupcakes para a Tessa – disse minha irmã se levantando.

Ela saiu pela porta elevador. Então nós ficamos sozinhos novamente. Ela entrelaçava os próprios dedos como se não soubesse como agir e eu também pouco sabia.

–Queria viver aqui – murmurou – Não queria voltar para o campo de batalha que é a Cúpula.

–Por isso fico feliz que Elize possa viver aqui e não tenha que ter as mesmas responsabilidades que eu – disse – Mas, nós nos viramos bem lá Tess.

–Você não entende não é mesmo?

Fiquei quieto e Tessa bufou frustrada.

–Eu vou morrer. Vou morrer de qualquer jeito, com ou sem esse tal de Aska – disse calmamente – Ninguém pode me salvar, eles acham que eu sou um monstro Theo e agora que meu cérebro está parando de funcionar eles vão me matar. Amélia minha “médica” – fez aspas no ar irritada – fofocava pelos corredores, eu ouvia ela dizendo que ora ou outra eles me executariam. Ela disse uma vez que eles até podiam me deixar sair, mas que eu estava morta de qualquer jeito.

Doía ouvir aquilo porque era a verdade. Tessa estava condenada.

–Eu poderia dizer que não vou deixar isso acontecer e isso até confortaria garotas fúteis – disse sério – Mas, você é a menina mais forte que eu conheço Tess e lhe dizer isso jamais bastaria. Nós vamos lutar, eu não vou sair do seu lado. Lutaremos juntos e traremos um futuro para pessoas mais novas como a Lize.

–Você quer causar uma rebelião? Uma guerra? Porque é isso que vai acontecer se você decidir ir contra o governo. Theo se você escolher entrar em uma guerra é melhor saber pelo que está lutando

–Talvez seja você quem não entenda Tessa. Eu estou disposto a começar uma guerra por você, eu jamais deixaria que eles a levassem novamente. Eu saberia pelo que estou lutando por você – disse pegando em suas mãos – Você não é um monstro, é só a minha Tessa.

Se não fosse a Tessa podia jurar que ela começaria a chorar.

–Quer mesmo começar uma guerra contra eles?

–Se for necessário, sim – sorri.

–Então, estamos juntos – afirmou.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Querem mais?

Recomenda essa maluquice?

Até