Viajando Direto Pro Amor escrita por Shipping All The Way


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olás pessoas :3
Se você está lendo isso é porque clicou na minha fic ( obrigada :) )
Aproveitem a fic, comentem o que eu precisar arrumar, mas elogiem também, ok ? kk
Bjos Hakaze ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/420543/chapter/1

“Bem formandos, é aqui que entregamos os diplomas de vocês. A partir de hoje, vocês são parte do mundo...”

Essas palavras, essas palavras... Elas resoavam na cabeça de Kirito, um som incessante e irritante. Fazia o quê, um ano e meio?  Por volta disso. Um ano e meio que ele tinha ouvido essas palavras, e elas não lhe saiam de sua cabeça.

Kirito estava concentrado em matar o chefe de fase, era possível ouvir o barulho de seus dedos batendo nos botões do controle, enquanto gritava com si mesmo por confundir os botões de seu Xbox com os do Play Station. Ele matara o chefe. Aquela sensação boa de missão cumprida veio, sensação que, para ele, já havia se tornado cansativa, mas sempre gloriosa. Que jogo finalizaria agora? Hum... Abriu a bandeja do console desanimado.

Aquelas malditas palavras, daquele maldito e velho diretor. Lembrou-se de mais alguns pedaços de frases: “Aqui o sonho de vocês começa.”, “A vida de verdade começa agora.”, “O mundo é a tela dos sonhos de vocês, pintem!”. Ele repetiu a mesma cara de nada do dia que tinha ouvido essas palavras. Enquanto alguns estavam sentados em cadeiras universitárias, se descabelando e mordendo seus lápis Número2, Kirito estava finalizando jogos, com garrafas de água é petiscos gordurosos como companheiros. Ele havia perdido um ano e meio de sua vida naquele estado de dejeto.

O telefone tocou... e tocou... Ele nem se lembrava que tinha telefone, muito menos de onde o danado estava. Ele deixou tocar enquanto a abertura de outro jogo se iniciava, Kirito deu um gole em uma das águas, já quente, e enfiou a mão em uma tigela de minhocas de gelatina. Os alimentos já deveriam estar vencidos, uma água com gosto quente de suor e as balas com um gosto azedo de amarrar a cara. Visto que a luz do sol, que passava em rastro por um mínimo pedaço da cortina, sumiu, Kirito levantou o pulso e apertou bem os olhos tentando visualizar o horário do relógio.

– 23h37. – Kirito suspirou jogando a cabeça pra trás como se estivesse cansando de não fazer nada,e realmente estava. Levantou-se, murmurando e coçando a cabeça. Ele se dirigiu ao seu quarto e se tacou na cama. – O-o jogo... – Levantou novamente e foi desligar o jogo que havia esquecido, nesse pronunciar de palavras, percebeu que sua boca estava fedendo a algo bem peculiar: à mistura de água quente suada e minhocas de gelatina azedas. Ele continuou o caminho ao quarto, mas veio em sua mente a voz de sua mãe lembrando-o de que deveria escovar os dentes, e foi isso que a obediente criança fez. Escovou os dentes, e se tacou na cama. O alarme estava ajustado para 14h. Kirito não tinha uma vida agitada, nem muito o que fazer, então, acordar cedo pra quê? Pra ter os olhos queimados pela luz dos raios UV ? Quem diria raios UV, ele pensou... e logo se lembrou de Leafa, a garota nerd e que hoje deve estar bem sucedida na carreira de direito ou medicina. O importante não era pensar em como a garota nerd ganhou a vida. E sim em como ele derrotaria a Mão Mestre do Super Smash Bros Brawl com alguém tão fraco como Olimar.

—--X—X---

Eram 14h e o alarme apitara. Kirito tentava achar o celular que tanto apitava com o despertador. Cada dia para achar o celular era uma luta, além de nunca se lembrar onde estava, seu quatro era um campo minado de lixo.

Ele achou! Ele cogitou dar um salto de felicidade, mas descartou a idéia, que gamer acorda cheio de energia para pular por causa de um celular velho o bastante para não ter nem Bluetooth? Hoje era o dia, hoje a cidade realizaria uma prova para uma bolsa de estudo, mas Kirito não estava nem ai, o que realmente o importava era Olimar.

Ele se jogou no sofá, numa posição demonstrando que a coisa era séria, séria o suficiente para não se comer minhocas azedas no meio. Ele ajeitou ainda mais a “postura” de gamer. Ele estava gritando, ansioso e vencendo... e teria vencido, se não fosse sua habitual mania de confundir o controle do Xbox com o do Play Station. Ele se enfureceu, suas bochechas coraram de raiva, e ele ameaçou arremessar o controle contra a parede, mas lembrou-se que aquele controle custou muito caro, então jogou contra uma almofada estampada e mofada do sofá. Sua raiva era tanta que ele retirou o jogo do console e colocou outro, na esperança que sua angustia passasse matando alienígenas. Ou melhor, pensou novamente, e trocou de jogo, várias e várias vezes.

Começava um e desistia, começava e desistia. Resolveu então ligar um pouco a televisão que não utilizava há meses, usava-a apenas para jogar. As notícias não tinham mudado tanto, confirmou. A inteligência suprema de gamer sedentário fez com que Kirito perdesse o controle da Tv, que estava em sua mão até alguns segundos atrás. Achar o controle era o mínimo, mas, sem ele, Kirito não poderia mudar o canal para jogar. Essa mínima coisa se tornou um desespero, almofadas pelo ar, papéis e lixo espalhados, CDs de jogos perdidos no tempo, e... olha! Seu antigo iPod! Ele realmente não encontrava o controle... parecia um esconde-esconde sem fim, ou o controle era muito bom de se esconder, ou Kirito era muito ruim de procurar.

Ok ... 10 X 0 , pro controle, Kirito passou a mão por debaixo do móvel em que se encontrava sua TV, na esperança de encontrar um sinal de vida do amado controle.Ele arrastou a mão e encontrou algo um papel... Que papel era aquele? Talvez de um ano e meio atrás... Ele colocou em cima de uma pequena mesinha perto de seu sofá, e continuou sua busca. Já eram 17h, e nada do controle. Ele resolveu dar uma passada geral pela casa. Banheiros, nada, cozinha, nada, sala, nem se fala, quarto... o gênio ainda não havia procurado lá... o controle também não estava lá. Desistiu e se tacou no sofá novamente, seu corpo pediu por água, mas se lembrou do maravilhoso gosto presente nela, e seu corpo a recusou logo depois.

Sua cara estava pingando de suor, sua respiração estava acelerada de mais, ele começou a vasculhar a sala com o olhar e seu olhar se deparou com a folha amassada e colorida jogada em cima da mesinha. Desencostou-se do sofá e se esticou para ver se conseguiria alcançar. Não, ele teria que levantar. Quase morrendo só de aguentar seu peso em pé, ele alcançou a folha. Jogou-se no sofá pela terceira vez, e começou a passar os olhos nela. Ler e passar os olhos são coisas diferentes, Kirito não estava lendo, estava observando se alguma palavra lhe fazia sentindo, ou tinha relação com um ano e meio atrás...

E tinha...

—--X—X---

“EMBARQUE PARA O VOO COM DESTINO A NOVA YORK DAQUI A UMA HORA.” Um aeroporto. Crianças deitadas nas poltronas em que alguém poderia ocupar, comidas gordurosas e pesadas, livrarias pequenas, famílias correndo em direção ao seu portão de embarque. Kirito adorava o ar de pressão, afinal era um gamer, pressão fazia parte de sua vida, mas aeroportos eram realmente exaustivos e estressantes. Seu voo sairia daqui uma hora, como a mulher anunciou. Como ele havia achado seu iPod, conectou os fones e foi andando até seu portão.

“QUARENTA MINUTOS PARA O VOO.”, “ MEIA HORA PARA O VOO.”, “DEZ MINUTOS.”, “PEDIMOS QUE OS PASSAGEIROS DO VOO 546 COM DESTINO A NOVA YORK EMBARQUEM IMEDIATAMENTE.”

‘É a hora’, pensou consigo mesmo. Havia tempo que não fazia uma loucura daquelas, viajar, por exemplo. Sair de seu belo cantinho no mundo, deixar o Reino Unido por sei lá quanto tempo. Era uma verdadeira mudança de vida. Pensando bem, aquilo era meio idiota e revoltante... Mal chegou no aeroporto barraram suas minhocas de gelatina e as jogaram no lixo, observar aquela cena... foi uma tortura! Bem pelo menos estava sentado em um bom assento, para um gamer sedentário sair de casa, era necessário muita energia, que precisava ser reposta. Kirito acomodou-se em seu assento e começou a vasculhar a mochila, ele não achou o que procurava... Tentou procurar mais uma vez... nada. ONDE ESTAVA SEU PSP?! Kirito deu um salto de seu lugar, e se decepcionou pela viajem inteira. Sem minhocas de gelatina, e agora sem PSP. O que poderia piorar agora?!

“SENHORES PASSAGEIROS, INFORMAMOS QUE ESSA AERONAVE NÃO POSSUI REDE DE INTERNET SEM FIO. O FILME QUE PASSARÁ DURANTE ESSE VOO SERÁ DRAGON BALL EVOLUTION. BOM VOO, OBRIGADA POR VOAR CONOSCO.”

– Isso não é um voo. – disse Kirito baixinho. – ISSO É A PORTA DO INFERNO! – gritou logo depois.

– Desculpe senhor, mas poderia não gritar? – a Aeromoça era bem bonita. E sua mini roupa tinha um enorme decote. Kirito examinou o decote, e olhou para a cara dela. Ela realmente estava pensando que um simples decote iria mudar suas opiniões?

– Não – Kirito pôs os fones, mas rapidamente tirou e riu da cara de bunda da aeromoça quando ele disse aquilo. Depois de uma pequena ânsia de vomito por causa do filme, Kirito olhou seu relógio – 00H54 . Melhor ir dormir... Melhor do que ver esse filme... – O voo havia decolado há uma hora, mas eles já estavam a duas esperando a liberação para decolar. Cinco horas , três de voo e duas na pista. Apenas mais duas horas. Kirito estava dormindo na primeira hora do voo.

Kirito – LOADING : [ >>>>>><

        03h 54 a.m .Horário de Nova York

Kirito – LOADING COMPLETE : [ >>>>100%<

Kirito havia acordado disposto para fazer nada. Como de costume. Ele olhou para a janela de seu assento, a bela paisagem de Londres de antes agora era a bela paisagem de Nova Jersey. Agora ele estava em outro país, tudo poderia ser diferente! Ou não. Kirito tinha que dar uma de adolescente quase adulto responsável, mostrar que tinha maturidade para estar em outro país sozinho. Não era a imagem que ele passava... Perguntava tudo aos seguranças do aeroporto, seguia as pessoas sem saber aonde estava indo. Ele conseguiu! Achou sua bagagem, comprou minhocas de gelatina num barzinho, e se dirigiu à entrada e saída de táxis. Ele avistou um velho senhor barbudo encostado em seu táxi, disse que iria querer utilizar o táxi até Nova York. O velho barbudo concordou com sua cabeça, e os dois entraram no táxi.

– Ei moleque! Saia daí! Pensa que vai dirigir?

– Como é? –Kirito estava perdidamente confuso. – Vamos, senhor, sente-se e dirija!

– Bem, – o velho cuspiu no chão. – eu faria isso, se não tivesse um pivete no meu lugar! – Kirito olhou para onde estava sentado, e percebeu que estava no banco do motorista. Ele ficou corado de vergonha , mas começou a rir.

– Haha, desculpe, é que na Inglaterra se dirige do lado esquerdo,sabe?

– Não! – velho cuspiu novamente.

– Bem, bem , lá se dirige do lado esquerdo... Me confundi... – O velho analisou Kirito. Que tipo de “adulto” retardado era aquele? Ele aceitou as desculpas, entrou no carro, e foi dirigindo. O clima parecia tenso entre ele e o velho senhor taxista. Sua brilhante mente de gamer teve uma ideia!

– Aceita minhocas de gelatina?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por ler :3
Não esqueça de comentar e dizer o que achou !
Até o próximo capítulo o/



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Viajando Direto Pro Amor" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.