As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 11
Capítulo 10 - Não Confie Neles, Tess


Notas iniciais do capítulo

Boa Noite Recrutados ;3

Ah, amo todos vocês e comentaram tão rapidinho que decidi postar outro capítulo.

Espero que gostem, de Theo e Tessa nesse capítulo.

Boa Leitura ;3



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Ficar naquele quarto sozinha era nostálgico e deprimente. Olhava constantemente para aquelas paredes procurando algo menos assustador do que meus próprios pensamentos. Tinha dormido apenas duas horas, porque nas horas seguintes Carolyn ficou por um bom tempo me olhando e rindo dizendo que eu estava ficando maluca.

Minha aparência era cansada e triste, porque era assim que eu me sentia naquele momento. Parecia que a qualquer momento suas mãos gélidas me matariam.

Eu só poderia ir embora depois da janta e ainda eram apenas hora do almoço, não tinha nada para fazer e nem um livro para ler. Eles foram proibidos por conterem informação de mais para nossa geração, apenas o governo tinha acesso a eles.

Murmúrios começaram a vim do lado de fora, me concentrei para escutar melhor e por mais estranho que parecesse eu conseguia ouvir com perfeição.

–Ela não precisa ser examinada por vocês, ela está bem – a voz me parecia familiar mas, meu cérebro defeituoso não conseguia relacioná-la a ninguém.

–Você está ficando maluco – disse uma mulher – Ela está enlouquecendo.

–Não, não está – protestou o homem – Eu posso cuidar disso, só preciso de tempo.

–Talvez nós não tenhamos tempo, se ela está ficando louca...

–Ela não está louca, vocês furaram ela por completo algo daria errado algum dia. Será que você nunca pensou nisso?

Tudo ficou quieto novamente.

–É eu sei – disse a mulher – Cuide disso, faça ela ficar normal de novo.

–Eu não sou normal, como quer que eu faça alguém ficar normal?

–Apenas faça. Ninguém pode saber que eu estive aqui, entendido?

–Sim, senhora – declarou o garoto.

Minutos depois uma enfermeira entrou com uma seringa em suas mãos. Não disse nada apenas aplicou aquilo no meu soro mesmo com os meus protestos.

Uma onda de sono me atingiu, meus olhos não conseguiam mais ficarem abertos. Vi Carolyn sorrir em um canto enquanto a porta do quarto se abria novamente. Acho que vi Theo entrando, depois disso tudo ficou escuro.

[...]

Theo estava sentado em um canto na cadeira exposta no quarto, pensei que agora eu estivesse mesmo ficando maluca. Ele deveria estar em QUALQUER lugar menos aqui.

Ele não dormia, mas também não estava totalmente acordado.

–O que você faz aqui agora? – perguntei.

Graciosamente ele abriu os olhos, céus como aquele garoto era bonito.

–A intenção era ir embora antes de você acordar, mas acabei pegando no sono – falou ele.

–Ainda não explica o que você faz aqui – sorri.

Theo puxou a cadeira para mais perto da cama.

–Não confio neles Tess, não confio em ninguém.

–Neles quem?

–No governo, nesse lugar que você está, em tudo – disse – Já estive no seu lugar, eles lhe dopam de remédios para quando você sair daqui só se lembrar de onde esteve.

–Eu só quero ir embora – choraminguei – Só queria ir para minha casa.

–Sinto muito querida, mas sua casa agora é aqui.

Ficamos quietos por alguns minutos. Porque ele tinha que me chamar de “Tess” e de “Querida”? Aquilo só o deixava ainda mais sedutor a ponto de eu querer beijá-lo.

–Então, você veio aqui porque não confia neles? Pensei que nossa amizade era estritamente profissional.

–Não penso assim – sorriu – Nós vamos passar muito tempo juntos, então espero que se acostume.

–Porque vamos passar muito tempo juntos?

–Você está atrasada nas atividades como a natação por exemplo querida.

–E porque isso implica em ficarmos juntos?

Theo deu uma longa e gostosa risada.

–Porque sou seu líder, você nunca vai entender isso não é mesmo?

–Talvez – dei de ombros.

–Eu vou ter que repassar as atividades que você perdeu, nós começamos no sábado.

–Sábado? – resmunguei.

–Estava pensando em sair com alguém por acaso? Pelo que sei, seu sábado está perfeitamente livre – disse bem humorado.

–E se eu tiver algo para fazer?

–Então sinto em dizer que terá que cancelar – sorriu – Porque você vai ficar o dia inteiro comigo se atualizando.

–Você adora ser chato assim?

–É o meu trabalho, Tess.

Nossos olhos estavam fixados uns nos outros. Eu não conseguia desviar meus olhos dele, Theo era bonito tinha que admitir. Seus traços firmes e bem resolvidos, seus lábios grossos e seus cabelos bronze. Não tinha o que reclamar, tinha?

–O que os outros recrutados estão fazendo? – perguntei mudando de assunto.

–Acho que almoçando, eu também disse hoje que tinha algo importante para fazer.

–Acho você um desocupado – constatei.

[...]

Theo era como um segurança. Ele não tinha saído até que eu tivesse alta, por algum motivo ele estava começando a me tratar melhor que um animal.

Depois de tomar um banho que me “desinfetava” e me deixava com mais cheiro ainda de hospital vesti meu macacão. Ele ainda me esperava no quarto o que me fez questionar que demônio o tinha possuído.

– Odeio esse cheiro de hospital – reclamei.

–Eu odeio você com esse cheiro de hospital – disse brincalhão.

–Vá embora, é simples – brinquei de volta.

–Já disse, como seu líder tenho que ter certeza de que você está bem.

–Cara, eu só vou para o meu dormitório agora como posso me machucar nesse percurso?

–Querida, a atrapalhada aqui é você.

Quando nós abrimos a porta para sair, Aylin e Rachel estavam prestes a abrir a porta do local. Elas ficaram vermelhas ao ver que Theo era quem estava aqui dentro, depois que a vergonha passou elas ficaram me olhando com cara de “hum, estou de olho em vocês”.

–Poxa, quanta consideração Tessa, nós viemos aqui buscar você e você prefere ir com o Theo? – perguntou Aylin com humor.

Em que mundo paralelo eu havia vindo parar? Desde quando minhas amigas eram amigas do Theo que agora parecia ser meu amigo? Eu só podia mesmo estar maluca.

–Achei isso imensamente ofensivo – disse Rachel.

–Ele é uma mala – constatei e ele deu de ombros.

–Desculpem meninas, eu só queria ter certeza de que ela não explodiria nada até chegar ao dormitório.

Aylin sorriu.

–É uma missão impossível, mas nós vamos tentar deixá-la menos atrapalhada.

Ótimo, agora eu era a atrapalha. Tentei não pensar em coisas malignas sobre eles, apenas sorri.

–Posso ir agora?

–Vamos embora Tessa – disse Rachel.

Antes de ir Theo colocou a mão no meu ombro.

–Nos vemos no sábado, ás 5 da manhã.

–Poxa vida – reclamei – 5 da amanhã?

–Se quiser, pode ir ás 4. Nos vemos a 5 sim?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

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Querem mais?